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5 de jul. de 2014

ESTRANHO ATO DO SENHOR

Algumas pessoas acham esquisito alguns rituais do evangelho, certos padrões da Igreja e determinadas passagens de escrituras. De fato, muitos questionam o modo de agir do Senhor, no passado e no presente. Reconheço que eu mesmo já fiquei intrigado em certas ocasiões. O Senhor sabia que as pessoas se admirariam e questionariam – e por isso chamou sua obra de “estranho ato” (Isaías 28:21; D&C 95:4, 101:95).

Já vi pessoas sinceras e cheias de potencial relutarem em servir com dedicação por não entenderem coisas que aprendem no Templo, lerem sobre trechos pouco conhecidos da História da Igreja ou ouvirem algo das Autoridades Gerais que vá contra sua opinião politico-filosófica.

Para as pessoas que se debatem com questões relacionadas ao modo de proceder do Senhor e de Seus servos, no passado e no presente, revelo alguns princípios que poderão ajudar:

1º.    ESFORCE-SE PARA COMPREENDER MAIS PLENAMENTE O CARÁTER DE DEUS. Ore sempre ao Pai Celestial, em nome de Cristo. O relacionamento que você desenvolver com Ele é muito valioso. Satanás, o pai da mentira, vai fazer de tudo para que você não acredite que exista um Deus – ou que Ele, existindo, não se importa contigo. Nada pode ser mais absurdo e irreal! Ele existe, e te conhece pelo nome. Ao reconhecer que Ele é um ser real e pessoal, você pode aprender por experiência própria que Ele é um Pai amoroso, que quer seu bem-estar eterno. Também vai compreender que “assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os (...) caminhos [de Deus] mais altos do que os [seus] caminhos, e os (...) pensamentos [de Deus] mais altos do que os [seus] pensamentos”(Isaías 55:9). E isso significa que nem sempre suas perguntas e orações serão respondidas da maneira e no tempo que você deseja – mas serão respondidas. Saiba que “A demora do Senhor com frequência parece longa; às vezes dura a vida inteira. Mas ela sempre é planejada para abençoar.” (Presidente Henry B. Eyring, “Onde Esta o Pavilhão?”, http://goo.gl/F7cTeY )

2º.    ESTUDE COM MAIS DEDICAÇÃO ÀS OBRAS-PADRÃO. Há muitas pessoas falando sobre a Igreja, seus procedimentos, seus líderes e sua história. Muitos questionam a obra do Senhor, supondo, metaforicamente, “que podem virar a mão do Senhor para esquerda” (3 Néfi 29:9). Essas pessoas, na maioria dos casos, conhecem pouco das escrituras. E se as estudaram, não as compreendem. É importante, é vital, buscar a verdade nas melhores fontes. As escrituras – as obras-padrão e palavras dos profetas vivos são as fontes mais preciosas da verdade – porque elas dão acesso ao inestimável poder do Espírito Santo. A leitura das escrituras precisa ser diária. Mas é preciso mais do que ler: é necessário ponderar, orar e procurar aplicar o que se aprendeu. Só assim plantaremos a semente, e provaremos que é boa. É fácil refutar a história de Adão e Eva ou negar que Cristo tenha realizado milagres baseando-se no frágil intelecto humano que interpreta as escrituras como textos de fantasia. Mas as escrituras trazem um panorama muito mais grandioso quando estudas a fundo. Há algo em sua leitura que proporciona um vigor e um dom inestimável, que converte e refina. Isso acontece porque as escrituras falam de Cristo e dos princípios mais importantes para nossa alegria nesta vida e felicidade eterna. Você é livre para estudar e buscar o que quiser – mas se seu alicerce estiver bem solidificado com a poderosa palavra de Deus você compreenderá muito mais sobre tudo. E saberá distinguir o certo do errado – pois a luz de Cristo que há em ti, aumentará exponencialmente. Afinal, Deus, ao perceber que buscas, bate e pede conhecimento sobre conhecimento, lhe dará, como dom, mais e mais luz, até o dia perfeito.

3º.    ENTENDA O MODO DE PROCEDER DO SENHOR. Quando você ler as escrituras e orar constantemente vai começar a ver o mundo de outra forma. E vai entender porque o Senhor permite que certas coisas aconteçam e impede que outras se realizem. Vai notar que muitas vezes o Senhor transmite sua mensagem por meio de símbolos. Ele faz isso não apenas para preservar a verdade daqueles que ainda não estão preparados para recebê-la (por não terem um conhecimento prévio ou capacidade necessária para entendê-la) ou que a desprezariam – mas também para ensinar, demonstrar amor e guiar as pessoas até Ele. As escrituras e as ordenanças do evangelho – especialmente as que se realizam dentro do Templo são muito simbólicas. Você pode aprender tudo a respeito dos símbolos no evangelho – mas precisa se esforçar muito e ser digno de revelação e de confiança. Há coisas que você não compreenderá de imediato – e nem depois de muitos anos. Esse é um dos testes de fé que precisamos passar na mortalidade.

4º.    NÃO TENHA MEDO DE FAZER PERGUNTAS. O Presidente Dieter F. Uchtodrf ensinou: “Creio que nosso Pai Celestial fica contente com Seus filhos quando eles usam seus talentos e faculdades mentais para diligentemente descobrir a verdade.” “Nesta Igreja que honra o arbítrio pessoal tão fortemente, que foi restaurada por um jovem que fez perguntas e buscou respostas, respeitamos aqueles que sinceramente buscam a verdade”. Ele também disse: “É natural ter dúvidas — a semente da dúvida sincera, com frequência, brota e amadurece até se tornar uma grande árvore de conhecimento. Há poucos membros da Igreja que, em uma ocasião ou outra, não se debateram com dúvidas sérias ou delicadas. Um dos propósitos da Igreja é nutrir e cultivar a semente da fé, mesmo que às vezes seja no solo arenoso da dúvida e da incerteza. A fé é a esperança nas coisas que não se veem mas que são verdadeiras. Portanto, por favor, duvidem de suas dúvidas antes de duvidarem de sua fé. Jamais podemos permitir que a dúvida nos aprisione e nos impeça de receber o divino amor, a paz e as dádivas que vêm por meio da fé no Senhor Jesus Cristo.” (http://goo.gl/ukm0a8 e http://goo.gl/7rnO6R)
Faça perguntas. Questione até mesmo suas perguntas. Ou seja: qual o motivo que você esta se questionando. O que o levou a fazer essa pergunta e qual sua relevância. A receber um confirmação da verdade, prossiga adiante - sem questionar o que já sabe ser verdadeiro. Ainda que o saiba tão somente pela fé.

5º.    LEVE EM CONSIDERAÇÃO O CONJUNTO COMPLETO. Isso significa procurar comtemplar o Plano Eterno. Significa que na linda melodia da verdade, se uma parte da música lhe soar diferente e até esquisita, pondere o que já sentiu, aprendeu e realizou até o momento. Avalie o que se tornou por guardar os mandamentos. É difícil, reconheço, fazer esse tipo de avaliação quando estamos imersos na agitação do dia-a-dia ou quando as negras nuvens da tristeza nos querem cegar. É por essa razão é que é tão importante “aquietar-nos”. Quando ponderamos, em um lugar calmo e sereno, o Espírito encontra mais facilmente o nosso espírito – e pode comunicar coisas muito pessoais e sagradas. (Elder Ballard ensinou recentemente sobre isso: http://goo.gl/gid0MZ).

6º.    SIRVA AO SENHOR COM DEDICAÇÃO. Pode parecer contraditório, confuso ou até errado – dedicar-se a uma causa que você não compreende plenamente. Mas o fato de não sabermos tudo, sobre tudo, não deveria paralisar-nos ou amedrontar-nos. O Senhor não exige que conheçamos tudo sobre batismo para nos batizar ou que saibamos tuo sobre sacerdócio para recebe-lo. Ele não exige que saibamos sobre o Templo antes de adentramos lá. Ele exige um “coração quebrantado e um espírito contrito” – e isso significa humilde e disposição. Precisamos ter fé em Deus. Essa fé não surge por meio de sinais incríveis. Ela começa quando confiamos na Palavra que nos diz para seguir o Mestre. E quando o seguimos – guardando Seus mandamentos – somo recompensados com mais dom de fé – e sinais se seguem. De fato, ao darmos passos na escuridão a luz de Deus se descortina – e gradualmente vemos mais e mais. Então, o segredo é servir a Deus e ao próximo. E quando fazemos esse tipo de sacrifício – mesmo sem um perfeito conhecimento aquilo que julgamos estranho ou esquisito passa a ser compreensível, e depois grandioso e glorioso.

7º.    NÃO SE MARAVILHE. Algumas ocasiões o Senhor disse a seus discípulos e a outros que “não se maravilhassem” (João 3:7, João 5:28, D&C 27:5). Isso não significa que não deviam sentir gratidão ou se contentar pelos milagres que contemplavam ou pela doutrina santa que ouviam. Significava que eles deveriam reconhecer a verdade assim como era - sem alardes ou inquietações. Se eles deixassem que o fascínio os levasse a uma admiração demasiada havia risco de ceticismo, fanatismo, espírito especulativo, misticismo, tolices e até idolatria.
Quando o Senhor ordena "não vos maravilheis", indiretamente exige que confiemos Nele. Deus, pode todas as coisas, o homem não. Devemos reconhecer nossas próprias limitações. O Rei Benjamim aconselhou: “Acreditai em Deus; acreditai que ele existe e que criou todas as coisas, tanto no céu como na Terra; acreditai que ele tem toda a sabedoria e todo o poder, tanto no céu como na Terra; acreditai que o homem não compreende todas as coisas que o Senhor pode compreender. E novamente, acreditai que vos deveis arrepender de vossos pecados e abandoná-los e humilhar-vos diante de Deus; e pedir com sinceridade de coração que ele vos perdoe; e agora, se acreditais em todas estas coisas, procurai fazê-las” (Mosias 4:9-10).
A fé pura e simples que leva uma pessoa a fazer o bem é suficiente para receber as mais altas dádivas da Expiação. E essa é a fé que devemos buscar continuamente.


Ao viver esses princípios o "estranho ato do Senhor", não será tão estranho assim. Veremos a morte, os desafios da doença e da dúvida, as adversidades - de outra maneira. Nossa perspectiva será outra. Seremos elevados, inspirados e nos estaremos vivendo a medida completa de nossa criação.

22 de dez. de 2011

Como podemos ajudar uma pessoa a saber que Jesus foi muito mais que um grande mestre moralista? Como uma pessoa pode entender que Jesus é o Cristo?


Bem é preciso haver lágrimas, esforço e dons celestiais. Explicarei abaixo.
O Espírito Santo é o membro da Trindade que presta testemunho do Pai e do Filho (Moisés 7:11). Por meio Dele podemos saber que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (Morôni 10:5-7). Sentir o Espírito Santo e reconhecê-lo, entretanto são resultados de um processo. Esse processo começa com o contato com a Palavra de Deus (Romanos 10:17). Ou seja, alguém que nunca ouviu sobre Cristo não poderá aprender sobre Ele. Esse “ouvir” pode ocorrer com a leitura das escrituras, com uma manifestação incomum (sonho, visão, ministração de anjo) ou com a pregação dos servos de Deus.
Todos os que nascem nesta Terra tem direito a luz de Cristo. Essa influência poderosa enche a imensidão do espaço e dá vida e luz a todas as coisas (GEE “Luz de Cristo”). Uma de suas manifestações é o desejo natural que todo homem tem de adorar. Esse desejo permite que a Palavra encontre lugar na mente e coração dos homens. A luz de Cristo também se manifesta na consciência. Quando escolhemos o certo preparamo-nos para aprender mais sobre Cristo. A luz de Cristo faz-nos desejar o bem, o belo e o divino. A luz guia a felicidade – e, portanto, molda nossos mais sublimes desejos.
Assim sendo, após ouvirmos a Palavra, devemos desejar acreditar (Alma 32:27)
Desejar acreditar em quem?
Deus, que ama seus filhos, deseja que saibamos que Ele vive, e que enviou Seu Filho Amado para redimir a humanidade. Portanto Ele chama profetas (GEE “Profetas”). Faz isso enviando anjos e dons de Sua presença. Os anjos transmitem as palavras aos profetas. Os profetas recebem autoridade para pregar o evangelho e propagar a doutrina de Cristo de maneira clara. A vida dos profetas é uma manifestação da vida de Cristo – ou seja, as obras e palavras dos profetas demonstram como Cristo agiria se estive pessoalmente entre nós e o que Ele nos pedira para sermos felizes. Assim estudar e observar os profetas de Deus é importante para conhecer o verdadeiro Cristo.
Há profetas antigos e modernos. Estudar as escrituras, que são as palavras dos profetas nos faz aprender sobre o Senhor – porque elas testificam de Cristo e persuadem todos os homens a tornarem-se como Ele (João 5:39, 2 Néfi 3310-11). Assim o desejo de acreditar é complementado pela verdade revelada pelos profetas e servos de Deus. Desejamos acreditar no que os profetas e escrituras pregam (Romanos 10:14)
Ouvir os santos de Deus e seguir seus bons exemplos também nos faz aprender quem é Cristo. Pois eles são uma luz para o mundo (3 Néfi 18:24).
Depois de considerar essas coisas em nossa mente e coração, devemos indagar a Deus se são verdadeiras. Fazemos isso através de oração (GEE “Oração”). Uma oração é uma conversa que temos com Deus. Podemos fazê-la em voz alta ou em pensamento, de joelhos ou em pé. É melhor que sejamos reverentes e sinceros – usando nossas próprias palavras de modo adequado. Devemos expressar nossos sentimentos e perguntas abertamente.
Será exigido que paguemos o preço da revelação (da resposta de Deus). Essa “pagamento” é uma prova de fé (Éter 12:6)– uma maneira de provarmos a nós mesmos que estamos desejosos de aprender mais sobre Deus e Cristo. Talvez precisemos ir à igreja, ler mais as escrituras e prestar serviço. Durante ou depois dessas obras de fé nossa resposta virá.
A simples petição seguida de ação justa é poderosa, pois convida à revelação (GEE “Revelação”). O Espírito Santo achará em nós disposição suficiente para nos testificar que Jesus é o Cristo. Esse conhecimento provocará uma mudança em nosso coração. Nossas atitudes mudarão, nossa visão mudará. Teremos desejo de agradar a Deus e conhece-lo melhor.
Começaremos a andar em novidade de vida. Veremos que os ensinamentos de Cristo não são uma filosofia para uma vida pacífica, mas o plano de salvação que cura, salva e ressuscita. Perceberemos que, por meio de Cristo, a Vida Eterna se tornou uma possibilidade.
À medida que guardarmos os mandamentos de Deus iremos conhecer Cristo. Porque ao guardarmos os mandamentos o Espírito nos purificará. E os puros conhecem a Deus (3 Néfi 12:8).

Se você tiver que ensinar pessoas que não tem formação cristã ou se rebelaram contra Deus você pode aprender com os ótimos exemplos do Livro de Mórmon em Alma 17-25 e 30-32. Você pode compartilhar discursos da conferência Geral (http://lds.org/general-conference?lang=por), o documento “O Cristo Vivo” (http://www.lds.org.br/brz_mn_item.asp?v_section=1&v_item=6&v_mask=LKPWPERMFS) e filmes da Bíblia (http://lds.org/bible-videos?lang=eng). Pode também convidar os missionários de tempo integral para ensinar – eles que saberão o que fazer e como responder as perguntas. Se tudo que puder fazer for testificar sobre o Senhor Jesus, mesmo sem conseguir explicar como tem esse conhecimento, o Espírito Santo estará presente e tocará o coração do ouvinte.

Eu sei que Jesus Cristo não foi apenas um líder carismático – foi e é um Deus – que morreu por mim e salvou-me! Eu sei que Ele vive hoje e que voltará a Terra.

8 de fev. de 2011

Milagres

Um milagre é por definição um prodígio inexplicável. Entretanto, o entendimento de como ocorre um milagre e o porquê de ocorrer um milagre não exclui a maravilha e nem descaracteriza um milagre. Por exemplo, a avançada tecnologia de comunicação é um milagre. Mesmo aqueles que compreendem os pormenores da ciência ainda assim se fascinam com as realizações que observam dia-a-dia. Há vinte anos nem o mais utópico dos homens preveria o mundo com uma tecnologia tão difundida e prática – como, por exemplo, a tecnologia dos telefones celulares. Um milagre é, portanto, algo incrível, espantoso, grandioso e muitas vezes inesperado para maioria.
Quando falamos de milagre no meio religioso estamos se referindo a um evento ou fato incomum e especial: como um cego ser curado e passar a ver ou um coxo voltar a andar.

Porque há necessidade de milagres?
Há três razões principais para os milagres: (1º) abençoar, (2º) testificar e (3º) condenar.
Por vivermos pela fé e não pela visão, tendo passado pelo véu do esquecimento nosso Pai Celestial, em sua terna misericórdia e grande condescendência, não nós deixaria passar a vida mortal em solidão e incertezas. Por isso enviou anjos, profetas e escrituras. Eles eram milagres vivos aos homens que mostravam que os céus estavam perto para abençoar com paz, felicidade e cura, e por fim salvar aqueles que se arrependessem.
Como recompensa pela fé ativa (fé + ação), Deus prometeu uma prova, um testemunho ou um milagre. Esse milagre pode ser simples como um sentimento de confirmação de que o Pai Celestial existe, ou pode ser uma bênção do sacerdócio curando um câncer maligno. De qualquer forma a finita mente mortal não pode dar explicações completas sobre como o milagre acontece. Quando um justo é agraciado com um milagre – pois “sinais seguem os que crêem” – então sua esperança e fé crescem, bem como desejo de se aproximar de Deus e manter-se fiel. É impossível que milagres não aconteçam com os justos, pois o milagre é o resultado de uma vida obediente e consagrada.
Os milagres também servem para testificar a missão ou encargo de uma testemunha especial. Cristo realizou muitos milagres, como profetizado, para que o povo o reconhecesse como o Messias – suas obras eram um testemunho incontestável para o mundo que Ele era o Filho de Deus.
Entretanto o milagre pode ser uma maldição em vez de bênção. Se o sinal vier antes da fé não converte, mas afasta. O Faraó do Egito, por exemplo, viu todas as maravilhas que o Deus de Moisés realizava e mesmo assim endureceu o coração e não se converteu. Lamã e Lemuel viram um anjo, mas continuaram a murmurar a despeito da impressionante visão. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus ao poder do demônio – e por isso lhes foi imputado condenação. Um milagre dado a alguém despreparado e carente de fé torna-se uma pedra de tropeço e resulta em dúvida, orgulho, confusão, discórdia e até apostasia. É por isso que Maria não saia divulgando abertamente os milagres do nascimento de seu filho Jesus. Ela guardava tudo em seu coração, porque considerava sagrado aquele conhecimento.

Quais são alguns dos milagres mencionados nas escrituras?
São muitos: mortos revivendo, mortos ressuscitando, cegos vendo, surdos ouvindo, leprosos sendo curados, rebeldes sendo convertidos, visões de eventos futuros, etc.
Conta-se que um setenta estava dando um serão sobre Jonas. No final da mensagem uma irmã veio cumprimentá-lo e disse-lhe: “irmão, acredita mesmo que Jonas foi engolido por uma baleia?” Ele respondeu: “acredito”. Ela continuou: “mas como isso é possível: passar três dias no ventre do animal sem morrer?” O élder respondeu: “bem, quando eu chegar no céu vou perguntar a Jonas como foi.” “Mas se ele foi para o inferno?” quis saber ela. “Então” disse ele, “a senhora pergunte!” A moral é bem clara: se não temos fé para crer que os milagres das escrituras aconteceram não temos que esperar estar com Cristo e os profetas – por que eles acreditavam nesses milagres e também realizavam milagres.

Milagres acontecem hoje?
Sim. Milagres acontecem hoje talvez com mais freqüência do que aconteciam em épocas passadas. Como sei disso? Porque milagres aconteceram em minha vida e porque vi muitos milagres acontecerem na vida de outras pessoas. Entre os maiores milagres estão da conversão ao evangelho restaurado. Pessoas cheias de pecado e vícios são transformadas – como a água transformada em vinho. Mas os milagres mencionados nas escrituras também acontecem hoje: há dons de línguas, dons de cura, dons de visões e sonhos, etc.
Por serem sagrados os milagres não podem ser compartilhados a menos que o Espírito autorize. Como o Senhor ensinou: não devemos jogar as pérolas aos porcos. Mas quero prestar meu testemunho que os milagres são reais. Eu vi, eu senti, eu aprendi por mim mesmo. Sei que os milagres acontecem como sei que estou vivo.

O diabo pode realizar milagres?
Sim. Os magos do Faraó imitaram Moisés e transformaram cabos de madeira em cobras. Eles não agiram pelo poder de Deus. Homens e demônios têm certo poder e podem por meio de truques e poder demoníaco simular os dons de Deus. Satanás é um ótimo imitador e quase se transforma num anjo de luz para iludir e desencaminhar. Esta ai parte da resposta porque muitas igrejas que não possuem o sacerdócio verdadeiro realizam milagres. É verdade que os milagres não estão restritos ao povo da Igreja verdadeira. Deus ama todos. E todos que tem fé recebem milagres. Mas a bruxaria, o satanismo, o espiritismo e todo tipo de filosofia e religião que faz milagres não o fazem pelo poder de Deus. E com isso concluímos que seus milagres não são para o bem e para conduzir a felicidade – mas são para satisfazer o orgulho, a ambição, exercer domínio ou coação sobre os homens e levá-los ao inferno.

Qual efeito um milagre pode ter na minha vida?
Um milagre, que acontece após a fé ativa, vai elevar e trazer felicidade a alma. Não devemos buscar sinais – que vem antes da fé – mas depois de exercermos fé devemos confiar em Deus e esperar ver milagres. Na realidade se estivermos procurando milagres o Espírito pode abrir nossa visão para que vejamos e abrir nossos ouvidos para que ouçamos. Os milagres levarão a Cristo por que os milagres são bons, e tudo que é bom conduz a Cristo.

4 de fev. de 2011

Tudo o que pedirmos ser-nos-á dado!

Em 3 Néfi 18:20 lemos uma promessa incrível: "E tudo quando pedirdes ao Pai em meu nome, que seja justo, acreditando que recebereis, eis que vós será dado." A primeira palavra que me chamou atenção foi "tudo". Tudo o que pedirmos a Deus ele nos dará! Claro, os requisitos são: ser um pedido justo e acreditar que se vai receber. Mas tão logo cumprirmos esses requisitos teremos a dádiva anelada! Sobre isso quero fazer algumas considerações.
Vamos supor que você não tenha um carro e deseje muito um. Você ora a Deus solicitando um carro. Você pediu em nome de Cristo. Agora precisa saber se o pedido é justo. O que é um pedido justo? Felizmente as escrituras esclarecem um pouco mais do assunto para que o subjetivismo diversificado dos homens não definisse equivocadamente o que vem a ser "justo". Morôni ensina que "tudo que é bom, é justo e verdadeiro; portanto nada que é bom nega o Cristo, mas reconhece que ele é" (Morôni 10:6). O pedido justo é o pedido que é bom, que é cristão - em outras palavras é o pedido que conduz ao bem e à Cristo. O Salvador é o caminho, a verdade e a vida. Se pedirmos com "inquebrantável firmeza" algo que leva ao evangelho, a paz, ao amor, a fé, a esperança, aos mandamentos, ao batismo, ao serviço a Deus e ao próximo, etc., e não algo para "satisfazer [nossas] concupiscências" (Mórmon 9:28) então é mais provável que nosso pedido será justo. Como todos temos a capacidade de discernir, por causa da luz de Cristo, todos podem aprender a diferenciar um pedido justo de um pedido não justo. Evidentemente o Espírito Santo amplia a capacidade de pedirmos o que devemos pedir - de fato, por meio do Espírito Santo somos justificados e santificados e nossa mente se concentra em Deus, de modo que andamos com Ele - e passamos a agir como Ele agiria, a ser um com Deus - a pedir o que Ele pediria em nosso lugar. Nosso arbítrio é voluntariamente consagrado e como recompensa andamos em justiça. E como Isaías descreveu "aquele que anda em justiça, e fala com retidão; aquele que rejeita o ganho da opressão; que sacode as mãos para não receber peitas; o que tapa os ouvidos para não ouvir falar do derramamento de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio; dar-se-lhe-á o seu pão; as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o rei na sua formosura, e verão a terra que se estende em amplidão" (Isaías 33:15-17).
Em seguida precisamos acreditar que receberemos. A fé é necessária. E para que ela seja expressa, ou provada, comumente um tempo nos é dado para agirmos. Pedimos, agimos com fé e então recebemos. Vamos voltar ao exemplo do carro. Você pediu um carro. Depois de pedir, por mais fervorosa que tenha parecido sua oração, ela será carente de fé verdadeira a menos que haja uma obra. A fé sem obras é morta! Ou seja, se pediu um carro, deve planejar como obter um carro, poupar dinheiro, trabalhar duro e realizar tudo mais. Devemos orar (pedir) como se tudo dependesse de Deus e depois agir como se tudo dependesse de nós.
Há duas advertências importantes sobre esse ensinamento: primeiro, não vamos receber tudo o que queremos mesmo que pedirmos com fé, e, segundo, se insistirmos em um desejo que não é justo o Senhor respeitará nosso arbítrio e nos dará o que pedimos, mesmo que seja para nossa condenação.
O motivo pelo qual não recebemos tudo o que queremos é simples: Deus nos ama. Se um carro trará dor ou tentação maior do que podemos suportar, por exemplo - Deus - que é nosso amado Pai - não nos dará. Às vezes Ele quer que aprendamos paciência, às vezes humildade, às vezes não precisamos realmente do que estamos pedindo - ou ainda, já recebemos o que pedíamos mas não percebemos.
Alma escreveu que sabia que Deus concedia "aos homens segundo os seus desejos, sejam estes para a morte ou para a vida; sim, sei que ele concede aos homens, sim, dá-lhes decretos inalteráveis segundo seus desejos, sejam eles para salvação ou para destruição." (Alma 29:4).
Portanto, uma das chaves para se pedir algo justo e com fé - e não pedir algo para condenação - é o de procurar o Espírito para pedir o que Deus quer que peçamos (D&C 124:97). Como Paulo explicou: "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26).
Concluindo, tudo o que pedirmos a Deus nós será dado, no devido tempo, de maneira Dele. Será o melhor para nós. A menos que insistamos em usar nossa vontade para seguir o demônio. Então antes de pedirmos qualquer coisa, até algo ordinário e, às vezes trivial, como um carro, do exemplo, devemos procurar saber se realmente devemos pedir tal coisa.
Nem sempre teremos certeza se nosso pedido é justo ou se será o melhor para nós. No processo de revelação é exigido fé, e fé não é um perfeito conhecimento. Mas se fizermos o nosso melhor a graça de Cristo nós santificará e Deus pôde não só responder nossas orações de acordo com o que queremos, mas principalmente de acordo com o que precisamos.
Esforcemo-nos portanto para conhecer Cristo, lembrar Dele, ter o Espírito conosco, ser cheio de luz e verdade e depois, mesmo que andando no escuro sem perfeito conhecimento, façamos o melhor que pudermos - nosso desejos se tornaram os desejos Dele e teremos Vidas Eternas.