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8 de jan. de 2013

O PODER DO MAL - parte 2


O poder do diabo no Segundo Estado
A vida nesta Terra é um tempo de provação (Abraão 3:25). Provação  para aqueles 2/3 que escolheram seguir o Salvador Jesus Cristo. Os outros (1/3) - que escolheram Lúcifer nunca terão direito a um tempo de provação, e consequentemente não receberão um corpo físico - mas permanecerão para sempre com seus corpos de espírito. Isso por si só já os limita. Sim, seu poder se limita, pois há muitas coisas que não se pode fazer sem um corpo.
O Élder David A. Bednar explicou: "Satanás não tem um corpo, e seu progresso eterno foi interrompido. Assim como a água que flui no leito de um rio é contida por uma represa, o progresso eterno do adversário foi interrompido por ele não ter um corpo físico. Devido a sua rebelião, Lúcifer negou a si mesmo todas as bênçãos e experiências mortais que são possíveis graças a um tabernáculo de carne e ossos. Ele não pode aprender as lições que só um espírito com corpo é capaz de aprender. Ele não pode se casar nem desfrutar as bênçãos da procriação e da vida em família. Não pode vivenciar a realidade da ressurreição literal e universal de toda a humanidade. Um dos mais fortes significados da palavra condenado, conforme aparece nas escrituras, evidencia-se por essa incapacidade de continuar a desenvolver-se e de tornar-se semelhante ao Pai Celestial.
Uma vez que o corpo físico é um elemento tão importante no plano de felicidade do Pai e em nosso desenvolvimento espiritual, não admira que Lúcifer procure frustrar nosso progresso tentando-nos a usar nosso corpo de modo impróprio. Uma das maiores ironias da eternidade é a de que o adversário, que é miserável justamente por não ter um corpo físico, procure seduzir-nos e tentar-nos a partilhar de sua miséria utilizando nosso corpo de modo impróprio. A própria ferramenta que ele não tem e não pode usar torna-se, assim, o alvo principal de seu empenho em levar-nos à destruição física e espiritual." (As coisas como realmente são, Serão do SEI - BYU, 3 de Maio de 2009, clique aqui para ler o serão completo).
O poder de Satanás se manifestou primeiramente no Éden. As escrituras relatam que Satanás é a "antiga serpente"(D&C 76:28, Apocalipse 12:9, 20:2). Em Gênesis e Moisés lemos que Satanás tentou Adão e Eva para que comessem do fruto que Deus lhes havia proibido. Satanás usou uma meia verdade para enganar Eva. Ele disse que se comessem do fruto proibido, Adão e Eva seriam como Deus, conhecendo o bem e o mal - isso era verdade. A mentira, entretanto, era a de que não morreriam. Adão e Eva comeram do fruto da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, transgredindo expressamente um mandamento de Deus. A tragédia do Éden, entretanto, se tronou uma das maiores bênçãos de todas - para o desgosto do Inimigo. Graças a Queda, a vida mortal se tornou possível, e a Provação se iniciou. Sem a Queda, não haveria necessidade de uma Expiação. e Sem a expiação não há ressurreição e Vida Eterna. Satanás, em vez de atrapalhar, adiantou os propósitos do Criador (GEE "Queda", ver também http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/02/mandamento-em-conflito-no-jardim.html)
Deus amaldiçoou o diabo, dizendo: "Por teres feito isso, maldita serás sobre todo gado e toda besta do campo; sobre teu ventre andarás e pó comerás todos os dias de tua vida; E porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua semente e a semente dela; e ele ferirá tua cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar." (Moisés 4:20-21). A semente do diabo, que são seus seguidores, e a da Mulher, que é Cristo, são inimigas. Paulo disse: "E que concórdia há entre Cristo e Belial?" (II Coríntios 6:15). E mais tarde, Tiago: "não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4). Assim Satanás tornou-se o mestre do mal e das trevas - o opositor de Cristo. As características do demônio são totalmente antagônicas a de Cristo - de modo que não podemos confundir ambos. E nem podemos servir aos dois senhores ao mesmo tempo - porque ou odiaremos a um e amaremos ao outro, ou nos dedicaremos a um e desprezaremos o outro - não podemos servir a Deus e a Diabo simultaneamente! (Mateus 6:34)
É claro que Satanás ficou irado ao ver que não atrapalhara em nem mesmo minimamente o Plano de Deus, e por isso jurou, em sua ira, destruir os homens - arrastando-os para o inferno.
Vemos que ele obteve sucesso logo no inicio do mundo, pois enganou Caim, para que assassinasse Abel, seu irmão. Caim se tronou Perdição - recebendo o mesmo título de Satanás - porque para ambos não há qualquer esperança de redenção (Moisés 5:21-41).
A fúria do diabo não cessou. Ele obteve sucesso usando suas táticas demoníacas, de modo que toda humanidade se tornou corrupta, exceto oito almas. O Senhor precisou enviar um dilúvio para purificar o mundo (GEE "Dilúvio").
Depois que o planeta começou a ser povoado outra vez, Satanás instigou os homens novamente. Em Helamã lemos que "foi também esse mesmo ser [Satanás] que pôs no coração do povo a ideia de construir uma torre tão alta que alcançasse o céu. E foi esse mesmo ser que enganou o povo que veio daquela torre para esta terra [os jareditas]; que espalhou obras de trevas e abominações por toda a face da terra até arrastar este povo à mais completa destruição e ao inferno sem fim. Sim, o mesmo ser que inculcou no coração de Gadiânton a continuação de obras tenebrosas e assassinatos secretos [entre os nefitas]; e tem-nas propagado desde o princípio do homem até agora. E eis que é ele [Satanás] o autor de todo pecado. E eis que leva avante suas obras de trevas e assassinatos secretos; e transmite suas conspirações e seus juramentos e seus convênios e seus planos de terrível iniquidade, de geração em geração, à medida que consegue apoderar-se do coração dos filhos dos homens." (Helamã 6:28-30).
Enoque teve uma visão extraordinária. Ele viu que "o poder de Satanás estava sobre toda a face da Terra. E ele viu anjos descendo do céu; e ouviu uma alta voz, dizendo: Ai, ai dos habitantes da Terra. E ele viu Satanás; e tinha uma grande corrente na mão, que cobria de trevas toda a face da Terra; e ele olhou para cima e riu; e seus anjos rejubilaram-se. E Enoque viu anjos que desciam do céu, prestando testemunho do Pai e do Filho; e o Espírito Santo desceu sobre muitos". Todavia, Enoque viu "que o Deus do céu olhou o restante do povo e chorou". O Senhor explicou que chorava porque os pecados de seus filhos lhes condenaria e "Satanás será seu pai e angústia, seu destino; e todo o céu chorará sobre eles, sim, toda a obra de minhas mãos; portanto não deverão os céus chorar, vendo que eles sofrerão?" (Moisés 7:25-37).
Essa parte da visão de Enoque se refere especificamente à época que antecedeu o Dilúvio. Entretanto, como os profetas modernos dizem, vivemos em um tempo de iniquidade comparável aos dias de Noé. Satanás tem "poder sobre seu próprio domínio" (D&C 1:35). E por isso, hoje, podemos saber que Deus esta chorando, e o diabo rindo. Mas tal situação é temporário, pois vira o dia em que Satanás será amarado e, depois, expulso para sempre.

Táticas do Diabo em espécie
Satanás é um ser ardiloso. As escrituras dizem que seu plano é astuto (2 Néfi 9:28). Seu plano! Satanás tem um plano. Ele é um ser inteligente e com muita experiência. Ele é calculista, meticuloso e capcioso. Ele usa de "táticas"para destruir os homens. As escrituras chama essas táticas de "ardis do diabo" (Alma 11:21). Falarei brevemente sobre elas.
                O Presidente Thomas S. Monson declarou:
                "Estamos cercados — às vezes somos até bombardeados — por mensagens do adversário. Ouçam algumas delas, que sem dúvida lhes soarão familiares: “Só desta vez não vai fazer mal”. “Não se preocupe, ninguém vai saber”. “Você pode parar de fumar ou de beber, ou de tomar drogas quando quiser”. “Todo mundo faz isso, portanto não pode ser tão ruim assim”. As mentiras são infindáveis.
                Embora em nossa jornada encontremos bifurcações e retornos ao longo da estrada, simplesmente não podemos nos dar ao luxo de enveredar por um desvio do qual talvez jamais consigamos voltar. Lúcifer, como o astuto flautista [de Hamelin], toca sua alegre melodia e atrai os incautos para longe da segurança do caminho escolhido, para longe dos conselhos de pais amorosos, para longe da segurança dos ensinamentos de Deus. Ele busca não apenas a assim chamada escória da humanidade, ele busca todos nós, inclusive os próprios eleitos de Deus. O rei Davi ouviu, vacilou e, depois, seguiu e caiu. O mesmo fez Caim, em uma época anterior, e Judas Iscariotes, em uma era posterior. Os métodos de Lúcifer são ardilosos, e suas vítimas, numerosas." (http://www.lds.org/general-conference/2010/10/the-three-rs-of-choice?lang=por&media=video)
Néfi concede-nos um rol exemplificativo muito útil para nosso dias:
"Pois eis que nesse dia ele [o diabo] se enfurecerá nos corações dos filhos dos homens e incitá-los-á a se irarem contra o que é bom. E a outros pacificará e acalentará com segurança carnal, de modo que dirão: Tudo vai bem em Sião; sim, Sião prospera. Tudo vai bem - e assim o diabo engana suas almas e os conduz cuidadosamente ao inferno. E eis que a outros ele lisonjeia, dizendo-lhes que não há inferno; e diz: Eu não sou o diabo, porque ele não existe - e assim sussurra-lhes aos ouvidos até agarrá-los com suas terríveis correntes, das quais não há libertação. Sim, são agarrados pela morte e pelo inferno; e a morte e o inferno e o diabo e todos os que assim foram dominados deverão apresentar-se diante do trono de Deus e serem julgados de acordo com suas obras; daí deverão ir para o lugar preparado para eles, um lago de fogo e enxofre que é tormento sem fim. Portanto, ai do que repousa em Sião! Ai do que clama: Tudo vai bem! Sim, ai do que dá ouvidos aos preceitos dos homens e nega o poder de Deus e o dom do Espírito Santo! Sim, ai do que diz: Recebemos e não necessitamos mais!
E por fim, ai de todos os que tremem e estão irados por causa da verdade de Deus! Pois eis que o que está edificado sobre a rocha recebe-a com júbilo; e o que está edificado sobre um fundamento de areia treme de medo de cair. (...)
Maldito é aquele que confia no homem ou faz de carne o seu braço ou dá ouvidos aos preceitos dos homens, a menos que seus preceitos sejam dados pelo poder do Espírito Santo." (2 Néfi 28:21-29, 31)
O diabo enfurece alguns. O Presidente Thomas S. Monson contou a pouco tempo: "Recentemente, quando eu assistia ao noticiário na televisão, percebi que muitas das principais matérias eram de natureza semelhante, pois contavam tragédias que, basicamente, tinham raízes em uma única emoção: a raiva. O pai de um bebê foi preso por maltratar a criança. Afirmava-se que o choro do bebê tinha enfurecido o pai a tal ponto que ele quebrou um dos membros e várias costelas da criança. Foram alarmantes as notícias do aumento da violência das gangues e do aumento acentuado dos assassinatos praticados por elas. Outra notícia daquela noite foi sobre uma mulher baleada pelo marido, de quem estava separada e que teve um ataque de ciúme e fúria ao encontrá-la com outro homem. E, naturalmente não faltaram as habituais coberturas de guerras e conflitos no mundo inteiro." Depois ele ensinou: "Enfurecer-se é ceder à influência de Satanás. (...) A raiva é instrumento de Satanás e é destrutiva de muitas formas." Por fim, o profeta rogou-nos: "Que não alimentemos hostilidade contra ninguém, mas sejamos pacificadores, tendo sempre na lembrança a admoestação do Salvador: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" ("Amansa teu temperamento", Conferência Geral, outubro de 2009, leia o discurso completo).
O diabo pacifica alguns. Meu presidente de Estaca sempre diz, repetindo os profetas: "a procrastinação é ladra da vida eterna". Satanás muitas vezes nos insta a cumprir os mandamentos, mas amanhã - e não hoje. Ele também nos aliena nas terríveis consequências do pecado. Ele diz que poderemos nos arrepender, ou que Deus é muito bom, e por isso não ira nos castigar. Nesses últimos dias muitos dizem: "Comei, bebei e alegrai-vos, porque amanhã morreremos; e tudo nos irá bem." Muitos também dizem: "comei, bebei e diverti-vos; não obstante, temei a Deus - ele justificará a prática de pequenos pecados; sim, menti um pouco, aproveitai-vos de alguém por causa de suas palavras, abri uma cova para o vosso vizinho; não há mal nisso. E fazei todas estas coisas, porque amanhã morreremos; e se acontecer de sermos culpados, Deus nos castigará com uns poucos açoites e, ao fim, seremos salvos no reino de Deus." (2 Néfi 28:7-8). Essa são "doutrinas falsas, vãs e tolas" (2 Néfi 28:9).
O diabo lisonjeia alguns. Muitas vezes Satanás incita os homens a descrença. Sim, até mesmo sussurra-lhes que ele não existe e que não é o diabo. Ele diz que Satanás é um ser mitológico ou criado pela mente humana. Creio que essa é uma de suas táticas mais bem sucedidas.
Lembro que quando eu era um missionário de tempo integral, quando eu servia em um ramo longínquo - e o trabalho era muito desafiador - de fato, foi minha área mais difícil no campo missionário; lembro que Satanás sussurrou-me que ele não existia e que não era o diabo. Compreendi que se eu acreditasse nisso, deixaria de crer na origem de meu chamado como missionário - e até minha crença em Deus seria abalada. Mas refutei essa tentação. Sei que o diabo é um ser real, e que devemos ter cuidado com suas mentiras.
O diabo faz com que alguns se irem contra a verdade. Faz com que outros confiem mais nos homens - em suas ideias, teorias e caprichos. Ele também faz com que alguns se envolvam em combinações secretas. Estas combinações são as maiores e mais destrutivas de suas táticas. (http://lucasmormon.blogspot.com.br/2010/04/eter-8-combinacoes-secretas.html).
Uma tática recente que o diabo tem usado foi declarada pelo Élder Bednar:
"Satanás também procura incentivar os filhos e filhas de Deus a subestimar a importância de seu corpo físico. Esse tipo de ataque é extremamente sutil e diabólico. Quero dar vários exemplos de como o adversário pode pacificar-nos e acalentar-nos com uma sensação de segurança carnal (ver 2 Néfi 28:21) e incentivar-nos a colocar em risco as experiências terrenas de aprendizado com as quais nos jubilamos (ver Jó 38:7) na existência pré-mortal.
Por exemplo: todos podemos divertir-nos numa ampla gama de atividades sadias, divertidas e motivadoras, mas subestimamos a importância de nosso corpo e colocamos em risco nosso bem-estar físico ao chegar a extremos insólitos e perigosos em busca de uma crescente descarga de adrenalina. Podemos justificar-nos dizendo que nada há de errado nessas aventuras e experiências aparentemente inocentes. Contudo, quando colocamos em risco o próprio instrumento que Deus nos deu para ter experiências de aprendizado na mortalidade, seja por mera busca de emoção ou diversão, por vaidade ou para obter aceitação, estamos na verdade menosprezando a importância de nosso corpo físico.
Infelizmente, alguns rapazes e moças da Igreja atualmente ignoram “as coisas como realmente são” e negligenciam relacionamentos eternos em troca de distrações, diversões e subterfúgios digitais que não têm valor duradouro. Dói-me o coração quando um jovem casal, selado na casa do Senhor para esta vida e para toda a eternidade, pelo poder do santo sacerdócio, enfrenta dificuldades conjugais por causa do efeito viciante do uso excessivo de videogames ou de redes de relacionamentos sociais da Internet. Um rapaz ou uma moça pode desperdiçar inúmeras horas, adiar ou perder realizações profissionais ou acadêmicas e, por fim, sacrificar ternos relacionamentos humanos por causa de videogames e jogos on-line que embotam a mente e o espírito. Como o Senhor declarou: “Portanto dou-lhes o seguinte mandamento: Não desperdiçarás teu tempo nem enterrarás teu talento, de modo que não seja conhecido (…) ” (D&C 60:13)."
Então o Élder Bednar destemidamente declarou:" Ergo hoje a voz apostólica de advertência para a possível influência asfixiante, sufocante, anulante e restritiva que alguns tipos de interações e experiências realizadas no mundo virtual podem ter sobre nossa alma. Essa preocupação não é algo novo, mas aplica-se igualmente a outros meios de comunicação como a televisão, o cinema e a música. No mundo virtual, porém, esses desafios são mais difundidos e intensos. Rogo que tomem cuidado com a influência entorpecente e espiritualmente destrutiva das tecnologias do ciberespaço que são usadas para produzir alta fidelidade e promover propósitos degradantes e malignos.
Se o adversário não conseguir persuadir-nos a fazer mau uso de nosso corpo físico, então uma de suas táticas mais eficazes é induzir-nos — nós que somos espíritos com corpo — a desligar-nos gradual e fisicamente das coisas como realmente são. Em essência, ele nos incentiva a pensar e agir como se estivéssemos em nosso estado pré-mortal, sem um corpo. Se permitirmos, ele pode astutamente empregar alguns aspectos da tecnologia moderna para atingir seus objetivos. Peço-lhes que tomem muito cuidado para não ficarem tão imersos e concentrados nos pixéis, textos, fones de ouvidos, torpedos, redes sociais on-line e usos potencialmente viciantes da mídia e da Internet, a ponto de deixarem de reconhecer a importância de seu corpo físico e de perderem a riqueza da verdadeira comunicação face-a-face. Tomem cuidado com as representações e informações digitais encontradas nas diversas formas de interação computadorizada que podem exibir toda a gama de capacidades e experiências físicas." (As coisas como realmente são, Serão do SEI - BYU, 3 de Maio de 2009, clique aqui para ler o serão completo).
As táticas do diabo são várias. E são todas perigosas. Ouvir os profetas e ler as escrituras diariamente nos salva dos enganos do demônio. Mais adiante falarei com mais demora sobre isso.

(continua)

11 de ago. de 2011

Porque esta dando tudo errado? Porque Deus não responde minhas orações?

                Espere um instante! Pense bem: não esta dando tudo errado, embora talvez você esteja tendo esse sentimento. Não quero desprezar a sua dor e a profundeza de suas provações - mas quero que saiba que essas dificuldades são suportáveis e você poderá sobreviver e vencer todas essas coisas.
                Quando um ente querido segue o caminho de toda Terra e nos deixa, às vezes inesperadamente; ou quando estamos desempregado, sem enxergar uma solução para manter-nos e manter nossa família; ou quando os relacionamentos são sufocados pela discórdia e desconfiança; ou quando estamos tão envolvidos com o pecado - mesmo viciados - e não vemos possibilidade de libertação; ou quando sentimos um vazio tão grande, que nem desejamos acordar no próximo dia; ou quando algumas promessas de Deus parecem tão distantes que para nós se tornam impossíveis - então talvez, se estamos passando por essas situações ou semelhantes, precisemos lembrar e fazer algumas das seguintes coisas:


1º.    Avaliar nossa vida. Quando a gigantesca onda da provação e da adversidade vem sobre nós é natural fazermos algumas perguntas duras a nós mesmos. Essa auto-avaliação é sadia se feita a maneira do Senhor. E qual essa maneira? As escrituras e os profetas ensinam que devemos ter esperança, orar sempre, ser otimistas, considerar o plano eterno e trabalhar com fé. Então, minha sugestão é: retire-se para um lugar calmo onde possa ponderar. Ore à Deus e apresente seus problemas, motivos e peça ajuda. Reveja sua vida e pergunte-se: Estou onde deveria estar? Estou fazendo algo que desagrade à Deus? Preciso deixar de fazer ou pensar algo? Preciso começar a fazer algo? Depois de refletir sobre essas questões da alma determine em seu coração que melhorará. Talvez seja apropriado fazer ou renovar um convênio com Deus, solicitando Sua ajuda divina para cumprir o prometido.
Quando as coisas dão errado é bom refletir se você esta fazendo as coisas pequenas e simples que o Senhor exige: oração diária, estudo das escrituras, servindo ao próximo, reunião familiar, frequentando as reuniões da Igreja, pagando o dízimo, indo ao Templo, entre outras. Caso não esteja fazendo alguma dessas coisas, ou reconheça que precise melhorar use a expiação e se arrependa!


2º.    Procurar as Bênçãos. Nos momentos de introspecção também é saudável fazer o exercício de contar as bênçãos. Talvez seja melhor até enumerá-las escrevendo-as. Comece com você mesmo: e observe ao redor. Se não conseguir ver muitas bênçãos ore para que Deus lhe mostre. Você é sem dúvida muito abençoado!


3º.    Lembrar-se das promessas. Deus fez promessas sagradas à você. Mesmo que você não lembre delas elas ainda assim são válidas. Algumas dessas promessas foram feitas na vida pré-mortal, antes de você nascer. Outras foram dadas aqui, ao nasceres, ao ser batizado, ao receber uma bênção do sacerdócio - como uma bênção de conforto ou a bênção patriarcal. Outras promessas foram te dadas no Templo. Deus não mente, e sempre cumpre suas promessas. Mas isso é feito do modo Dele e no tempo Dele. E mediante a nossa obediência. Lembrar das promessas nos ajuda a ter esperança e amor para com Deus e todos os homens.


4º.    Estudar as escrituras e ouvir os profetas. As escrituras e as palavras dos profetas são uma das maneiras que Deus responde nossas petições. É útil lê-las com fervor e atenção. Dou um exemplo: eu estava passando por certas dificuldades, que para mim pareciam muito grandes. Orei a Deus. Mas a resposta não veio. Revi minha vida. Parecia em ordem - porque então Deus não me atendia? Senti-me tentado a murmurar - até blasfemar. Porque estava tudo dando errado? Porque eu estava passando por isso? Então, após debater-me atendi a um sussurro do Espírito (embora eu não reconhecesse que fosse o Espírito à princípio) e li as escrituras. Em Abraão encontrei minha resposta. Lá dizia que Abraão e sua família estavam enfrentando um fome terrível - na realidade nunca houve tamanha fome no mundo (é por isso que João, em Apocalipse 6:5-6, viu o cavalo preto da penúria e fome representando a época de Abraão - o terceiro selo). O fato é que Abraão construiu um altar e orou "para que a fome se desviasse" (Abraão 2:17). Depois Abraão voltou a orar "fervorosamente" (Abraão 2:18). Então o Senhor prometeu a Abraão que daria a terra de Canaã a ele. Mas é curioso que apesar de Abraão orar com fé "a fome continuava na terra" - na verdade "a fome agravara-se muito" (Abraão 2:21). Por causa de tanta fome, Abraão teve que mudar seu percurso e ir para o Egito (versículo 21). Compreendi que essa história tinha princípios que se aplicavam a minha própria situação. Abraão era um homem justo e recebera divinas promessas. Ele orara com fé, mas o Senhor não atendeu a seu pedido imediatamente. Porquê? Porque Deus tinha um plano para ele! Deus queria que Abraão fosse ao Egito. E o que aconteceu no Egito? Abraão recebeu várias revelações e ensinou  muito aos egípcios (conforme o Fac-Símile número 3 do livro de Abraão demonstra). O importante é que Abraão não se rebelou contra Deus, mas continuou com fé, mesmo que sua oração não foi instantaneamente respondia. Aprendi que eu deveria manter-me puro e fiel, sem reclamar, esperando com fé, continuando com minhas petições, e também mudar os planos e ir ao Egito, se necessário. Que bênção possuir escrituras sagradas que nos ajudam nas mais diversas circunstancias de nossa vida!


5º.    Ouvir o conselho de nosso entes queridos, amigos e líderes locais da Igreja. Ouvir, ou dar ouvidos, aos pais, cônjuge, filhos, amigos e bispo é sábio - pois eles muitas vezes são como anjos de Deus, que estão preparados para abençoar-nos com conselhos, ajuda e fé. Devemos deixar nosso orgulho de lado e também nosso julgamentos equivocados - e escutar sinceramente. Seus conselhos devem ser ponderados com a oração pessoal - eles, então, poderão tornar-se um escudo e proteção - e até uma força motriz para o bem.


6º.    Permitir ser confortado. Muitas vezes somos como Enoque: quando não entendemos o plano completo de Deus ficamos com a alma amargurada  e choramos dizendo aos céus: "Recusar-me-ei a ser consolado" (Moisés 7:44). Mas temos que aceitar o convite de Deus: "Anima-te e alegra-te e olha". Ao olharmos para nós mesmos e para Deus, ao verificarmos as bênçãos que recebemos e as promessas que merecemos - e ao pensarmos em Cristo - recebemos aquela paz preciosa que Ele prometeu (João 14:27). Portanto não deixemos que a culpa de coisas já resolvidas nos atormente; não deixemos que o desanimo cegue nossa visão espiritual e congele nossas pernas; não deixemos de fazer o bem a nós mesmos, a nossa família e a outros. Vamos levantar a cabeça, regozijar-se e colocar a nossa confiança em Deus - porque Ele é o mesmo Deus de milagres de nossos pais Abraão, Isaque e Jacó - o mesmo Deus que sustentou Israel com maná e os libertou (Mosias 7:19-20).


7º.    Agir. Talvez o mais importante de tudo o que escrevi seja agir para o bem. É quando servimos ao próximo que sentimo-nos servidos por Deus. Quando salvamos os outros acabamos por salvar a nós mesmos (observe D&C 4:2 e 4 - ao servirmos trazemos salvação a nossa própria alma). Por isso é bom dedicar-nos a uma boa causa. Nosso serviço pode ser simples: visitar a viúvas, ajudar um irmão nas tarefas da escola, pregar o evangelho com os missionários, arrumar um chuveiro para um parente - há centenas de maneiras de ajudar. Mas façamos algo.


                Comprovei a veracidade desses pontos. Sei que Deus nos ama. Ele sempre nos ouve. Um dia compreenderemos porque algumas vezes nossas orações não são imediatamente respondidas e porque temos que passar pela dura estrada do sofrimento e solidão. Nesta ocasião futura sentiremos grande gratidão e veremos que nenhuma dor ou provação foi em vão -e que tudo, na verdade, foi para nosso bem eterno.
                Para terminar gostaria de mencionar o que o Senhor disse a seus santos quando estavam sendo expulsos do Missouri - e passando por uma das mais tenebrosas épocas da História da Igreja. Procure pensar que essas palavras são direcionadas a você, porque são mesmo: "EM verdade vos digo, meus amigos [pode ser útil colocar seu nome aqui]: Não temais; que se console vosso coração; sim, regozijai-vos sempre e em tudo dai graças; Esperando pacientemente no Senhor, porque vossas orações chegaram aos ouvidos do Senhor de Sabaote [ou Senhor dos Exércitos] e estão registradas com este selo e testamento - o Senhor jurou e decretou que serão atendidas. Portanto ele vos faz essa promessa, com um convênio imutável de que serão cumpridas; e todas as coisas que vos tiverem afligido reverterão para o vosso bem e para a glória do meu nome, diz o Senhor."


4 de dez. de 2010

Níveis de Desobediência. As escrituras mencionam erro, transgressão, pecado, iniqüidade e morte espiritual como formas de desobediência a Deus e as suas leis. Embora muitas vezes esses termos sejam usados como sinônimos, é evidente que nem sempre significam a mesma coisa. É, portanto, relevante estabelecer uma distinção que contribua para melhor entendimento interpretativo e prático. A tabela a seguir pretende oferecer tal auxílio.

Erro
Ocorre quando há incapacidade, falha natural ou desconhecimento da lei, por tradição, falta de informação, imcopetencia, etc.
É fácil reconhecer que erro não é o mesmo que pecado. As criancinhas erram durante o processo de aprendizagem, por exemplo. Devido às fraquezas e debilidades dos mortais – da imperfeição – erros são freqüentemente cometidos. Os erros (em sentido estrito) não nos tornam impuros a vista de Deus por causa da graça de Cristo. Também aqueles que não quebram a palavra de sabedoria sem saber que ela é um mandamento não cometem pecado.
3 Néfi 1:24; Levítico 5:18; Alma 37:8-9; Jó 13:26; Salmos 19:12; JS–H 1:28; Mosias 3:16; Romanos 4:15; 2 Néfi 9:25

Transgressão
Fazer algo errado que, embora não seja essencialmente mal, ainda assim é contra a lei.
A transgressão é um tipo de erro intencional. É a quebra deliberada da lei. Entretanto não é o mesmo que pecado, pois a transgressão visa quebrar uma lei menor em prol de uma lei maior. A transgressão sempre recai sobre algo que essencialmente não é ruim nem mal – como no caso da queda de Adão e Eva, por exemplo, que preferiram comer do fruto proibido e trazer mortalidade do que ficar no jardim eternamente. Outro exemplo seria o de trabalhar sem documentação. Essencialmente trabalhar não é errado, mas fazê-lo sem que a lei autorize é errado. As transgressões trazem conseqüências semelhantes ao pecado, mas mais tênues.
2ª Regra de Fé; Alma 34:8; 2 Néfi 2:21; Moisés 5:10-11; Moisés 6:53, 59

Pecado
Desobediência intencional a lei de Deus.
Tudo que é essencialmente mal, diabólico, sensual, carnal, profano é contra Deus, e é pecado. O pecado tem diversas formas e meios d ser cometido: dês de um simples pensamento (como ter inveja) até um ato maligno (assassinar) pode ser concebido. O pecado nos torna impuros diante de Deus.
João 9:41; Tiago 4:17;; D&C 84:49; Alma 45:16

Iniqüidade
Prática constante de pecado.
Uma pessoa pode ser considerada justa se peca e esta procurando se arrepender. Mas não há justo que cometa iniqüidade. O iníquo peca e repete com freqüência esse pecado. Em alto grau o iníquo se regozija no pecado, fica triste quando é impedido de pecar e se opõem a tudo que é bom e justo. Esse terrível estado faz com que a pessoa se torne serva do diabo.
I Coríntios 5:13; D&C 82:7; II Tessalonicenses 2:12; Alma 41:10; Mórmon 2:13

Morte Espiritual
Impossibilidade de arrependimento e perdão.
Quando passado é o dia da graça para uma pessoa – a iniqüidade se torna tão aguda que o arrependimento é impossível – então esta está madura para destruição espiritual. A morte espiritual, em sentido amplo, é o afastamento de Deus; e em sentido estrito é o mesmo que cometer o pecado imperdoável.
Tiago 1:15; Romanos 6:23; I Timóteo 5:6; D&C 29:41; Alma 13:30; Alma 40:26



Diante de tais fatos eis a questão: uma pessoa que quebra a lei da castidade, sem saber que essa é uma lei de Deus, por ser culturamente influenciada a quebrar a lei - amigos, mídia, os pais: todos incentivam a relação sexual fora do casamneto - e não ter tido contado com religião alguma - terá, essa pessoa, cometido pecado?

A resposta é: SIM, terá cometido pecado. Por quê? Porque embora aparentemente ela não saiba que ter relação sexual fora dos laços do casamento é errado – e a cultura a influenciou a tal ato – ainda assim ela possui a luz de Cristo, que a ensinou o certo e o errado. Então ele sabe que é errado!
O caso é melhor entendido a luz das escrituras sagradas. O rei Lamôni matara muitos de seus servos – e matar é evidentemente errado – mas por causa da cultura, da tradição, não achara que isso fosse errado. Na realidade os lamanitas não tinham uma noção para o que viria a ser pecado:
“Ora, esta era a tradição de Lamôni, que ele havia recebido de seu pai, de que existia um Grande Espírito. Apesar de acreditarem num Grande Espírito, pensavam que tudo que fizessem estaria certo; não obstante, começou Lamôni a temer muito, com medo de haver procedido mal ao matar seus servos; Porque ele havia matado muitos deles por haverem seus irmãos dispersado os rebanhos junto às águas; e assim, por haverem seus rebanhos sido dispersados, foram mortos” (Alma 18:5-6).
Observe que quando o rei soube dos feitos de Amon começou a temer haver procedido mal. A luz de Cristo dentro dele o despertou para a gravidade de seus pecados. Ele começou a sentir tristeza o que culminou no arrependimento sincero (Alma 18:41-43; 19).
Uma pessoa antes de quebrar a lei da castidade é advertida pela luz de Cristo que não deve fazê-lo. Entretanto se o faz, sente tristeza (2 Coríntios 7:10). Esta pode ser rapidamente abafada pela racionalização. Por exemplo, pretensos amigos podem dizer: “a primeira vez é normal se sentir assim” ou “da próxima vez vai ser melhor” ou “você não estava bem neste dia”. Essa racionalização do pecado abafa a luz de Cristo a tal ponto que o mal se transforma em bem e o bem em mal. Todavia, quando um ministro do evangelho declara a verdade, a luz de Cristo dentro do individuo pecador o desperta para consciência de sua culpa e ele é afligido (Alma 14:6). Assim ocorre com todos os homens. Todos são ensinados suficientemente (Morôni 7:16), e não há inocentes – exceto as criancinhas e os incapazes de discernir.
Se a questão se referisse a beber vinho, por exemplo, que faz parte da Palavra de Sabedoria em nossos dias, à resposta seria não. Porque beber vinho não é essencialmente mal para que não conhece a lei – a luz de Cristo não adverte a pessoa sobre tais pecados. “Onde não há lei, não há pecado” (2 Néfi 9:25).

7 de abr. de 2010

Como Vencer a Tentação e o Pecado - 3 Néfi 18

Neste capítulo Jesus ensina como vencer a tentação e o pecado. Creio que suas palavras são tão validas para os a nefitas que o ouviram pessoalmente quanto para nós, pois Ele expressamente disse que os nefitas haviam ido a ele e sentido pessoalmente “e da mesma forma [deviam fazer] ao mundo”, convidando-os a achegarem-se a Cristo (3 Néfi 18:25).
O sacramento é o primeira arma contra a tentação e o mal. O propósito do sacramento foi ensinado pelo Senhor: comemos o pão em lembrança do corpo de Cristo – ao lembrarmos de Cristo testificamos ao Pai de nossa disposição de seguir os mandamentos – esse desejo convida o Espírito (3 Néfi 18:6-7); tomamos a água para cumprir os mandamentos – também testificamos a Deus sobre nossa disposição de seguir o Filho, que derramou seu sangue expiatório por nós - temos assim direito ao Espírito constantemente (3 Néfi 18:10-11). Além disso, quando tomamos dignamente o sacramento estamos edificando na Rocha do Redentor “que é um alicerce seguro”: o sacramento nos protege do inferno, o mal e as adversidades da vida (3 Néfi 18:12-13, Helamã 5:12).
A segunda arma contra a tentação e o mal é guardar os mandamentos (3 Néfi 18:14). Em provérbios 16:3 lemos: “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” Temos que tomar cuidado com nossos pensamentos, palavras e obras e guardar os mandamentos para não perecer (Mosias 4:30). A mente carnal é morte, e a mente espiritual é vida eterna 92 Néfi 9:39). Aquele que guarda os mandamentos é sustentado por Deus (1 Néfi 17:3) e salvo (1 Néfi 22:31). Alguns dos mandamentos são: adorar a Deus, e somente Ele, santificar o dia do Senhor, amar o próximo, não mentindo, roubando e guardando a lei da castidade (Êxodo 20:3-17; Marcos 12:30-31).
A terceira arma apresentado pelo Senhor contra o mal é vigiar e orar. Vigiar é estar atento, ser capaz de receber e seguir as revelações de Deus. Inclui orar individualmente e em família (3 Néfi 18:18-21), jejuar (Isaías 58:6-11), permanecer em lugares santos (D&C 45:32, 87:8), estudar as escrituras (João 5:39) e seguir os profetas (Jacó 4:6).
Onde tomamos o sacramento e aprendemos os mandamentos? Num lugar de adoração. Esse é a quarta forma de nos defendermos do mal: se reunir com freqüência para aprender e adorar (3 Néfi 18:22). Fazer obra missionária é a quinta arma eficaz contra a tentação e o mal (3 Néfi 18:22-25). Cristo é o exemplo e é a luz que seus seguidores levantarão. O exemplo e o convite são as ferramentas mais eficazes da obra missionária.
O Senhor Jesus Cristo concluiu suas palavras a multidão dizendo que “todo aquele que quebrar este mandamento ficará sujeito a cair em tentação” (3 Néfi 18:25). O Senhor deu-nos a receita de como vencer o mal, se a seguirmos teremos vida eterna.