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10 de mai. de 2010

PRECISAMOS CONHECER TUDO SOBRE OS CONVÊNIOS ENTRE DEUS E O HOMEM PARA OS ACEITARMOS?

Não! Não precisamos saber, precisamos acreditar! Raramente alguém que é ensinado pelos missionários compreende a extensão dos convênios firmados no batismo. Na realidade, uma pequena parcela de entendimento é dada ao converso para que ele saiba que o convênio provém de Deus, mas a maior parte se explica com fé.
O Senhor não pede que entendamos tudo sobre as ordenanças, doutrinas e convênios antes de os recebermos. Alguém que recebe a Iniciatória e Investidura no santo Templo dificilmente entenderá a ordenança por completa, mesmo depois de várias vezes observando-a, pois é cheia de simbolismo. Assim percebemos que o Senhor exerce grande misericórdia em permitir-nos tomar sobre nós algumas obrigações que não entendemos por completo. Afinal sem essas ordenanças não podemos voltar a Sua presença.
Os candidatos ao Chamado e Eleição não precisam de conhecimento sobre essa ordenança para recebê-la. Entretanto, após aceitarem-no devem procurar entender as obrigações e responsabilidades que advém desse sagrado convênio. O mesmo principio é valido para todos os convênios.
O que se precisa é fé – que não é um conhecimento perfeito (Alma 32:21). Esse princípio é muito esclarecedor, pois ajudará o missionário a entender que não precisa informar minuciosamente o pesquisador sobre os pontos do evangelho; e o pesquisador se sentirá confiante que, embora não saiba tudo (e talvez quase nada) a respeito da Igreja, do batismo e da doutrina, acha que sua escolha é boa e tem grande desejo de fazê-la.
O requisito mais importante para o recebimento de uma ordenança é o desejo – não o conhecimento (Alma 32:16). É verdade que é melhor que aqueles que recebem uma ordenança tenham um testemunho e conhecimento sobre o que estão firmando com Deus. Todavia, o Senhor não exige esse conhecimento antes. Ele o exige depois. Ninguém será salvo em ignorância aos convênios firmados (D&C 131:6). Deve ser por isso que o Senhor ordenou aos élderes que pregassem segundo os convênios (D&C 107:89) – por que nenhum dos élderes entende plenamente o que consiste o juramento e convênio do sacerdócio quando o recebe.
Creio que se esse princípio for bem compreendido haverá menos barreiras para que conversos sejam batizados, para que os irmãos recebam o sacerdócio e para que as pessoas entrem no Templo. Se todos os membros da Igreja entendessem o quanto Deus confia em seus filhos, a ponto de permitir que recebam as sagradas responsabilidades em ritos divinos mesmo conhecendo tão pouco, então não haveria porque impedir muitos dos filhos de Deus que já foram aprovados por Ele a receberem os mesmos convênios que nós. E em Sua grande condescendência para com os filhos dos homens Deus é capaz de absolver um transgressor que não conhecia suficientemente e pecou, por ignorância, contra um convênio.
O pesquisador não precisa saber sobre a doutrina da “água, sangue e Espírito”, não precisa saber sobre o simbolismo da ressurreição no batismo e nem precisa entender alguns pontos que os missionários julgam vitais, e não o são. Um missionário não deve deixar de batizar uma pessoa porque ela não sabe se Joseph Smith foi um profeta de Deus. Vocês devem estar pensando: “mas como? Isso é um absurdo: ela vai se afastar do reino sem um testemunho”. Mas ela não precisa de um testemunho para receber o batismo – não de um testemunho como o dos missionários. Ela precisa acreditar. Quais são as perguntas da entrevista batismal? As perguntas são: Você acredita em Deus, o Pai Eterno? Você acredita em Jesus Cristo? Você acredita que Joseph Smith foi um profeta? Você acredita que temos um profeta vivo? etc. Percebam que a pergunta começa com “Você acredita...?” e não “você sabe...?” Isso indica que o pesquisador não precisa de um testemunho para ser batizado. Mas nas perguntas para uma recomendação para o Templo o tom difere, pois são “Você sabe...?” e não “Você acredita...?”
Deixo bem claro aqui que o Senhor alistou os requisitos para o batismo, e ninguém que não os cumpra deve ser batizado. Há requisitos para todas as ordenanças do evangelho. Os missionários-líderes entrevistam os pesquisadores para verificar se os candidatos: (1) humilharam-se perante Deus; (2) desejam ser batizados; (3) apresentaram-se com um coração quebrantando e espírito contrito; (4) testificaram a Igreja (isso é feito na entrevista batismal perante um representante oficial da Igreja) que se arrependeram e estão dispostos a tomar sobre si o nome de Jesus Cristo, com o firme propósito de servi-lo até o fim, e realmente manifestarem por suas obras que receberam o espírito de Cristo para remissão de seus pecados.
Não noto nenhum requisito do tipo: decorar as datas da Restauração, ter lido todo o Livro de Mórmon ou saber o nome dos Doze apóstolos atuais? Não! Então porque protelar o batismo de alguém que já tem o que se precisa: humildade, desejo e disposição?
Alguém poderia dizer: “É claro que não vou exigir tudo isso, mas se eu sentir que o pesquisador ainda não esta pronto, e que ele vai se afastar da Igreja?” Tenho um conselho sobre isso, decorrente de meus estudos e minha própria missão: batize-o! Se ele deseja ser batizado, batize-o. É claro que pecados sérios, como lei da castidade, crimes contra lei, aborto, homossexualismo, e outros devem ser resolvidos antes do batismo. E não devemos batizar alguém que não tenha o desejo sincero ou não cumpra os requisitos que a Primeira Presidência alistou em Pregar Meu Evangelho, página 222: como, por exemplo, a freqüência a várias reuniões sacramentais. Também não é a mera curiosidade que qualifica alguém. Outros cuidados, como ter a permissão do conjugue e a assinatura dos pais, no caso de menores de idade, devem ser observados. Mas isso tudo esta bem explicado no capítulo 12 de Pregar Meu Evangelho.
Não existe batismo para condenação. O batismo da Igreja verdadeira é para salvação. Não batizamos ninguém para ser expulso da presença de Deus! Se o Espírito confirmar ao missionário que deve batizar tal pessoa, e logo depois ele pensa: “mas ela tem duvidas sobre isso ou aquilo...” Ele deve lembrar-se que ele também tem perguntas! Todos nós temos! Enquanto vivermos debaixo do véu há coisas que não entendemos. Isso faz parte.O missionário deve ajudar o seu pesquisador a saber que não precisa saber muito para ser batizado. Tal missionário não deve deixá-lo num campo de conforto – deve ensiná-lo a buscar, pedir e bater com diligência – mas deve assegurar que o que é necessário é fé – que Deus o ajudará mesmo que não haja certeza – apenas uma intuição de que é algo bom, algo louvável, algo a ser buscado.
Alguém pode se impressionar com esse ensinamento, mas é a pura verdade. Lorenzo Snow recebeu um testemunho apenas cinco semanas depois do seu batismo! Não foi antes, foi depois.
Quando, aos 23 anos, Heber J. Grant foi chamado para presidir a Estaca Tooele, disse aos santos que acreditava que o evangelho era verdadeiro. O Presidente Joseph F. Smith, que era conselheiro na Primeira Presidência, perguntou: “Heber, você disse que acreditava no evangelho do fundo do coração, mas não prestou seu testemunho de que sabe que ele é verdadeiro. Você não tem certeza absoluta de que o evangelho é verdadeiro?”
Heber respondeu: “Não, não tenho”. Joseph F. Smith virou-se para John Taylor, que era presidente da Igreja, e disse: “Em minha opinião, devemos desfazer agora à tarde o que fizemos pela manhã. Não creio que um homem deva presidir uma estaca sem um conhecimento perfeito e inabalável da divindade desta obra”.
O Presidente Taylor respondeu: “Joseph, Joseph, Joseph, [Heber] sabe tão bem quanto você. A diferença é que ele ainda não sabe que sabe”.
Em poucas semanas, esse testemunho foi reconhecido, e o jovem Heber J. Grant verteu lágrimas de gratidão pelo perfeito, inabalável e absoluto testemunho que recebeu nesta vida."
Todos os pesquisadores sabem, mas não se lembram disso por causa do véu. O Espírito pode fazê-los lembrar de tudo, pois penetra até as profundezas de Deus.
Deve-se respeitar o arbítrio do pesquisador caso ele não sinta que é à hora. Mas deixe muito claro que um entendimento melhor sobre os convênios, ordenanças e leis de Deus só virá após o batismo – porque é o Espírito Santo que nos ensinará todas as coisas, não a Luz de Cristo.
A Luz de Cristo que o pesquisador já tem o ajudará a reconhecer o certo e o errado. O poder do Espírito Santo trabalhará com essa luz e o pesquisador sentirá que os missionários falam a verdade. Tal pessoa desejará seguir o que os representantes de Cristo falarem – por causa do poder do Espírito. Ela pensará algo do tipo: “Não entendi bem o que eles disseram, mas me sinto bem a respeito e desejo conhecer mais”; ou: “Nunca vi esses rapazes, não obstante tenho a impressão que me são familiares, parece que já os ouvi e que somos amigos a longo tempo”; ou ainda: “Orei a respeito desse livro, não sei se senti o que eles me disseram que sentiria, e nem entendi bem o que é apostasia, mas me sinto tão feliz ao ir a Igreja e ouvir esses jovens... parece que o vazio que eu sentia foi preenchido!” Esse é o Espírito ajudando!
Para finalizar desejo lembrar qual é o propósito dos missionários, já que entrei neste assunto.
Ele esta na página 1 de Pregar Meu Evangelho, entretanto, quero lhes dizer que este propósito se encontra resumido na página nove: “batizar e confirmar é o ponto central de seu propósito”. Não é ensinar, é batizar! É obvio que se batiza alguém que se ensina, pois a fé é pelo ouvir. Mas todo o ensino, estudo, oração devem ser direcionados para o batismo. Depois deve haver um acompanhamento sincero para que os convênios batismais sejam vividos plenamente.
É muito melhor, e creio ser possível, que um pesquisador entre nas águas do batismo com certeza de pelo menos cinco coisas: Deus vive, Jesus é o Cristo, Joseph é um profeta, o Livro de Mórmon é verdadeiro e temos um profeta vivo. Creio que ele pode saber isso antes do batismo, se desejar buscar. Mas se ele não obter esse conhecimento pode se batizar como uma prova de fé, uma prova de que quer um testemunho. Se ele o fizer satisfará a necessidade de agirmos para recebermos um testemunho, pois a ação, ou obra, será a prova da fé.
Elder Callister, dos Setenta, disse numa conferência geral: “Conversei certa vez com um excelente rapaz que não era da nossa religião, embora tivesse assistido à maior parte de nossas reuniões de adoração por mais de um ano. Perguntei por que ele não havia-se filiado à Igreja. Ele respondeu: “Porque não sei se ela é verdadeira. Acho que ela pode muito bem ser verdadeira, mas não posso levantar-me e testificar, como vocês fazem: ‘Sei, sem dúvida, que é verdadeira’”.
Perguntei: “Você já leu o Livro de Mórmon?” Ele respondeu que tinha lido algumas partes do livro.
Perguntei se tinha orado a respeito do livro. Ele respondeu: “Eu o mencionei em minhas orações”.
Disse a esse jovem amigo que, enquanto ele fosse superficial em sua leitura e orações, jamais descobriria, nem que se passasse uma eternidade. Mas, se ele reservasse uma ocasião para jejum e súplica, a verdade arderia em seu coração, e então saberia que sabia. Ele não falou mais nada, mas disse à esposa, na manhã seguinte, que faria um jejum. No sábado seguinte, foi batizado.
Se você quiser saber que sabe o que sabe, é preciso pagar o preço. E só você pode pagar esse preço. Há procuradores para realizar as ordenanças, mas não para adquirir um testemunho.”
Alma descreveu a conversão com estas belas palavras: “Eis que jejuei e orei durante muitos dias, a fim de saber estas coisas por mim mesmo. E agora sei por mim mesmo que são verdadeiras, porque o Senhor Deus mas revelou (Alma 5:46)”.
Eu sei que a Igreja de Jesus Cristo é verdadeira. Tenho um testemunho ardente sobre essas cinco verdades: Deus vive, Jesus é o Cristo, Joseph é um profeta, o Livro de Mórmon é verdadeiro e temos um profeta vivo. Sei dessas coisas muito bem, e creio que sempre o soube, mas me dei conta delas na juventude. Os pesquisadores se darão conta do testemunho deles em alguma ocasião, que talvez será após o evento de seu batismo.
A conversão não é um evento, é um processo, mas o marco do batismo é um evento que ajudará na conversão. Testifico que a conversão não se finaliza com o batismo. Na realidade o batismo é a porta inicial. Portanto batizemos todos que desejarem e preparemos o caminho para a Segunda Vinda do Messias.
Eu sei que Ele vive, e Seu Espírito nos ajudará.

3 de mai. de 2010

Os dinossauros existiram? Qual a posição das doutrinas do evangelho restaurado com relação aos dinossauros?

Adoro dinossauros. Dês de pequeno me maravilho com essas criaturas fantásticas. Se eu fosse criar um mundo colocaria terópodes em vez de felinos e saurópodes em vez de elefantes, rinocerontes e cavalos. Em minha imaginação, meu mundo seria repleto de dinossauros – dos mais variados: grandes e pequenos, rápidos e lentos. Mas essa minha idéia me sobrevém pelas influencias mitológicas e cinematográficas da infância. Só dei essa introdução pessoal para dizer que gosto muito desses extintos animais dês de pequeno.


Tenho comprado muito livros, visto vários filmes e documentários e desenhado milhares de vezes os dinossauros. Paralelamente aos anos em que meu desejo paleontológico crescia, meu testemunho das Verdades do Evangelho florescia com intensidade. O conflito ocorreu naturalmente quando eu tinha doze ou trezes anos: se os dinossauros existiram, onde se encaixavam no plano de salvação?
Claro que os dinossauros viveram. Apesar de alguns recusarem a obviedade de sua existência – não há como se negar a realidade de que viveram – pois há milhares de fósseis desses animais já descobertos em todo o mundo. A pergunta que eu tinha em mente pode ser a de muitos santos dos últimos dias. Por isso quero compartilhar algumas das verdades que me foram reveladas na busca dessa questão.
A primeira coisa que aconteceu comigo, quando esse conflito entre as verdades do evangelho veio foi ter que decidir o que era mais importante. Felizmente fiz a escolha certa. Disse aos pensamentos céticos que ficassem calados, pois eles não me traziam alegria. Quanto aos pensamentos de testemunho e fé eu me agarrava a eles, com a convicção de que fé não é ter um perfeito conhecimento das coisas (Alma 32:21). Ao posicionar as prioridades de conhecimento – colocando o reino de Deus e a verdade acima de tudo e todos, permiti que a dúvida se tornasse um pergunta. Ora a dúvida não vem de Deus, e sempre destrói a fé (3 Néfi 8:4, D&C 60:7). Mas as perguntas são boas (1 Néfi 15:3). Elas demonstram a Deus que desejamos aprender. De fato, por meio de perguntas os profetas têm grandes visões e revelações (D&C 9:8, D&C 77:1, JSH 1:18). Foi uma pergunta que fez com que Joseph restaurasse o evangelho. A dúvida e hesitação fizeram com que grandes homens tropeçassem e recuassem (3 Néfi 2:1, D&C 58:29), perdendo assim a recompensa de prosseguir com fé.
Com a pergunta em mente, continuei a viver, guardando os mandamentos de Deus. Não fiquei ocioso sobre a questão. Mergulhei com profundidade nas teorias cientificas e nas doutrinas do evangelho. Olhando para trás, vejo que os dinossauros acabaram por me conceder um gosto maior pelo estudo constante e diligente do evangelho. Também aprendi na mocidade a buscar aprender de homens sábios. Como eu estava curioso buscava aprender por todos os meios possíveis. Perguntei a vários líderes da Igreja sobre o assunto. Infelizmente alguns deles, em vez de dizerem simplesmente que não sabiam sobre a questão, desejaram explicar coisas que não entendiam e causaram-me mais confusão. Todavia, o Senhor me ajudou. Por exemplo, um certo líder me disse que acreditava que os dinossauros morreram na época do dilúvio. Mas logo recusei tal teoria, porque os dinossauros são animais – e Noé colocou todo animal, inclusive todo réptil que se movia sobre a Terra na arca. A explicação desse líder era de que os dinossauros eram muito grandes, e por isso não cabiam na arca. Mas ele se equivocou, pois existiram dinossauros pequenos, do tamanho de coelhos e galinhas. Além disso, os fósseis datam de um tempo muito mais remoto do que do dilúvio. Os gigantes mencionados em Gênesis não são dinossauros, são pessoas – grandes como Golias (Gênesis 6:4, Números 13:33, I Samuel 17:4, Moisés 8:18).

Sendo que eu não encontrava nada coerente na literatura do evangelho e nas conversas com membros da Igreja, decidi escrever para Primeira Presidência da Igreja. Eu o fiz. A carta era bem grande. Além das questões sobre dinossauros, perguntava sobre outras coisas como, por exemplo, se devia, ou podia, estudar paleontologia. Depois de várias semanas a resposta chegou. Abri com ansiosidade o envelope da primeira presidência e vi, que a carta-resposta consistia numa única página. O élder F. Michael Watson, que na época era secretário da Primeira Presidência (e hoje é do primeiro Quorum dos Setentas) disse que os irmãos haviam lido minha correspondência e solicitado que eu fosse respondido com amor. A carta dizia que “o Senhor não revelou a conexão dos dinossauros com o Plano de Salvação (...) Quanto à decisão se você deve ou não estudar paleontologia é algo que você irá decidir junto com o Senhor.”
Fiquei grato pela resposta. Mesmo que a resposta fora “não sabemos”. Minha pergunta se calou. Muitas outras perguntas vieram em decorrência da primeira. Algumas consegui uma resposta após buscar diligentemente. Outras ainda se encontram arquivadas em minha mente, esperando uma resposta, que EU SEI QUE VIRÁ quando eu estiver preparado.(D&C 19:22, 132:45)  Aprendi que alguns assuntos são mais importantes que outros (Lucas 10:38-42). Alguns membros da Igreja dizem que “isso não é importante para nossa salvação” e por isso deve ser deixado de lado. Concordo que algumas coisas devem ser deixados de lado em face de outras mais importantes. Todavia, todo conhecimento é benéfico (D&C 88:79, 118), e não acho que minha busca tenha sido vã. De fato, aprendi princípios importantes que eu não creio que aprenderia de outra forma.
Mais tarde o Senhor me mostrou muito mais a respeito dos dinossauros. Élder Talmage, um apóstolo, que escreveu “Jesus, o Cristo”, era geólogo e estudava as rochas e os fósseis. Utah é um dos lugares onde há mais fósseis de dinossauros no mundo – lá se encontra o “Monumento Nacional do Dinossauro”. Neste Estado morava Élder Talmage. Ele disse: Os animais fossilizados – que incluem os dinossauros “viveram e morreram, de era em era, enquanto a Terra ainda não estava pronta para o homem ser colocado nela.” (Tradução livre de “Questions and Answers,” Tambuli, Apr 1988, 29–32; http://www.lds.org/ldsorg/v/index.jsp?vgnextoid=f318118dd536c010VgnVCM1000004d82620aRCRD&locale=0&sourceId=f2418b5c1dbdb010VgnVCM1000004d82620a____&hideNav=1).
Li, certo dia, em Doutrina e Convênios 101:32-34:
“Sim, em verdade vos digo: No dia em que o Senhor vier, ele revelará todas as coisas— Coisas passadas e coisas ocultas que nenhum homem conheceu, coisas da Terra pelas quais foi feita e seu propósito e seu fim— Coisas muito preciosas, coisas que estão no alto e coisas que estão em baixo, coisas que estão dentro da terra e sobre a terra e nos céus.” Quando li “coisas que estão dentro da Terra” foi como se lesse “fósseis”. Aprendi, pois o Espírito me confirmou, que o conhecimento que busco será revelado plenamente no milênio, e não agora. Reconheci, então, que por amor e justiça não sabemos todas as coisas. Se entendêssemos tudo isso seria uma prova de que alguém finito e mortal, como nós, criou tudo. E se Deus nos dissesse tudo o que quiséssemos isso seria para nós maldição em vez de bênção (Jacó 4:14), pois não podemos suportar todas as coisas (D&C 50:40, 78:18).
Os fósseis são uma evidencia de que Deus vive. Ele preparou todas as coisas para que viéssemos a Terra, fôssemos provados e voltássemos a presença Dele (1 Néfi 10:18). Os fósseis representam a oportunidade dos homens reconhecerem que não sabem nada, exercerem fé em Cristo e se santificarem a fim de aprenderem mais. Uma das teorias mais aceitas é que os restos sedimentares de animas (como os dinossauros) e plantas sob certas condições peculiares se transformam em petróleo debaixo da terra. Se for assim, o Senhor, sabendo que usaríamos tanto essa substancia em nossa época permitiu que os fósseis permanecessem embaixo da Terra para, no certo tempo, desfrutarmos do petróleo – tão essencial em nossos dias.

Os dinossauros viveram. São criação de Deus. Eles foram extintos. Isso não esta em desacordo com o evangelho, pois Deus extingue os animais (Isaías 50:2, D&C 133:68). Eles ressuscitarão, pois o sacrifício de Cristo foi para toda Criação (D&C 76:43). Aprenderemos mais sobre eles no devido tempo do Senhor. Os estudos de geologia, paleontologia e arqueologia que nada tem haver com o evangelho devem ser recusados se combaterem a fé (II Timotéo 2:23, Tito 3:9). Teorias que colocam dúvidas sobre a verdade do evangelho devem ser questionadas, e não questionar as verdades fundamentais do Plano. Ter perguntas em mente é bom e saudável para nosso crescimento e progresso. O teste da fé é essencial nesse Estado mortal.
Não expus mais, mas pretendo fazê-lo no futuro. Pretendo esclarecer sobre a teoria da evolução. Evidentemente os dinossauros não se encaixam somente no contexto da teoria da evolução de Darwin.
Como santos dos últimos dias podemos olhar os dinossauros como criações de Deus, sem especular onde Deus decidiu não revelar. Estudos sérios devem ser sempre apoiados, mas nenhum estudo comprovará a falsidade das verdades do evangelho. Eu sei que isso é verdade.

2 de mai. de 2010

Questões Polêmicas: Homossexualismo

Numa recente aula de sociologia da faculdade, o professor solicitou a apresentação dos temas recentes que achávamos mais polêmicos no Direito e na Sociedade. Quando temas como aborto, adoção de crianças por casais homossexuais, patente, extradição e diminuição da maioridade penal foram sugeridos, pensei: qual a opinião do Senhor a respeito de cada um desses temas? Para alguns dos temas, eu tinha uma resposta na ponta da língua, por me lembrei do que aprendera ao estudar as escrituras. Para outros, percebi que precisava de mais conhecimento. Decidi mergulhar nas escrituras para verificar o que o Senhor nos diz a respeito do homossexualismo.

O tão debatido relacionamento homo-afetivo – ou, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um tema muito complexo. Embora eu não deseje tornar esse blog um lugar de polêmica, creio que minha posição deve ser colocada. Essa posição se baseia nos padrões do evangelho restaurado de Jesus Cristo, como ensinado nas escrituras antigas e modernas.

Do ponto de vista dos homossexuais: esta ocorrendo uma discriminação absurda! Eles, que são pessoas livres para escolher viver como quiserem, estão sendo incomodados e até duramente afligidos e perseguidos.
As questões são muitas, e envolvem diversas áreas. Imagine, por exemplo, que um casal homossexual viva maritalmente por anos. Um deles morre. Todo patrimônio que eles adquiriram juntos vai para a família – para os pais do falecido, e não para o companheiro. Isso é justo? Isso é legal? Isso é moralmente correto? Isso é religiosamente aceitável? É economicamente tolerável? Assim percebe-se que o problema persiste além de uma resposta jurídica sobre o reconhecimento de bens ou da união estável.
Os homossexuais sentem que o preconceito resultante de casos semelhantes ao do exemplo gera intolerância, perseguição e perda dos direitos fundamentais – como liberdade, respeito, igualdade e direito de locomoção.
Quero dizer claramente que sou contra a discriminação e perseguição. Sou contra a intolerância. Eu não tenho preconceito contra os homossexuais – tenho antes um CONCEITO. Tal conceito vem da crença que vive um Deus e que ele ama todos os seus filhos. Esse conceito recusa toda e qualquer forma de homossexualismo como prática aceitável. Ora, bem sabemos que a família foi ordenada por Deus (Ver “Família Proclamação ao Mundo”) – e que Deus criou o homem a sua imagem, e a mulher foi criada da costela de Adão. Deus os casou e ordenou que tivessem filhos (Gênesis 1:26-28, 2:21-24). A família segue o modelo dos céus. Porquê? Porque não existe outra maneira do homem ser feliz. Se alguém tentar e trilhar outro caminho – qualquer outro caminho, que não seja seguir o que Deus ordenou – a infelicidade, ruína e morte serão o destino dessas pessoas.
Mas a maior parte dos que defendem o comportamento homo-afetivo recusam imediatamente qualquer explicação teológica a respeito do assunto. Para eles, não é uma questão de Deus, é uma questão de homens. A Moral, a Política e o Direito devem estar separados da Religião. Cada um deve ter a religião que julga conveniente e permitir que todos desfrutem da vida como bem entendem. Eles frequentemente lembram que o Estado é Laico, e que não precisam ouvir explicações religiosas sobre sua sexualidade.
Embora sejamos gratos pelo arbítrio e o defendamos com a vida se necessário, somos, como povo do Senhor, rápidos em anunciar o pecado e o perigo moral. Não devemos ceder a teorias e argumentos ilusórios e persuasivos. A verdade é absoluta existe, e vem de Deus. Se não tivermos padrões é bem fácil ser enganado por todo vento de doutrina e filosofia de homens conspiradores.
Falando sobre a decadência moral o Presidente Monson disse algo que, pro analogia se aplica ao assunto que estou apresentando: "Há muitos lugares [no mundo] onde a religião é coisa do passado e não há quem contra-ataque a cultura do compre, gaste, use, ostente, porque você merece. A mensagem é a de que a moralidade é uma coisa ultrapassada, a consciência é para os frouxos, e a ordem dominante é: ‘Não se deixar apanhar’”. Meus irmãos e irmãs, isso — infelizmente — descreve grande parte do mundo ao nosso redor. Será que nos afligimos, com desespero e assombro, imaginando como vamos sobreviver num mundo como esse? De fato, temos em nossa vida o evangelho de Jesus Cristo, e sabemos que a moralidade não é coisa ultrapassada, que nossa consciência existe para nos guiar e que somos responsáveis por nossas ações. Embora o mundo tenha mudado, as leis de Deus permanecem constantes. Elas não mudaram, e não vão mudar. Os Dez Mandamentos são o que são: mandamentos. Não são sugestões. São tão obrigatórios hoje quanto o eram quando Deus os deu aos filhos de Israel." (Presidente Thomas S. Monson, Novembro de 2011, pg. 83)

O Presidente Packer contou o seguinte em um Conferência Geral que ilustra a busca por uma solução humana para problema do comportamento homossexual : "Há vários anos, visitei uma escola em Albuquerque. A professora me contou a respeito de um menino que levou um gatinho para a sala de aula. Como podem imaginar, isso interrompeu tudo. Ela pediu que ele mostrasse o gatinho para as crianças da sala. Tudo ia bem até que uma das crianças perguntou: “É um gatinho macho ou fêmea?” Não querendo entrar naquela lição, a professora disse: “Não importa. É só um gatinho”. Mas elas insistiram. Por fim, uma das crianças levantou a mão e disse: “Eu sei como ficar sabendo”. Resignada em enfrentar a questão, a professora perguntou: “Como é que sabemos?” E o aluno respondeu: “Podemos fazer uma votação!”
Podem rir com esta história, mas se não ficarmos alertas, há pessoas hoje em dia que não apenas toleram, mas defendem a votação para mudar leis que legalizariam a imoralidade, como se um voto pudesse de alguma forma alterar os desígnios das leis de Deus e da natureza. Uma lei contrária à natureza seria impossível de se colocar em prática. Por exemplo, de que adiantaria um plebiscito para revogar a lei da gravidade? Há leis tanto morais quanto físicas que foram “irrevogavelmente [decretadas] no céu antes da fundação deste mundo” e que não podem ser alteradas.
A história mostra repetidas vezes que os padrões morais não podem ser mudados por meio de batalhas nem por votações. A legalização de algo fundamentalmente mau ou errado não evita o sofrimento e as penalidades que se seguirão tão seguramente quanto a noite segue o dia.
Independentemente da oposição, estamos decididos a permanecer no rumo certo. Continuaremos a seguir os princípios, as leis e as ordenanças do evangelho. Se eles forem mal compreendidos, quer por inocência quer por má fé, que assim seja. Não podemos mudar e não vamos mudar o padrão moral. Perdemos rapidamente o rumo, quando desobedecemos às leis de Deus. Se não protegermos e ampararmos a família, a civilização e nossa liberdade, inevitavelmente, tudo perecerá." (Presidente Boyd . Packer, "A Liahona", Novembro de 2010, pg. 75)

Basta dizer que Deus abomina o homossexualismo. (Mas não abomina o homossexual! Deus o ama. Nós precisamos saber diferenciar o pecado do pecador: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/06/diferenciar-o-pecado-do-pecador.html)
Fico impressionado quando ouço que existem religiões que apoiam o homossexualismo e dizem que, ao mesmo tempo, creem na Bíblia. Qualquer pessoa que aceite, em menor grau que seja, a prática iníqua do relacionamento com pessoas do mesmo sexo rejeita, não só a Bíblia, mas a existência de um Deus bondoso (Gênesis 19:4-5, Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-10, Levítico 20:13).

O homossexualismo aceita outro deus, que não o Deus verdadeiro. Acho que a seguinte citação, de um dos Doze Apóstolos modernos, resume bem o que quero dizer:
“A sociedade em que muitos de nós vivemos tem falhado há várias gerações em promover a disciplina moral. A sociedade ensina que a verdade é relativa e que cada um decide por si mesmo o que é certo. Conceitos como pecado e erro têm sido condenados como “julgamentos de valor”. Conforme o Senhor descreve: “Todo homem anda em seu próprio caminho e segundo a imagem de seu próprio deus” (D&C 1:16).
Como resultado, a autodisciplina é destruída e a sociedade é obrigada a tentar manter a ordem e a civilidade por meio da repressão. A falta de controle interno nos indivíduos gera o controle externo pelo governo. Certo colunista observou que “o comportamento cavalheiresco [por exemplo, antigamente] protegia as mulheres de atitudes imorais. Hoje, espera-se que as leis contra o assédio sexual refreiem o comportamento imoral. (…)
Nem a polícia nem a justiça podem substituir costumes, tradições e valores morais como meios de regulamentação do comportamento humano. Na melhor das hipóteses, a polícia e a justiça são o último e desesperado recurso de defesa da sociedade civilizada. Nossa dependência das leis para o controle do comportamento demonstra como nos tornamos incivilizados”.
Na maior parte do mundo vivenciamos uma recessão econômica extensa e devastadora. Ela foi causada por múltiplos fatores, mas um dos principais foi a generalização da conduta desonesta e sem ética, especialmente nos mercados de imóveis e finanças dos Estados Unidos. A reação se concentrou no aumento e na rigidez das regulamentações. Talvez essa medida possa dissuadir alguns de agir de maneira ilícita, mas outros simplesmente se valerão de meios mais criativos para burlar a lei. É impossível haver regras suficientes e tão bem articuladas que possam prever e cobrir cada situação; e mesmo que houvesse, sua aplicação seria demasiadamente cara e complicada. Essa abordagem conduz à restrição da liberdade de todos. Como disse de forma notável o Bispo Fulton J. Sheen: “Não quisemos aceitar o jugo de Cristo; pois agora devemos tremer sob o jugo de César”.
Em suma, somente uma bússola moral interna em cada indivíduo pode efetivamente orientar-nos nas causas e nos sintomas originais da decadência social.A sociedade vai lutar em vão para estabelecer o bem comum, se não denunciar o pecado como pecado e se a disciplina moral não ocupar seu lugar no panteão das virtudes cívicas.” (Conferencia Geral, outubro de 2009, “Disciplina moral”, Élder Christofferson)

A bússola moral interna pode ser achada e ajustada com o padrão do Senhor apresentando nessa pungente declaração:
"A FAMÍLIA foi ordenada por Deus. O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno. Os filhos tem o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a família bem sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do perdão, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares. Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los. A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos. Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe tem a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais. Enfermidades, falecimentos ou outras circunstâncias podem exigir adaptações específicas. Outros parentes devem oferecer ajuda quando necessário.
 ADVERTIMOS que as pessoas que violam os convênios de castidade, que maltratam o cônjuge ou os filhos, ou que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares, deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações. Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos." ("A Família: Proclamação ao mundo")"

Quanto a tolerância o Élder Dallin H. Oaks brilhantemente explicou:  
"Essa exposição maior à diversidade tanto nos enriquece a vida quanto a complica. Somos enriquecidos pelo convívio com diversas pessoas, o que nos faz lembrar a maravilhosa diversidade dos filhos de Deus. Mas a diversidade de culturas e valores também nos desafia a identificar o que pode ser adotado como condizente com nossa cultura e valores do evangelho, e o que não pode. Desse modo, a diversidade aumenta o potencial de haver conflitos e exige que estejamos mais cientes da natureza da tolerância. O que é a tolerância, quando ela se aplica e quando não se aplica?
Essa é uma questão mais difícil para os que afirmam a existência de Deus e da verdade absoluta, do que para os que acreditam no relativismo moral. Quanto mais fraca for a crença em Deus e quanto menos forem os absolutos morais, menos ocasiões haverá em que as ideias ou práticas de outras pessoas venham a confrontar alguém com o desafio de ser tolerante. Por exemplo: um ateu não precisa decidir que tipos e que ocasiões de profanidade ou blasfêmia podem ser tolerados e quais devem ser combatidos. As pessoas que não acreditam em Deus ou na verdade absoluta em questões morais podem se ver como as pessoas mais tolerantes de todas. Para elas, quase tudo é permitido. “Faça as suas coisas, que eu faço as minhas”, é a descrição mais difundida. Esse sistema de crença pode tolerar quase qualquer conduta e quase todas as pessoas. Infelizmente, alguns que acreditam no relativismo moral parecem ter dificuldade em tolerar os que insistem que há um Deus, que deve ser respeitado, e certos absolutos morais, que devem ser observados."
"O Presidente Boyd K. Packer fez uma introdução inspirada a esse assunto. Falando para uma congregação de alunos do instituto, há três anos, ele disse: “A palavra tolerância não existe sozinha. Exige um objeto e uma reação para qualificá-la como virtude. (…) A tolerância é frequentemente cobrada, mas raramente retribuída. Cuidado com a palavra tolerância. É uma virtude muito instável.”
Essa advertência inspirada nos lembra que, para pessoas que acreditam na verdade absoluta, a tolerância em relação a uma conduta é como os dois lados de uma moeda. A tolerância ou o respeito é um lado da moeda, mas a verdade sempre está do outro lado. Não podemos possuir ou usar a moeda da tolerância sem estar cônscios dos dois lados dela.
Nosso Salvador aplicou esse princípio. Ao se deparar com a mulher apanhada em adultério, Jesus proferiu estas consoladoras palavras de tolerância: “Nem eu também te condeno”. Depois, ao despedi-la, ele proferiu estas autoritárias palavras de verdade: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Todos nos edificamos e fortalecemos com esse exemplo de tolerância e verdade: bondade na comunicação, mas firmeza na verdade."

 Sobre a laicidade do Estado devo dizer que a Constituição determina que o Estado não tenha nenhuma religião oficial, mas isso não significa, em absoluto, que pessoas que compõem o Estado, sejam laicas! De fato, a própria Constituição, no enorme rol de seu artigo 5º, defende e assegura a religiosidade - e até o direito de não crer em religião alguma. O que estou dizendo é que tenho assegurado todo o direito de expressar minhas crenças, aqui e acolá. Quando falo, falo segundo creio. É impossível para mim separar as duas coisas. E nem quero! Penso que seria hipócrita se tentasse fazê-lo.
O direito de defender as ideias e crenças também é constitucionalmente protegido. Algumas pessoas acusam os cristãos de intolerantes porque pregam abertamente que o homossexualismo é um pecado. Mas não há intolerância alguma! A religião tem dogmas, tem padrões. Exercer a religião é um direito constitucional. Fazer proselitismo é um direito constitucional também. Os limites são impostos pelo bom senso e pela norma. Por exemplo, calunias, difamações, atitudes excêntricas que firam a honra, violência, etc.  Esses comportamentos graves e que extrapolam a manifestação do pensamento de maneira respeitosa - devem ser combatidos e erradicados.
A questão mais importante não é se os homossexuais têm direito a isso ou aquilo. A questão mais importante é: o que Deus pensa a esse respeito? Como posso me adequar ao que Deus deseja?
O certo é certo, e o errado é errado.Denuncio que o homossexualismo é um pecado. Pensem bem: se todos aderissem plenamente a essa pratica o mundo acabaria em apenas uma geração! Sodoma e Gomorra foram destruídas totalmente por causa dessa prática (Gênesis 18:23-33, 19:1-25, I Coríntios 6:10).
Uno minha voz contra a prática iníqua e imoral do homossexualismo. Recuso todos os argumentos, que podem parecer plausíveis e lógicos, para aceitar as coisas como realmente são. Sei que há felicidade na família tradicional. Sei que vale a pena defender os padrões do evangelho nesse mundo pecaminoso. Sei que Deus ama seus filhos, independentemente de suas escolhas - mas que, devido a Divina Justiça, algumas bênçãos deixam de ser dadas aos que se rebelam contra Ele e Seus mandamentos. Há felicidade segura no cumprimento dos mandamentos.
Estendo a mão com amor, junto com a Igreja de Jesus Cristo, a todos que sofrem tentações homo-afetivas e digo que a Expiação é tão poderosa e eficaz que pode e vai ajudá-los. Digo que eles são amados por Deus e que devem se arrepender rapidamente.

Alguns dos seguintes links podem ser úteis:




12 de abr. de 2010

Jesus Cristo pregou a repulsão ao progresso financeiro? Ele desprezava os ricos e incentivava seus seguidores a manterem-se pobres?



NÃO. O Salvador nunca ensinou o que alguns historiadores e teólogos dizem: o repudio ao homem justo que é rico. Um estudo mais atento as escrituras revela que o Senhor deseja que prosperemos, inclusive financeiramente. É verdade que o Velho e o Novo Testamento não são tão claros neste ponto como o Livro de Mórmon que ensina repetidamente que Deus faz os justos “prosperarem na Terra” (1 Néfi 2:20, 4:14; 2 Néfi 1:9, 20; Mosias 2:22, 12:15; Alma 45:8, 48:15; 3 Néfi 1:7, 6:4-5), e Doutrina e Convênios que explica que é da vontade do Pai dar riquezas a seus filhos enquanto na mortalidade (D&C 38:39). Entretendo, creio ser possível provar que o Salvador não era um líder carismático que pregava o total desprezo as boas coisas do mundo, nem um filosofo que se irritava com os ricos e a prosperidade. Cristo pregava que o Espiritual era superior ao material, mas que devíamos buscar o bem-estar material, tanto quanto o espiritual (Mosias 4:26, 18:29; D&C 14:11, 24:3, 77:2)
Primeiro: O Velho Testamento. devemos compreender que Jesus Cristo seguia os ensinamentos e preceitos do Velho Testamento. Na cultura hebraica ficar rico não era um pecado. Esse pensamento surgiu na Idade Média, com a tirania dos nobres e da igreja católica. Abraão era muitíssimo rico. Jacó ficou muito rico em vida. José não só prosperou mais fez o mundo em seu tempo prosperar. E Jó era um homem sumamente rico, mas perdeu tudo ao ser provado. Todavia, após passar nos testes recebeu toda sua fortuna em dobro enquanto na mortalidade. Deus lhe abençoou materialmente. Vemos que foi importante para Salomão construir o Templo de Deus da melhor maneira possível – adornando-o com materiais caros e belos. O Deus do Velho Testamento desejava que seu povo prosperasse materialmente e se tornassem poderosos na Terra. Cristo era esse Deus, e por isso acreditava no bem-estar mortal e na auto-suficiência material. Entre os dez mandamentos encontramos o de trabalhar seis dias e descansar no sétimo. Trabalhar seis dias! É importante trabalhar e prosperar!
Segundo: O nascimento na manjedoura. Embora José e Maria estavam num estábulo na noite da natividade, onde Cristo nasceu – estavam numa casa quando os magos os visitaram. O que significa que prosperaram. José trabalhava para se manter. Cristo também trabalhava com José. Havia um simbolismo por trás do lugar pobre em que Cristo nasceu. O Filho do Homem veio à mortalidade nas circunstâncias mais humildes. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Ele era o unigênito do Pai. Nós não o somos. E não precisamos ter filhos numa situação miserável. Mas simbolicamente nascemos nus e sem nada e quando voltarmos a presença de Deus, tendo vencido o mundo – teremos tudo, como Cristo obteve após vencer todas as coisas.
Terceiro: O Sermão da Montanha. É importante salientar que Cristo fez parte de seu discurso a um grupo específico. Esse grupo seriam os apóstolos. Foi a eles que Cristo ensinou os princípios da lei da consagração e o repúdio ao mundo. A multidão ele não deu esses mandamentos. Entretanto ele falou a todos a maneira de orar: agradecemos pelo pão de cada dia. Ora! O pão que Deus nos dá não cai do céu – como o maná – vem pelo suor de nosso rosto. Por isso esta implícita a noção de trabalho – para nos sustermos. É verdade que o Senhor ensina neste mesmo sermão a não acumular tesouros na Terra, onde a traça e ferrugem os consomem e os ladrões minam e roubam. E que é bem-aventurado o que é pobre. Mas ele esta dizendo que se tivermos o coração nas riquezas morreremos e esta dizendo que o pobre é o pobre em espírito, não necessariamente pobre material. É muito claro seu ensinamento: Buscai primeiro, o reino de Deus e sua justiça e todas as coisas – inclusive as materiais – lhe serão acrescentadas. A prioridade deve sempre ser Deus. Temos o mandamento de sermos o sal da Terra e sabor dos homens. Olhe um dos mais relevantes ensinamentos do Senhor: o sal era algo caro em sua época. Deviam seus seguidores ter um valor tal como sal. Deviam também ser a luz do mundo. Uma das formas de brilharem perante os homens certamente incluía a prosperidade e serviço o próximo com os bens que Deus lhe abençoara ou abençoaria. Quão difícil seria dar esmolas aos pobres, sendo um pobre que necessita de esmola!

Ninguém pode servir a Deus e a Mamon. Mamon significa riquezas da Terra. A raiz do mal é o orgulho. Por causa do orgulho civilizações inteiras foram destruídas. Entretanto, se tivermos Deus em nosso coração, se nossos olhos estiverem fitos Nele, e nosso corpo estiver cheio de luz, as riquezas dessa Terra – que nos serão acrescentadas naturalmente – produziremos bons frutos. De fato teremos como edificar uma casa sobre a Rocha e ajudaremos outros a fazerem o mesmo. Teremos condição de dar boas coisas a nossos filhos e compreenderemos a promessa de pedir e receber – pois ela será uma verdade para nós, e por intermédio de nós, será uma realidade para outros. O Sermão da Montanha expressa a grandiosidade de Deus - ele é Todo-Poderoso, sendo que veste a erva do campo com glória maior do que se vestiu Salomão, mostra que ele deseja nos suster, vestir e cuidar. Mas mais importante dá o divino mandamento de sermos tão perfeitos como Nosso Pai que esta nos céus. Se cremos que Deus tem tudo, porque não deveríamos procurar ter também?
Quarto: a alegação que é muito difícil um rico entrar no céu. Poderia ser interpretada da seguinte maneira: é muito difícil alguém que tem o coração nas riquezas, na idolatria, no mundo, entrar no reino dos céus – porque este é orgulhoso. Jó disse: “Eu sei que meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a Terra” A fé desse homem o fazia crer que ele veria Deus, viveria com Ele. Suas grandes fortunas não o impediam de progredir. O Jovem Rico, ao contrario, colocou a riqueza acima de Deus, pois não desejava consagrar tudo que possuía. O pecado não é ser rico, o pecado é ser egoísta e cobiçoso.
Quinto: daí a Cezar o que é de Cezar. Devemos cuidar dos assuntos materiais. Não devemos ser do mundo, nem ter o coração em Mamon. Entretanto devemos estar no mundo – o que significa se envolver, participar e prosperar com as coisas boas que o mundo oferece. Devemos ter como cumprir nossas responsabilidades civis e sociais.
Sexto: os seguidores de Cristo eram pobres e recusados. Nem todos. A maior parte dos seguidores de Cristo durante seu ministério mortal devem ter sido pobres. Todavia, os três reis magos eram homens de posses quando visitaram Cristo. Mateus era um publicano (o que significava ter um status bem diferente de pobre), Paulo era um membro do sinédrio. Nicodemos era um fariseu de alta reputação. Lucas era um médico bem conceituado que escreveu seus livros a Teófilo, um homem de proeminência social. José de Arimatéia era um homem rico que solicitou o corpo de Cristo. Embora Pedro seja um pescador, deve-se levar em consideração que a pesca era uma atividade lucrativa naquela época. Parece que ele tinha homens que trabalhavam para ele, além de seu irmão. O Centurião e Jairo parecem ser homens de grande posse. Todos os que seguiram Cristo foram perseguidos, fossem ricos ou pobres. Mas o preço do discipulado não significava e nunca significaria miséria, embora a pobreza pudesse vir como prova de fé.
Sétimo: A riqueza pode contribuir para o reino de Deus. Por isso o mandamento:
“Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos” (Lucas 16:9). Sem dúvida é importante haver um local para adorar a Deus, é importante ter uma capa para doar, e uma quantia para dizimar. A Bíblia ensina que o homem deve prosperar em todos os aspectos para contribuir com a obra e glória de Deus.
As escrituras modernas ampliam todos os conceitos discutidos acima. Elas dizem que Deus deseja nosso bem-estar material, e que devemos pregar “primeiro ao rico e instruído” (D&C 58:10).

7 de abr. de 2010

Moisés 6:59-60: NASCER DE NOVO

Nossa vinda à mortalidade ocorre pelo nascimento. Deixando de lado a polêmica sobre quando se inicia a vida mortal , consideraremos a concepção como o nascimento mortal, o inicio do segundo estado e do tempo de provação (GEE Mortalidade). Há três elementos presentes no nascimento mortal: água, sangue e espírito. Eles são elementos reais e necessários para que ocorra o nascimento. Sem sangue nenhum mortal vive, pois a vida esta no sangue (Levítico 17:11, 14). Do mesmo modo, sem a água ninguém é concebido: pois há água presente na formação do feto, por exemplo, na placenta da gestante. Sem que o espírito pré-mortal entre no corpo não há vida, pois “o espírito e o corpo formam a alma do homem” (D&C 88:15). A morte ocorre com a saída do espírito do corpo (GEE Morte Física). O segundo nascimento é um símbolo do primeiro. É chamado de novo nascimento: nascimento por que os mesmos elementos – água, sangue e espírito – estão presentes; e novo porque (1) vem pelo Novo e Eterno convênio do evangelho; (2) muda o estado anterior (semelhante à mudança que ocorreu do estado pré-mortal para o mortal); (3) purifica, justifica e santifica – tornando a criatura inocente como uma criancinha, por isso é também chamado de nascimento espiritual. Ao virmos para Terra tornamo-nos afastados de Deus, tanto fisicamente quanto espiritualmente, por causa da Queda e da fraqueza humana: “Por que Adão caiu, existimos; e pela sua queda veio a morte; e fomos feitos participantes de miséria e desgraça; Eis que Satanás veio para o meio dos filhos dos homens e tentou-os para que o adorassem; e os homens tornaram-se carnais, sensuais e diabólicos e encontram-se afastados da presença de Deus. Mas Deus fez saber a nossos pais que todos os homens devem arrepender-se. E ele chamou nosso pai Adão com sua própria voz, dizendo: Eu sou Deus; eu fiz o mundo e os homens antes que existissem na carne. E ele também lhe disse: Se te voltares para mim e deres ouvidos a minha voz e creres e te arrependeres de todas as tuas transgressões e fores batizado, sim, na água, em nome de meu Filho Unigênito, que é cheio de graça e verdade, que é Jesus Cristo, o único nome que será dado debaixo do céu mediante o qual virá a salvação aos filhos dos homens, receberás o dom do Espírito Santo, pedindo todas as coisas em seu nome; e tudo o que pedires te será dado. (Moisés 6:48-52, itálicos adicionados) Desde Adão o evangelho tem sido ensinado. Aqueles que o aceitam plenamente nascem de novo: “Aí se começou a dizer entre o povo que o Filho de Deus expiara o pecado original, de modo que os pecados dos pais não podem recair sobre a cabeça dos filhos, pois estes são limpos desde a fundação do mundo.” “E o Senhor falou a Adão, dizendo: Visto que teus filhos são concebidos em pecado, quando eles começam a crescer, concebe-se o pecado em seu coração e eles provam o amargo para saber apreciar o bom. E a eles é dado distinguir o bem do mal, de modo que são seus próprios árbitros; e dei-te outra lei e mandamento.” “Portanto ensina a teus filhos que todos os homens, em todos os lugares, devem arrepender-se, ou de maneira alguma herdarão o reino de Deus, porque nenhuma coisa impura pode ali habitar ou habitar em sua presença; pois, no idioma de Adão, Homem de Santidade é seu nome e o nome de seu Unigênito é Filho do Homem, sim, Jesus Cristo, um justo Juiz, que virá no meridiano dos tempos.” “Portanto dou-te o mandamento de ensinares estas coisas liberalmente a teus filhos, dizendo: Por causa da transgressão vem a queda, queda essa que traz a morte; e sendo que haveis nascido no mundo pela água e sangue e espírito que eu fiz e assim vos haveis transformado de pó em alma vivente, do mesmo modo tereis de nascer de novo no reino do céu, da água e do Espírito, sendo limpos por sangue, sim, o sangue de meu Unigênito; para que sejais santificados de todo pecado e desfruteis as palavras da vida eterna neste mundo e a vida eterna no mundo vindouro, sim, glória imortal; Pois pela água guardais o mandamento, pelo Espírito sois justificados e pelo sangue sois santificados” (Moisés 6:54-60, itálicos adicionados). As muitas doutrinas expostas nestes versículos serão a base para os próximos capítulos. Algumas delas já forma comentadas. O que deve ficar claro é o conteúdo simbólico do evangelho, mais especificamente de suas ordenanças. Há razões para os ritos do evangelho serem como são. Evidentemente não nos foi revelado tudo sobre o assunto , mas as escrituras e os profetas explicam que o sacerdócio é uma maneira que permite o povo “saber como esperar pelo seu Filho para receber a redenção” (Alma 13:2): “Ora, essas ordenanças foram instituídas dessa maneira para que, por meio delas, o povo pudesse ter esperança no Filho de Deus, sendo um símbolo de sua ordem, ou melhor, sendo sua ordem; e isto para que pudessem esperar dele a remissão de seus pecados, a fim de entrarem no descanso do Senhor” (Alma 13:16, itálicos adicionados). A ordenança do batismo, por exemplo, é simbólica. O batismo é uma parte essencial do nascimento simbólico no reino dos céus. O batismo e todas as outras ordenanças “têm sua semelhança e todas as coisas são criadas e feitas para prestar testemunho de [Cristo], tanto as coisas [temporais] como as coisas que são espirituais; coisas que estão acima nos céus e coisas que estão na Terra e coisas que estão dentro da terra e coisas que estão embaixo da terra, tanto acima como abaixo: todas as coisas prestam testemunho de [Cristo]” (Moisés 6:63). As ordenanças não podem ser compreendidas se apenas vistas superficialmente. Cada ordenança de salvação será estuda com cuidado mais adiante. O ritual de purificação do leproso da lei mosaica continha igualmente os elementos do nascimento (água, espírito e sangue): “Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, E o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará, e eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada então o sacerdote ordenará que por aquele que se houver de purificar se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo. Mandará também o sacerdote que se degole uma ave num vaso de barro sobre águas vivas, E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo, e os molhará, com a ave viva, no sangue da ave que foi degolada sobre as águas correntes. E sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes; então o declarará por limpo, e soltará a ave viva sobre a face do campo. E aquele que tem de purificar-se lavará as suas vestes, e rapará todo o seu pêlo, e se lavará com água; assim será limpo; e depois entrará no arraial, porém, ficará fora da sua tenda por sete dias; E será que ao sétimo dia rapará todo o seu pêlo, a sua cabeça, e a sua barba, e as sobrancelhas; sim, rapará todo o pêlo, e lavará as suas vestes, e lavará a sua carne com água, e será limpo.” “E o sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa, e o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e no dedo polegar do seu pé direito. Também o sacerdote tomará do logue de azeite, e o derramará na palma da sua própria mão esquerda. Então o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o SENHOR; E o restante do azeite, que está na sua mão, o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do sangue da expiação da culpa; E o restante do azeite que está na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se; assim o sacerdote fará expiação por ele perante o SENHOR.” “E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de alimentos sobre o altar; assim o sacerdote fará expiação por ele, e será limpo” (Levítico 14:2-9, 12-16, 20). O leproso se raspava para ficar semelhante a um recém-nascido. Vencer a lepra era, na época, como nascer outra vez, pois a lepra era uma praga mortal. O óleo simboliza a pureza e o Espírito de Deus (I Samuel 16:13; GEE Óleo). A ave morta representa o Deus altíssimo expiando pelas impurezas, à ave livre representa a liberdade proveniente do sacrifício de Cristo – sua expiação e ressurreição. O ritual do leproso e toda lei de Moisés é um símbolo de Cristo, da purificação advinda pela Expiação (2 Néfi 11:4; Alma 25:15-16). Água, Sangue e Espírito também são símbolos da Trindade – o quórum do sacerdócio que preside o universo: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra (que é Cristo), e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num” (I João 5:7-8). A própria Expiação também contém os elementos eternos Água, Sangue e Espírito. A água encontramos, não só como substancia essencial contida no sangue de Cristo derramado dês do Getsêmani até o sepultamento, mas quando um soldado lhe furou o lado e água e sangue saíram-lhe (João 19:24). Vemos sangue na Expiação em todos os momentos, pois o sangue é que fez a expiação pela culpa (Levítico 17:11). O sangue esta presente no Jardim, onde foi vertido da maneira mais dolorosa – saindo por cada poro (Lucas 22:44; Mosias 3:7; D&C 19:18). E no injusto julgamento, na agonizante tortura e por fim no Gólgota, onde o Salvador entregou o espírito (João 19; Mateus 26:52-70, 27) O elemento espírito está presente, por exemplo, na frase de Jesus na Cruz ao consumar sua obra: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46). Evidentemente Cristo não nasceu de novo na ocasião da Expiação. Ele nasceu como nós, de uma mãe mortal, passou pelo véu do esquecimento, foi batizado, recebeu o Espírito Santo e todas as ordenanças do evangelho. Mas diferente de nós Ele já era perfeito e santo antes de nascer na Terra (Deuteronômio 18:13), e continuou santo na mortalidade (Mosias 14:9). Mesmo que fosse, enquanto mortal “pouco menor que os anjos” (Hebreus 2:9), readquiriu toda glória que possuía antes do mundo existir (João 17:5). O nascimento espiritual de Cristo ocorreu na pré-mortalidade. O papel de Cristo era possibilitar a nós, seres imperfeitos, que nos tornássemos como Ele – santos sem mácula (3 Néfi 12:48; Morôni 10:33). O nascimento mortal é natural, sem ser necessário um rito sacerdotal. O nascimento espiritual precisa de cerimônias. O nascimento mortal ocorre num período temporal semelhante aos homens – em nove meses há um nascimento. Já o espiritual pode ocorrer nesta vida, depois da morte ou nunca acontecer. A despeito das diferenças demonstradas, e muitas outras, entre os dois nascimentos, o símbolo perde o sentido se tirado de seu contexto. Água, Espírito e Sangue estão presentes nos dois nascimentos. Mergulhado no útero da mãe, o feto nascerá num certo período de tempo. Imerso nas águas batismais o converso dá inicio a uma nova vida espiritual. O espírito pré-mortal acomoda-se no corpo do bebê no momento certo, formando uma alma (D&C 88:15). Semelhantemente o Espírito Santo é recebido como dom e companhia constante. Tal como o espírito pré-mortal não se separa do corpo mortal, se não com a morte, também o Espírito Santo não se aparta do justo, a não ser com o pecado – que conduz a morte espiritual. Sangue corre nas veias do feto, alimentando a mortalidade. Sangue expiatório é aplicado no converso limpando-o de suas transgressões e pecados, purificando-o e santificando-o. É importante salientar que o nascimento espiritual acontece somente depois do recebimento de todos os elementos – água, espírito e sangue – e não antes. É verdade que podemos dizer que alguém que foi recentemente batizado nasceu de novo. Mas isso não é senão uma expressão que deduz um compromisso maior . Os que foram batizados apenas iniciaram seu nascimento no reino de Deus. Porque a conversão, que é o nascer de novo, é mais um processo do que um evento. Na realidade, o nascer de novo é um processo com vários eventos. Esses eventos são ocasiões onde convênios são firmados. Esses convênios muitas vezes são acompanhados de cerimônias: são as ordenanças do evangelho. Não obstante, o recebimento das ordenanças não necessariamente faz com que alguém nasça de novo. Para nascer de novo há necessidade de ser santificado. As obras (ordenanças) por si só não garantem o novo nascimento. Assim como um feto, que passa por todas as etapas da gestação e na concepção está perfeitamente formado não necessariamente nascerá vivo; também o converso que não realizou mudanças suficientes – isto é, não se despojou do homem natural, não se tornou como uma criancinha, não guardou os mandamentos, não foi justificado ou não foi santificado não pode nascer de novo. O processo de nascer de novo recebe vários nomes nas escrituras: despojar-se do homem natural (Mosias 3:19), tornar-se como uma criancinha (3 Néfi 11:37-38), justificação e santificação (Moisés 6:60), aperfeiçoar-se por meio de Cristo Jesus (Efésios 4:12-13 e Hebreus 10:14), andar com Deus (Alma 53:21, Gênesis 6:9), ser um com Deus (João 17:11, 21), etc. O processo de nascer de novo começa com o contato com a palavra de Deus e a fé em Jesus Cristo e termina com o chamado e eleição (2 Pedro 1:10), que é quando vencemos o mundo: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.” “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num” (I João 5:1-8). Jesus Cristo disse que quem não nascer de novo não pode entrar no Reino dos céus. O Reino dos céus é o que buscamos. Ele explicou a Nicodemos, um fariseu, que o nascimento espiritual inclui o batismo e o dom do Espírito Santo. Mas não só isso, pois disse que Ele fora enviado para santificar o mundo dando sua vida. Quando Nicodemos indagou como era possível aquilo, Jesus repreendeu aquele membro do sinédrio dizendo: “Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? (...) Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3:1-21). Assim muitos, mesmo entre os membros da verdadeira Igreja não sabem a respeito do processo de nascer de novo. E mesmo aqueles que conhecem ainda podem aprender mais. Assim que pudermos conhecer as coisas celestiais, elas nos serão ensinadas. Porque quem receber e obedecer receberá mais (2 Néfi 28:30), até receber tudo (D&C 88:49). O Senhor ordenou que essas coisas fossem pregadas liberalmente entre os filhos dos homens (Moisés 6:58-60).