Assim como meus irmãos tive muitas experiências sagradas ao lidar com os jovens. Compartilharei três dessas experiências. A primeira refere-se ao meu testemunho sobre o programa. A segunda sobre seguir uma orientação do Espírito para abençoar os jovens e a última sobre o poder de Deus para defender os lugares santos.
Primeira Experiência. Tive o privilégio de dirigir uma das reuniões de testemunhos. Uma das primeiras coisas que eu disse foi que antes de ser chamado como consultor achava que havia um certo exagero com relação ao EFY. Mas depois de participar dos treinamentos e testemunhar pessoalmente o programa adquiri uma compreensão e testemunho sobre a Conferência Multiestacas Especial para Jovens, o EFY. Eu me converti ao programa. Eu vi, em cinco dias, rapazes e moças adquirirem um vigoroso testemunho de Deus, de Cristo e do Espírito Santo. Todos os milagres aconteceram porque o Espírito Santo santificou o lugar em que estávamos. Um dos rapazes, depois da reunião de testemunhos telefonou para o pai e, em prantos, pediu-lhe perdão. Uma moça, que estava rancorosa, procurou o ofendido e reatou a amizade. Abraços, lágrimas e muita emoção. Poucas ocasiões vi o espírito ser derramado tão abundantemente em tantos corações ao mesmo tempo.
Segunda Experiência. Como consultores sempre nos reuníamos bem
cedo, antes das atividades do dia, para orientações e anúncios. Na terça-feira recebi um forte influxo do Espírito Santo durante essa reunião. Eu estivera preocupado com alguns jovens do meu grupo, e estivera orando especificamente por eles - porque alguns pareciam não estar aproveitando bem o programa. Eu estava triste, porque eu sabia que se eles não escolhessem ter experiências sagradas, muito provavelmente não as teriam. O desejo e a disposição são pré-requisitos para a fé - e a fé é essencial para que aconteça milagres.
Assim, naquela manhã, Deus falou comigo. Foi como um ditado espiritual. Tomei uma caneta e escrevi as palavras. Isso aconteceu raramente comigo. Na maioria das vezes há um sentimento ou ideia, mas dessa vez as palavras foram tão claras como se alguém as dissesse em bom som, ao meu lado.
A mensagem era a seguinte: "Vai e diz aos jovens as palavras que te direi, para que estejam preparados para a hora em que eu enviar o Meu Espírito para testificar-lhes."
Após receber essa mensagem, corri para reservar e organizar um local, onde poderia reunir meus jovens. Não tive tempo para me planejar, mas confiei no Senhor. Sabia que Ele me ensinaria o que dizer.
Amo os jovens do meu grupo. Os admiro muito. Devido a meu amor e respeito por eles, e devido a revelação que recebera, eu tinha certeza que o Senhor estaria comigo quando eu fosse ensiná-los. Durante a manhã a oportunidade de ensiná-los surgiu. Disse-lhes que fora inspirado a falar-lhes naquela manhã. Eu lhes disse que não sabia exatamente o que ensinaria, mas que Deus me inspiraria. Pedi suas orações enquanto falava. O Senhor realmente colocou palavras de poder em minha boca. Falamos sobre a Expiação do Salvador. No final, entreguei a cada um uma espadinha de madeira, que meu pai fizera. Eu usaria a espadinha no último devocional com a companhia, como lembrançinha. Mas fui inspirado a entregar-lhes naquela ocasião. Contei-lhes sobre os ânti-néfi-leítas - de como a expiação lhes havia mudado - de modo que não tinha mais disposição de fazer o mal, mas sim o bem continuamente. Eu lhes entreguei uma folha de papel e os instei a escrever coisas que desejavam deixar de lado - pecados, erros e vícios. Eu lhes disse que após escreverem, enterraríamos as "armas de rebelião" - assim com os ânti-néfi-leítas. Expliquei-lhes que isso seria um símbolo de que desejavam mudar, e que não seriam mais os mesmos a partir daquela momento.
Depois que todos haviam escrito, coloquei os papeis dobrados em uma caixinha de madeira. Procuramos um local e enterramos. Então eu fiz uma oração. Eu roguei ao Pai Celestial que abençoasse aqueles jovens e que olhasse para nosso ato, que era um símbolo de que estávamos dispostos a melhorar. Pedi que aquele local se tornasse santo para nós. Falei outras coisas conforme orientação celeste.
No final da oração ficamos em silêncio. O Espírito verdadeiramente havia santificado nossos corações. Partimos em silêncio.
Terceira Experiência. A última experiência que quero contar refere-se a um fato ocorrido após a reunião de testemunhos, no quarto dia do EFY. Todos começaram a se abraçar e chorar. O sentimento era muito bom - e o local era realmente sagrado. Fomos nos deitar. Bem, nem todos. Os jovens começaram a ficar um tanto agitados. Alguns começaram a brincar uns com os outros e não se passou muito tempo piadas e xingamentos começaram a encher o ar. Eu já apagara as luzes e explicara aos jovens que deviam dormir. Sabia, não obstante, que tinham o arbítrio, e que eu deveria respeitar a escolha deles de permanecer acordados.
Foi nesse momento que lembrei de Moisés. Ele tivera uma visão maravilhosa das eternidades e logo depois Satanás viera tentá-lo (Moisés 1). Percebi que Satanás desejava destruir a santidade reinante no EFY. Havíamos tido um momento tão sagrado alguns momentos atrás. Mas havia uma risco grande de tudo se perder. Fiquei irado. Orei, levantei-me. Acendi a luz e comecei a me trocar novamente (porque já havia tirado a roupa social).
Os rapazes do meu quarto, que estavam bagunçando - perceberam que eu estava bem sério. Eles me perguntaram o que havia acontecido, e porque estava me arrumando novamente. Eu lhes disse que havíamos tido uma experiência sagrada e que eu não permitiria que nosso lugar santo fosse profanado. Eu lhes disse que usaria todo meu sacerdócio e energia - e que se necessário chamaria os anjos para me ajudar. Eu lhes disse que faria todos se calassem e dormissem. Eu sabia que se eles virassem a noite bagunçando, além de esquecerem-se do espírito que haviam sentido, estariam despreparados para o dia seguinte.
Sai do quarto e comecei a colocar os jovens para dentro, com voz firme. Não achei dois anjos para me ajudarem, mas dois consultores. Na verdade eles foram como anjos. Eu lhes expliquei o que estava sentindo e pedi ajuda. Um deles recomendou que nos ajoelhássemos e orássemos. Fizemos isso.
Eles me acompanharam em cada quarto que foi necessário. Muitos dos quartos já estavam reverentes e não precisamos nem adentrar. Outros estavam irreverentes. Nesses entramos. Mas nesses não necessitamos dizer ou fazer nada drástico. Os jovens excelentes de imediato reconheceram que não deviam estar fora da cama naquele momento - que ir contra o programa era ir contra o Espírito do programa. Assim, eles se comprometeram a deitar-se imediatamente. Eles pararam de brincar e falar alto. Quando voltei no meu quarto, com os jovens do meu grupo, todos já estavam em silencio, procurando dormir.
Acho que esse tipo de experiência é rara. Na maioria das vezes devemos ser serenos e tentar resolver as coisas de maneira mansa. Mas algumas vezes exige-se energia. Interessante que não senti raiva, mas senti o desejo de proteger um local sagrado.
Amo os jovens. Naquela ocasião precisei ser duro com alguns deles. Fico feliz por eles terem o espírito de obediência e por terem decidido seguir as regras e diretrizes do programa e de seus líderes. Fico mais feliz por eles não me julgarem inimigo. Ficou também feliz pela força do Espírito. Se eu estivesse com raiva e pensando em meu sono apenas poderia ter feito algo ruim. Mas creio que, como eu estava pensando no bem-estar dos jovens, o Senhor me deu poder para aquietar o lugar e defender a santidade junto com aqueles dois outros instrutores. Talvez os jovens se aquietassem sem necessidade da minha intervenção e de outros Mas sou grato por ter aprendido mais uma vez, e recebido mais um testemunho, de que os lugares santos podem e devem ser defendidos - e que o Senhor nos fortalecerá quando precisarmos.
Mostrando postagens com marcador inspiração. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inspiração. Mostrar todas as postagens
16 de mar. de 2014
Minhas Recordações do FSY, Sessão São Paulo 3
Marcadores:
convênio,
Defender um lugar santo,
efy,
expiação,
fsy,
inspiração,
liderança,
reunião de testemunhos,
revelação,
reverência.,
sacerdócio
23 de jul. de 2010
Ensinamentos de 1 e 2 Néfi: O que é Revelação?
Néfi não dá um conceito de revelação, mas ensina tanto em seu registro sobre ela, que podemos extrair uma definição simples e clara: revelação é a comunicação sagrada que Deus tem com seus filhos. Neste sentido quando precisamos falar com Deus oramos, e quando Deus quer falar conosco revela sua vontade.
A revelação pode vir de muitas maneiras. Néfi cita diversas. Ele começa seu registro contando sobre duas grandes revelações que seu pai teve. Na primeira, Leí viu um grande pilar de fogo (1 Néfi 1:6). Essa manifestação extraordinária é semelhante ao evento em que Moisés viu a Sarça Ardente e Joseph Smith viu um pilar de Luz. É uma manifestação típica, podemos dizer, daqueles que são chamados para grandiosos trabalhos de salvação no inicio de uma dispensação. Depois Leí foi para casa. Curiosamente foi para cama (1 Néfi 1:7). Ensinando-nos que as visões da eternidade retiram a força – causam fadiga física. Então Leí teve uma outra revelação, um sonho, pois estava “dominado pelo Espírito” (1 Néfi 1:8). Com esse sonho Leí entendeu as coisas que os profetas entendem muito bem: a verdade do que era, do que foi e do que será. E com investidura, não só de conhecimento, mas de autoridade, começou a pregar e a profetizar – a sua família e a seu povo (1 Néfi 1:16, 18). Como Leí era um profeta, a revelação de Deus fluía através dele. Ele se tornara um canal vivo de revelação – um oráculo da vontade de Deus. Todavia, o iníquo povo de Jerusalém não lhe deu ouvidos (1 Néfi 1:19).
Até aqui aprendemos pelo menos três formas de revelação: a visão, o sonho e os ensinamentos dos profetas vivos. A visão ocorre quando nossos sentidos físicos estão despertos, e os sonhos quando estamos inconsciente. Às vezes a manifestação não permite distinguir se é um sonho ou visão (1 Néfi 8:2) – se no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:2-3) – pois a revelação é tão real e tangível que a distinção se torna obsoleta.
Um profeta é um homem chamado por Deus, que tem a devida autoridade para pregar. Tal profeta prega sempre a respeito de Cristo e sempre adverte com relação à iniqüidade. Reconhecemos um profeta pelos seus frutos (Mateus 7:15-20). Os frutos são os resultados que se mostram. Se o profeta é uma testemunha especial do Salvador e se ele fala a verdade, e não mente, então é um profeta verdadeiro. Todavia não é apenas e somente por observação que verificamos se um profeta é verdadeiro. A melhor maneira é orar a respeito do profeta, perguntando a Deus se ele é um profeta verdadeiro. Creio que assim é a melhor forma, por que aprendemos pelas escrituras que muitos viram os profetas fazendo milagres, e não os reconheceram como servos de Deus (Helamã 10:13). E se os reconheceram não quiseram segui-los, porque preferiam a luz ás trevas.
A revelação pode vir ainda por meio de ministração de anjos. Néfi recebeu tal dádiva (1 Néfi 1:14). Objetos sagrados podem conceder revelação – como a Liahona, no caso da família de Leí, (1 Néfi 16:10) ou o Urim e Tumim, no caso de Joseph Smith. A revelação pode vir por uma voz apercebida pelos ouvidos físicos ou uma voz na mente. Ela pode vir no coração, sendo um sentimento e impressão que indicarão uma ação.
“E aconteceu que eu, Néfi, sendo muito jovem, embora de grande estatura, e tendo também grande desejo de saber dos mistérios de Deus, clamei, portanto, ao Senhor; e eis que ele me visitou e enterneceu meu coração, de maneira que acreditei em todas as palavras que meu pai dissera; por esta razão não me revoltei contra ele, como meus irmãos” (1 Néfi 2:16). Nesta ocasião, Néfi estava orando numa situação critica: que determinaria o futuro seu e de sua família – ele precisava saber se seu pai tinha razão em sair de Jerusalém, de sua confortável e bela casa, deixando amigos e parentes, para adentrar um deserto perigoso e cruel. Comumente buscamos revelação em momentos de necessidade. Felizmente o Senhor sempre esta disponível – sempre ouve nossas orações. Como falou o Presidente Boyd K. Packer: “Aprenda a orar. Ore sempre. Ore na mente e no coração. Ore de joelhos. A oração é sua chave pessoal para o céu. A fechadura está do seu lado do véu” (“Oração e Inspiração”, Conferência Geral, outubro de 2009).
Quando Néfi mostrou “grande desejo” de conhecer os mistérios de Deus e depois clamou, era como se usasse a chave da qual falou o Presidente Packer e permitisse que Deus lhe revelasse algo. Os mistérios de Deus são verdades espirituais dadas por revelação (GEE “Mistério de Deus”). Aprendemos muito com esse versículo. Primeiro que a revelação pode ser dada aos inexperientes – Néfi era jovem. Aprendemos sobre o desejo sincero – o qual indica a fé necessária para que a comunicação aconteça. Também verificamos que quando Deus nos visita com uma revelação ele o faz, na maior parte das vezes, com um enternecimento de coração – a revelação é mais sentida do que apercebida pelos sentidos físicos – como a visão ou a audição. Esse sentimento é um fruto do Espírito Santo, que, no caso de Néfi o ajudou a não se revoltar e murmurar como faziam seus irmãos mais velhos. Também o permitiu compartilhar seu testemunho com sua família (1 Néfi 2:17).A revelação pode vir de muitas maneiras. Néfi cita diversas. Ele começa seu registro contando sobre duas grandes revelações que seu pai teve. Na primeira, Leí viu um grande pilar de fogo (1 Néfi 1:6). Essa manifestação extraordinária é semelhante ao evento em que Moisés viu a Sarça Ardente e Joseph Smith viu um pilar de Luz. É uma manifestação típica, podemos dizer, daqueles que são chamados para grandiosos trabalhos de salvação no inicio de uma dispensação. Depois Leí foi para casa. Curiosamente foi para cama (1 Néfi 1:7). Ensinando-nos que as visões da eternidade retiram a força – causam fadiga física. Então Leí teve uma outra revelação, um sonho, pois estava “dominado pelo Espírito” (1 Néfi 1:8). Com esse sonho Leí entendeu as coisas que os profetas entendem muito bem: a verdade do que era, do que foi e do que será. E com investidura, não só de conhecimento, mas de autoridade, começou a pregar e a profetizar – a sua família e a seu povo (1 Néfi 1:16, 18). Como Leí era um profeta, a revelação de Deus fluía através dele. Ele se tornara um canal vivo de revelação – um oráculo da vontade de Deus. Todavia, o iníquo povo de Jerusalém não lhe deu ouvidos (1 Néfi 1:19).
Até aqui aprendemos pelo menos três formas de revelação: a visão, o sonho e os ensinamentos dos profetas vivos. A visão ocorre quando nossos sentidos físicos estão despertos, e os sonhos quando estamos inconsciente. Às vezes a manifestação não permite distinguir se é um sonho ou visão (1 Néfi 8:2) – se no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:2-3) – pois a revelação é tão real e tangível que a distinção se torna obsoleta.
Um profeta é um homem chamado por Deus, que tem a devida autoridade para pregar. Tal profeta prega sempre a respeito de Cristo e sempre adverte com relação à iniqüidade. Reconhecemos um profeta pelos seus frutos (Mateus 7:15-20). Os frutos são os resultados que se mostram. Se o profeta é uma testemunha especial do Salvador e se ele fala a verdade, e não mente, então é um profeta verdadeiro. Todavia não é apenas e somente por observação que verificamos se um profeta é verdadeiro. A melhor maneira é orar a respeito do profeta, perguntando a Deus se ele é um profeta verdadeiro. Creio que assim é a melhor forma, por que aprendemos pelas escrituras que muitos viram os profetas fazendo milagres, e não os reconheceram como servos de Deus (Helamã 10:13). E se os reconheceram não quiseram segui-los, porque preferiam a luz ás trevas.
A revelação pode vir ainda por meio de ministração de anjos. Néfi recebeu tal dádiva (1 Néfi 1:14). Objetos sagrados podem conceder revelação – como a Liahona, no caso da família de Leí, (1 Néfi 16:10) ou o Urim e Tumim, no caso de Joseph Smith. A revelação pode vir por uma voz apercebida pelos ouvidos físicos ou uma voz na mente. Ela pode vir no coração, sendo um sentimento e impressão que indicarão uma ação.
Revelação em Néfi

Entretanto todos esses e outros ensinamentos só foram recebidos e registrados por meio da revelação. Néfi não apenas indica diversos tipos de revelação, mas esclarece como ela é recebida – o que devemos fazer para merecê-la constantemente. Creio que á assim, por que no final de seu registro ele diz, um pouco frustrado com nossa lentidão em entender o processo de revelação: “E agora eis que, meus amados irmãos, suponho que ainda meditais em vosso coração sobre o que deveis fazer, depois de haverdes entrado no caminho. Mas porque ponderais sobre essas coisas em vosso coração? (...) Vos disse estas palavras [e] se não a puderdes compreender será porque não pedis nem bateis; de modo que não sereis levados para luz, mas perecereis na escuridão. Pois eis que vos digo novamente que, se entrardes pelo caminho e receberdes o Espírito Santo, ele vós mostrará todas as coisas que deveis fazer (...) E agora, eu Néfi, não posso dizer mais; o Espírito encerra minha fala e só me resta lamentar a incredulidade e a iniqüidade e a ignorância e a obstinação dos homens; porque não procuram conhecimento nem compreendem grande conhecimento quando lhes é dado com clareza, sim, tão claramente quanto podem ser as palavras. E agora meus amados irmãos, percebo que ainda meditais em vosso coração; e é-me doloroso falar-vos sobre isso. Porque, se désseis ouvidos ao Espírito que ensina o homem a orar, saberíeis que deveis orar ” (2 Néfi 32:1, 4-5, 7-8).
Assinar:
Postagens (Atom)