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3 de mai. de 2010

Os dinossauros existiram? Qual a posição das doutrinas do evangelho restaurado com relação aos dinossauros?

Adoro dinossauros. Dês de pequeno me maravilho com essas criaturas fantásticas. Se eu fosse criar um mundo colocaria terópodes em vez de felinos e saurópodes em vez de elefantes, rinocerontes e cavalos. Em minha imaginação, meu mundo seria repleto de dinossauros – dos mais variados: grandes e pequenos, rápidos e lentos. Mas essa minha idéia me sobrevém pelas influencias mitológicas e cinematográficas da infância. Só dei essa introdução pessoal para dizer que gosto muito desses extintos animais dês de pequeno.


Tenho comprado muito livros, visto vários filmes e documentários e desenhado milhares de vezes os dinossauros. Paralelamente aos anos em que meu desejo paleontológico crescia, meu testemunho das Verdades do Evangelho florescia com intensidade. O conflito ocorreu naturalmente quando eu tinha doze ou trezes anos: se os dinossauros existiram, onde se encaixavam no plano de salvação?
Claro que os dinossauros viveram. Apesar de alguns recusarem a obviedade de sua existência – não há como se negar a realidade de que viveram – pois há milhares de fósseis desses animais já descobertos em todo o mundo. A pergunta que eu tinha em mente pode ser a de muitos santos dos últimos dias. Por isso quero compartilhar algumas das verdades que me foram reveladas na busca dessa questão.
A primeira coisa que aconteceu comigo, quando esse conflito entre as verdades do evangelho veio foi ter que decidir o que era mais importante. Felizmente fiz a escolha certa. Disse aos pensamentos céticos que ficassem calados, pois eles não me traziam alegria. Quanto aos pensamentos de testemunho e fé eu me agarrava a eles, com a convicção de que fé não é ter um perfeito conhecimento das coisas (Alma 32:21). Ao posicionar as prioridades de conhecimento – colocando o reino de Deus e a verdade acima de tudo e todos, permiti que a dúvida se tornasse um pergunta. Ora a dúvida não vem de Deus, e sempre destrói a fé (3 Néfi 8:4, D&C 60:7). Mas as perguntas são boas (1 Néfi 15:3). Elas demonstram a Deus que desejamos aprender. De fato, por meio de perguntas os profetas têm grandes visões e revelações (D&C 9:8, D&C 77:1, JSH 1:18). Foi uma pergunta que fez com que Joseph restaurasse o evangelho. A dúvida e hesitação fizeram com que grandes homens tropeçassem e recuassem (3 Néfi 2:1, D&C 58:29), perdendo assim a recompensa de prosseguir com fé.
Com a pergunta em mente, continuei a viver, guardando os mandamentos de Deus. Não fiquei ocioso sobre a questão. Mergulhei com profundidade nas teorias cientificas e nas doutrinas do evangelho. Olhando para trás, vejo que os dinossauros acabaram por me conceder um gosto maior pelo estudo constante e diligente do evangelho. Também aprendi na mocidade a buscar aprender de homens sábios. Como eu estava curioso buscava aprender por todos os meios possíveis. Perguntei a vários líderes da Igreja sobre o assunto. Infelizmente alguns deles, em vez de dizerem simplesmente que não sabiam sobre a questão, desejaram explicar coisas que não entendiam e causaram-me mais confusão. Todavia, o Senhor me ajudou. Por exemplo, um certo líder me disse que acreditava que os dinossauros morreram na época do dilúvio. Mas logo recusei tal teoria, porque os dinossauros são animais – e Noé colocou todo animal, inclusive todo réptil que se movia sobre a Terra na arca. A explicação desse líder era de que os dinossauros eram muito grandes, e por isso não cabiam na arca. Mas ele se equivocou, pois existiram dinossauros pequenos, do tamanho de coelhos e galinhas. Além disso, os fósseis datam de um tempo muito mais remoto do que do dilúvio. Os gigantes mencionados em Gênesis não são dinossauros, são pessoas – grandes como Golias (Gênesis 6:4, Números 13:33, I Samuel 17:4, Moisés 8:18).

Sendo que eu não encontrava nada coerente na literatura do evangelho e nas conversas com membros da Igreja, decidi escrever para Primeira Presidência da Igreja. Eu o fiz. A carta era bem grande. Além das questões sobre dinossauros, perguntava sobre outras coisas como, por exemplo, se devia, ou podia, estudar paleontologia. Depois de várias semanas a resposta chegou. Abri com ansiosidade o envelope da primeira presidência e vi, que a carta-resposta consistia numa única página. O élder F. Michael Watson, que na época era secretário da Primeira Presidência (e hoje é do primeiro Quorum dos Setentas) disse que os irmãos haviam lido minha correspondência e solicitado que eu fosse respondido com amor. A carta dizia que “o Senhor não revelou a conexão dos dinossauros com o Plano de Salvação (...) Quanto à decisão se você deve ou não estudar paleontologia é algo que você irá decidir junto com o Senhor.”
Fiquei grato pela resposta. Mesmo que a resposta fora “não sabemos”. Minha pergunta se calou. Muitas outras perguntas vieram em decorrência da primeira. Algumas consegui uma resposta após buscar diligentemente. Outras ainda se encontram arquivadas em minha mente, esperando uma resposta, que EU SEI QUE VIRÁ quando eu estiver preparado.(D&C 19:22, 132:45)  Aprendi que alguns assuntos são mais importantes que outros (Lucas 10:38-42). Alguns membros da Igreja dizem que “isso não é importante para nossa salvação” e por isso deve ser deixado de lado. Concordo que algumas coisas devem ser deixados de lado em face de outras mais importantes. Todavia, todo conhecimento é benéfico (D&C 88:79, 118), e não acho que minha busca tenha sido vã. De fato, aprendi princípios importantes que eu não creio que aprenderia de outra forma.
Mais tarde o Senhor me mostrou muito mais a respeito dos dinossauros. Élder Talmage, um apóstolo, que escreveu “Jesus, o Cristo”, era geólogo e estudava as rochas e os fósseis. Utah é um dos lugares onde há mais fósseis de dinossauros no mundo – lá se encontra o “Monumento Nacional do Dinossauro”. Neste Estado morava Élder Talmage. Ele disse: Os animais fossilizados – que incluem os dinossauros “viveram e morreram, de era em era, enquanto a Terra ainda não estava pronta para o homem ser colocado nela.” (Tradução livre de “Questions and Answers,” Tambuli, Apr 1988, 29–32; http://www.lds.org/ldsorg/v/index.jsp?vgnextoid=f318118dd536c010VgnVCM1000004d82620aRCRD&locale=0&sourceId=f2418b5c1dbdb010VgnVCM1000004d82620a____&hideNav=1).
Li, certo dia, em Doutrina e Convênios 101:32-34:
“Sim, em verdade vos digo: No dia em que o Senhor vier, ele revelará todas as coisas— Coisas passadas e coisas ocultas que nenhum homem conheceu, coisas da Terra pelas quais foi feita e seu propósito e seu fim— Coisas muito preciosas, coisas que estão no alto e coisas que estão em baixo, coisas que estão dentro da terra e sobre a terra e nos céus.” Quando li “coisas que estão dentro da Terra” foi como se lesse “fósseis”. Aprendi, pois o Espírito me confirmou, que o conhecimento que busco será revelado plenamente no milênio, e não agora. Reconheci, então, que por amor e justiça não sabemos todas as coisas. Se entendêssemos tudo isso seria uma prova de que alguém finito e mortal, como nós, criou tudo. E se Deus nos dissesse tudo o que quiséssemos isso seria para nós maldição em vez de bênção (Jacó 4:14), pois não podemos suportar todas as coisas (D&C 50:40, 78:18).
Os fósseis são uma evidencia de que Deus vive. Ele preparou todas as coisas para que viéssemos a Terra, fôssemos provados e voltássemos a presença Dele (1 Néfi 10:18). Os fósseis representam a oportunidade dos homens reconhecerem que não sabem nada, exercerem fé em Cristo e se santificarem a fim de aprenderem mais. Uma das teorias mais aceitas é que os restos sedimentares de animas (como os dinossauros) e plantas sob certas condições peculiares se transformam em petróleo debaixo da terra. Se for assim, o Senhor, sabendo que usaríamos tanto essa substancia em nossa época permitiu que os fósseis permanecessem embaixo da Terra para, no certo tempo, desfrutarmos do petróleo – tão essencial em nossos dias.

Os dinossauros viveram. São criação de Deus. Eles foram extintos. Isso não esta em desacordo com o evangelho, pois Deus extingue os animais (Isaías 50:2, D&C 133:68). Eles ressuscitarão, pois o sacrifício de Cristo foi para toda Criação (D&C 76:43). Aprenderemos mais sobre eles no devido tempo do Senhor. Os estudos de geologia, paleontologia e arqueologia que nada tem haver com o evangelho devem ser recusados se combaterem a fé (II Timotéo 2:23, Tito 3:9). Teorias que colocam dúvidas sobre a verdade do evangelho devem ser questionadas, e não questionar as verdades fundamentais do Plano. Ter perguntas em mente é bom e saudável para nosso crescimento e progresso. O teste da fé é essencial nesse Estado mortal.
Não expus mais, mas pretendo fazê-lo no futuro. Pretendo esclarecer sobre a teoria da evolução. Evidentemente os dinossauros não se encaixam somente no contexto da teoria da evolução de Darwin.
Como santos dos últimos dias podemos olhar os dinossauros como criações de Deus, sem especular onde Deus decidiu não revelar. Estudos sérios devem ser sempre apoiados, mas nenhum estudo comprovará a falsidade das verdades do evangelho. Eu sei que isso é verdade.

2 de mai. de 2010

Questões Polêmicas: Homossexualismo

Numa recente aula de sociologia da faculdade, o professor solicitou a apresentação dos temas recentes que achávamos mais polêmicos no Direito e na Sociedade. Quando temas como aborto, adoção de crianças por casais homossexuais, patente, extradição e diminuição da maioridade penal foram sugeridos, pensei: qual a opinião do Senhor a respeito de cada um desses temas? Para alguns dos temas, eu tinha uma resposta na ponta da língua, por me lembrei do que aprendera ao estudar as escrituras. Para outros, percebi que precisava de mais conhecimento. Decidi mergulhar nas escrituras para verificar o que o Senhor nos diz a respeito do homossexualismo.

O tão debatido relacionamento homo-afetivo – ou, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um tema muito complexo. Embora eu não deseje tornar esse blog um lugar de polêmica, creio que minha posição deve ser colocada. Essa posição se baseia nos padrões do evangelho restaurado de Jesus Cristo, como ensinado nas escrituras antigas e modernas.

Do ponto de vista dos homossexuais: esta ocorrendo uma discriminação absurda! Eles, que são pessoas livres para escolher viver como quiserem, estão sendo incomodados e até duramente afligidos e perseguidos.
As questões são muitas, e envolvem diversas áreas. Imagine, por exemplo, que um casal homossexual viva maritalmente por anos. Um deles morre. Todo patrimônio que eles adquiriram juntos vai para a família – para os pais do falecido, e não para o companheiro. Isso é justo? Isso é legal? Isso é moralmente correto? Isso é religiosamente aceitável? É economicamente tolerável? Assim percebe-se que o problema persiste além de uma resposta jurídica sobre o reconhecimento de bens ou da união estável.
Os homossexuais sentem que o preconceito resultante de casos semelhantes ao do exemplo gera intolerância, perseguição e perda dos direitos fundamentais – como liberdade, respeito, igualdade e direito de locomoção.
Quero dizer claramente que sou contra a discriminação e perseguição. Sou contra a intolerância. Eu não tenho preconceito contra os homossexuais – tenho antes um CONCEITO. Tal conceito vem da crença que vive um Deus e que ele ama todos os seus filhos. Esse conceito recusa toda e qualquer forma de homossexualismo como prática aceitável. Ora, bem sabemos que a família foi ordenada por Deus (Ver “Família Proclamação ao Mundo”) – e que Deus criou o homem a sua imagem, e a mulher foi criada da costela de Adão. Deus os casou e ordenou que tivessem filhos (Gênesis 1:26-28, 2:21-24). A família segue o modelo dos céus. Porquê? Porque não existe outra maneira do homem ser feliz. Se alguém tentar e trilhar outro caminho – qualquer outro caminho, que não seja seguir o que Deus ordenou – a infelicidade, ruína e morte serão o destino dessas pessoas.
Mas a maior parte dos que defendem o comportamento homo-afetivo recusam imediatamente qualquer explicação teológica a respeito do assunto. Para eles, não é uma questão de Deus, é uma questão de homens. A Moral, a Política e o Direito devem estar separados da Religião. Cada um deve ter a religião que julga conveniente e permitir que todos desfrutem da vida como bem entendem. Eles frequentemente lembram que o Estado é Laico, e que não precisam ouvir explicações religiosas sobre sua sexualidade.
Embora sejamos gratos pelo arbítrio e o defendamos com a vida se necessário, somos, como povo do Senhor, rápidos em anunciar o pecado e o perigo moral. Não devemos ceder a teorias e argumentos ilusórios e persuasivos. A verdade é absoluta existe, e vem de Deus. Se não tivermos padrões é bem fácil ser enganado por todo vento de doutrina e filosofia de homens conspiradores.
Falando sobre a decadência moral o Presidente Monson disse algo que, pro analogia se aplica ao assunto que estou apresentando: "Há muitos lugares [no mundo] onde a religião é coisa do passado e não há quem contra-ataque a cultura do compre, gaste, use, ostente, porque você merece. A mensagem é a de que a moralidade é uma coisa ultrapassada, a consciência é para os frouxos, e a ordem dominante é: ‘Não se deixar apanhar’”. Meus irmãos e irmãs, isso — infelizmente — descreve grande parte do mundo ao nosso redor. Será que nos afligimos, com desespero e assombro, imaginando como vamos sobreviver num mundo como esse? De fato, temos em nossa vida o evangelho de Jesus Cristo, e sabemos que a moralidade não é coisa ultrapassada, que nossa consciência existe para nos guiar e que somos responsáveis por nossas ações. Embora o mundo tenha mudado, as leis de Deus permanecem constantes. Elas não mudaram, e não vão mudar. Os Dez Mandamentos são o que são: mandamentos. Não são sugestões. São tão obrigatórios hoje quanto o eram quando Deus os deu aos filhos de Israel." (Presidente Thomas S. Monson, Novembro de 2011, pg. 83)

O Presidente Packer contou o seguinte em um Conferência Geral que ilustra a busca por uma solução humana para problema do comportamento homossexual : "Há vários anos, visitei uma escola em Albuquerque. A professora me contou a respeito de um menino que levou um gatinho para a sala de aula. Como podem imaginar, isso interrompeu tudo. Ela pediu que ele mostrasse o gatinho para as crianças da sala. Tudo ia bem até que uma das crianças perguntou: “É um gatinho macho ou fêmea?” Não querendo entrar naquela lição, a professora disse: “Não importa. É só um gatinho”. Mas elas insistiram. Por fim, uma das crianças levantou a mão e disse: “Eu sei como ficar sabendo”. Resignada em enfrentar a questão, a professora perguntou: “Como é que sabemos?” E o aluno respondeu: “Podemos fazer uma votação!”
Podem rir com esta história, mas se não ficarmos alertas, há pessoas hoje em dia que não apenas toleram, mas defendem a votação para mudar leis que legalizariam a imoralidade, como se um voto pudesse de alguma forma alterar os desígnios das leis de Deus e da natureza. Uma lei contrária à natureza seria impossível de se colocar em prática. Por exemplo, de que adiantaria um plebiscito para revogar a lei da gravidade? Há leis tanto morais quanto físicas que foram “irrevogavelmente [decretadas] no céu antes da fundação deste mundo” e que não podem ser alteradas.
A história mostra repetidas vezes que os padrões morais não podem ser mudados por meio de batalhas nem por votações. A legalização de algo fundamentalmente mau ou errado não evita o sofrimento e as penalidades que se seguirão tão seguramente quanto a noite segue o dia.
Independentemente da oposição, estamos decididos a permanecer no rumo certo. Continuaremos a seguir os princípios, as leis e as ordenanças do evangelho. Se eles forem mal compreendidos, quer por inocência quer por má fé, que assim seja. Não podemos mudar e não vamos mudar o padrão moral. Perdemos rapidamente o rumo, quando desobedecemos às leis de Deus. Se não protegermos e ampararmos a família, a civilização e nossa liberdade, inevitavelmente, tudo perecerá." (Presidente Boyd . Packer, "A Liahona", Novembro de 2010, pg. 75)

Basta dizer que Deus abomina o homossexualismo. (Mas não abomina o homossexual! Deus o ama. Nós precisamos saber diferenciar o pecado do pecador: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/06/diferenciar-o-pecado-do-pecador.html)
Fico impressionado quando ouço que existem religiões que apoiam o homossexualismo e dizem que, ao mesmo tempo, creem na Bíblia. Qualquer pessoa que aceite, em menor grau que seja, a prática iníqua do relacionamento com pessoas do mesmo sexo rejeita, não só a Bíblia, mas a existência de um Deus bondoso (Gênesis 19:4-5, Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-10, Levítico 20:13).

O homossexualismo aceita outro deus, que não o Deus verdadeiro. Acho que a seguinte citação, de um dos Doze Apóstolos modernos, resume bem o que quero dizer:
“A sociedade em que muitos de nós vivemos tem falhado há várias gerações em promover a disciplina moral. A sociedade ensina que a verdade é relativa e que cada um decide por si mesmo o que é certo. Conceitos como pecado e erro têm sido condenados como “julgamentos de valor”. Conforme o Senhor descreve: “Todo homem anda em seu próprio caminho e segundo a imagem de seu próprio deus” (D&C 1:16).
Como resultado, a autodisciplina é destruída e a sociedade é obrigada a tentar manter a ordem e a civilidade por meio da repressão. A falta de controle interno nos indivíduos gera o controle externo pelo governo. Certo colunista observou que “o comportamento cavalheiresco [por exemplo, antigamente] protegia as mulheres de atitudes imorais. Hoje, espera-se que as leis contra o assédio sexual refreiem o comportamento imoral. (…)
Nem a polícia nem a justiça podem substituir costumes, tradições e valores morais como meios de regulamentação do comportamento humano. Na melhor das hipóteses, a polícia e a justiça são o último e desesperado recurso de defesa da sociedade civilizada. Nossa dependência das leis para o controle do comportamento demonstra como nos tornamos incivilizados”.
Na maior parte do mundo vivenciamos uma recessão econômica extensa e devastadora. Ela foi causada por múltiplos fatores, mas um dos principais foi a generalização da conduta desonesta e sem ética, especialmente nos mercados de imóveis e finanças dos Estados Unidos. A reação se concentrou no aumento e na rigidez das regulamentações. Talvez essa medida possa dissuadir alguns de agir de maneira ilícita, mas outros simplesmente se valerão de meios mais criativos para burlar a lei. É impossível haver regras suficientes e tão bem articuladas que possam prever e cobrir cada situação; e mesmo que houvesse, sua aplicação seria demasiadamente cara e complicada. Essa abordagem conduz à restrição da liberdade de todos. Como disse de forma notável o Bispo Fulton J. Sheen: “Não quisemos aceitar o jugo de Cristo; pois agora devemos tremer sob o jugo de César”.
Em suma, somente uma bússola moral interna em cada indivíduo pode efetivamente orientar-nos nas causas e nos sintomas originais da decadência social.A sociedade vai lutar em vão para estabelecer o bem comum, se não denunciar o pecado como pecado e se a disciplina moral não ocupar seu lugar no panteão das virtudes cívicas.” (Conferencia Geral, outubro de 2009, “Disciplina moral”, Élder Christofferson)

A bússola moral interna pode ser achada e ajustada com o padrão do Senhor apresentando nessa pungente declaração:
"A FAMÍLIA foi ordenada por Deus. O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno. Os filhos tem o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a família bem sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do perdão, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares. Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los. A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos. Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe tem a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais. Enfermidades, falecimentos ou outras circunstâncias podem exigir adaptações específicas. Outros parentes devem oferecer ajuda quando necessário.
 ADVERTIMOS que as pessoas que violam os convênios de castidade, que maltratam o cônjuge ou os filhos, ou que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares, deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações. Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos." ("A Família: Proclamação ao mundo")"

Quanto a tolerância o Élder Dallin H. Oaks brilhantemente explicou:  
"Essa exposição maior à diversidade tanto nos enriquece a vida quanto a complica. Somos enriquecidos pelo convívio com diversas pessoas, o que nos faz lembrar a maravilhosa diversidade dos filhos de Deus. Mas a diversidade de culturas e valores também nos desafia a identificar o que pode ser adotado como condizente com nossa cultura e valores do evangelho, e o que não pode. Desse modo, a diversidade aumenta o potencial de haver conflitos e exige que estejamos mais cientes da natureza da tolerância. O que é a tolerância, quando ela se aplica e quando não se aplica?
Essa é uma questão mais difícil para os que afirmam a existência de Deus e da verdade absoluta, do que para os que acreditam no relativismo moral. Quanto mais fraca for a crença em Deus e quanto menos forem os absolutos morais, menos ocasiões haverá em que as ideias ou práticas de outras pessoas venham a confrontar alguém com o desafio de ser tolerante. Por exemplo: um ateu não precisa decidir que tipos e que ocasiões de profanidade ou blasfêmia podem ser tolerados e quais devem ser combatidos. As pessoas que não acreditam em Deus ou na verdade absoluta em questões morais podem se ver como as pessoas mais tolerantes de todas. Para elas, quase tudo é permitido. “Faça as suas coisas, que eu faço as minhas”, é a descrição mais difundida. Esse sistema de crença pode tolerar quase qualquer conduta e quase todas as pessoas. Infelizmente, alguns que acreditam no relativismo moral parecem ter dificuldade em tolerar os que insistem que há um Deus, que deve ser respeitado, e certos absolutos morais, que devem ser observados."
"O Presidente Boyd K. Packer fez uma introdução inspirada a esse assunto. Falando para uma congregação de alunos do instituto, há três anos, ele disse: “A palavra tolerância não existe sozinha. Exige um objeto e uma reação para qualificá-la como virtude. (…) A tolerância é frequentemente cobrada, mas raramente retribuída. Cuidado com a palavra tolerância. É uma virtude muito instável.”
Essa advertência inspirada nos lembra que, para pessoas que acreditam na verdade absoluta, a tolerância em relação a uma conduta é como os dois lados de uma moeda. A tolerância ou o respeito é um lado da moeda, mas a verdade sempre está do outro lado. Não podemos possuir ou usar a moeda da tolerância sem estar cônscios dos dois lados dela.
Nosso Salvador aplicou esse princípio. Ao se deparar com a mulher apanhada em adultério, Jesus proferiu estas consoladoras palavras de tolerância: “Nem eu também te condeno”. Depois, ao despedi-la, ele proferiu estas autoritárias palavras de verdade: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Todos nos edificamos e fortalecemos com esse exemplo de tolerância e verdade: bondade na comunicação, mas firmeza na verdade."

 Sobre a laicidade do Estado devo dizer que a Constituição determina que o Estado não tenha nenhuma religião oficial, mas isso não significa, em absoluto, que pessoas que compõem o Estado, sejam laicas! De fato, a própria Constituição, no enorme rol de seu artigo 5º, defende e assegura a religiosidade - e até o direito de não crer em religião alguma. O que estou dizendo é que tenho assegurado todo o direito de expressar minhas crenças, aqui e acolá. Quando falo, falo segundo creio. É impossível para mim separar as duas coisas. E nem quero! Penso que seria hipócrita se tentasse fazê-lo.
O direito de defender as ideias e crenças também é constitucionalmente protegido. Algumas pessoas acusam os cristãos de intolerantes porque pregam abertamente que o homossexualismo é um pecado. Mas não há intolerância alguma! A religião tem dogmas, tem padrões. Exercer a religião é um direito constitucional. Fazer proselitismo é um direito constitucional também. Os limites são impostos pelo bom senso e pela norma. Por exemplo, calunias, difamações, atitudes excêntricas que firam a honra, violência, etc.  Esses comportamentos graves e que extrapolam a manifestação do pensamento de maneira respeitosa - devem ser combatidos e erradicados.
A questão mais importante não é se os homossexuais têm direito a isso ou aquilo. A questão mais importante é: o que Deus pensa a esse respeito? Como posso me adequar ao que Deus deseja?
O certo é certo, e o errado é errado.Denuncio que o homossexualismo é um pecado. Pensem bem: se todos aderissem plenamente a essa pratica o mundo acabaria em apenas uma geração! Sodoma e Gomorra foram destruídas totalmente por causa dessa prática (Gênesis 18:23-33, 19:1-25, I Coríntios 6:10).
Uno minha voz contra a prática iníqua e imoral do homossexualismo. Recuso todos os argumentos, que podem parecer plausíveis e lógicos, para aceitar as coisas como realmente são. Sei que há felicidade na família tradicional. Sei que vale a pena defender os padrões do evangelho nesse mundo pecaminoso. Sei que Deus ama seus filhos, independentemente de suas escolhas - mas que, devido a Divina Justiça, algumas bênçãos deixam de ser dadas aos que se rebelam contra Ele e Seus mandamentos. Há felicidade segura no cumprimento dos mandamentos.
Estendo a mão com amor, junto com a Igreja de Jesus Cristo, a todos que sofrem tentações homo-afetivas e digo que a Expiação é tão poderosa e eficaz que pode e vai ajudá-los. Digo que eles são amados por Deus e que devem se arrepender rapidamente.

Alguns dos seguintes links podem ser úteis:




29 de abr. de 2010

1 Néfi 15:27 - Não observou a Imundíce

Interessante a frase de Néfi a seus irmãos, ao explicar o sonho de seu pai-profeta: “sua mente estava tão absorvida com outras coisas que não observou a imundície da água.” (1 Néfi 15:27)

Três coisas, ao menos, são ensinadas nesta frase: (1º) Os justos não dão importância à imundice; (2º) Os justos estão tão envolvidos nas coisas da retidão que não tem tempo para considerar a imundice; (3º) a mente pode considerar as “outras coisas” ou a água poluída, e se escolhe observar uma, acaba se tornando ignorante a respeito de outra.
Os profetas de Deus sabem tão bem a respeito das coisas da retidão, quanto das iniqüidades do mundo. Um homem defendeu o profeta Néfi, filho de Helamã:
“Deixai este homem em paz, porque é um bom homem; e as coisas que declara certamente acontecerão, a não ser que nos arrependamos; Sim, eis que todos os castigos que ele nos anunciou cairão sobre nós; porque sabemos que ele não disse senão a verdade sobre nossas iniqüidades. E eis que são muitas; e ele sabe tão bem das coisas que nos acontecerão quanto de nossas iniqüidades. Sim, e eis que se ele não fosse profeta, não poderia haver testificado a respeito dessas coisas.” (Helamã 8:7-9)
Os profetas sabem tão bem sobre a retidão quanto sobre as iniqüidades dos homens. Todavia eles preferem falar de prevenção e de arrependimento em vez de pecado e morte.
Alma, o filho, ordenou a Helamã que preservasse os registros jareditas ocultos. É evidente que Helamã conhecia as iniqüidades dos jareditas, pois tinha acesso a esses registros, mas foi proibido de deixar com que qualquer um soubesse sobre seu conteúdo (Alma 37:27). Os profetas compreendem a extensão e gravidade dos pecados – não porque cometeram tais falhas, mas porque lhes foi revelado. O corpo que é cheio de luz compreende todas as coisas. Ademais se eles não soubessem dos perigos espirituais e materiais não poderiam advertir-nos.
Embora Leí e Néfi viram o rio de águas impuras e soubessem que ele era uma representação do horrível inferno (1 Néfi 15:29), não desejaram aprender muito dele. Aprendi por revelação que aqueles que procuram compreender as trevas ficarão cheios de trevas e não compreenderão a luz. Os que procuram a luz compreenderão a luz e, conseqüentemente terão as dimensões das trevas.
Os assuntos e métodos do demônio não interessam aos justos. Os fiéis permanecem separados do mundo e não tocam em suas coisas imundas. Porque perder tempo olhando para o rio poluído, se podemos contemplar as águas vivas, sim, a árvore da vida? Não é muito melhor deixar o rio e desconsiderar os risos de Babilônia a fim de evitar a tentação de se perder por caminhos desconhecidos ou cair na iniqüidade?
Embora os justos saibam que a iniqüidade vem aumentando e que Satanás tem poder sobre esse mundo mal, eles colocam suas mente bons pensamentos. Não ficam desanimados e desmotivados pela imundice. Não ficam curiosos observando o rio, e se aproximando de sua margem perigosa. Enchem a mente de boas músicas e revelações. São rápidos em retirar qualquer pensamento pecaminoso do palco da mente, e são lentos em ponderar e meditar as escrituras sagradas. Não há tempo para refletir coisas que não tem valor. Em termos mais práticos, ver as novelas de hoje transmitidas tela televisão é o mesmo que olhar para um oceano de iniqüidades. Nossa mente se enche de pornografia, orgulho, maus tratos, perversão e vaidade. O mesmo se dá com os outros meios de comunicação, ver, pensar, ou participar de qualquer iniqüidade é lavar-se com águas mais impuras do que o Rio Tiete. Se houver permanência neste rio conspurcado a morte espiritual é certa!
É evidente que não podemos negligenciar um rio imundo. Devemos verificar sua existência. Ele é real e é perigoso. Mas não queremos saber nada mais sobre ele. Preferimos a luz. Não queremos ver ou saber sobre “Big Brother” – queremos ver e saber coisas que nos levarão para felicidade.
Não podemos escolher simultaneamente olhar para o rio e olhar para a árvore da vida. Se nossa atenção estiver na árvore estaremos seguros, se estiver no rio afundaremos nas trevas. Alguns querem ser estrábicos – e olhar para a árvore e para o rio ao mesmo tempo. Mas verdadeiramente isso é impossível. Não podemos servir a Deus e a Mamon (Mateus 6:24). Não há como ver pornografia na internet e depois desejarmos o Espírito Santo para ensinar com poder nos púlpitos da Igreja. A sujeira advinda da luxúria do rio visto por Leí espanta para muito longe o suave e doce Espírito de Deus. Mesmo umas gotas do rio sujo – uma olhada pecaminosa, um toque perverso ou um pensamento ocioso, podem nos desqualificar para entrada no Reino de Deus, caso não nos arrependamos. Essas não são palavras duras aos justos (1 Néfi 16:1-3). Que possamos olhar e viver (Alma 33:21-23).

28 de abr. de 2010

Ser um Líder

Aqueles que não forem líderes não entrarão no Reino Celestial de Deus. A exaltação é para os líderes – para os reis e sacerdotes do Deus altíssimo (D&C 76:56-58, ver também D&C 76:50-70). Os outros irão para outros reinos de glória. Explicarei essa declaração e mostrarei a importância de adquirirmos os atributos do Salvador, a fim de sermos líderes capazes para adentramos onde Ele, que é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (I Timóteo 6:15) esta com o Governante Supremo de Todo Universo – nosso bom Pai Celestial.
O Senhor declarou a Adão e Eva ao criá-los e casá-los para toda eternidade: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gênesis 1:26-28) Dominar e sujeitar indicam a responsabilidade dada ao homem de presidir e comandar. Este é um mandamento e requisito para ser semelhante a Deus. Fomos criados a semelhança do Filho de Deus – se quisermos ser tão perfeitos quanto nosso Pai que esta nos céus (Mateus 5:48), devemos ser como Ele. Deus é o Supremo líder de toda Criação. Seu desejo é dar-nos tudo que Ele possui – mesmo o maior dom: que é a vida eterna (D&C 45:5, 8).
Nosso Pai Celestial sempre será o Pai de nossos espíritos, e, portanto, nosso líder. Ambicionar seu lugar foi o pecado de Lúcifer, que, embora fosse um dos grandes na vida pré-mortal cobiçou a glória do Pai, e foi expulso por negar o Espírito Santo (D&C 29:36; 76:25-35).
As famílias e o sacerdócio apresentam dois tipos de liderança. Ambos são importantes para o crescimento e progresso de todo filho de Deus.
Na santíssima Trindade temos Nosso Pai Celestial, como líder e governante Todo-Poderoso. Jeová, que é Jesus Cristo, é nosso irmão mais velho, e não apenas por ser o Primogênito, mas por ser o Unigênito do Pai – Escolhido e Ungido como Redentor, ocupa a posição de nosso líder, abaixo apenas de Eloim. O Espírito Santo é um Deus, assim como o Pai e o Filho, e sua posição é abaixo do Filho. Os três Deuses formam a Trindade, que é o quorum do sacerdócio mais elevado – a presidência de toda criação (GEE “Trindade”).
Por nos amar, o Pai estabeleceu um meio de voltarmos à presença Dele, sendo semelhantes a Ele. Ele enviou-nos a Terra, e fez-nos esquecer sua face divinal e todas as experiências pré-mortais com a intenção de, por meio de certas experiências, sermos achados dignos da vida eterna. Em seu Plano de Salvação ordenou que os homens nascessem em famílias, à semelhança da ordem celeste. Adão e Eva foram casados no Éden e receberam como mandamento “crescer e multiplicar e encher a Terra”. Quando os filhos de Adão nasceram isto era a semelhança da família dos céus. Assim como Abel tinha um Pai Celestial, tinha um pai mortal; assim como Adão era um pai terreno, Eloim era um Pai espiritual (Sempre Fiéis, “Plano de Salvação”, pg. 134-137; Moisés 5:1-12 e 6:1-12).


Fomos ensinados por revelação antiga e moderna que a família foi ordenada por Deus (Família: Proclamação ao Mundo; Sempre Fiéis, “Família”, pg. 83-85) . Deus vive em família e deseja que todos o façam. Costuma-se dizer que a salvação é individual, mas élder Nelson, do Doze, nos lembrou que a exaltação, que é a salvação no mais alto grau de glória, é um assunto de família (A Liahona, Maio de 2008, “Salvação e Exaltação”, Élder Russel M. Nelson, pg. 7-10). Não é de se admirar, portanto, que Satanás, que não tem mais família, e não pode formar família, deseje ardentemente destruir toda família de Deus, tanto neste, como do outro lado do véu.
Há, basicamente, três tipos de liderança: a liderança no lar, a liderança no sacerdócio e a liderança em sentido amplo. A liderança no lar é a chefia dentro de uma família. A liderança no sacerdócio é uma responsabilidade sagrada para aqueles que portam o poder de Deus. A liderança em sentido amplo abrange todos os outros tipos de liderança: a liderança secular, a lideranças de Satanás, a liderança em grupos, tribos, partidos, Estados, etc.
Muitas vezes os três tipos de liderança se relacionam. Nosso Pai Celestial lidera todos os seus filhos em todos os sentidos. Mesmo que não reconheçam ou não desejem isso, o Pai controla e sujeita até mesmo o Diabo (D&C 121:4, Jó 1:7-12) – fato demonstrado com clareza – porque o demônio não pode nos tentar além do que Deus julgue prudente suportarmos (I Coríntios 10:13).

O maior chamado de liderança é exercido no lar (Reunião Mundial de Liderança, 11 de Fevereiro de 2006, “Uma Solene Responsabilidade de Amar e Cuidar uns Dos Outros”, Élder L. Tom Perry, pg.9). Ser um pai e uma mãe, avó e avó é uma bênção enorme. Os atributos desenvolvidos nos laços familiares podem guiar a vida eterna.
Da maneira perfeita, todos os pais seriam também portadores do sacerdócio de Melquisedeque. Assim os dois tipos de liderança que capacitam para vida eterna estariam em todas as famílias da Terra.
Todavia, devido à maldade e mal uso de seu arbítrio, o homem, imperfeito e natural causou tristeza, separação e apostasia. Deus sabia que isso se daria, por isso, conhecendo muito bem seus filhos, selecionou, antes de nascermos “nobres e grandes’ para serem governantes nessa esfera mortal (Abraão 3:22-23).
Esses bons espíritos pré-mortais forma escolhidos tanto para chefiar famílias como para atuar como mordomos na Vinha do Senhor. Jesus Cristo é o Deus que apareceu aos profetas e é o Criador desse e de outros mundos (GEE “Jeová”). Ele é o Primeiro. O Pai lhe deu todas as coisas. Ele é o verbo do Pai e realiza tudo de acordo com a vontade do Pai (João 1:1-18).
Adão, que é Miguel, é o príncipe desta Terra, e o Ancião de dias. Depois do Salvador ele é primeiro em autoridade. Ele é o primeiro pai, e o primeiro após Cristo, líder de todas as Inteligências (GEE “Miguel”). Noé vem em seguida – ele é o anjo Gabriel. Como grande patriarca é nosso pai, pois todos vieram de um de seus três filhos. Ele também possui grande proeminência nos céus (GEE “Noé”).
Não se sabe exatamente quem vem depois, mas Joseph Smith, Moisés, Leí, Enoque, Abraão e todos os chefes de dispensações estavam no grande conselho dos céus. Eles lideram de forma exemplar suas famílias na Terra e guiaram muitas outras famílias à exaltação. Por meio deles todos neste mundo, e no vindouro foram ou serão abençoados. Verdadeiramente todas as famílias serão abençoadas no nome e convênio que o Pai fez com eles (“Esta Geração Receberá Minha Palavra por Teu Intermédio”, Élder Bruce R. McConkie, www.rsc.byu.edu/portugues).


Na liderança do sacerdócio existe responsabilidade e prestação de contas, na liderança no lar também. Não há liderança efetiva sem posições, não há posições sem obediência, e não há obediência sem o arbítrio.
Cristo é o cabeça e é o rei (I Coríntios 11:3, Helamã 13:38, Apocalipse 1:5). Seus discípulos são seus servos, membros de seu corpo ou seus filhos. Sem submissão não há obediência, sem obediência à retidão não há arbítrio verdadeiro.
No modelo ideal no reino de Deus o profeta preside e lidera. No lar ideal o pai é patriarca do lar e preside e lidera. No reino de Deus o profeta presidente sempre tem outros profetas como conselheiros ou consultores. No lar, o pai tem como conselheira, companheira e adjutora a esposa e mãe de seus filhos. Há um sistema de liderança no reino de Deus – apóstolos, pastores, mestres, evangelistas, etc. (Regra de Fé nº 6). Nas famílias da antiga Israel, o filho homem mais velho era o primogênito que tinha vantagens em comparação aos demais. Na atualidade, os países cristãos não costumam distinguir os filhos – dando importância maior a um ou a outro. Na família ideal os filhos são iguais, entretanto, na falta do pai ou da mãe, o mais velho assume a responsabilidade do lar. Na Igreja, quando o presidente é desobrigado ou morre, outro é colocado em seu lugar. Na família fiel não há substitutos. Se um pai se ausentar, em viajem, missão, emprego ou morte, a mãe assumira a liderança, mesmo que tenha um filho que possua o sacerdócio maior em sua casa.
Um filho que se casa deve deixar o “pai e a mãe” e se apegar a sua mulher, para serem “ambos uma só carne” (Gênesis 2:23-23). Isso significa que ele deve constituir sua própria família e começar a ser um líder independente do seu pai. Evidentemente isso não significa que não possa pedir conselhos de seu pai, mãe, sogro ou sogra. Moisés, mesmo sendo o líder espiritual de toda a casa de Israel, e sendo um pai e marido honrado, aceitou o conselho de seu sogro (Êxodo 18:13-24).
As mordomias no reino de Deus são passageiras, mas as mordomias no lar não precisam ser. Por meio dos poderes do sacerdócio um pai pode continuar sendo pai eternamente. O mesmo se da com a posição de mãe. Nunca haverá desobrigação desse santo chamado para os que viverem no Reino Celestial. Não obstante, os que não se acharem dignos de viver a lei de um reino celestial tornar-se-ão solteiros e separados, sem vínculo familiar, permanecendo como Filhos de Deus, mas sem o privilegio de serem eles próprios pais e mães, reis e rainhas, sacerdotes e sacerdotisas, deuses e deusas (D&C 132:7, 17).
Nem todos servirão como bispo, e também nem todas as mulheres justas serão mães. Todavia a igreja esta organizada de maneira tal, que todos os seus membros podem ter oportunidades de serviço e liderança. E todas as oportunidades que os justos não têm nesta vida serão dadas a eles com abundancia, se forem sempre fieis, na Exaltação.


Jesus Cristo é o exemplo perfeito de liderança, tanto no lar como no Reino de Deus. Vendo o seu exemplo e seguindo-o, todos podem se tornar melhores líderes.
Por meio do Salvador aprendemos grandes lições de liderança, e uma das maiores é: para ser um líder eficaz deve-se ser um discípulo eficaz. Foi-me revelado, pelo Santo Espírito de Deus, que minha capacidade de liderar depende de minha capacidade de seguir. Deve ser por isso que Cristo ensinou que seguia o Pai, e fazia conforme Ele mandava (João 5:19). Tão fiel era o Salvador em seguir o Pai, que Ele o Pai eram e são um – em todos os sentidos, exceto na forma física, no corpo – ou seja, são seres distintos e separados (João 10:30, D&C 130:22). Aqueles que querem ser melhores líderes na igreja e no lar devem pensar, sentir e agir como Cristo pensaria, sentiria e agiria. Pode parecer difícil ao verificarmos a magnitude do mandamento e nossa pequenez. Todavia somos filhos de Deus e temos, por meio da Expiação de Cristo um poder imenso de fazer tudo o que nos for pedido. Podemos começar com o mandamento principal: amar a Deus sobre todas as coisas (Mateus 22:35-36). Amar é servir. Portanto, se amamos a Deus o servimos obedecendo a seus mandamentos (Mosias 5:13, João 14:15). O segundo mandamento é amar o próximo (Mateus 22:37). Do mesmo modo se amarmos o próximo o serviremos (Mosias 2:17). O amor é coisa principal (I Coríntios 13) e se focarmos nele todo resto se encaixará e receberemos revelação para sermos líderes de sucesso. NÃO HÁ OUTRA MANEIRA DE SERMOS BEM SUCEDIDOS COMO LÍDERES, A NÃO SER ESTA: RECEBER E SEGUIR AS REVELAÇÕES DE DEUS. A oração, o estudo das escrituras, o cumprimento dos chamados na Igreja, a freqüência as reuniões da Igreja, o recebimento de ordenanças para nós e para os falecidos aumenta nossa capacidade de liderar, pois todas essas coisas nos levam para mias próximo da luz. E o corpo que é cheio de luz compreende todas as coisas. E quem compreende todas as coisas se torna como Deus, e Deus é um líder perfeito.
Uma outra lição importante é que não buscamos cargos no reino. No corpo de Cristo todos são membros importantes, e um não pode dizer a um outro que é desnecessário – pois todos são valiosos. Na família cada um tem seu papel e importância. Todos devem desejar ser pais ou mães em Sião, mas não devem desejar ter um cargo especifico na Igreja. Os que ambicionam chamados são orgulhosos e podem cair. Na Igreja não importa onde se serve, mas como se faz. Tanto um apóstolo como um diácono são amados por Deus e terão a mesma recompensa se, e somente se, permanecerem fieis até o fim.
O dever de todo líder é ser uma bênção. Isso acontece mais rápido quando os liderados percebem que o exemplo de seu líder corresponde com seus ensinamentos.
Um bom líder sabe delegar. Ele sabe que seus liderados podem cometer erros, mas confia neles e não teme fazer convites que acabarão fortalecendo a fé que eles têm. Às vezes os seguidores não produzirão os resultados esperados, mas seu sacrifício será mais importante que seu crescimento.
Os bons líderes repreendem. Mas SOMENTE quando movidos pelo Espírito Santo. E LOGO EM SEGUIDA mostram um amor maior. Às vezes será necessário um castigo, por amor. No caso dos pais o castigo pode ser simplesmente uma demonstração de decepção, em vez de flagelos físicos. As palavras e atos de um líder sempre elevam, mesmo na repreensão. Esses líderes não permitem que seus seguidores aprendam por experiência própria que iniqüidade nunca foi felicidade, mas antes advertem do perigo. Respeitam, não obstante, o arbítrio de seus seguidores. Os pais levam em consideração a idade e maturidade de seus filhos. Por isso não permitem que uma criança faça uma escolha errada, só porque quer fazê-la. Eles a impedem, pois ainda não pode escolher por conta própria. O arbítrio vem do conhecimento e os bons pais ensinam, esclarecem e advertem. Eles também entendem que a Justiça não pode ser negada e que a Misericórdia deve estar à disposição dos arrependidos.
Os bons líderes não buscam fama, prestigio e poder. Eles não fazem artimanhas sacerdotais ou combinações secretas. Eles são humildes, respeitosos e os primeiros a servir. Eles são lembrados com honra ou não – mas são sempre aprovados a vista de Deus. Importam-se mais com o que Deus pensa, pois sabem que prestarão contas sobre sua liderança – do que com que o mundo pensa.
Um bom líder gera bons frutos. E esses frutos se tornam líderes.
Há muitas outras qualidades dos líderes que aprendemos das escrituras e dos exemplos vivos, próximos ou distantes. Devemos aprender deles, pois precisamos melhorar como líderes no lar e na Igreja. A vida eterna é para os líderes excelentes, como Cristo.


Sei que essas coisas são verdadeiras. Cristo foi o exemplo perfeito de liderança tanto na família como na Igreja. Sua expiação permite que todos sejam líderes aprovados por Deus.

7 de abr. de 2010

Moisés 6:59-60: NASCER DE NOVO

Nossa vinda à mortalidade ocorre pelo nascimento. Deixando de lado a polêmica sobre quando se inicia a vida mortal , consideraremos a concepção como o nascimento mortal, o inicio do segundo estado e do tempo de provação (GEE Mortalidade). Há três elementos presentes no nascimento mortal: água, sangue e espírito. Eles são elementos reais e necessários para que ocorra o nascimento. Sem sangue nenhum mortal vive, pois a vida esta no sangue (Levítico 17:11, 14). Do mesmo modo, sem a água ninguém é concebido: pois há água presente na formação do feto, por exemplo, na placenta da gestante. Sem que o espírito pré-mortal entre no corpo não há vida, pois “o espírito e o corpo formam a alma do homem” (D&C 88:15). A morte ocorre com a saída do espírito do corpo (GEE Morte Física). O segundo nascimento é um símbolo do primeiro. É chamado de novo nascimento: nascimento por que os mesmos elementos – água, sangue e espírito – estão presentes; e novo porque (1) vem pelo Novo e Eterno convênio do evangelho; (2) muda o estado anterior (semelhante à mudança que ocorreu do estado pré-mortal para o mortal); (3) purifica, justifica e santifica – tornando a criatura inocente como uma criancinha, por isso é também chamado de nascimento espiritual. Ao virmos para Terra tornamo-nos afastados de Deus, tanto fisicamente quanto espiritualmente, por causa da Queda e da fraqueza humana: “Por que Adão caiu, existimos; e pela sua queda veio a morte; e fomos feitos participantes de miséria e desgraça; Eis que Satanás veio para o meio dos filhos dos homens e tentou-os para que o adorassem; e os homens tornaram-se carnais, sensuais e diabólicos e encontram-se afastados da presença de Deus. Mas Deus fez saber a nossos pais que todos os homens devem arrepender-se. E ele chamou nosso pai Adão com sua própria voz, dizendo: Eu sou Deus; eu fiz o mundo e os homens antes que existissem na carne. E ele também lhe disse: Se te voltares para mim e deres ouvidos a minha voz e creres e te arrependeres de todas as tuas transgressões e fores batizado, sim, na água, em nome de meu Filho Unigênito, que é cheio de graça e verdade, que é Jesus Cristo, o único nome que será dado debaixo do céu mediante o qual virá a salvação aos filhos dos homens, receberás o dom do Espírito Santo, pedindo todas as coisas em seu nome; e tudo o que pedires te será dado. (Moisés 6:48-52, itálicos adicionados) Desde Adão o evangelho tem sido ensinado. Aqueles que o aceitam plenamente nascem de novo: “Aí se começou a dizer entre o povo que o Filho de Deus expiara o pecado original, de modo que os pecados dos pais não podem recair sobre a cabeça dos filhos, pois estes são limpos desde a fundação do mundo.” “E o Senhor falou a Adão, dizendo: Visto que teus filhos são concebidos em pecado, quando eles começam a crescer, concebe-se o pecado em seu coração e eles provam o amargo para saber apreciar o bom. E a eles é dado distinguir o bem do mal, de modo que são seus próprios árbitros; e dei-te outra lei e mandamento.” “Portanto ensina a teus filhos que todos os homens, em todos os lugares, devem arrepender-se, ou de maneira alguma herdarão o reino de Deus, porque nenhuma coisa impura pode ali habitar ou habitar em sua presença; pois, no idioma de Adão, Homem de Santidade é seu nome e o nome de seu Unigênito é Filho do Homem, sim, Jesus Cristo, um justo Juiz, que virá no meridiano dos tempos.” “Portanto dou-te o mandamento de ensinares estas coisas liberalmente a teus filhos, dizendo: Por causa da transgressão vem a queda, queda essa que traz a morte; e sendo que haveis nascido no mundo pela água e sangue e espírito que eu fiz e assim vos haveis transformado de pó em alma vivente, do mesmo modo tereis de nascer de novo no reino do céu, da água e do Espírito, sendo limpos por sangue, sim, o sangue de meu Unigênito; para que sejais santificados de todo pecado e desfruteis as palavras da vida eterna neste mundo e a vida eterna no mundo vindouro, sim, glória imortal; Pois pela água guardais o mandamento, pelo Espírito sois justificados e pelo sangue sois santificados” (Moisés 6:54-60, itálicos adicionados). As muitas doutrinas expostas nestes versículos serão a base para os próximos capítulos. Algumas delas já forma comentadas. O que deve ficar claro é o conteúdo simbólico do evangelho, mais especificamente de suas ordenanças. Há razões para os ritos do evangelho serem como são. Evidentemente não nos foi revelado tudo sobre o assunto , mas as escrituras e os profetas explicam que o sacerdócio é uma maneira que permite o povo “saber como esperar pelo seu Filho para receber a redenção” (Alma 13:2): “Ora, essas ordenanças foram instituídas dessa maneira para que, por meio delas, o povo pudesse ter esperança no Filho de Deus, sendo um símbolo de sua ordem, ou melhor, sendo sua ordem; e isto para que pudessem esperar dele a remissão de seus pecados, a fim de entrarem no descanso do Senhor” (Alma 13:16, itálicos adicionados). A ordenança do batismo, por exemplo, é simbólica. O batismo é uma parte essencial do nascimento simbólico no reino dos céus. O batismo e todas as outras ordenanças “têm sua semelhança e todas as coisas são criadas e feitas para prestar testemunho de [Cristo], tanto as coisas [temporais] como as coisas que são espirituais; coisas que estão acima nos céus e coisas que estão na Terra e coisas que estão dentro da terra e coisas que estão embaixo da terra, tanto acima como abaixo: todas as coisas prestam testemunho de [Cristo]” (Moisés 6:63). As ordenanças não podem ser compreendidas se apenas vistas superficialmente. Cada ordenança de salvação será estuda com cuidado mais adiante. O ritual de purificação do leproso da lei mosaica continha igualmente os elementos do nascimento (água, espírito e sangue): “Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, E o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará, e eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada então o sacerdote ordenará que por aquele que se houver de purificar se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo. Mandará também o sacerdote que se degole uma ave num vaso de barro sobre águas vivas, E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo, e os molhará, com a ave viva, no sangue da ave que foi degolada sobre as águas correntes. E sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes; então o declarará por limpo, e soltará a ave viva sobre a face do campo. E aquele que tem de purificar-se lavará as suas vestes, e rapará todo o seu pêlo, e se lavará com água; assim será limpo; e depois entrará no arraial, porém, ficará fora da sua tenda por sete dias; E será que ao sétimo dia rapará todo o seu pêlo, a sua cabeça, e a sua barba, e as sobrancelhas; sim, rapará todo o pêlo, e lavará as suas vestes, e lavará a sua carne com água, e será limpo.” “E o sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa, e o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e no dedo polegar do seu pé direito. Também o sacerdote tomará do logue de azeite, e o derramará na palma da sua própria mão esquerda. Então o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o SENHOR; E o restante do azeite, que está na sua mão, o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do sangue da expiação da culpa; E o restante do azeite que está na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se; assim o sacerdote fará expiação por ele perante o SENHOR.” “E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de alimentos sobre o altar; assim o sacerdote fará expiação por ele, e será limpo” (Levítico 14:2-9, 12-16, 20). O leproso se raspava para ficar semelhante a um recém-nascido. Vencer a lepra era, na época, como nascer outra vez, pois a lepra era uma praga mortal. O óleo simboliza a pureza e o Espírito de Deus (I Samuel 16:13; GEE Óleo). A ave morta representa o Deus altíssimo expiando pelas impurezas, à ave livre representa a liberdade proveniente do sacrifício de Cristo – sua expiação e ressurreição. O ritual do leproso e toda lei de Moisés é um símbolo de Cristo, da purificação advinda pela Expiação (2 Néfi 11:4; Alma 25:15-16). Água, Sangue e Espírito também são símbolos da Trindade – o quórum do sacerdócio que preside o universo: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra (que é Cristo), e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num” (I João 5:7-8). A própria Expiação também contém os elementos eternos Água, Sangue e Espírito. A água encontramos, não só como substancia essencial contida no sangue de Cristo derramado dês do Getsêmani até o sepultamento, mas quando um soldado lhe furou o lado e água e sangue saíram-lhe (João 19:24). Vemos sangue na Expiação em todos os momentos, pois o sangue é que fez a expiação pela culpa (Levítico 17:11). O sangue esta presente no Jardim, onde foi vertido da maneira mais dolorosa – saindo por cada poro (Lucas 22:44; Mosias 3:7; D&C 19:18). E no injusto julgamento, na agonizante tortura e por fim no Gólgota, onde o Salvador entregou o espírito (João 19; Mateus 26:52-70, 27) O elemento espírito está presente, por exemplo, na frase de Jesus na Cruz ao consumar sua obra: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46). Evidentemente Cristo não nasceu de novo na ocasião da Expiação. Ele nasceu como nós, de uma mãe mortal, passou pelo véu do esquecimento, foi batizado, recebeu o Espírito Santo e todas as ordenanças do evangelho. Mas diferente de nós Ele já era perfeito e santo antes de nascer na Terra (Deuteronômio 18:13), e continuou santo na mortalidade (Mosias 14:9). Mesmo que fosse, enquanto mortal “pouco menor que os anjos” (Hebreus 2:9), readquiriu toda glória que possuía antes do mundo existir (João 17:5). O nascimento espiritual de Cristo ocorreu na pré-mortalidade. O papel de Cristo era possibilitar a nós, seres imperfeitos, que nos tornássemos como Ele – santos sem mácula (3 Néfi 12:48; Morôni 10:33). O nascimento mortal é natural, sem ser necessário um rito sacerdotal. O nascimento espiritual precisa de cerimônias. O nascimento mortal ocorre num período temporal semelhante aos homens – em nove meses há um nascimento. Já o espiritual pode ocorrer nesta vida, depois da morte ou nunca acontecer. A despeito das diferenças demonstradas, e muitas outras, entre os dois nascimentos, o símbolo perde o sentido se tirado de seu contexto. Água, Espírito e Sangue estão presentes nos dois nascimentos. Mergulhado no útero da mãe, o feto nascerá num certo período de tempo. Imerso nas águas batismais o converso dá inicio a uma nova vida espiritual. O espírito pré-mortal acomoda-se no corpo do bebê no momento certo, formando uma alma (D&C 88:15). Semelhantemente o Espírito Santo é recebido como dom e companhia constante. Tal como o espírito pré-mortal não se separa do corpo mortal, se não com a morte, também o Espírito Santo não se aparta do justo, a não ser com o pecado – que conduz a morte espiritual. Sangue corre nas veias do feto, alimentando a mortalidade. Sangue expiatório é aplicado no converso limpando-o de suas transgressões e pecados, purificando-o e santificando-o. É importante salientar que o nascimento espiritual acontece somente depois do recebimento de todos os elementos – água, espírito e sangue – e não antes. É verdade que podemos dizer que alguém que foi recentemente batizado nasceu de novo. Mas isso não é senão uma expressão que deduz um compromisso maior . Os que foram batizados apenas iniciaram seu nascimento no reino de Deus. Porque a conversão, que é o nascer de novo, é mais um processo do que um evento. Na realidade, o nascer de novo é um processo com vários eventos. Esses eventos são ocasiões onde convênios são firmados. Esses convênios muitas vezes são acompanhados de cerimônias: são as ordenanças do evangelho. Não obstante, o recebimento das ordenanças não necessariamente faz com que alguém nasça de novo. Para nascer de novo há necessidade de ser santificado. As obras (ordenanças) por si só não garantem o novo nascimento. Assim como um feto, que passa por todas as etapas da gestação e na concepção está perfeitamente formado não necessariamente nascerá vivo; também o converso que não realizou mudanças suficientes – isto é, não se despojou do homem natural, não se tornou como uma criancinha, não guardou os mandamentos, não foi justificado ou não foi santificado não pode nascer de novo. O processo de nascer de novo recebe vários nomes nas escrituras: despojar-se do homem natural (Mosias 3:19), tornar-se como uma criancinha (3 Néfi 11:37-38), justificação e santificação (Moisés 6:60), aperfeiçoar-se por meio de Cristo Jesus (Efésios 4:12-13 e Hebreus 10:14), andar com Deus (Alma 53:21, Gênesis 6:9), ser um com Deus (João 17:11, 21), etc. O processo de nascer de novo começa com o contato com a palavra de Deus e a fé em Jesus Cristo e termina com o chamado e eleição (2 Pedro 1:10), que é quando vencemos o mundo: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.” “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num” (I João 5:1-8). Jesus Cristo disse que quem não nascer de novo não pode entrar no Reino dos céus. O Reino dos céus é o que buscamos. Ele explicou a Nicodemos, um fariseu, que o nascimento espiritual inclui o batismo e o dom do Espírito Santo. Mas não só isso, pois disse que Ele fora enviado para santificar o mundo dando sua vida. Quando Nicodemos indagou como era possível aquilo, Jesus repreendeu aquele membro do sinédrio dizendo: “Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? (...) Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3:1-21). Assim muitos, mesmo entre os membros da verdadeira Igreja não sabem a respeito do processo de nascer de novo. E mesmo aqueles que conhecem ainda podem aprender mais. Assim que pudermos conhecer as coisas celestiais, elas nos serão ensinadas. Porque quem receber e obedecer receberá mais (2 Néfi 28:30), até receber tudo (D&C 88:49). O Senhor ordenou que essas coisas fossem pregadas liberalmente entre os filhos dos homens (Moisés 6:58-60).

ALMA 21: AFLIÇÕES NA MISSÃO DE TEMPO INTEGRAL

Ao começar a contar sobre a jornada de Amon e seus irmãos, Mórmon diz:
“Ora, foram essas as circunstâncias que ocorreram em suas viagens, pois tiveram muitas aflições; sofreram muito, tanto física quanto mentalmente, de fome, sede e cansaço; e sofreram também muitas tribulações no espírito.” (Alma 17:5)
Ao terminar o relato de Amon e seus irmãos, Mórmon resume:
“E este é o relato de Amon e seus irmãos, de suas viagens na terra de Néfi, seus sofrimentos na terra, suas dores e suas aflições, e sua incomensurável alegria (...)” (Alma 28:8).
Fica evidente pela escritura que antes da “incomensurável alegria” vieram às adversidades.
O trabalho missionário é um dos trabalhos mais difíceis, se não for o mais difícil! Há vários motivos porque o trabalho missionário não é fácil.
Um dos motivos principais é por que é o trabalho do Senhor – e Satanás opõem-se a Deus. Todo missionário sabe que o opositor trabalha muito para destruir a obra de Deus. Na missão de Amon e seus irmãos não foi diferente.
Lemos no Livro de Mórmon algumas táticas do diabo – enfurecer, pacificar, enganar:
Alguns ele enfurece, e incita a irarem-se contra o que é bom (2 Néfi 28:19). Isso aconteceu na missão de Amon e seus irmãos – por exemplo, o próprio rei de todos os lamanitas enfureceu-se com Amon (Alma 20:13-16). E também os apóstatas nefitas “ficaram zangados” com a pregação de Aarão (Alma 21:9-10)
Alguns o diabo pacifica e acalenta com “segurança carnal”, de modo que para eles tudo vai bem (2 Néfi 28:21). É o caso dos amalequitas, amulonitas e lamanitas que viviam em Jerusalém (Alma 21:2-3, 5-10), que pensavam que todos seriam salvos no último dia (Alma 1:4)
A outros o demônio lisonjeia dizendo “eu não sou o diabo, porque ele não existe” (2 Néfi 28:22). Lemos que embora os lamanitas acreditassem num Grande Espírito, “pensavam que tudo que fizessem estaria certo” (Alma 18:5)


Outro motivo porque a obra missionária é difícil é porque envolve o arbítrio de outras pessoas. Os irmãos de Amon não tiveram um sucesso tão aparente quanto de Amon, no começo de suas missões, não porque não eram dignos, fiéis ou diligentes. Eles tinham se preparado tanto quanto Amon, mas “haviam tido a infelicidade de cair nas mãos de um povo mais duro e obstinado; portanto não quiseram escutar-lhes as palavras, tendo-os expulsado e batido neles, tendo-os enxotado de casa em casa e de lugar em lugar, até chegarem a terra de Midôni; e ali foram capturados e postos na prisão e amarrados com fortes cordas; e ficaram encarcerados por muitos dias (...)” (Alma 20:30, itálicos adicionados).
Enquanto o povo a quem Aarão e outros pregaram usaram seu arbítrio para dizer: “Não acreditamos nessas tradições tolas. Não acreditamos que saibas coisas futuras (...)” (Alma21:8), o povo de Ismael, que foi ensinado por Amon escolheu acreditar, ser batizados e organizar uma Igreja (Alma 19:35)´. Os resultados externos do trabalho missionário – como o numero de batismos – não medem verdadeiramente o sucesso de um missionário. Porque a colheita pertence ao Senhor (Alma 26: 7 – mais sobre esse assunto será tratado no capítulo 12), e as pessoas tem a liberdade de aceitar ou recusar a verdade.

A próxima razão do porque é difícil o trabalho missionário é porque precisamos adquirir os atributos de Cristo, para servos bons exemplos. Quando, logo no início de seu serviço missionário entre os lamanitas, Amon e seus irmãos estavam a caminho da Terra da Primeira Herança, no deserto, ficaram deprimidos e estavam para voltar (Alma 26:27). Quando pensamos em Amon e seus irmãos lembramos de seu sucesso, pensamos neles como homens fortes que sabiam o que estavam fazendo. Realmente isso é verdade, mas ao estimarmos eles como grandes heróis, podemos supor que não tinham imperfeições, ou que não desanimaram. Na realidade Amon e seus irmãos estavam a ponto de voltar para casa, desistindo da grande obra.
E voltariam talvez porque o deserto – com os rigores climáticos, a alimentação escassa e a pouca água – era bem diferente da agradável capital Zaraenla, e da confortável casa real. Talvez porque seu rei e pai morrera , e estavam preocupados com a família. Talvez porque ficaram assustados com a tremenda tarefa que tinham empreendido, e se sentiram sobrecarregados. Talvez porque lembraram que muitos esforços já haviam sido feitos para reconduzir os lamanitas – e todos, aparentemente haviam sido vãos.
Mas o Senhor os “confortou e disse: Ide para o meio de vossos irmãos, os lamanitas, e suportai com paciência vossas aflições; e eu farei com que tenhais êxito.” (Alma 26:27)
O Senhor também disse: “sereis pacientes nos sofrimentos e aflições , para dar-lhes bons exemplos em mim; e farei de vós instrumentos em minhas mãos para a salvação de muitas almas” (Mosias 17:11)
Quando o Senhor disse a Amon e a seus irmãos isso eles “encheram-se de coragem” (Alma 17:12) Mas essa coragem seria provada muitas e muitas vezes entre os lamanitas: Amon e seus irmãos foram “rechaçados, escarnecidos e cuspidos e esbofeteados; e [foram] apedrejados, e amarrados com fortes cordas e lançados na prisão (...) E [padeceram] toda espécie de sofrimentos; e tudo isso para que talvez [pudessem] ser o instrumento da salvação de algumas almas (...)” (Alma 26:29-30).
Não há sucesso na missão, sem passarmos por provas de fogo. A fé, a integridade, a diligência, a obediência, a caridade e tudo mais são testados ao máximo. Essa é uma prova da misericórdia de Deus, por que as aflições são para nosso bem (D&C 122:7-9).
Ao sermos provados, e passarmos bem nas provações, nos assemelhamos mais a Cristo . Parece que se não formos afligidos não poderemos ser “bons exemplos” aos não-membros, e não poderemos ser eficazes instrumentos nas mãos de Deus.
As adversidades físicas, sociais, familiares, financeiras, mentais e espirituais podem ser esperadas por todos aqueles que embarcam no serviço de Deus.
“Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos, padecendo injustamente (...) Porque para isso sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais suas pisadas.” (I Pedro 2: 19 e 21, itálicos adicionados)
“Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não esta presa. Portanto tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” (II Timóteo 1:9-10, itálicos adicionados)
Pedro e Paulo, que foram mencionados acima, entendiam que o sofrimento faz parte da condição mortal. A perseguição, a injustiça, a maldade dos homens acomete todos os discípulos de Cristo neste estado telestial: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (II Timóteo 3:12)
Lembro que na minha missão o Élder Russell M. Nelson, que nos foi visitar ensinou: “Se vocês não estão sendo perseguidos se arrependam!” Ele quis dizer que Satanás não precisa perseguir os que estão do lado dele –portanto se não estamos sendo perseguidos ou afligidos algo esta errado, e precisa mudar.
Contudo, embora soframos no trabalho missionário temos a promessa do aparo celeste. Todos as aflições não podem nos separar de Deus (Romanos 8: 31, 35-39). Na verdade nos levam mais para perto Dele (Romanos 8: 18, 28).
Vemos isso na missão de Amon e seus irmãos. Foi apenas depois de terem “seus sofrimentos” e ”suas dores e suas aflições” que tiveram a “incomensurável alegria” (Alma 28:8). Foi apenas depois de ficarem deprimidos, que o Senhor os visitou, os consolou e lhes prometeu que teriam êxito (Alma 17:10-11; 26:27)

A outra razão de dificuldade, no caso de serviço missionário de tempo integral, é que estamos longe de casa. A cultura dos lamanitas era diferente das dos nefitas e vários aspectos. As diferenças incluíam: (1) a forma de se vestir – os lamanitas andavam nus exceto por uma curta faixa de pele ao redor dos lombos (Enos 1:20), raspavam a cabeça (Alma 2:5) e se tingiam de vermelho (Alma 3:4). (2) A alimentação talvez fosse bem diferente – pois alguns comiam carne crua (Enos 1:20). (3) A forma de obter lucro ou sucesso era outra (Alma 18:7). (4) A maneira de trabalhar – se é que trabalhavam! – era diferente (Mosias 9:12). (5) A cultura era outra – festas, eventos, organização política, etc (por exemplo, Alma 20:9). E também as (6) tradições e a religião eram diferentes das dos nefitas (Alma 18:5). E havia ainda outras diferenças que os registros não mencionam por não ser esse o propósito do livro.
Os contrastes entre os povos podem ser uma adversidade. Aprender outra língua e/ou adaptar-se as circunstâncias de um povo leva tempo e é difícil. Mas o Senhor prometeu ajudar seus servos. Ele ajudou Amon e seus irmãos. Lembrem-se de que Amon e seus irmãos eram nefitas – inimigos mortais dos lamanitas – mas mesmo assim – com todas as diferenças – herdadas pela História – eles tiveram sucesso – porque não consideravam os lamanitas como inimigos, mas sim, ao contrário, como “irmãos dos nefitas”. Ao amarmos o povo que servimos as dificuldades culturais, sociais e políticas são amenizadas, e até desaparecem.

Como Vencer a Tentação e o Pecado - 3 Néfi 18

Neste capítulo Jesus ensina como vencer a tentação e o pecado. Creio que suas palavras são tão validas para os a nefitas que o ouviram pessoalmente quanto para nós, pois Ele expressamente disse que os nefitas haviam ido a ele e sentido pessoalmente “e da mesma forma [deviam fazer] ao mundo”, convidando-os a achegarem-se a Cristo (3 Néfi 18:25).
O sacramento é o primeira arma contra a tentação e o mal. O propósito do sacramento foi ensinado pelo Senhor: comemos o pão em lembrança do corpo de Cristo – ao lembrarmos de Cristo testificamos ao Pai de nossa disposição de seguir os mandamentos – esse desejo convida o Espírito (3 Néfi 18:6-7); tomamos a água para cumprir os mandamentos – também testificamos a Deus sobre nossa disposição de seguir o Filho, que derramou seu sangue expiatório por nós - temos assim direito ao Espírito constantemente (3 Néfi 18:10-11). Além disso, quando tomamos dignamente o sacramento estamos edificando na Rocha do Redentor “que é um alicerce seguro”: o sacramento nos protege do inferno, o mal e as adversidades da vida (3 Néfi 18:12-13, Helamã 5:12).
A segunda arma contra a tentação e o mal é guardar os mandamentos (3 Néfi 18:14). Em provérbios 16:3 lemos: “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” Temos que tomar cuidado com nossos pensamentos, palavras e obras e guardar os mandamentos para não perecer (Mosias 4:30). A mente carnal é morte, e a mente espiritual é vida eterna 92 Néfi 9:39). Aquele que guarda os mandamentos é sustentado por Deus (1 Néfi 17:3) e salvo (1 Néfi 22:31). Alguns dos mandamentos são: adorar a Deus, e somente Ele, santificar o dia do Senhor, amar o próximo, não mentindo, roubando e guardando a lei da castidade (Êxodo 20:3-17; Marcos 12:30-31).
A terceira arma apresentado pelo Senhor contra o mal é vigiar e orar. Vigiar é estar atento, ser capaz de receber e seguir as revelações de Deus. Inclui orar individualmente e em família (3 Néfi 18:18-21), jejuar (Isaías 58:6-11), permanecer em lugares santos (D&C 45:32, 87:8), estudar as escrituras (João 5:39) e seguir os profetas (Jacó 4:6).
Onde tomamos o sacramento e aprendemos os mandamentos? Num lugar de adoração. Esse é a quarta forma de nos defendermos do mal: se reunir com freqüência para aprender e adorar (3 Néfi 18:22). Fazer obra missionária é a quinta arma eficaz contra a tentação e o mal (3 Néfi 18:22-25). Cristo é o exemplo e é a luz que seus seguidores levantarão. O exemplo e o convite são as ferramentas mais eficazes da obra missionária.
O Senhor Jesus Cristo concluiu suas palavras a multidão dizendo que “todo aquele que quebrar este mandamento ficará sujeito a cair em tentação” (3 Néfi 18:25). O Senhor deu-nos a receita de como vencer o mal, se a seguirmos teremos vida eterna.

Resumo do Plano Eterno de Deus

Tentarei resumir a doutrina mais importante, que é a doutrina Expiação de Jesus Cristo e sua aplicação na vida pessoal, que é a doutrina da Santificação. Eu o farei em um página. (Espero conseguir!)
A primeira coisa que se deve entender é que as doutrinas da Expiação e da Santificação, justamente por serem as mais importantes do Plano de Deus, estão em todas as obras-padrão, em todos os sermões dos profetas e em todas as orações dos justos. É uma doutrina é vital! E todos podem encontrá-las, pois estão em toda parte.
A doutrina é muito simples. Quando compreendida e aplicada leva à vida eterna, que é o maior dom de Deus (D&C 14:7). Entretanto, o mero reconhecimento da existência dessas doutrinas não tem a força necessária para efetuar a exaltação. Deve-se não apenas conhecer, mas viver. Ninguém é salvo em ignorância. O "saber", todavia, é apenas parte, porque até o Demônio, que tem um grande conhecimento,  foi condenado às trevas exteriores, por não ser sábio o suficiente para aplicar esse conhecimento. Os demônios creem e estremecem (Tiago 2:19), mas sua crença não gera a fé verdadeira no evangelho de Jesus Cristo, que é o poder para salvação (Romanos 1:16).
A doutrina da santificação pode ser resumida da seguinte maneira: Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do evangelho são: fé no Senhor Jesus Cristo, arrependimento, batismo por imersão para remissão dos pecados, imposição das mãos para o dom do Espírito Santo, recebimento do Santo Sacerdócio, concessão da Investidura sagrada, Casamento para todo tempo e eternidade, confirmação do chamado e eleição e perseverança até o fim. Cremos que a humanidade será exaltada em obediência as leis e ordenanças do evangelho (2 Néfi 9:21-25). Mas cremos que essas leis e ordenanças seriam obras mortas se Cristo não tivesse vindo a Terra e realizado um sacrifício infinito e eterno. Se ele não realizasse a Expiação ninguém poderia ser salvo, nem exaltado (GEE "Expiação"). A Expiação é o sacrifício de Deus pelas Suas criações e pelos filhos do Pai Celestial. Esse sacrifício incluiu dor, angustia mental, física e espiritual maior do que todas as dores de todo o tempo e de toda a existência.
Deus criou a Terra, colocou nela o homem e deu-lhes mandamentos. A obediência como primeira lei foi dada para que o homem ao obedecer fosse feliz. Deus também instituiu o sacrifício de animais como símbolo de que Ele mesmo, Deus, iria um dia, se sacrificar pelo mundo (GEE "Sacrifício"). O evangelho é de Cristo. Todas as ordenanças do evangelho apontam para Cristo, pois são símbolos dele (1 Néfi 11:14). Todos os convênios e leis do evangelho (que é o plano de salvação) apontam para Cristo (Moisés 6:63). Quando essas leis são obedecidas nos transformam em "criaturas novas" - nos tornamos filhos de Deus, semelhantes a Ele. Os atributos de Cristo são adquiridos à medida que vivemos as leis e ordenanças e andamos como Cristo andou.
Jesus Cristo veio a Terra para ser o exemplo perfeito. Se o seguirmos acharemos paz e vida eterna. Satanás opõem-se a Deus. Ele não deseja a felicidade dos homens, mas a miséria e desgraça, por isso tenta os homens a não obedecer a Deus; viver segundo uma verdade relativa, e não aceitar a verdade absoluta de Deus; mudar as leis, ordenanças e convênios do evangelho; enfurecer-se contra o que é bom, buscar os prazeres da carne, ser sensual e diabólico; e encherem o coração de orgulho e maldade e desprezar o que vem do alto. Com esses objetivos, o adversário usa suas táticas diabólicas para enganar e destruir (GEE "Satanás"). Deus, em sua bondade enviou a Terra profetas, apóstolos, pastores, símbolos, convênios, amigos, o maravilho poder e dom do Espírito Santo, anjos e muitos outros dons e bênçãos para ajudar seus filhos a acharem e trilharem o caminho da perfeição.
Como nascemos na Terra pela água, sangue e espírito, assim, simbolicamente, temos que nascer de novo. Nascer de Deus é o mesmo processo conhecido como despojar-se do homem natural, tornar-se uma nova criatura, tornar-se como um criancinha, tomar sobre si o nome de Cristo, andar com Deus, processo de justificação e santificação e conversão. Todos esses nomes são títulos do mesmo processo de santificação. No reino de Deus nascemos quando somos batizados (água), recebemos o Espírito Santo (espírito) e toda plenitude da expiação (sangue). Pela água guardamos o mandamento – sendo obediente a toda palavra que procede de Deus. Pelo espírito somos justificados – pois o Espírito Santo da promessa sela os atos e convênios firmados com Deus e nos limpa, por meio de seu fogo purifica-nos, tornando-nos justos diante do Pai. O sangue de Cristo, derramado por misericórdia, santifica-nos. Santifica-nos ao dar graça após fazermos tudo ao nosso alcance para salvarmos a nós e ao próximo.
Esse sangue permite que desenvolvamos os atributos de Cristo – humildade, fé, esperança, caridade, etc. – para que sejamos a medida da estatura de Cristo, para sermos participantes da natureza divina, para obtermos conhecimento de Deus (2 Pedro 1).
Para aqueles que vencerem o mundo, e forem limpos pelo sangue do Cordeiro a promessa é que Deus revelará sua face. Ao conhecermos como também somos conhecidos e recebermos o direito de entrar na Igreja do Primogênito, sendo julgados dignos pelas testemunhas especiais de entrar no reino celestial - teremos nos tornados cheios de amor, esperança e fé. Teremos nos tornado semelhantes a Deus, que tem amor infinito. Se houver queda neste nível abençoado a maldição é para morte – e trevas exteriores será o destino destes miseráveis. Mas se houver permanência fiel e constante e perfeição por meio da graça haverá glória imortal e vidas eternas.
Todas as coisas apontam para Expiação. Tudo é um símbolo de Sua ordem. Aqueles que forem escolhidos tornar-se-ão filhos e herdeiros legais, reis e rainhas, sacerdotes e sacerdotisas. Aqueles que entenderem parte ou plenamente o que eu disse estão no caminho seguro que levará a vida eterna.
Este é o plano e a doutrina. E todas as outras coisas se ramificam dessas verdades restauradas por Joseph Smith, o profeta da Restauração. Ouvir e desejar são os primeiros passos e receber a palavra mais segura de profecia, enquanto perseverar é o último e grande passo para entrar na Vida Eterna. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai – para saciar a busca que todos temos de paz e felicidade – se não por Ele. Ele é a luz e a vida do mundo. E eu presto testemunho que isso é verdade. Em nome de Jesus Cristo, amém.

Lucas Guerreiro