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15 de jan. de 2011

Porque nós não apostamos na loteria?

Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são desaconselhados a apostar na loteria. O Manual de Instruções da Igreja diz:
“A Igreja opõe-se a qualquer tipo de jogo de azar, inclusive as loterias promovidas pelo governo. Os membros são exortados a unir esforços com outras pessoas que tenham o mesmo ponto de vista para oporem-se à legalização e apoio do governo a qualquer tipo de jogo de azar.” (“Jogos de Azar”, Seleção de normas da Igreja, Manual de Instruções da Igreja, Volume 2, pg. 323).
Em 1925, o Presidente Heber J. Grant e seus conselheiros na Primeira Presidência emitiram a seguinte declaração em relação aos jogos de azar: “A Igreja sempre foi e ainda é inalteravelmente contrária a toda e qualquer forma de jogo de azar. Ela opõe-se a qualquer jogo, atividade ou negócio que tire dinheiro de uma pessoa sem lhe oferecer nada em troca. Opõe-se a todas as práticas cuja tendência seja incentivar o espírito de especulação imprudente e particularmente àquilo que tende a degradar ou enfraquecer os altos padrões morais que os membros da Igreja e nossa comunidade como um todo sempre valorizaram”. (Citado em “Gambling”, Improvement Era, setembro de 1926, p. 1.100.)

O presidente Gordon B. Hinckley disse: “Tenho tempo para falar a respeito de mais um assunto. Por que a Igreja se envolve em questões morais que estão na pauta de discussão das legislaturas e entre o eleitorado? Acrescento logo no início que nos envolvemos somente em questões legislativas que sejam estritamente morais ou que afetem diretamente o bem-estar da Igreja. Opomo-nos aos jogos de azar e às bebidas alcoólicas e continuaremos a fazê-lo. A nosso ver, temos não somente o direito, mas o dever de opor resistência às forças que consideramos prejudiciais à sociedade” (A Liahona, janeiro de 2000, p. 68).
O que pode haver de tão mal em apostar seu próprio dinheiro em um jogo? Bem, primeiro devemos entender que o nosso “próprio” dinheiro ou bens não são verdadeiramente nossos. Embora para maioria de nós as posses materiais vieram depois de muito trabalho diligente, mesmo “pelo suor do rosto” – ainda assim “o pão nosso de cada dia” é uma dádiva divina. Jó possuía muitos bens, propriedades e riquezas, mas na história dele aprendemos que em um instante um homem rico pode se tornar pobre (Jó 1). Todos nos depararemos com essa verdade um dia: quando morrermos não levaremos um único bem material conosco.
Segundo, devemos entender a natureza maligna dos jogos de azar. Alistei algumas das razões por que os jogos são essencialmente maus:

1. Os jogos fazem as pessoas trocarem dinheiro e bens por nada.

2. Os jogos de azar têm como objetivo aparente conceder muito dinheiro sem que o jogador tenha feito esforço próprio para obtê-lo – o que é contra o princípio eterno de plantar para colher. Se a obtenção de posses tornar-se muito fácil, sem (1) um esforço consciente, (2) estudo diligente e (3) trabalho árduo – se prosperarmos na Terra sem merecermos prosperar – então a bênção se torna em maldição, porque muitas das mais preciosas lições da mortalidade são privadas e as bênçãos mais sublimes do trabalho são impedidas – passamos a confiar no braço da carne e tornarmo-nos orgulhosos.

3. Os jogos têm um efeito semelhante ao álcool e ao cigarro: eles viciam!

4. Os jogos, além de causarem dependência para o praticante, afetam a vida de terceiros – o viciado é capaz de endividar-se, prejudicar o conjugue, os filhos e amigos para satisfazer seus impulsos de jogar mais uma vez e eliminar dívidas.

5. Deus ordenou pela boca de seus profetas que não participássemos de jogos de azar: “Os jogos de azar são uma forma de pecado” (Ver “Presidente Heber J. Grant”, Guia de Estudo do Aluno, Manual do Seminário de Doutrina e Convênios, pp. 193–194 parágrafo 12). Além disso, os princípios sobre isso são encontrados nas escrituras: devemos trabalhar para obter nosso sustento (Gênesis 3:19), não devemos ser desonestos (Deuteronômio 5:20), devemos semear para colher e não colher sem semear (Gálatas 6:7-9), recebemos uma bênção obedecendo a lei na qual ela se baseia (D&C 130:20-21), uma bênção dada sem que sejamos preparados para recebê-la torna-se me maldição (Jacó 4:14, e Alma 29:4-5).

Um atalho para prosperidade material pode parecer uma oportunidade ímpar para uma vida feliz e bem-sucedida, mas se esse atalho for através de jogos de azar, o dinheiro é sujo e não trará felicidade real – a satisfação e o prazer durarão apenas um momento e o riso do grande e espaçoso edifício (que pode ser uma lotérica para alguns!) logo dará vazão ao pranto, choro e ranger de dentes.
Fiquemos longe, mesmo da tentação de apostar. Não queremos saber quanto a Mega-Sena acumulou, nem vamos gastar um centavo numa cartela que fará com que o que ganhemos com tanto esforço se torne em nada. E com certeza nunca apostaremos em jogos ilegais para não atrairmos a ira de um Deus justo, que não se deixa escarnecer.