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25 de mar. de 2013

"Encheu-me a alma de imensa alegria"


E aconteceu que vi uma árvore cujo fruto era desejável para fazer uma pessoa feliz.
E aconteceu que me aproximei e comi de seu fruto; e vi que era o mais doce de todos os que já havia provado. Sim, e vi que o fruto era branco, excedendo toda brancura que eu já vira.
E enquanto eu comia do fruto, ele encheu-me a alma de imensa alegria; portanto comecei a desejar que dele também comesse minha família; porque sabia que era mais desejável que qualquer outro fruto.
(1 Néfi 8:12-14)

                Leí recebeu uma extraordinária revelação através do dom do Espírito chamado sonho ou visão. Ele mesmo diz: "Eis que sonhei um sonho, ou em outras palavras tive uma visão" (1 Néfi 8:2)- esse aparente pleonasmo perde o aspecto vicioso quando compreendemos que o sonho pode ser "um dos meios pelos quais Deus revela sua vontade aos homens e às mulheres na Terra" e que "os sonhos inspirados são resultado da fé" (GEE "Sonho"). Assim Leí quis dizer: "Eis que sonhei um 'sonho inspirado'" ou "Eis que sonhei um Sonho, que é um dom espiritual".
                Embora o sonho tenha sido direcionado primeiramente para Leí, sua família e sua posteridade futura, esse sonho é extremamente importante para todos os homens - porque contém princípios eternos.
                Recentemente aprendi mais sobre os três versículos que mencionei acima.
                Leí viu uma árvore que era desejável para fazer uma pessoa feliz. Através de Néfi, aprendemos que a árvore simbolizava o amor de Deus (3 Néfi 11:22). A brancura do fruto simboliza a pureza. Quando Leí se aproximou e comeu do fruto sentiu sua alma encher-se de imensa alegria.
                Na revelação moderna aprendemos que o "espírito e o corpo são a alma do homem" (D&C 88:15). Essa importante explicação nos dá a entender que a alma é a união do corpo físico com o espírito infinito. Nem sempre, evidentemente, nas obras-padrão, a palavra "alma" é usada em seu sentido mais especifico - muitas vezes é tão somente sinônimo de espírito. Mas no caso de 1 Néfi 8, o Senhor fez-me entender que "alma" comporta o significado dado em Doutrina e Convênios (corpo + espírito).
                Quando recebi essa revelação aprendi que o fruto da árvore da vida beneficia tanto o corpo físico, como o espírito eterno. Ao refletir um pouco lembrei de como, na minha missão de tempo integral, eu vira muitas vezes essa verdade. Pessoas ignorantes, imundas e incivilizadas se transformaram por provarem os doces frutos da Expiação, em pessoas sábias, limpas e nobres.
                A Expiação, que é a maior manifestação do amor de Deus, faz com que recebamos bênçãos temporais e espirituais que não podem ser todas mensuradas e citadas. Graças a Expiação todos nós teremos nosso corpo físico imortalizado - sem aflições, doenças e dores; e também teremos nosso espírito salvo em um dos grandiosos reinos de glória (GEE "Salvação", "Expialção"). Todavia, existem milhares de bênçãos que recebemos imediatamente ao provarmos a expiação nesta vida. Eis algumas: sentir maior amor, desenvolver os atributos de Cristo: honestidade, fé, esperança, conhecimento ,etc; ter mais vigor físico e emocional; receber revelações diárias; ter o poder capacitador de realizar muita coisa boa; etc.
                Quando Leí sentiu os benefícios ardentes e imediatos da Expiação (perceba que ele apenas começou a comer do fruto e já teve a alma cheia de alegria), desejou compartilhar essa bênçãos imediatamente. Isso ensina muito a respeito de pregar o evangelho. Sentimo-nos mais dispostos a transmitir as verdades de Deus quando entendemos melhor a expiação de Jesus Cristo. E isso quer dizer que se não temos um desejo natural de pregar o evangelho, significa que não estamos provando o fruto da Expiação como deveríamos. Há uma "imensa alegria" tanto para o corpo quanto para o espírito ao provarmos a expiação de Jesus Cristo. Sei que isso é verdade. E também sei que devo esgotar minhas forças para convidar as pessoas a sentirem a maior alegria para alma (1 Néfi 11:23).

22 de mai. de 2010

Alma 56:16 - Abatidos Física e Espiritualmente

“Sim, e achavam-se abatidos física e espiritualmente, porque haviam guerreado valorosamente durante o dia e trabalhado durante a noite para conservar suas cidades; e assim haviam sofrido grandes aflições de todo tipo.”
Aqueles que estão abatidos fisicamente muito provavelmente terão seus espíritos afligidos. Pensem em alguém que está desnutrido e desidratado há muitos dias: esta pessoa não vai querer ouvir uma mensagem do evangelho – por mais glorioso que o Espírito seja – ela vai querer água e comida.
Essas necessidades físicas são tão fortes em nosso estado mortal, que o Senhor nos deu a lei do Jejum para aprendermos a controlar nosso corpo, apetites e paixões (GEE Jejum). Os desejos da carne podem ser dominados até que possamos dizer como Jesus que a nossa comida é fazer a vontade de Deus (João 4:34).
Uma das lições mais importantes que podemos aprender na mortalidade é dominar o tabernáculo que nos foi dado. Se conseguirmos fazê-lo, ele se tornará um templo do Espírito de Deus e crescerá, na ressurreição, na mesma proporção de nosso espírito – tornando-se belo e forte para Deus (I Coríntios 3:16-18; II Coríntios 4: 8-18).
Ainda neste estado podemos nos desenvolver a tal ponto que as aflições da carne – como a fome, a sede e o cansaço não possam impedir nosso espírito de agir. Mesmo aflitos podemos realizar muito. Vemos exemplos desses nas escrituras. A fome, sede e cansaço não fizeram Néfi murmurar, mas o fizeram ir atrás de alimento (1 Néfi 16:16-32). Após jejuar quarenta dias e quarenta noites – e estar muito debilitado fisicamente, o Salvador venceu Satanás e suas tentações (Mateus 4:1-11). Os homens do acampamento de Sião padeceram muito, e embora alguns murmurassem, muitos resistiram às pressões físicas e tornaram-se líderes na Igreja (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, p. 141-151)
Vemos assim que as dificuldades da carne podem aproximar uma pessoa de Deus ou afastá-la Dele. A diferença reside na escolha individual. Certo é que Deus não dará uma tentação acima do que podemos suportar (I Coríntios 10:13).