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22 de mar. de 2014

Negar o Espírito Santo

O Espírito Santo é o terceiro membro da Trindade. Ele é um Deus. Possui um papel vital: que é o de testificar sobre o Pai e o Filho (I Coríntios 12:3; 3 Néfi 28:11; Éter 12:41). Quando o Espírito Santo presta testemunho, o faz de maneira tão pungente e marcante que não pode ser posto em dúvida. O Presidente Joseph Fielding Smith ensinou:

“Falando ao espírito do homem, o Espírito de Deus tem o poder de comunicar-lhe a verdade com muito mais eficiência e de forma a ser muito mais bem compreendida do que se ela fosse comunicada por contato pessoal até mesmo com seres celestiais. Por meio do Espírito Santo, a verdade é incutida nas próprias fibras e nos nervos do corpo, de maneira a não ser esquecida.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Fielding Smith, pg. 193)

Tal conhecimento – revelado por um Deus – se recusado poderá ter como consequência um pecado imperdoável.

O Senhor Jesus Cristo ensinou: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens[1]. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” (Mateus 12:31-32)

Aqueles que ouviram este ensinamento provavelmente não o entenderam completamente (assim como muitos hoje, que leem essas palavras, não o entendem). Os escribas e fariseus que acusavam Jesus de expulsar demônios pelo poder do Diabo atentavam, na ocasião da passagem acima, contra o Criador e Redentor do mundo – mas não contra o Espírito Santo. Portanto, poderiam ser perdoados. Não obstante, se blasfemassem contra o Espírito santo não seriam perdoados “nem neste século nem no futuro”.

Alma, ao explicar a seu filho rebelde sobre as terríveis consequências de se quebrar a lei da Castidade, fornicando com uma prostituta, disse: “Não sabes, meu filho, que essas coisas são uma abominação à vista do Senhor? Sim, mais abomináveis que todos os pecados, salvo derramar sangue inocente ou negar o Espírito Santo? Pois eis que, se negares o Espírito Santo, uma vez que tenha estado em ti, e tiveres consciência de que o negas, eis que isto é um pecado imperdoável; sim, e todo aquele que assassinar contra a luz e o conhecimento de Deus não obterá facilmente o perdão; sim, meu filho, afirmo-te que não lhe será fácil obter perdão.” (Alma 39:5-6)

Pedro também falou sobre aqueles que cometem o pecado imperdoável: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (2 Pedro 2:17-22)

Em Doutrina e Convênios o Senhor deu um entendimento ampliado sobre o que significa negar o Espírito Santo: “A blasfêmia contra o Espírito Santo, que não será perdoada no mundo nem fora do mundo, é cometer assassinato derramando sangue inocente e consentir em minha morte[2] depois de terdes recebido meu novo e eterno convênio, diz o Senhor Deus; e aquele que não guarda esta lei, de modo algum poderá entrar para a minha glória, mas será condenado, diz o Senhor.” (D&C 132:27)

Tendo essas escrituras em mente aprendemos o seguinte:

- Uma pessoa só é capaz de negar o Espírito Santo, se, como Alma ensinou, (1) ter recebido anteriormente o Espírito Santo e, depois, (2) conscientemente o negar. Alma usou propositalmente a palavra “consciência” – frisando que uma pessoa precisa ter um grau  elevado de conhecimento e discernimento espiritual.

- (1) Receber o Espírito Santo significa, como Pedro ensinou, escapar das corrupções do mundo, pelo poder da Expiação. Em outras palavras significa vencer o mundo por meio do “novo e terno convênio” do evangelho. Assim, nas passagens que tratam do pecado imperdoável, o sentido de “receber o Espírito Santo” extrapola o significado de participar da ordenança de confirmação, após o batismo com água. Também é muito mais do que sentir ou desfrutar dos dons do Espírito, ou receber um testemunho do evangelho. Receber o Espírito Santo é receber a plenitude do testemunho do Espírito por ter sido fiel no cumprimento dos mandamentos – é conhecer os mistérios de Deus, inclusive o “mistério da divindade” (D&C 93:27, Alma 12:10, D&C 19:10. D&C 76:94). Significa vencer pela fé e ser selados pelo Santo Espírito da promessa que o Pai derrama sobre todos os que são justos e fiéis. É adentrar na Igreja do Primogênito (D&C 76:53-54). Essa pessoa, que recebe a palavra mais segura e profecia (D&C 131:5) – ou recebe o “chamado e eleição” – é santificada. Entretanto, como o Livro de Mandamentos adverte, “existe também a possibilidade de que um homem caia da graça e aparte-se do Deus vivo” (D&C 20:32).

- (2) Negar o Espírito sem dúvida engloba o pecado (em sentido estrito) de blasfemar. Todavia, a mera maledicência – ainda que extremamente ofensiva – não constitui o pecado imperdoável. Pedro ensinou que aqueles que negam o Espírito são servos da corrupção, servos do diabo. Eles deliberadamente se desviaram do santo mandamento de Deus. Entre seus atos iníquos encontram-se a linguagem mentirosa, vaidosa e enganadora – que, com sutileza e cuidado, leva muitos inocentes a cair. Assim verificamos que as pessoas que cometem este pecado. O Salvador, em revelação moderna, ampliou o entendimento do que significa negar o Espírito, pois disse que significa “cometer assassinato derramando sangue inocente e consentir em minha morte depois de terdes recebido meu novo e eterno convênio[3].”. Em outra revelação é dito que “todos os que conhecem o meu poder e dele foram feitos participantes; e que se deixaram vencer pelo poder do diabo e negaram a verdade e desafiaram o meu poder—Estes são os filhos de perdição, de quem eu digo que melhor lhes fora nunca terem nascido; Pois são vasos de ira, condenados a sofrer a ira de Deus com o diabo e seus anjos na eternidade; Sobre os quais eu disse que não há perdão neste mundo nem no mundo vindouro—Tendo negado o Santo Espírito, depois de havê-lo recebido, e tendo negado o Filho Unigênito do Pai; tendo-o crucificado dentro de si e tendo-o envergonhado abertamente.” (D&C 76:31-35). Como consequência de tal pecado eles “irão para o lago de fogo e enxofre com o diabo e seus anjos—[e serão] os únicos sobre quem a segunda morte terá qualquer poder; Sim, em verdade, os únicos que não serão redimidos no devido tempo do Senhor depois de terem sofrido a sua ira.” (D&C 76:36-38).

A seguinte citação do Élder Bruce R. McConkie resume bem o que foi explicado acima:

"O cometimento do pecado imperdoável consiste em crucificar em si mesmo o Filho de Deus e envergonhá-lo abertamente. (Hebreus 6:4-8; D&C 76:34-35) Para cometer um crime imperdoável, o homem precisa receber o evangelho, adquirir, por revelação do Espírito Santo, o conhecimento absoluto da divindade de Cristo, e então negar 'o novo e eterno convênio mediante o qual foi santificado, chamando-o (o convênio) de coisa ímpia e ofendendo o Espírito da graça'. Portanto, comete assassínio, consentindo na morte do Senhor, isto é, tendo conhecimento perfeito da verdade, rebela-se abertamente e coloca-se em posição na qual crucificaria Cristo, sabendo perfeitamente que era Filho de Deus. Cristo é, assim, crucificado e envergonhado abertamente. (D&C 132:27.) (Mormon Doctrine, pg. 816-817.)


Negar o Espírito Santo

Requisitos
1º Receber o Espírito Santo
Significa receber um testemunho pungente do Terceiro membro da Trindade e tornar-se um eleito de Deus. Quer dizer ser santificado ou receber a palavra mais segura de profecia, após ter guardado os mandamentos.

2º Negar o Espírito Santo conscientemente
Significa crucificar o Salvador em seu coração e recusar sua Palavra após recebê-la em sua plenitude (derramando sangue inocente) e envergonhar Cristo abertamente, induzindo (inclusive por meio de palavras falsas) a si mesmo e outros a pecar e afastar-se de Deus.
Consequências
- Raiva, tristeza, maldade e infelicidade – são os sentimentos que sobejam no coração dos filhos da perdição.
- Morte Espiritual (que significa ser afastado de Deus e da salvação para toda eternidade). Trata-se de um estado de infelicidade e terror perpétuo.
Quem cometeu este pecado?
Lúcifer e um terço das hostes dos céus; Caim, e outros que negaram conscientemente o Filho, após terem-no recebido pelo poder e dom do Espírito Santo.
Teria Judas Iscariotes negado o Espírito Santo?
Judas, Serém, Corior, Davi – são personagens que pecaram gravemente – mas que não há uma declaração explicita do Senhor sobre sua condição espiritual. Profetas dos últimos dias afirmaram que Judas, por exemplo, não teria cometido o pecado imperdoável, pois não havia recebido a plenitude do Espírito Santo na ocasião (“Doutrina do Evangelho” – Joseph F. Smith). Davi, caiu de sua exaltação, mas herdará sua porção – em um reino de glória (D&C 132:39). Deve-se ter cuidado de julgar esses personagens porque não se conhece todas as circunstancias que os envolviam – e o julgamento final pertence somente a Deus
Blasfemar contra o Espírito Santo é negá-lo?
Embora várias passagens das escrituras usem a palavra “blasfêmia” ao referirem-se ao pecado imperdoável, “negar o Espírito Santo” exige mais do que desrespeitar verbalmente Deus e sua obra. As palavras são sementes para atos perversos – e as molas da iniquidade, todavia, blasfemar contra o Espírito Santo é uma expressão genérica que indica agir em desacordo com os ensinamentos do Espírito – depois de tê-los recebido da maneira mais clara e sagrada possível.





[1] Deve-se esclarecer que o Senhor é plenamente capaz, devido a seu sacrífico eterno – chamado Expiação – de perdoar todos os homens – e liberta-los de todo tipo de pecado. Todavia, os que “negam o Espírito Santo” usam seu livre-arbítrio de modo a recusar a graça do Messias. Eles colocam-se propositalmente em um lugar em que a misericórdia não pode alcança-los. Assim como Lúcifer e um terço das hostes do céu, eles se tornam opositores de tudo que é bom, justo e verdadeiro. Tornam-se filhos da perdição. E não lhes resta mais sacrífico pelos pecados (Hebreus 10:26). Assim, o pecado imperdoável só é imperdoável porque o pecador escolhe conscientemente que não irá se arrepender, e não porque a Expiação seja ineficaz. Os que pecam para morte tornam-se “vasos de ira” – e tão profundo é seu ódio para com a retidão, que lhes é impossível voltar atrás, confessar-se a Deus e mudar. Eles podem até sentir pesar, ranger os dentes e sofrer pelos seus erros – como certamente acontecerá com todos os filhos da Perdição, mais cedo ou mais tarde – mas tal angustia profunda passa longe de ser a “tristeza segundo Deus que opera o arrependimento”.
[2] As escrituras às vezes usam a frase "derramar sangue inocente" com referência à atitude daqueles que se encontram nesta condição. O Presidente Joseph Fielding Smith explicou que o ato de derramar sangue inocente não se restringe a tirar a vida de pessoas inocentes, mas também inclui tentar destruir a palavra de Deus e envergonhar a Cristo abertamente. Os que conhecem a verdade, depois combatem os servos autorizados de Jesus Cristo, estão lutando contra o Senhor, e assim são culpados do seu sangue. "Derramar sangue inocente, conforme ensinam as escrituras, significa consentir na morte de Jesus Cristo e envergonhá-lo abertamente." (Smith, Answers to Cospel Questions, voI. I, pg. 68.)
[3] O Élder Charles W. Penrose afirmou o seguinte, acerca do grau em que tal pessoa se toma cheia do espírito de Satanás: "Os que o seguiram (a Satanás) e assim se tomaram cheios de seu espírito, que é o espírito de destruição, em oposição ao espírito que produz vida, passam a pertencer ao diabo. O espírito do assassínio entra em seus corações, e eles estão dispostos a tirar a vida do próprio Filho de Deus, se por acaso ele surgisse vivo em seu caminho." (Conference Report, outubro de 1911, pg. 51)

19 de mar. de 2013

Justificação e Santificação - parte 1


As escrituras mencionam dois processos distintos, porém relacionados: justificação e santificação. Ser justificado é tornar-se limpo de mãos; ser santificado é tornar-se puro de coração. Somos justificados pela graça do Senhor, através do Espírito Santo. Somos também santificados pelo poder da Expiação. A Justificação ocorre quando vencemos o pecado, com obras de fé. A Santificação é maior - porque se dá quando vencemos a vontade de pecar. O Santo Espírito da Promessa pode selar nossas obras de modo que sejamos justificados perante Deus. Graças a Expiação podemos não apenas ser perdoados (sendo justificados), mas vencer os efeitos devastadores do pecado - e tornando-nos santos sem mácula (santificação). Os profetas antigos e modernos tem falado muito a respeito de (1) "ceder ao influxo do santo Espírito" e despojar-se do "homem natural" (justificação) e (2) tornar-se "santo pela Expiação de Cristo, o Senhor" (santificação) - Mosias 3:19. Justificação e Santificação são elementos do processo de conversão. É possível, porém, que sejamos justificados sem ser santificados. Daí, porque, precisamos clamar todos os dias pelo poder Expiatório, para que Cristo nos sele (Mosias 5:15).

Normalmente o processo de justificação e o de santificação ocorrem simultaneamente, de forma gradual e quase são imperceptíveis. Quando nos propomos a não pecar, e obtemos exito nesse empenho, pela graça do Senhor e pelo poder do Espírito Santo, somos justificados. Por exemplo, decidimos não ver pornografia. Nossa persistência nessa boa obra fará com que o Espírito Santo da Promessa torne a mesma aceitável ante Deus. Tornamo-nos justos. Entretanto, é necessário tirar a vontade de pecar de nosso coração. Somente pelo sangue de Cristo podemos substituir nosso desejos maus pelos bons, substituir o coração de pedra pelo de carne. Seguindo o exemplo dado, precisamos não só deixar de ver pornografia (justificação), mas deixar de desejar vê-la (santificação). Quando nos transformamos em novas criaturas - ou mudamos nosso desejos - isso acontece pelo poder da Expiação - então somos santificados.

A bênção culimante da Justificação é ser perdoado, andar sem culpa, desfrutar de dons espirituais e viver entre os santos.
A bênção culminante da santificação nesta vida é receber "a palavra mais segura de profecia" (D&C 131:5) e ver a face divinal, recebendo o Segundo Consolador (D&C 93:1, GEE "Consolador") E o maior de todos os dons de Deus, depois dessa vida mortal, para aqueles que nascerem de novo, tornarem-se como uma criancinha, subirem ao monte do Senhor limpo de mãos e com o coração puro - é a de receberem a vida eterna (D&C 6:13).

Reuni abaixo escrituras e citações que ensinam sobre a Justificação. Em outra ocasião reunirei passagens sobre a santificação.


Escrituras e citações sobre Justificação

Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.
Bradem de júbilo e se alegrem os que desejam a minha justificação, e digam a minha justificação, e digam continuamente: Seja engrandecido o Senhor, que se deleita na prosperidade do seu servo.
Então a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor o dia todo.
Salmos 35:26-28, Tradução Antiga

Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.
Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O SENHOR seja engrandecido, o qual ama a prosperidade do seu servo.
E assim a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor todo o dia.
Salmos 35:26-28, Tradução Atual

Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justificação que de mim procede, diz o Senhor.
Isaías 54:17, Tradução Antiga

Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR.
Isaías 54:17, Tradução Atual

Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
Romanos 2:13, Tradução Atual

 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência;  e sem se enfraquecer na fé, [Abraão]considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer.
Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça. Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado; mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação.
Romanos 4:18-25, Tradução Antiga

O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, [Abraão] não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
 Assim isso lhe foi também imputado como justiça. Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
Romanos 4:18-25, Tradução Atual

Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida.
 Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.
Romanos 5:16-19, Tradução Antiga

E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.
Romanos 5:16-19, Tradução Atual

E sabemos que todos os homens precisam arrepender-se e crer no nome de Jesus Cristo e adorar ao Pai em seu nome e perseverar com fé em seu nome até o fim; do contrário não podem ser salvos no reino de Deus.
 E sabemos que a justificação pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é justa e verdadeira
D&C 20:29-30

E a lei do país, que for constitucional, que apoiar o princípio da liberdade na observância de direitos e privilégios, pertencerá a toda a humanidade e será justificável perante mim.
(...)
Contudo, vosso inimigo está em vossas mãos; e se o recompensardes de acordo com suas obras, estareis justificados; e se ele procurou tirar-vos a vida e vossa vida estiver em perigo por causa dele, vosso inimigo encontra-se em vossas mãos e estais justificados.
 (...)
Então eu, o Senhor, lhes daria um mandamento e justificaria os que saíssem para batalhar contra essa nação, língua ou povo.
(...)
Eis que isto é um exemplo para todos, diz o Senhor vosso Deus, de justificativa perante mim.
D&C 98: 5, 31, 36, 38

Que ninguém, portanto, censure meu servo Joseph, porque eu o justificarei; pois ele fará o sacrifício que exijo de suas mãos por suas transgressões, diz o Senhor teu Deus.
E também, no tocante à lei do sacerdócio: Se um homem desposar uma virgem e desejar desposar outra e a primeira der seu consentimento; e se ele desposar a segunda e elas forem virgens e não estiverem comprometidas com qualquer outro homem, então ele estará justificado; ele não pode cometer adultério, porque elas lhe foram dadas; pois ele não pode cometer adultério com o que lhe pertence e a ninguém mais.
E se dez virgens lhe forem dadas por essa lei, ele não estará cometendo adultério, porque elas lhe pertencem e lhe foram dadas; portanto ele está justificado.
D&C 132:60-62

E então recebestes espíritos que não pudestes compreender e os recebestes como se fossem de Deus; e nisto estais justificados?
Eis que vós mesmos respondereis a esta pergunta; não obstante, serei misericordioso para convosco; aquele dentre vós que for fraco, no futuro será tornado forte.
D&C 50:15-16

Portanto nisto meu servo Edward Partridge não é justificado; contudo, que se arrependa e será perdoado.
D&C 50:39

Eis que meu Espírito está sobre ti; portanto todas as tuas palavras justificarei; e as montanhas fugirão diante de ti e os rios desviar-se-ão de seu curso; e tu permanecerás em mim e eu, em ti; portanto anda comigo.
Moisés 6:34

Pois pela água guardais o mandamento, pelo Espírito sois justificados e pelo sangue sois santificados
Moisés 6:60

E os homens são ensinados suficientemente para distinguirem o bem do mal. E a lei é dada aos homens. E pela lei nenhuma carne é justificada; ou seja, pela lei os homens são rejeitados. Sim, pela lei natural foram rejeitados e também pela lei espiritual são privados daquilo que é bom; e tornam-se miseráveis para sempre.
2 Néfi 2:25

E muitos também dirão: Comei, bebei e diverti-vos; não obstante, temei a Deus—ele justificará a prática de pequenos pecados; sim, menti um pouco, aproveitai-vos de alguém por causa de suas palavras, abri uma cova para o vosso vizinho; não há mal nisso. E fazei todas estas coisas, porque amanhã morreremos; e se acontecer de sermos culpados, Deus nos castigará com uns poucos açoites e, ao fim, seremos salvos no reino de Deus.
2 Néfi 28:8

Verá a agonia de sua alma e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento o meu servo justo a muitos justificará, porque tomará sobre si as iniquidades deles
Mosias 14:11

Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.
Isaías 53:11, Tradução Atual

E em verdade vos digo, como disse antes: Aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, ou se alguém em seu coração cometer adultério, não terá o Espírito, mas negará a fé e temerá.
(...)
E agora eis que eu, o Senhor, vos digo que não sois justificados, porque estas coisas existem entre vós.
D&C 63:16, 19

E aquele que não se arrepender de seus pecados e não os confessar, trareis perante a igreja e fareis com ele conforme vos dizem as escrituras, seja por mandamento ou por revelação.
E isso fareis para que Deus seja glorificado—não porque não os perdoais, não tendo compaixão, mas para que sejais justificados aos olhos da lei, para que não ofendais aquele que é vosso legislador.
D&C 64:12-13

E a todo reino é dada uma alei; e toda lei também tem certos limites e condições. Todos os seres que não se conformam a essas condições não são justificados.
D&C 88:38-39

Em verdade vos digo, meus amigos: Falo-vos com minha voz, sim, a voz de meu Espírito, a fim de mostrar-vos minha vontade relativa a vossos irmãos da terra de Sião, muitos dos quais são verdadeiramente humildes e procuram zelosamente adquirir sabedoria e encontrar a verdade.
Em verdade, em verdade vos digo: Bem-aventurados são eles, porque vencerão; pois eu, o Senhor, mostro misericórdia a todos os mansos e a todos os que eu quiser, para que eu seja justificado quando os levar a julgamento.
D&C 97:1-2

Cremos que todos os homens devem apelar para as leis civis a fim de conseguir reparação de todas as injúrias e agravos, quando se lhes infligirem maus-tratos pessoais ou infringirem-se seus direitos à propriedade ou reputação, onde existirem leis para protegê-los; mas cremos que todos os homens são justificados por se defenderem e defenderem seus amigos e seus bens e o governo de ataques ilegais e de violações de direitos cometidos por qualquer pessoa, quando não se puder apelar de imediato às leis nem se puder obter auxílio.
D&C 134:11

Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.  Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.
Mateus 12:36-37, Tradução Antiga

Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.
Mateus 12:36-37, Tradução Atual

Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano.
 O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.
 Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
 Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, o pecador!
 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Lucas 18:10-14, Tradução Antiga

Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Lucas 18:10-14, Tradução Atual

Seja-vos pois notório, varões, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados.
E de todas as coisas de que não pudestes ser justificados pela lei de Moisés, por ele é justificado todo o que crê.
Atos 13:38-39, Tradução Antiga

Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados.
E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.
Atos 13:38-39, Tradução Atual

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (...) Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé
Tiago 2:17, 24, Tradução Atual

"Ficar isento de punição pelos pecados e ser declarado sem culpa. Uma pessoa é justificada pela graça do Salvador por meio de sua fé nele, a qual é demonstrada pelo arrependimento e obediência às leis e ordenanças do evangelho. A expiação de Jesus Cristo possibilita à humanidade arrepender-se e ser justificada ou perdoada do castigo que de outra forma receberia."
GEE "Justificação, Justificar"

                "O Presidente Stephen L. Richards deu-nos uma definição em três partes do que seria um quórum do sacerdócio. Ele disse que um quórum do sacerdócio são três coisas: “primeiro, uma classe de alunos; segundo, uma fraternidade; terceiro, uma unidade de serviço” (Conference Report, outubro de 1938, pg. 118)
                Há muitos anos, aprendi como um quórum trabalha nesses três aspectos, ao assistir a uma reunião de um grupo de sumos sacerdotes, numa pequena comunidade do sul do Wyoming. A lição daquela semana era sobre justificação e santificação. Logo no início da aula, ficou evidente que o professor estava bem preparado para instruir seus irmãos. Então, uma pergunta suscitou uma resposta que mudou todo o curso da aula.
                Respondendo àquela pergunta, um irmão comentou: “Ouvi com grande interesse o que foi apresentado na aula. Mas veio à minha mente a ideia de que a informação apresentada será esquecida em pouco tempo se não encontrarmos um meio de colocarmos em prática em nossa vida diária o que foi exposto na lição”. Daí, ele começou a propor um curso de ação.
                Na noite anterior, um cidadão da comunidade havia falecido. A esposa era membro da Igreja, embora o seu marido não tivesse sido. Aquele sumo sacerdote tinha visitado a viúva para apresentar-lhe suas condolências. Ao deixar a casa depois da visita, passou os olhos pela bela fazenda do irmão falecido. Aquele homem dedicara grande parte de sua vida e de seu trabalho para formar aquela fazenda. A alfafa estava pronta para ser cortada; os grãos em breve estariam prontos para serem colhidos. Como aquela pobre irmã conseguiria dar conta dos problemas que subitamente se abateram sobre ela? Ela precisaria de tempo para organizar a própria vida em relação às suas novas responsabilidades. Ele então propôs ao grupo que colocasse em prática o princípio que estava sendo ensinado — trabalhando com a viúva para manter sua fazenda ativa até que ela e a família encontrassem uma solução mais definitiva. O restante da reunião foi utilizado para organizar o projeto de auxílio à viúva.
                Ao sairmos da sala de aula, havia um bom sentimento entre os irmãos. Ouvi um deles comentar ao passar pela porta: “Esse projeto é justamente aquilo que precisávamos como grupo para trabalharmos juntos novamente”. Uma lição fora ensinada, uma irmandade fortalecida e um projeto de serviço organizado para ajudar uma pessoa necessitada."
Elder L. Tom Perry, "Chamados por Deus", A Liahona, Novembro de 202, pg. 7-8

                "Somente por causa da Expiação de Jesus Cristo é que existe a opção do arrependimento. É Seu infinito sacrifício que “proporciona aos homens meios para que tenham fé para o arrependimento” (Alma 34:15). O arrependimento é a condição necessária e a graça de Cristo é o poder pelo qual “a misericórdia pode satisfazer as exigências da justiça” (Alma 34:16). Nosso testemunho é este: “Sabemos que a justificação [ou o perdão dos pecados] pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é justa e verdadeira; E sabemos também que a santificação [ou purificação dos efeitos do pecado] pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é justa e verdadeira, para todos os que amam e servem a Deus com todo o seu poder, mente e força” (D&C 20:30–31)."
Élder D. Todd Christofferson, "A Divina Dádiva do Arrependimento", A Liahona, Novembro de 2011, pg. 38-39

                “Queridos irmãos, é algo que todos os santos devem fazer livremente a seus irmãos — amá-los e ajudá-los sempre. Para sermos justificados diante de Deus precisamos amar uns aos outros; (...) podemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos e ser fiéis nas tribulações”.
Joseph Smith, History of the Church, volume 2, p. 229.

                "Deus ensinou essas coisas a Adão no princípio. Ele disse a Adão: “sendo que haveis nascido no mundo pela água e sangue e espírito que eu fiz e assim vos haveis transformado de pó em alma vivente, do mesmo modo tereis de nascer de novo no reino do céu, da água e do Espírito, sendo limpos por sangue, sim, o sangue de meu Unigênito; para que sejais santificados de todo pecado (…); pois pela água guardais o mandamento, pelo Espírito sois justificados e pelo sangue sois santificados” (Moisés 6:59–60). Em outras palavras, o batismo do arrependimento pela água leva ao batismo do Espírito. O Espírito traz a graça expiatória de Cristo, simbolizada por Seu sangue, tanto para justificar (ou perdoar) nossos pecados, como para nos santificar (ou limpar) dos efeitos do pecado, tornando-nos limpos e santos diante de Deus.
                As escrituras registram que “Adão clamou ao Senhor e foi arrebatado pelo Espírito do Senhor e foi levado para a água e foi mergulhado na água e foi tirado da água. E assim ele foi batizado e o Espírito de Deus desceu sobre ele; e assim ele nasceu do Espírito e foi vivificado no homem interior. E ele ouviu uma voz do céu, dizendo: Foste batizado com fogo e com o Espírito Santo (…). Eis que tu és um em mim, um filho de Deus; e assim possam todos tornar-se meus filhos [e filhas]” (Moisés 6:64–66, 68)."
Élder D. Todd Christofferson, "Nascer de Novo", A Liahona, Maio de 2008, 1° Nota de Rodapé, pg. 79

12 de set. de 2012

A Árvore da Vida


               Quando Deus criou a Terra, plantou um Jardim à oriente do Éden para que o homem e a mulher desfrutassem do privilégio de sua presença por um tempo. Neste Jardim animais de todo tipo foram trazidos a Adão e ele os nomeou (Gênesis 2:20). Também havia todo tipo de vegetação, pelo qual deduzimos que Adão também as denominou. Duas árvores especiais foram colocadas no Jardim. Deus chamou uma de árvore do conhecimento do bem e do mal, e outra de árvore da vida (Gênesis 2:8-9). Leí ensinou que às duas árvores eram vitais para que o homem exercesse arbítrio e iniciasse a mortalidade (2 Néfi 2:15-16). A árvore da vida, como o próprio nome sugere concedia imortalidade. E a árvore do conhecimento do bem e do mal possuía um fruto proibido, que se comido, transformaria os corpos vivificados pelo espírito em corpos mortais, de sangue. Adão e Eva podiam comer livremente da árvore da vida, mas não podiam comer da Árvore do bem e do mal. Eles desobedeceram a Deus e se tornaram mortais. Se comessem do fruto da árvore da vida na ocasião de sua transgressão se tornariam imortais, mas impuros - e seriam afastados para sempre da presença de Deus, sem possibilidade de redenção. É por isso que Deus colocou querubins e uma espada flamejante para impedir que Adão e Eva estendessem a mão e vivessem para sempre em seus pecados. Foi concedido um tempo de arrependimento. Quando o homem estivesse pronto, poderia provar do fruto da Árvore da Vida e desfrutar, com um corpo imortal, da presença de Deus (Alma 42:5, 8 - a leitura do capítulo todo é fortemente recomendada).
                Quando Leí teve uma visão do Plano de Salvação viu uma árvore a qual Néfi chamou de Árvore da Vida (1 Néfi 15:36). Essa Árvore possuía frutos brancos e deliciosos que enchiam o corpo e o espírito de alegria intensa (1 Néfi 8:11-12). Néfi, que teve a mesma visão que Leí (seu pai), aprendeu que o significado dessa árvore era o amor de Deus (1 Néfi 11:21-22, 25). A Árvore da Vida portanto é símbolo da Expiação de Jesus Cristo.
                Assim, a Árvore da Vida representa a santificação advinda do poder do Salvador, porque é pelo sangue de Cristo que somos santificados (Moisés 6:60). Essa santificação elimina a culpa e a dor, enche a alma de alegria e salva e exalta os filhos de Deus (Helamã 3:35). É possível, porém, que aqueles que provaram desse fruto se envergonhem de Cristo e caiam da graça e apertem-se do Deus vivo, por caminhos desconhecidos (1 Néfi 8:28, 33).
                Por todas essas considerações verificamos que só comemos o fruto da árvore da vida quando vencemos. E só vencemos depois de ter percorrido o caminho estreito e apertado, no meio da névoa de escuridão (1 Néfi 8:23-24, 30). Comer o fruto é receber a palavra mais segura de profecia - que é ter a exaltação confirmada (D&C 131:5). Como a barra de ferro é a palavra de Deus (1 Néfi 11:25) e o caminho estreito e apertado são os convênios e ordenanças[1], nosso empenho em agarrar com firmeza a barra de ferro e caminhar com resolução nos conduz tão somente ao chamado e eleição (GEE "Vocação e Eleição"). Isso deixa claro o que João quis dizer em Apocalipse 2:7: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus."



[1] O caminho estreito e apertado é o casamento, disse o Presidente Harold B. Lee (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee, pg. 111). Antes do casamento no Templo, entretanto, há outros convênios e ordenanças. O primeiro é o batismo. Por isso chamamos o batismos de primeiro convênio ou a porta (2 Néfi 31:17). Podemos resumir os requisitos para salvação, que formam o caminho estreito e apertado, da seguinte maneira: (1) fé em Jesus Cristo e (2) arrependimento, (3) batismo, (4) recebimento do dom do Espírito Santo (batismo de fogo) e perseverança até o fim. Perseverar até o fim é (5) receber o sacerdócio (somente os homens), (6) casar-se no Templo e (7) continuar a guardar os mandamentos até que o Senhor nos justifique, santifique e nos sele para exaltação. O casamento sem a perseverança é vão, pois o Santo Espírito da Promessa retirará o selo aprovador e não haverá validade por conta da iniquidade.

7 de jun. de 2012

Templo


                No domingo (10/06/12) o Templo de Manaus será dedicado - o que significa que se tornará um local sagrado, uma Casa de Deus. O Guia de Estudo Para as Escrituras (GEE) define o significado do Templo: "Literalmente, a casa do Senhor. O Senhor sempre ordenou a seu povo que construísse templos, edifícios sagrados nos quais os membros dignos da Igreja realizam cerimônias e ordenanças sagradas do evangelho para si próprios e em favor dos mortos. O Senhor visita seus templos, e por isso eles são os locais mais sagrados de adoração na Terra."
                Poucas pessoas entendem o significado do Templo. Para muitos o templo é sinônimo de recinto religioso - um lugar onde as pessoas praticam sua religião e adoram seu deus. Nossa própria Constituição Federal dá esse sentido amplo aos templos, ao dizer que são imunes de impostos (artigo 150, inciso V). Não culpo os constituintes ou qualquer outra pessoa por definirem templo como sinônimo de capela, mesquita, ermida, santuário, salão religioso, sinagoga, etc. - eles não compreendiam - e nem tinham como compreender a extensão, profundidade e alcance da palavra Templo. Um Templo não é um lugar comum. Não é um lugar aberto a qualquer pessoa. É um lugar reservado, separado. É, como já falei, santo. Embora, em minha religião, as capelas sejam dedicadas à Deus, e sejam consideradas lugares santos - de adoração e comunhão - os Templos são diferenciados. E deve ser assim. Há algumas coisas que só acontecem no Templo. E são tão especiais, que não saímos comentado sobre elas.
                Uma das provas de que o Templo é diferenciado é que se exige uma preparação para se entrar lá. É necessário uma recomendação. Essa recomendação é obtida após duas entrevistas - uma com o bispo (ou um de seus conselheiros) e outra com o presidente de estaca (ou um de seus conselheiros). Nessas entrevistas há perguntas sobre dignidade e fé. Caso os entrevistados não respondam apropriadamente as perguntas não poderão obter uma recomendação. O padrão para entrar no Templo é alto - porque Deus disse que nada impuro entraria em Sua Casa (1 Néfi 10:21). O desejo do Senhor, porém, é que todos os seus filhos possam ir ao Templo. Devem, porém, antes de fazê-lo, ser batizados, receber o dom do Espírito Santo e guardar os mandamentos.
                Antes do Templo ser dedicado, porém, há um breve período de visitação pública - onde todos são convidados. Tive o privilégio de servir como missionário de tempo integral na época em que o Templo de Curitiba estava para ser dedicado, e quando houve um convite a toda população para que entrasse no templo durante uma visitação pública. Mais de 40 mil pessoas visitaram o Templo. Fui testemunha ocular do poder do Templo na vida das pessoas que não eram de minha fé.  Quando elas, independente de quem eram e do que acreditavam, atravessavam o umbral da casa do Senhor sentiam, sem exceção, o poder de Deus e se sentiam compelidas a reconhecer que Deus santificara aquele lugar e que lá era a casa Dele, um lugar santidade (D&C 109:13).
                Mesmo antes de dedicado, o Templo emanava um espírito celestial. De modo que abençoava todos os que ali pisavam. De fato, a impressão causada na mente dos visitantes foi tão grande que muitos se arrependeram e aceitaram o batismo por água. Até meu irmão, que servia como missionário na Bahia, na época, batizou uma família que visitara o Templo de Curitiba, e havia se impressionado tanto que sentira um forte desejo de unir-se à Igreja.
                Quando um Templo é edificado o inferno treme de raiva, mas os céus se rejubilam. Os Templos são um portal para as bênçãos mais sublimes de Deus. Há um conhecimento e alegria  reservados aos santos que entram e frequentam o Templo (2 Néfi 9:43)
                Neste domingo 138o Templo será dedicado. Que alegria! Podemos aproveitar essa ocasião para dedicaremos ou re-dedicarmos nossa vida a Deus; ou aperfeiçoarmos nosso comprometimento para com as coisas do evangelho e para com o Templo. Podemos procurar entender mais profundamente sobre o propósito dos Templos e podemos aumentar nossa fé e gratidão pelo sacrifício dos santos e pela misericórdia do Pai.
 Para saber mais sobre o Templo acesse: http://www.lds.org/church/temples?lang=por
Para saber mais sobre o Templo de Manaus acesse: http://www.saladeimprensamormon.org.br/artigo/templo-de-manaus-abre-suas-portas-ao-publico

Fatos sobre o Templo de Manaus(fonte: www.saladeimprensamormon.org.br)

Planos Anunciados: 23 de maio de 2007
Abertura de Terra: 20 de junho de 2008
Visitação Pública: 18 de maio a 2 de junho de 2012, exceto aos domingos
Celebração Cultural: Sábado, 9 de junho de 2012
Dedicação: Domingo, 10 de junho de 2012, três sessões
Localização: Avenida Coronel Teixeira, 3162, Ponta Negra, Manaus, Brasil
Tamanho da Propriedade: 7,7 acres
Tamanho do Edifício: aproximadamente 3.000 metros quadrados
Altura do Edifício: 34,1 metros sem considerar a estátua dourada do Anjo Morôni de 4,3 metros – altura total de 38,4 metros
Características do Exterior: Revestimento: Granito Branco Paris, do Brasil
Vitral: Vitral tradicional, projetado pelo Art Glass Studios, de Salt Lake City, Utah, EUA

Características do Interior
Padrão de Cores: Azul e tons de terra
Murais: Murais originais de Alexandre Reider, arte original de Leon Parson e Alexandre Reider
Piso Interior: Piso interior em granito Giallo Ornamental, acentuado com granito Giallo Jasmim e Azul Imperial do Brasil e toques de Mármore Emperador Light e Crème Marfil da Turquia e da Espanha.
Madeiras: A maioria das madeiras utilizadas no interior é madeira ipê e tauari do Brasil.
Lustres: Lustres de cristal de chumbo estilo Tiffany e cristais Swarovski feitos sob encomenda.

Arquitetos: GSBS Architect, Salt Lake City, Utah, EUA / JCL Arquitetos, Olinda, Brasil  
Empreiteira: Construtora Hoss, São Paulo, Brasil
Quando dedicado, o Templo de Manaus Brasil será o 138º templo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no mundo e o sexto no Brasil. Os outros templos no Brasil estão localizados em Recife, Campinas, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Outro templo está em construção em Fortaleza.
O Templo de Manaus Brasil servirá a aproximadamente 40.000 santos dos últimos dias em 80 congregações

5 de out. de 2010

Quem nós julgará no último dia? Como será o julgamento final? Como podemos nos preparar?

O Pai deu ao Filho todo Juízo (João 5:22). Cristo é o Juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10:42 e Moises 6:57). Ele julgará todas as nações no grande e último dia (Isaías 2:4). Entretanto, chamará outros para o ajudarem neste trabalho. Os Doze apóstolos que ele escolheu, com exceção de Judas Iscariotes, que o traiu (outro foi colocado em seu lugar) julgarão toda Casa de Israel (Mateus 19:28, Lucas 22:30, D&C 29:12). Os Doze apóstolos nefitas serão julgados pelos Doze de Jerusalém, entretanto eles julgarão os descendentes de Leí (1 Néfi 12:9-10, Mórmon 3:18-19). Os Doze apóstolos de nossa época nos julgarão. Os detalhes desse grande julgamento não nós foi revelado.

Sabemos que esses líderes que nos julgarão usarão o Livro de Vida (D&C 128:7) – registro mantido nos céus, que possui todas as boas e más obras, bons e maus desejos, pensamentos de luz e trevas, oportunidades aproveitadas ou negligenciadas, injustiças cometidas ou recebidas, e palavras de amor ou de ódio de uma pessoa. A palavra “livro” foi usada nas escrituras, pois é a melhor palavra para descrever esse tipo de registro. Todavia, certamente este relato, que é perfeito e que contém todos os detalhes da vida e suas circunstancias, é mais que um calhamaço de papéis onde os anjos escrevem com uma pena. É mais potente que o melhor dos computadores que o homem pode criar. Imagino que se pudéssemos ler esse livro teríamos uma perfeita noção do que aconteceu em dado momento, veríamos os fatos de um episodio pelos olhos da pessoa que esta sendo julgada, veríamos suas intenções e seu propósito, veríamos as outras pessoas daquela situação e suas intenções, poderíamos ver as coisas invisíveis ao olho natural, como os espíritos de luz e trevas, teríamos um perfeita noção da capacidade, criação e entendimento daquela pessoa.
Cristo não é só o juiz, mas também nosso advogado junto ao Pai (D&C 45:3). Ele só será o advogado daqueles que exercerem fé me Seu nome, se arrependerem se seus pecados, forem batizados, receberem o dom do Espírito Santo e perseverarem até o fim, ou daquele que morreram como criancinhas e dos que não tiveram oportunidade de conhecer a verdade do evangelho. Aqueles que não forem fieis serão riscados do Livro da Vida (Apocalipse 20:15).
Outros registros serão também usados no julgamento (Apocalipse 20:12). Os livros da Terra serão levados como prova dos atos realizados na provação. Entre esses livros encontramos os diários pessoais, as placas de escrituras, os registros da Igreja e todo relato feito pelos homens bons e maus.
Nossa mente armazena nossa história, bem como nosso espírito. Tais livros – o livro de nossa mente e espírito – serão abertos no último dia. Além de tudo isso, Cristo pode convocar testemunhas para depor contra ou a favor de alguém (Morôni 10:27).

É importante lembrarmos que chegará o dia que teremos que prestar contas neste Grande Julgamento Final. Essa lembrança nós faz viver da maneira que devemos viver, conscientes de nosso dever para com Deus. Não obstante, a prestação de contas não precisa acontecer apenas no Grande e Último Dia e o resultado do julgamento não precisa esperar até o Grande e Último Dia (Pregar Meu Evangelho pg. 161).
Alguns homens adquiriram a certeza de que teriam exaltação. Na realidade adquiriram uma condição de seres exaltados na mortalidade (Mórmon 2:19). Eles confirmaram o seu Chamado e Eleição (GEE “Vocação e eleição”). Outros adquiriam uma condição de filhos da perdição, o que significa que não tem nenhuma opção de salvação (Moisés 5:24). Em outras palavras podemos definir agora qual será o resultado do julgamento. Tanto Caim como Mórmon serão ainda julgados no Grande e Último Dia. Entretanto, foi enquanto estavam na carne, isto é, na mortalidade, que souberam o resultado de seu julgamento final.
O que quero deixar claro é que nós podemos adiantar o resultado julgamento final. Na verdade somos incentivados a fazê-lo (II Pedro 1). Quando recebemos a palavra mais segura de profecia teremos certeza de nossa exaltação (D&C 132:5), sendo santificados pelo sangue (Moisés 1:60). Todavia é possível que um homem caia da graça e aparte-se do Deus vivo e torne-se servo do diabo (D&C 20:32). Aquele resultado então é revogado pelo Santo Espírito da Promessa e a pessoa é condenada as Trevas.

A melhor forma de se preparar para o julgamento final é guardando os mandamentos. O Salvador ensinou:
“Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mateus 25:31-46)

Que possamos lembrar sempre daquele “glorioso dia, quando a justiça será administrada aos justos”(2 Néfi 9:46) e “a misericórdia [ser-nos-á] restituída novamente; a justiça [ser-nos-á] restituída novamente; um julgamento justo [ser-nos-á] restituído novamente; e novamente [seremos] recompensado com o bem” (Alma 41:14). Que prestemos contas diariamente a Deus em oração, arrependendo-nos e nos santificando, porque diz virá em que estaremos diante do Grande Jeová – e será um dia terrível para os iníquos e glorioso para os juntos. Que nos lembremos desse dia e vivamos como Deus espera.
Ver também “Princípios do Evangelho” pg. 279 e “Juízo Final” GEE.

4 de ago. de 2010

Outro Consolador


A seção 88 de Doutrina e Convênios foi chamada por Joseph Smith de uma “folha de oliveira tirada da Árvore do Paraíso” e também de “a mensagem de paz do Senhor para nós”. Essa seção se destina aos santos dos últimos dias e é tão cheia em conteúdo doutrinário e mistérios de Deus que é considerada uma das partes mais ricas das obras-padrão. Seus muitos ensinamentos se analisados formariam um livro. Não é essa minha pretensão, analisar todos os pontos dessa incrível seção. Entretanto desejo aprofundar-me em dois ou três temas mencionados.


Outro Consolador
“Portanto, agora vos envio outro Consolador, sim, a vós, meus amigos, para que habite em vosso coração, sim, o Santo Espírito da promessa; esse outro Consolador é o mesmo que prometi a meus discípulos, como registrado no testemunho de João. Esse Consolador é a promessa de vida eterna que vos faço, sim, a glória do reino celestial; Cuja glória é a da igreja do Primogênito, sim, de Deus, o mais santo de todos, por intermédio de Jesus Cristo, seu Filho” (D&C 88:3-5)
O profeta Joseph Smith aprendeu por revelação que o outro Consolador é o Senhor Jesus Cristo e não o Espírito Santo, como o mundo cristão pensa (GEE ‘Consolador, D&C 130:3).
Se uma pessoa se tornar limpa de mãos e pura de coração (Salmos 24:3-6), for justificada e santificada (Moisés 6:60), se verdadeiramente nascer de Novo – se despojando do homem natural (Mosias 3:19, 5:15), então poderá subir ao monte da Casa do Senhor e ir até o lugar santo – ou Santo dos Santos – e receber a palavra mais segura de profecia (D&C 131:5), tendo a confirmação do chamado e eleição (II Pedro 1:10-11) – sendo selada para vida eterna por alguém que possua autoridade (D&C 105:35-36).
O chamado e eleição é uma ordenança (D&C 84:20-24, João 13:15). E um dos privilégios de quem recebe tal bênção é adentrar na Igreja do Primogênito, que é a igreja dos que vivem no reino celestial (D&C 76:50-55, 93:22; Hebreus 12:22-23). Esse abençoado ser poderá desfrutar da companhia de seres celestiais e receber a ministração do próprio Senhor ressurreto de tempos em tempos (GEE “Consolador”).
Parece que nesta ocasião os irmãos que haviam se reunido obtiveram essa promessa tão almejada e santa (D&C 88:1-3).
Para obter tal bênção um homem precisa viver a lei do reino celestial (D&C 88:22). Essa lei é o evangelho de Jesus Cristo. O ponto central do evangelho é a Expiação do Salvador. Por meio da expiação os dons da fé, do arrependimento, do batismo, do Espírito Santo e da perseverança são validados para nós. Para que uma pessoa entre no reino celestial deve viver toda lei: deve ter fé em Cristo, se arrepender de todos os seus pecados, ser batizada, receber o dom do Espírito Santo, perseverar até o fim – o que significa receber o sacerdócio (as mulheres não precisam), ser investido de um poder do alto no Templo, ser selado com o conjugue para eternidade e receber a palavra mais segura de profecia, o chamado e eleição tem que ser ratificado pelo Santo Espírito da Promessa – e depois disso deve-se perseverar até que Deus diga “esta bem” (Mateus 25:21).
Sei que Deus esta ansioso para revelar sua face e tornar-se nosso Consolador Pessoal (D&C 93:1). Todavia, ele é cauteloso, paciente e sábio (3 Néfi 17:2). Se não estivermos preparados o grande conhecimento revelado de modo prematuro levaria a queda e apostasia (como os judeus, Jacó 4:14), e não a santificação e exaltação. Os que pecam contra tão grande luz tornam-se filhos da perdição (D&C 76:35).

5 de mai. de 2010

EXPIAÇÃO

Vou investigar a parte mais importante do plano de Deus: a Expiação de Jesus Cristo. Tal averiguação é certamente a mais difícil de se tratar. Não que a Expiação de Jesus Cristo não possa ser suficientemente compreendida por qualquer mortal penitente, pois o Espírito pode nós ensinar que “além dele não há Salvador algum” e pode nós mostrar sua grande sabedoria e maravilhosos caminhos. A dificuldade consiste em explicar a “extensão de sua obra” a qual “ninguém pode descobrir” (D&C 76:1-2, itálicos adicionados).

De fato esse é um mistério de Deus, que nossa mente finita não pode suportar, exatamente porque a Expiação foi infinita. Como Alma disse há muitos mistérios, que permanecem ocultos, e que somente Deus conhece (Alma 40:3). A escritura a seguir expressa o que tento dizer:
“E este é o evangelho, as alegres novas, que a voz do céu nos testificou— Que ele veio ao mundo, sim, Jesus, para ser crucificado pelo mundo e para tomar sobre si os pecados do mundo e para santificar o mundo e purificá-lo de toda iniqüidade; Para que, por intermédio dele, fossem salvos todos os que o Pai havia posto em seu poder e feito por meio dele; Ele que glorifica o Pai e salva todas as obras de suas mãos, exceto os filhos de perdição, que negam o Filho depois que o Pai o revelou.”
“Portanto ele salva todos exceto esses, os quais irão para o castigo infinito, que é castigo sem fim, que é castigo eterno, para reinar com o diabo e seus anjos na eternidade, onde seu bicho não morre e o fogo é inextinguível, o que é seu tormento— E homem algum conhece o seu fim nem seu lugar nem seu tormento; Nem foi revelado nem é nem será revelado ao homem, exceto àqueles que dele forem feitos participantes; Contudo eu, o Senhor, mostro-o em visão a muitos, mas imediatamente torno a encerrá-la; Portanto seu fim, sua largura, altura, profundidade e miséria eles não compreendem, nem homem algum, a não ser os que são ordenados a essa condenação” (D&C 76:40-48, itálicos adicionados).
Para nós, Cristo sofreu de uma forma incompreensível. Ele sofreu como um filho da perdição. Ele “subiu ao alto, como também desceu abaixo de todas as coisas, no sentido de que compreendeu todas as coisas, para que fosse em tudo e através de todas as coisas, a luz da verdade” (D&C 88:6). De fato Ele “compreende todas as coisas” (D&C 88:41). Aqueles que se tornarem filhos da perdição entenderão o que Ele passou ao beber a “taça amarga” (Marcos 14:36, Alma 40:26, D&C 19:15-19). Os que forem exaltados como deuses também entenderão plenamente a expiação, pois estarão cheios de luz e o “corpo que é cheio de luz compreende todas as coisas” (D&C 88:67).
Enquanto na mortalidade, não podemos compreender a totalidade da Expiação. Dia virá em que a entenderemos (D&C 130:8-10). Para que isso ocorra temos que hoje buscar diligentemente entender o sacrifício de Cristo, mesmo que sua plenitude seja inexplicável a nós. Pois quanto mais O entendemos mais próximos ficaremos Dele e da exaltação (D&C 131:6). Devemos crescer linha sobre linha, preceito sobre preceito (2 Néfi 28:30) até que tenhamos um conhecimento perfeito (2 Néfi 9:14).
Talvez fosse isso que Paulo quisesse dizer ao orar pelos antigos efésios pedindo que estivessem “arraigados e fundados em amor” para que pudessem “perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” e “conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Entretanto, não irei explicar tudo o que um ser mortal é capaz de entender sobre o sacrifício de Cristo. O motivo é simples: há muitas coisas que Jesus fez “e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (João 21:25). Além disso, cada um deve sentir-se responsável em buscar o Senhor por si só (Atos 17:27, D&C 37:4).
Basta a escritura que se segue para perceber a magnitude do assunto: “todas as coisas têm sua semelhança e todas as coisas são criadas e feitas para prestar testemunho de mim, tanto as coisas [temporais] como as coisas que são espirituais; coisas que estão acima nos céus e coisas que estão na Terra e coisas que estão dentro da terra, tanto acima como abaixo: todas as coisas prestam testemunho de mim.” (Moisés 6:63, Alma 30:41-44).
O céu, o mar, os animais, os fósseis, as sementes, as estrelas e toda criação; a videira, a candeia, o templo, o maná e todos os símbolos das escrituras; a cobra de metal, a rocha ferida, Isaque no monte Moriá, os profetas santos como prefiguração do Messias; e até tudo o que existe nas escrituras, no testemunho, no que vemos, sentimos, ouvimos e percebemos – tudo, visível ou invisível – testifica do Cristo, pré-mortal, moral e ressurreto e mais especificamente sobre sua missão de expiar toda a Criação.
O Plano de Deus inclui três grandes eventos: Criação, Queda e Expiação. Esses três “pilares da eternidade”, como Elder Bruce R. McConkie os chama, por serem pontos fundamentais do Plano, estão intimamente inter-relacionados. Sua ligação é tal que se não houver um não pode haver outro. Ou seja, se não houvesse Criação, não haveria Queda; e se Adão não caísse, Jesus Cristo seria completamente desnecessário.
A queda de Adão e Eva afastou toda criação que conhecemos da presença de Deus. Os homens foram afastados tanto física como espiritualmente de sua presença. Portanto duas mortes acometeram todos os que vieram a gozar do Segundo Estado: a morte física e a morte espiritual (Alma 42:9, Moisés 6:48). Cristo veio a Terra com a expressa missão de vencer tanto uma morte como outra (I Coríntios 15:21-23, 2 Néfi 9:12). Ele era o único com poder de fazer isso por ser pré-ordenado para essa missão (I Pedro 1:20), por ser filho Unigênito do Pai (João 1:14, 3:16), e por ser perfeito – sem pecados (Mosias 14:9).
A palavra Expiação significa reconciliar. Expiação é o sacrifico de Jesus Cristo, que inclui seu sofrimento no Jardim do Éden, o injusto julgamento, a ida até Gólgota, a morte na cruz e finalmente a gloriosa ressurreição (GEE Expiação). A Expiação de Jesus Cristo: (1) é o ponto mais importante do Evangelho; (2) é o fato mais transcendental de toda criação; (3) é o maior poder que existiu, existe ou existirá; (4) é infinita e eterna; (5) proporciona a divina Misericórdia (graça); e (6) é o elemento essencial para salvação e exaltação de toda criação.

A Expiação é o ponto mais importante do Evangelho. O Evangelho de Jesus Cristo foi resumido por seu autor:
“Eis que vos dei o meu evangelho e este é o evangelho que vos dei—que vim ao mundo para fazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou. E meu Pai enviou-me para que eu fosse levantado na cruz; e depois que eu fosse levantado na cruz, pudesse atrair a mim todos os homens, a fim de que, assim como fui levantado pelos homens, assim sejam os homens levantados pelo Pai, para comparecerem perante mim a fim de serem julgados por suas obras, sejam elas boas ou más— E por esta razão fui levantado; portanto, de acordo com o poder do Pai, atrairei todos os homens a mim para que sejam julgados segundo suas obras.”
“E acontecerá que aquele que se arrepender e for batizado em meu nome, será satisfeito; e se perseverar até o fim, eis que eu o terei por inocente perante meu Pai no dia em que eu me levantar para julgar o mundo. E aquele que não perseverar até o fim será cortado e lançado no fogo, de onde não mais voltará, em virtude da justiça do Pai.”
“E esta é a palavra que ele deu aos filhos dos homens. E por esta razão ele cumpre as palavras que proferiu; e não mente, mas cumpre todas as suas palavras. E nada que seja imundo pode entrar em seu reino; portanto nada entra em seu descanso, a não ser aqueles que tenham lavado suas vestes em meu sangue, por causa de sua fé e do arrependimento de todos os seus pecados e de sua fidelidade até o fim.”
“Ora, este é o mandamento: Arrependei-vos todos vós, confins da Terra; vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia. Em verdade, em verdade vos digo que este é o meu evangelho (...)”

A Expiação é o fato mais transcendental de toda criação. Em Alma 7:7, o profeta nefita ensina “que muitas coisas estão para vir”, mas “há uma coisa mais importante que todas as outras – pois eis que não [estava] longe o tempo em que o Redentor [viveria e estaria] no meio de seu povo”.
Leí disse o quanto seria importante tornar a Expiação conhecida aos habitantes da Terra “para que saibam que nenhuma carne pode habitar na presença de Deus a menos que seja por meio dos méritos e misericórdia e graça do Santo Messias, que dá sua vida (...) e toma-a novamente” (2 Néfi 2:8).
De fato, não houve e nunca haverá acontecimento de maior relevância e transcendência.

A Expiação é o maior poder que existiu, existe ou existirá.
Paulo disse: “Porque estou certo que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o provir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que esta em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

A Expiação de Jesus Cristo é a maior expressão de caridade.
“A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; (...) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estes três, mas o maior destes é a caridade” (I Coríntios 13:8-13, em algumas traduções a palavra “caridade” foi substituída por “amor”).
Morôni entendia isso e pode ensinar: “meus amados irmãos, se não tendes caridade, nada sois, porque a caridade nunca falha. Portanto, apegai-vos à caridade, que é, de todas, a maior, porque todas as coisas hão de falhar – Mas a caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem” (Morôni 7:45-46).
Não há dor que a expiação não cure, não há pecado que ela não perdoe e não há injustiça que não concerte. Tudo que foi desfeito e refeito. Tudo que é destruído é reconstruído. O poder capacitador e restaurador, o poder justificador e santificador – são expressões do poder misericordioso que vem pela Expiação.
O poder da expiação é presente, e pode ser invocado agora. Também tem efeitos no passado e no futuro. A Expiação, por exemplo, elimina a culpa passada do pecado, concede sustento atual com dons espirituais e garante uma ressurreição entre os justos no futuro.
A expiação possibilita a fé no passado, a caridade no presente e a esperança no futuro. Temos fé em Cristo porque Ele nos amou primeiro e morreu por nós. Agimos dignamente, exercendo amor para, que por meio de seu sangue possamos voltar a viver com Deus em felicidade infinita – ai reside nossa esperança (I João 4:17-21).
Temos esperança por causa da Expiação. Temos fé porque Cristo morreu por nós. E temos caridade, porque é impossível agradar a Deus e merecer a misericórdia sem esse divino atributo:
“E novamente, meus amados irmãos, gostaria de falar-vos sobre a esperança. Como podeis alcançar a fé a não ser que tenhais esperança? E o que é que deveis esperar? Eis que vos digo que deveis ter esperança de que, por intermédio da expiação de Cristo e do poder da sua ressurreição, sereis ressuscitados para a vida eterna; e isto por causa da vossa fé nele, de acordo com a promessa. Portanto, se um homem tem fé, ele tem que ter esperança; porque sem fé não pode haver qualquer esperança. E novamente, eis que vos digo que ele não pode ter fé nem esperança sem que seja manso e humilde de coração. Sem isso sua fé e esperança são vãs, porque ninguém é aceitável perante Deus, a não ser os humildes e brandos de coração; e se um homem é humilde e brando de coração e confessa, pelo poder do Espírito Santo, que Jesus é o Cristo, ele precisa ter caridade; pois se não tem caridade, nada é; portanto ele precisa ter caridade. (...) Portanto, meus amados irmãos, rogai ao Pai, com toda a energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor que ele concedeu a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo; que vos torneis os filhos de Deus; que quando ele aparecer, sejamos como ele, porque o veremos como ele é; que tenhamos esta esperança; que sejamos purificados, como ele é puro. Amém.” (Morôni 7:40-44, 48).

A Expiação é Infinita e Eterna.
O alcance da Expiação extrapola a realidade temporal e espacial. A expiação tem efeito a todas as criações anteriores e todas as posteriores de Deus.
Disse Alma: “nada pode haver, a não ser uma expiação infinita, que seja suficiente para os pecados do mundo” (Alma 34:12). Jacó ensinou: “é necessário que haja uma expiação infinita—porque se a expiação não fosse infinita, esta corrupção não poderia revestir-se de incorrupção” (2 Néfi 9:7).
A Expiação é Eterna por que foi um Deus Eterno (Moisés 7:35), que era e é de eternidade em eternidade (D&C 20:17), que desceu abaixo de todas as coisas.
Jeová disse: “Eis que eu sou aquele que foi preparado desde a fundação do mundo para redimir meu povo. Eis que eu sou Jesus Cristo. Eu sou o Pai e o Filho. Em mim toda a humanidade terá vida e tê-la-á eternamente, sim, aqueles que crerem em meu nome; e eles tornar-se-ão meus filhos e minhas filhas” (Éter 3:14). Seu sacrifício é infinito e eterno por que os efeitos de sua expiação são infinitos e eternos.

A Expiação proporciona a divina Misericórdia (graça).
“Todas as coisas hão de falhar” disse Morôni (Morôni 7:46). De fato, todas as coisas são passiveis de falha exceto a caridade – que é o maior atributo. É, portanto, a maior virtude e o maior poder, como já demonstrado.
Sem caridade ninguém pode satisfazer a Justiça de Deus. Isso porque é a caridade de Cristo, manifesta em Sua Expiação, que concede a Divina Misericórdia. Nas palavras de Paulo os atos de serviço abnegado a fé extraordinária de nada servem sem a caridade (I Coríntios 13).
Alma ensinou sobre a Justiça e Misericórdia de modo muito claro a seu filho rebelde:
“E agora lembra-te, meu filho, de que, se não fosse pelo plano de redenção (deixando-o de lado), assim que eles morressem sua alma se tornaria miserável, sendo afastada da presença do Senhor. E não havia meio de resgatar os homens desse estado decaído que o homem trouxera sobre si, em virtude de sua própria desobediência.”
“Portanto, de acordo com a justiça, o plano de redenção não poderia ser realizado senão em face do arrependimento dos homens neste estado probatório, sim, neste estado preparatório; porque, a não ser nestas condições, a misericórdia não teria efeito, pois destruiria a obra da justiça. Ora, a obra da justiça não poderia ser destruída; se o fosse, Deus deixaria de ser Deus. E assim vemos que toda a humanidade se encontrava decaída e estava nas garras da justiça; sim, da justiça de Deus que a condenara a ser afastada de sua presença para sempre.”
“Ora, o plano de misericórdia não poderia ser levado a efeito se não fosse feita uma expiação; portanto o próprio Deus expia os pecados do mundo, para efetuar o plano de misericórdia, para satisfazer os requisitos da justiça, a fim de que Deus seja um Deus perfeito, justo e também um Deus misericordioso.”
“Ora, o arrependimento não poderia ser concedido aos homens se não houvesse um castigo tão eterno como a vida da alma, estabelecido em oposição ao plano de felicidade, também tão eterno como a vida da alma. Ora, como poderia um homem arrepender-se, se não houvesse pecado? Como poderia ele pecar, se não houvesse lei? E como poderia haver lei, a não ser que houvesse castigo?”
“Ora, um castigo foi fixado e foi dada uma lei justa que trouxe o remorso de consciência ao homem. Ora, se não tivesse sido dada uma lei—que, se um homem assassinasse, deveria morrer—teria ele medo de morrer, se assassinasse?”
“E também, se não tivesse sido dada lei alguma contra o pecado, os homens não teriam medo de pecar. E se não tivesse sido dada a lei, que poderia a justiça ou mesmo a misericórdia fazer se os homens pecassem, uma vez que não teriam direito sobre a criatura?”
“Mas foi dada uma lei e fixado um castigo e concedido um arrependimento, arrependimento esse que é reclamado pela misericórdia; do contrário, a justiça reclama a criatura e executa a lei e a lei inflige o castigo; e se assim não fosse, as obras da justiça seriam destruídas e Deus deixaria de ser Deus.”
“Deus, porém, não deixa de ser Deus e a misericórdia reclama o penitente; e a misericórdia advém em virtude da expiação: e a expiação efetua a ressurreição dos mortos: e a ressurreição dos mortos devolve os homens à presença de Deus; e assim são restituídos a sua presença para serem julgados de acordo com suas obras, segundo a lei e a justiça.”
“Pois eis que a justiça exerce todos os seus direitos e a misericórdia também reclama tudo quanto lhe pertence; e assim ninguém, a não ser o verdadeiro penitente, é salvo.”
“Acaso supões que a misericórdia possa roubar a justiça? Afirmo-te que não; de modo algum. Se assim fosse, Deus deixaria de ser Deus. E assim Deus realiza seus grandes e eternos propósitos, que foram preparados desde a fundação do mundo. E assim ocorre a salvação e a redenção dos homens e também sua destruição e miséria.” (Alma 42:11-26)
Em resumo pode-se afirmar que a Misericórdia advinda da expiação tem efeito para os que se arrependem.
A Graça de Cristo é o poder capacitador que advém da Expiação. Porque todos pecamos a graça de Cristo compensa nossas falhas, faltas e incapacidades. Somos salvos pela graça (2 Néfi 10:24, Atos 15:11), mas somente depois de tudo que pudermos fazer (2 Néfi 25:23).

A Expiação é o elemento essencial para salvação e exaltação de toda criação.
A Expiação abençoa a toda criação. Mesmo os que se tornarem filhos da perdição nesta vida, terão, após este estado, um corpo ressurreto graças à expiação. Todos os animais e todos os elementos desta Terra serão ressurretos e glorificados graças ao sacrifício de Cristo (Moisés 7:48, 58-61). A expiação salva e exalta tudo e todos, exceto os da Perdição (D&C 76:43):
“A tua misericórdia, Senhor está nos céus, e a tua fidelidade chega até as mais excelsas nuvens. A tua justiça é como as grandes montanhas; e os teus juízos são um grande abismo [ali caem os que praticam a iniqüidade; cairão, e não se poderão levantar]. Senhor tu conservas os homens e os animais” (Salmos 36:5-6, 12).

A Expiação concederá um julgamento final aos filhos de Deus (Alma 41:2-3; 3 Néfi 27:14)
A expiação também salvará e exaltará os homens que morrerão crianças ou não tiveram conhecimento da verdade durante a mortalidade, mas aceitariam o evangelho (Mosias 3:16, 21; Morôni 8:10; D&C 137:7-10).
A Expiação poderá exaltar os outros homens (isto é, todos os que não morrem como criancinhas) se as condições da misericórdia forem satisfeitas. Elas são apresentadas por Jacó ao falar de Cristo:
“E ele vem ao mundo para salvar todos os homens, se eles derem ouvidos a sua voz; pois eis que ele sofre as dores dos homens, sim, as dores de toda criatura vivente, tanto homens como mulheres e crianças, que pertencem à família de Adão.”
“E ele sofre isto para que todos os homens ressuscitem, para que todos compareçam diante dele no grande dia do julgamento. E ordena a todos os homens que se arrependam e sejam batizados em seu nome, tendo perfeita fé no Santo de Israel, pois do contrário não poderão ser salvos no reino de Deus. E se não se arrependerem, não acreditarem em seu nome, não forem batizados em seu nome nem perseverarem até o fim, serão condenados, pois o Senhor Deus, o Santo de Israel, disse-o” (2 Néfi 9:21-24, itálicos adicionados).
Os requisitos são claros: “E nada que seja imundo pode entrar em seu reino; portanto nada entra em seu descanso, a não ser aqueles que tenham lavado suas vestes em meu sangue, por causa de sua fé e do arrependimento de todos os seus pecados e de sua fidelidade até o fim. Ora, este é o mandamento: Arrependei-vos todos vós, confins da Terra; vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia” (3 Néfi 27: 19-20).
Mais simples e claro ainda são as palavras do Salvador na ocasião em que se apresentou aos nefitas pela primeira vez: “E os que crerem em mim e forem batizados, esses serão salvos; e eles são os que herdarão o reino de Deus. E os que não crerem em mim e não forem batizados, serão condenados” (3 Néfi 11:33-34).

Eu sei que isso é verdade.