23 de mar. de 2011

Considerações sobre o Dia do Senhor

1. Porque um dia do Senhor?

Temos um Pai Celestial que nos ama muito. Ele quer que sejamos felizes. Esse nosso Pai vive numa condição que chamamos de Vidas Eternas. Ter Vidas Eternas é ter felicidade sem fim. Por possuir essa felicidade Ele, que conhece todas as coisas, sabe qual caminho devemos trilhar a fim de obtermos essa mesma dádiva. Por isso Ele nos dá mandamentos. Os mandamentos existem para que possamos alcançar felicidade eterna. Assim é com o mandamento de viver o dia do Senhor.
Deus criou a Terra em seis dias. Ao terminar todos os exércitos dos céus e da Terra, inclusive o homem, feito a sua própria imagem, Ele observou sua criação e disse que estava boa. Então no sétimo dia Deus descansou de toda sua obra. E deu um mandamento a respeito, para seus filhos: deviam guardar o dia santificado adorando-o.
O Salvador explicou durante a mortalidade que o Dia do Senhor existia em beneficio do homem: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”. Sabendo da difícil jornada mortal que enfrentaríamos Deus reservou um dia para que descansássemos de nossos labores. O dia do Senhor é um dia para o descanso físico. Ele disse que deveríamos trabalhar seis dias, mas no sétimo não deveríamos fazer nenhuma obra, nem nossa família e empregados.
Portanto o dia do Senhor se tornou um dia para o repouso físico.
O dia do Senhor também é um sinal do povo do convênio, como ensinou o profeta Ezequiel. Embora o mundo comumente ignore esse mandamento, o povo do Senhor honra o dia santificado e o guarda com diligência.
Hoje a maioria das pessoas não respeita o dia do Senhor. É um dos dias que o comércio mais vende, que o entretenimento mais obtêm audiência e o dia favorito para eventos esportivos e atividades recreativas. O Guia de Estudo para as Escrituras adverte: “O dia de descanso lembra às pessoas a necessidade de alimento espiritual e o dever de obedecer a Deus. Quando uma nação se descuida da observância do dia de descanso, todos os aspectos de sua vida são afetados e sua vida religiosa decai” (Nee. 13:15–18; Jer. 17:21–27). Mas mesmo que todos deixem de viver esse dia, o mandamento de Deus não deixa de valer aos homens – e se torna um marco divisor entre os que seguem a Deus e os que não seguem.
Por ser um dia para se lembrar de Deus e santificá-lo, o Dia do Senhor é um dia para o vigor espiritual.
Os Zoramitas do livro de Mórmon se reuniam num dia da semana, que chamavam dia do Senhor e adoravam a Deus de uma maneira peculiar – todavia, após este momento de êxtase espiritual não voltavam a falar de sua religião ou adoração durante a semana.
Aqueles que guardam o dia do Senhor não adoram o Senhor apenas neste dia. Pelo contrário, eles entendem que só poderão guardar eficazmente o dia do Senhor se passarem a semana inteira preparando-se para o dia santificado. Essa preparação inclui arrumar a casa, cuidar dos negócios, preparar a roupa especial de domingo – trabalhar seis dias – mas também cumprir os mandamentos durante a semana para que exista dignidade para partilhar do pão e da água em lembrança do Salvador. De fato, para os santos que consideram o dia do Senhor como sagrado, a vida gira em torno deste dia abençoado. O dia do Senhor é uma expressão externa do compromisso interno que eles têm de seguir ao Senhor – e se torna um dos mais poderosos símbolos de sua fé.

2. Porque o dia do Senhor é no domingo?
Como já expliquei, Deus criou a Terra em seis períodos e no sétimo descansou. Ordenou Ele, nesta ocasião, que seus filhos o imitassem. Eles não poderiam comprar e vender neste dia, mas era um dia para render graças, louvar a Deus e repousar fisicamente.
Na época dos antigos israelitas a forma de contar os dias diferia da nossa. Eles tinham um dia chamado Sabath, que era o sétimo dia. Portanto, do pôr do sol do sexto dia até o por do sol do Sabath, os israelitas adoravam o Dia do Senhor. E assim foi até a Ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
Cristo ressuscitou no domingo, que é o primeiro dia da semana. A Igreja da Antiguidade, por inspiração expressa do Senhor passou a guardar o dia santificado no domingo.
Em Atos 20:7 aprendemos que a Igreja guardava o domingo como dia do Senhor. Isso esta de acordo com os históriadores que dizem: "os judeus reverenciavam o sábado, e de inicio, os cristãos fizeram o mesmo. São Paulo começou a instituir o domingo como dia de reverência porque coincidia com a ressurreição de Cristo." (Geoffrey Blainey, Uma breve História do mundo, pg. 103).
Algumas religiões não acreditam que o dia do Senhor mudou do sábado para o domingo. Elas alegam que não há provas nas escrituras que sugiram tal mudança e que Deus não é um Deus variável que muda.
Sabemos que Deus não muda, mas também sabemos que ele trabalha com os homens de acordo com sua fé. Sabemos que Joseph Smith foi um profeta de Deus. Não baseamos nossa crença no domingo por dedução e estudo, mas por fé nas revelação modernas. Joseph Smith recebeu a revelação de que deveria guardar o domingo como dia do Senhor.
Em vez de debater-nos sobre qual dia é o sagrado, devíamos orar para conhecer a fonte da revelação e depois nos preocuparmos mais em viver o dia santificado de acordo com a voz do Senhor.

18 de mar. de 2011

Arrebatamento

Nas escrituras vemos que homens foram arrebatados por Deus para desfrutarem de visões extraordinárias. Por definição, arrebatar significa ser transportado para um lugar longe, levado e elevado. Há dois tipos de arrebatamento mencionadas nas obras-padrão. Um para, como já expusemos, permitir que revelações possam ser concedidas. Outro, para salvaguardar um servo de Deus.
Um exemplo do primeiro tipo de arrebatamento seria o de Néfi, que foi “arrebatado a uma montanha muito alta, que [ele] nunca vira e sobre a qual nunca havia posto os pés” (1 Néfi 11:1). Néfi foi arrebatado para aprender pelo Espírito Santo o plano de salvação.
Um exemplo do segundo tipo de arrebatamento é encontrado em um outro homem chamado Néfi (filho de Helamã), que foi “levado pelo Espírito, de multidão em multidão” para que o povo não pudesse agarrá-lo e pô-lo na prisão e para que ele anunciasse a todos a palavra de Deus (Helamã 10:16-17).
Podemos ainda acrescentar um terceiro tipo de arrebatamento. Embora seja muito peculiar, ou melhor, singular – o que nos faz pensar que poderia ser tratar de uma exceção – que é o arrebatamento de Maria, mãe do Senhor. Ela foi arrebatada para ficar grávida, mesmo permanecendo virgem, do Filho do Pai Celestial (1 Néfi 11:19).
Aprendemos ainda que o arrebatamento pode nos transportar a um lugar especial para concessão de dons (Moisés 1:1), transformar um lugar comum em um lugar santo (como no monte da transfiguração, Mateus 17:2; e no bosque sagrado, JS – História 1:15-17) ou pode apenas levar o penitente a um lugar diverso, mas ordinário (como no caso do Salvador, que foi transportado pelo Espírito para o Templo – ver TJS Mateus 4:1, 5-6, 8-9).
Quando uma pessoa é arrebatada sofre uma mudança física, a qual chamamos de transfiguração (GEE “Transfiguração”). A transfiguração faz com que suportemos visões da eternidade , mas nos aliena do comum de modo que não sabemos se estamos no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:4). A transfiguração é temporária, e portanto difere da transladação (GEE “Transladação”).
Todos os justos que estiverem vivos quando Cristo voltar serão arrebatados para que a Terra seja elevada a uma glória Terrestrial, e os iníquos queimados (GEE “Terra – Purificação da Terra”; “Segunda Vinda de Cristo”).

17 de mar. de 2011

Como Melhorar o Estudo Pessoal das Escrituras

Meu estudo das escrituras esta monótono. Não esta sendo como antes. Na missão meu estudo era cheio de vigor e Espírito. Mas agora, parece que nunca aprendo algo novo. Como tornar o Estudo das Escrituras diário uma experiência sagrada e bem-sucedida?


Talvez sua pergunta ou problema não seja exatamente a mesma transcrita acima, mas se seu estudo do evangelho não esta sendo como você gostaria, esta carecendo de vigor espiritual, então talvez o que escrevi abaixo possa ser útil.
Primeiro precisamos (1) entender a importância do estudo das escrituras. O Senhor ordenou que examinássemos as escrituras diligentemente (João 5:39, D&C 1:37, 1 Néfi 10:17-19, 3 Néfi 23:1). Devemos (2) ter um horário reservado, todo dia para estudar o evangelho (Eclesiastes 3:1-8). Estudar o evangelho é mais do que meramente ler uma parte das obras-padrão. Daí, porque, às vezes nosso estudo é vazio. Não compreendemos, e nada fazemos a não ser ler. Mas deveríamos (3) orar, ler, ponderar e convidar o Senhor para nos ensinar (D&C 9:7-8).
Algo que sempre me ajuda é estudar o evangelho com (4) uma pergunta em mente. Na maioria das vezes escrevo essa pergunta, e durante a leitura das escrituras medito sobre ela (D&C 138:5, 11; 1 Néfi 11:1-2). Em muitas ocasiões me prendo em um único versículo. (5) Não precisamos ter pressa de ler. Sei que a primeira vez que lemos o Livro de Mórmon por exemplo é bom que o leiamos rapidamente, para termos uma visão geral do texto. Mas o estudo mais eficaz é um processo cauteloso, onde a analise espiritual exige tempo.
Ajuda quando (6) escrevemos o que aprendemos, pois assim mostramos que somos gratos pelo que o Senhor nos revela, e que estamos desejosos de receber mais. Por causa do uso correto de nosso arbítrio, o Senhor nos dá mais revelações. Um Estudo vigoroso é um estudo em que o Espírito Santo esta presente. (7) Não devemos ter medo de perguntar qualquer coisa ao Senhor. Ele tem poder para responder todas as perguntas. E sei que ele responde. Às vezes a resposta é encontrada num versículo, às vezes numa citação dos profetas, às vezes o Senhor revela por sonho, visão ou ministração de anjo e às vezes só diz: "meu filho, você entenderá isso mais tarde - deixe esse assunto para depois". De qualquer maneira um estudo com fé, sempre gera poder. E uma das manifestações mais recorrentes do poder de Deus durante o estudo é a revelação. Entretanto muitas vezes há um tempo entre a pergunta e a resposta, para que possamos exercer fé e ser provados.
Além de tudo isso, podemos estudar o evangelho (8) procurando ajudar nossos alunos, familiares ou liderados - um estudo guiado pelo dom da caridade sempre aumentará o conhecimento.
Haverá ocasiões em que não teremos vontade de estudar ou orar. Mas devemos fazê-lo mesmo assim. Se escolhermos (9) estudar mesmo quando não temos vontade perceberemos que o Espírito substituirá a preguiça e a má vontade gradualmente. E no final de nosso estudo sentiremos que fizemos o certo. Com o tempo, o estudo das escrituras se tornará delicioso.
Quanto mais (10) aplicarmos a nossa vida o que aprendemos (agindo com retidão) mais nosso estudo se tornará melhor, pois estaremos mais próximos de Deus. E quanto mais próximos de Deus, mas conhecimento adquirimos.
Por último quero dizer que cada um de nós é responsável por achar um método de aprendizado. Alguns estudo por tópicos, outros por seqüência. Alguns escrevem muito outros pouco, alguns analisam as escrituras por temas e relacionam versículos e outros mais modestamente apenas fazem uma marca na palavra-chave do versículo. Cada um de nós deve achar a maneira melhor de aprendermos. Muitos dos (11) profetas nos dão conselhos sobre como melhorar. Devemos estar atentos a eles e dispostos a fazer melhor.
O guia Pregar meu Evangelho, no capítulo 2, dá excelentes dicas de como melhorar o estudo. O uso de mapas, referências e a dica de que devemos estudar numa mesa ou escrivaninha e remover toda e qualquer distração são apenas alguns dos recursos lá mencionados. Convido todos a estudarem aquele capítulo e procurarem onde melhorar. Um bom serão, discurso ou livro não substituem o estudo pessoal das escrituras. Há certas coisas que o Senhor só irá nos dizer se nos propulsemos a estudar sua palavra diligentemente em particular. Alguns dizem que não tem tempo para estudar as escrituras, e outros o fazem de mau vontade, apenas para dizerem a si mesmos ou aos outros que estudam sempre. Esses dois tipos de pessoas nunca aprenderão os mistérios de Deus. (12) Mesmo que tenhamos pouco tempo em uma rotina difícil, devemos buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça. Então, o Senhor, que entende nossas limitados e dificuldade, não nos deixará sozinhos, e teremos um estudo vigoroso, andando em novidade de vida.

Como Melhorar o Estudo Pessoal das Escrituras?

Meu estudo das escrituras esta monótono. Não esta sendo como antes. Na missão meu estudo era cheio de vigor e Espírito. Mas agora, parece que nunca aprendo algo novo. Como tornar o Estudo das Escrituras diário uma experiência sagrada e bem-sucedida?


Talvez sua pergunta ou problema não seja exatamente a mesma transcrita acima, mas se seu estudo do evangelho não esta sendo como você gostaria, esta carecendo de vigor espiritual, então talvez o que escrevi abaixo possa ser útil.

Primeiro precisamos (1) entender a importância do estudo das escrituras. O Senhor ordenou que examinássemos as escrituras diligentemente (João 5:39, D&C 1:37, 1 Néfi 10:17-19, 3 Néfi 23:1). Devemos (2) ter um horário reservado, todo dia para estudar o evangelho (Eclesiastes 3:1-8). Estudar o evangelho é mais do que meramente ler uma parte das obras-padrão. Daí, porque, às vezes nosso estudo é vazio. Não compreendemos, e nada fazemos a não ser ler. Mas deveríamos (3) orar, ler, ponderar e convidar o Senhor para nos ensinar (D&C 9:7-8).

Algo que sempre me ajuda é estudar o evangelho com (4) uma pergunta em mente. Na maioria das vezes escrevo essa pergunta, e durante a leitura das escrituras medito sobre ela (D&C 138:5, 11; 1 Néfi 11:1-2). Em muitas ocasiões me prendo em um único versículo. (5) Não precisamos ter pressa de ler. Sei que a primeira vez que lemos o Livro de Mórmon por exemplo é bom que o leiamos rapidamente, para termos uma visão geral do texto. Mas o estudo mais eficaz é um processo cauteloso, onde a analise espiritual exige tempo.

Ajuda quando (6) escrevemos o que aprendemos, pois assim mostramos que somos gratos pelo que o Senhor nos revela, e que estamos desejosos de receber mais. Por causa do uso correto de nosso arbítrio, o Senhor nos dá mais revelações. Um Estudo vigoroso é um estudo em que o Espírito Santo esta presente. (7) Não devemos ter medo de perguntar qualquer coisa ao Senhor. Ele tem poder para responder todas as perguntas. E sei que Ele responde. Às vezes a resposta é encontrada num versículo, às vezes numa citação dos profetas, às vezes o Senhor revela por sonho, visão ou ministração de anjo e às vezes só diz: "meu filho, você entenderá isso mais tarde - deixe esse assunto para depois". De qualquer maneira um estudo com fé sempre gera poder. E uma das manifestações mais recorrentes do poder de Deus durante o estudo é a revelação. Entretanto muitas vezes há um tempo entre a pergunta e a resposta, para que possamos exercer fé e ser provados.

Além de tudo isso, podemos estudar o evangelho (8) procurando ajudar nossos alunos, familiares ou liderados - um estudo guiado pelo dom da caridade sempre aumentará o conhecimento.

Haverá ocasiões em que não teremos vontade de estudar ou orar. Mas devemos fazê-lo mesmo assim. Se escolhermos (9) estudar mesmo quando não temos vontade perceberemos que o Espírito substituirá a preguiça e a má vontade gradualmente. E no final de nosso estudo sentiremos que fizemos o certo. Com o tempo, o estudo das escrituras se tornará delicioso.

Quanto mais (10) aplicarmos a nossa vida o que aprendemos (agindo com retidão) mais nosso estudo se tornará melhor, pois estaremos mais próximos de Deus. E quanto mais próximos de Deus, mas conhecimento adquirimos.

Por último quero dizer que cada um de nós é responsável por achar um método de aprendizado. Alguns estudam por tópicos, outros por seqüência. Alguns escrevem muito, outros pouco; alguns analisam as escrituras por temas e relacionam versículos e outros mais modestamente apenas fazem uma marca na palavra-chave do versículo. Cada um de nós deve achar a maneira melhor de aprendermos. Muitos dos (11) profetas nos dão conselhos sobre como melhorar nosso estudo. Devemos estar atentos a eles e dispostos a fazer melhor.

O Guia Pregar meu Evangelho, no capítulo 2, dá excelentes dicas de como melhorar o estudo. O uso de mapas, referências e a dica de que devemos estudar numa mesa ou escrivaninha e remover toda e qualquer distração são apenas alguns dos recursos lá mencionados. Convido todos a estudarem aquele capítulo e procurarem onde melhorar. Um bom serão, discurso ou livro não substituem o estudo pessoal das escrituras. Há certas coisas que o Senhor só irá nos dizer se nos propulsemos a estudar sua palavra diligentemente em particular. Alguns dizem que não tem tempo para estudar as escrituras, e outros o fazem de mau vontade, apenas para dizerem a si mesmos ou aos outros que estudam sempre. Esses dois tipos de pessoas nunca aprenderão os mistérios de Deus. (12) Mesmo que tenhamos pouco tempo em uma rotina difícil, devemos buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça. Então, o Senhor, que entende nossas limitados e dificuldade, não nos deixará sozinhos, e teremos um estudo vigoroso, andando em novidade de vida.