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24 de jan. de 2012

O que é um "apóstolo"?


A palavra apóstolo vem do grego e significa “enviado” (GEE “Apóstolo”). Apóstolo é (1) uma condição peculiar (sentido amplo) e (2) título e ofício sagrado do sacerdócio de Melquisedeque (sentido estrito). Esse título tornou-se sagrado e deve ser usado com cautela (por exemplo, devemos chamar um membro do quorum dos Doze Apóstolos de Élder).
Torna-se um apóstolo alguém que recebe um testemunho especial de Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. Embora esse testemunho não precise ser ocular – ou seja, o apóstolo não precisa necessariamente ver Jesus Cristo com os olhos naturais para saber com toda certeza que Ele é o Senhor – este homem, apóstolo, precisa de uma confirmação diferenciada. Ele precisa entender sobre Cristo de maneira tal que lhe seja impossível negar (se o fizer estará cometendo um pecado imperdoável). Um apóstolo não crê em Cristo – Ele o conhece – sabe perfeitamente quem Ele é (D&C 46:13-14, ver também http://lucasmormon.blogspot.com/2010/05/o-dom-de-crer-e-saber-que-jesus-e-o.html). Joseph Smith se tornou um apóstolo, neste sentido, em 1820, quando na Primeira Visão conversou com o Pai e o Filho (Joseph Smith – História 1:17-19). O Rei Lamôni (Alma 19:13) e muitos outros também tiveram o privilégio de tornarem-se testemunhas especiais, sem possuírem um oficio no sacerdócio. Esse é o sentido amplo para o termo apóstolo.
Torna-se apóstolo alguém que é chamado por revelação pelo presidente da Igreja para ocultar uma vaga no quórum dos Doze Apóstolos ou na Primeira Presidência da Igreja. Esse é o sentido estrito do termo apóstolo. Os homens chamados a esses quóruns são ordenados ao ofício de Apóstolos do Senhor Jesus Cristo e recebem todas as chaves e autoridades para o governo de Igreja e Reino de Deus na Terra. Eles presidem a onde quer que são chamados a ir, e possuem poder para realizar grande maravilhas. Eles recebem o mandamento de pregar o evangelho, erguendo a voz como testemunhas especiais do nome de Cristo. O apóstolo sênior (o que possui o ofício de apóstolo por mais tempo, e não necessariamente o mais avançado em idade) é o Presidente da Igreja. Embora nos referimos ao Presidente da Igreja como o Profeta, cada apostolo ordenado é um profeta, vidente e revelador (http://lucasmormon.blogspot.com/2010/09/o-que-e-um-profeta.html) – e possuem todos os dons necessários para cumprir seu importante chamado. Todo aquele que recebe o ofício de apóstolo recebem a condição de apóstolos. Essa condição pode ocorrer simultaneamente ou não ao chamado e ordenação. Em outras palavras, um homem que é chamado para ocupar uma posição como Apostolo ou membro da Presidência da Igreja pode ter se tornado um apostolo (condição) bem antes de seu chamado, durante seu chamado ou algum tempo depois de seu apoio e designação. Mas estou certo que todo homem ordenado recebe dons necessários para o estrito cumprimento de seu ofício – e como tal, todo apostolo (em sentido estrito) é um apostolo (em sentido amplo).
Há apenas quinze apóstolos na Terra hoje. Quando um deles morre, outro homem é chamado para ocupar seu lugar. Por isso é bem improvável que eu ou você sejamos chamados para ser um apóstolo. Todavia o Senhor deseja que desfrutemos da condição de apóstolos. Isso significa que podemos nos tornar testemunhas especiais de Cristo e receber seus dons especiais. A condição de apostolo (sem o ofício) não implica em sair pregando, organizando a Igreja e fazendo milagres – este é um encargo dos Doze e da Primeira Presidência – homens devidamente ordenados. Mas ao recebermos a condição de apóstolo teremos o privilégio de fazer parte da Igreja do Primogênito e de recebermos o Segundo Consolador (http://lucasmormon.blogspot.com/2010/08/outro-consolador.html).
Na vida pré-mortal já existiam apóstolos do Senhor. Leí teve uma visão, 630 anos antes de ser organizado o primeiro quórum de apóstolos na Terra – e viu Doze homens seguindo o Senhor (1 Néfi 1:9-11). Outras revelações nos ensinam que os apóstolos e outros homens foram chamados e preparados antes da fundação do mundo (por exemplo: Abraão 3:23 e D&C 138:55-56).
O Presidente Packer ao PúlpitoQuando o homem foi colocado na Terra, entretanto, o Senhor não organizou um quórum de apóstolos. Havia um sistema patriarcal – onde o sacerdócio passava de pai para filho. Isso perdurou até a época de Abraão, Isaque, Jacó e José. Depois os profetas eram chamados e se organizavam não necessariamente com homem da mesma família. Sempre houve mais de um profeta na Terra ao mesmo tempo em todas as épocas (exceto em períodos de grande apostasia) – a organização de doze homens, todavia, em quórum, aconteceu no Meridiano dos Tempos. O Senhor Jesus Cristo preparou, chamou e ordenou pessoalmente doze discípulos como Seus Doze Apóstolos. Ele o fez no Velho Mundo (João 6:70, Lucas 6:13) , nas Américas (3 Néfi 12:1) e entre as tribos perdidas da casa de Israel (3 Néfi 16:2-3).
Hoje há doze apóstolos (com no máximo doze homens) e um quórum da primeira presidência (com no mínimo três homens). Somos ricamente abençoados por termos apóstolos e profetas em nossos dias. Sem eles não poderíamos ter vida eterna – por que é através do testemunho deles que podemos obter salvação eterna. Àqueles que recebem um apóstolo como um apóstolo recebem um galardão singular (Mateus 10:41) – de fato é como se recebessem o próprio Senhor (D&C 84:36-37).
Os apóstolos podem “saber tanto de coisas passadas como de coisas futuras; e por meio deles todas as coisas serão reveladas, ou seja, coisas secretas serão manifestadas e coisas ocultas virão à luz; e darão a conhecer coisas que não são conhecidas; e também manifestarão coisas que, de outra maneira, não poderiam ser conhecidas. Assim, Deus providenciou um meio para que o homem, pela fé, pudesse operar grandes milagres; portanto ele se torna um grande benefício para seus semelhantes.” (Mosias 8:17-18).
Os apóstolos são homens comuns, sujeitos a doença, tristeza e dificuldades – tais como nós. Mas possuem um chamado extraordinário. Eles são fieis, compreendem a doutrina e são cheios de amor de Deus. Sua principal responsabilidade é testificar a respeito de Cristo: "“Sinto que as pessoas têm um grande desejo de ouvir o testemunho de um Apóstolo. [Isso é] o que mais satisfaz aqueles que participam da reunião”, disse o Élder Christofferson. “Acho que as pessoas gostam das instruções, dos conselhos, das respostas à suas perguntas e coisas assim, mas o que mais apreciam é ouvir esse testemunho. Não que eles não o possuam, — estamos compartilhando um testemunho que a maioria que o ouve também o possui — mas sendo essa a primeira e a mais importante responsabilidade de um Apóstolo, prestar testemunho de Cristo (…) é o que causa maior impacto." (ver http://lds.org/study/prophets-speak-today/unto-all-the-world/let-the-holy-spirit-guide?lang=por)
Já vivi o suficiente para ver grandes milagres realizados pelas mãos dos apóstolos. Testifico que eles realizam a obra do Senhor com grande poder e autoridade. Eles recebem revelação constantemente e são uma bênção para toda nação que os recebe. Todas as pessoas do mundo podem ter o privilégio de ouvir esses homens de seis em seis meses, durante a Conferência Geral da Igreja. Que privilégio! Acesse o seguinte link para descobrir o quão especial são seus conselhos: http://lds.org/study/prophets-speak-today?lang=por

Para saber mais: http://lds.org/study/topics/prophets?lang=por

5 de jul. de 2010

O Ministério de Anjos

Quando um dos mais temidos exércitos cercou a casa do profeta Eliseu – para entregá-lo ao rei da Síria – um dos sevos do profeta, que acordara bem cedo “viu que um exercito tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então [o] servo disse [para Eliseu]: “Ai, meu Senhor! Que faremos?”


Numa situação critica de perigo iminente o profeta com calma respondeu: “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.

“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. Quando os sírios desceram a ele [foram procurá-lo para aprisioná-lo], Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” O exercito foi guiado à outra região, onde de forma milagrosa a Síria desistiu de batalhar contra Israel por um tempo.

Meu tema é o ministério de anjos.

Há centenas de referências desses seres nas obras-padrão. Embora saibamos bem da aparição e interação desses seres com os homens nas escrituras, penso que nem todos nós entendemos que o ministério de anjos não foi um dom concedido apenas aos antigos – mas que ele é um dom presente em nossos tempos – em nossa própria vida. Quero abordar hoje três pontos principais: (1) quem são os anjos, (2) qual o papel de um anjo no Plano de Deus e (3) como receber seu ministério. Ao fazê-lo oro ao Pai Celestial que me ajude com seu Espírito Santo a fim de que eu transmita a Sua Palavra – e tanto eu, como vocês, os leitores, sejamos edificados.

1. Quem são os anjos.
Os anjos são os mensageiros de Deus. O profeta Joseph Smith, que viu muitos anjos, ensinou que eles não possuem asas. As asas são um símbolo de seu poder de mover-se e agir. Os anjos podem ser seres que não possuem um corpo, que ainda não provou a mortalidade – como o anjo que pareceu a Adão e lhe ensinou o porque do sacrifício de animais; podem ter um corpo ressurreto – como o anjo Morôni, que apareceu a Joseph Smith e lhe disse onde estavam as placas de ouro; pode ser um espírito aperfeiçoado, que já morreu e esta no mundo espiritual; e pode também ser uma pessoa mortal justa e fiel.

Quando era missionário em Curitiba lembro de uma menininha que com muita sinceridade me disse que eu era um anjo. Ela sabia disso porque sua mãe lhe dissera. Fiquei impressionado com a convicção dela. Verdadeiramente eu havia sido transformado em um instrumento nas mãos de Deus. Mas aprendi que os anjos às vezes tinham fome, sede, cansaço e sofriam adversidades – todavia, quando o Senhor precisasse esses anjos estavam prontos para consolar, abençoar e advertir.

Os anjos são servos de Deus. “Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo, falam, portanto, as palavras de Cristo.”

2. Qual o papel dos anjos.
O élder Jeffrey R. Holland disse, falando sobre os anjos: “Em geral, tais seres não são vistos. Às vezes, são. Porém, visíveis ou não, eles estão sempre próximos. Por vezes, seu papel é de enorme importância e tem significado para o mundo como um todo. De vez em quando, as mensagens são mais pessoais. Ocasionalmente, o objetivo angélico é alertar. Mais comumente, no entanto, é de consolar, prover algum tipo de atenção misericordiosa ou orientação em épocas difíceis.”

Quando Leí se encontrava num escuro e triste deserto – um anjo lhe pareceu e ordenou que o seguisse. Leí o fez, e por fim encontrou o caminho da salvação.

Quando o Cordeiro de Deus estava sendo oferecido no maior e mais profundo sacrifício – numa agonia inimaginável – um anjo do céu apareceu e o fortaleceu.

Irmãos, acredito sinceramente que nenhum de nós, que estamos na Igreja de Jesus Cristo e procuramos guardar os mandamentos já não recebemos o ministério de anjos. Alguns de nós talvez vimos um anjo face a face – como os pastores que foram alertados sobre o nascimento de Cristo; ou como Alma, o filho, que sendo rebelde foi repreendido severamente por um anjo. Entretanto, como ensinou élder Holland, em geral esses seres não são vistos ou reconhecidos. Na maioria das vezes os anjos são silenciosos e eficazes. Eles sempre transmitem o amor do Senhor – mesmo quando repreendem.

Uma mãe pode ser considerada um anjo para os filhos. Na verdade eu acho que minha mãe é um anjo na minha vida – porque ela me abençoa com carinho, conforto, ensinamentos e dedicação constante e diligente. Um filho pode ser considerado um anjo para seus pais. Já estiveram perto de um bebê? Ele não transmite paz e alegria – não parece ter vindo dos céus? Não aparenta ser uma anjo de glória?

Eu sei que às vezes os filhos dão trabalho. Às vezes parecem demoninhos! Mas quando são criados no caminho da retidão, eles crescem para vida eterna e se tornam como anjos de Deus: puros, limpos e desejosos de fazer o bem a todos os homens.

3- Como receber o ministério de anjos.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.

Irmãos os anjos aparecem quando há fé e necessidade de um homem ser salvo.

João Batista, como um anjo ressurreto apareceu ao profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery para restaurar o sacerdócio aarônico, e disse:

“A VÓS, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra (...)” (D&C 13)

Quando eu recebi o sacerdócio aarônico, sendo um jovem, meu pai e líderes me ensinaram que eu tinha direito ao ministério de anjos. Não entendi bem a principio o que isso significava. Acreditava que eu poderia ver um anjo, mas não sabia se isso poderia acontecer comigo. Vim a saber, algum tempo depois, o seguinte, através do élder Oaks, dos Doze:

“O ministério de anjos, porém, pode ser invisível. Podemos receber as mensagens de anjos por meio de uma voz ou, simplesmente de pensamentos e sentimentos transmitidos à nossa mente. O Presidente John Taylor falou da ‘atuação dos anjos, ou mensageiros de Deus, em nossa mente, de modo que o coração conceba (...) as revelações do mundo eterno’.

Néfi descreveu três manifestações do ministério de anjos quando lembrou aos irmãos rebeldes que (1) haviam “visto um anjo”, (2) haviam “ouvido sua voz” de “tempos em tempos” e também que um anjo havia falado a eles “numa voz mansa e delicada”, mas que haviam “perdido a sensibilidade” e foram incapazes de “perceber suas palavras”. (1 Néfi 17:45)

Na maioria das vezes, sentimos ou escutamos as mensagens dos anjos em vez de vê-los.”

“Sendo assim, os portadores do Sacerdócio Aarônico possibilitam a todos os membros fiéis da Igreja que tomam o sacramento dignamente ter a companhia do Espírito do Senhor e a ministração de anjos”.

Os homens que abençoam e distribuem o sacramento possibilitam a todos nós que recebamos a ministração de anjos.

É verdade que alguns anjos foram enviados a pessoas iníquas: como Balaão, Lamã e Lemuel e Alma, o filho. Todavia, nessas ocasiões nenhum de nós gostaria de ver um anjo – pois a reprimenda celestial foi dura. Na maior parte das vezes são os justos que recebem a ministração de anjos.

Para que eu vós ministre hoje não é necessário que me vejais, não é mesmo? Se fósseis cegos ainda assim poderiam me ouvir. E se fossem surdos ainda poderiam sentir o Espírito de Deus lhes testificando a verdade e confortando. Portanto irmãos não pensem que precisam ver um anjo com seus olhos naturais para receber seu ministério. Vocês já receberam o ministério de anjos e nem se aperceberam disso.

O Presidente James E. Faust, que serviu na Primeira presidência disse: “Gostaria de dizer algo sobre o ministério de anjos. Em tempos antigos e modernos, anjos apareceram e deram instruções, advertências e orientação em benefício das pessoas que visitaram. Não temos consciência do quanto o ministério de anjos afeta nossa vida. O presidente Joseph F . Smith disse: “De igual maneira, os nossos pais e mães, irmãos, irmãs e amigos que passaram por esta Terra, tendo sido fiéis e dignos de gozar desses privilégios e direitos, podem receber a missão de visitar seus parentes e amigos na Terra, trazendo da presença divina mensagens de amor, de advertência ou reprovação e instrução àqueles que aprenderam a amar na carne”.

Irmãos, escolhi falar sobre esse tema por que enfrentamos muitas adversidades em nossos dias. Às vezes nosso testemunho é atacado, às vezes nossa virtude, e às vezes nosso pontos fortes. Esse ataque vem pelos anjos do demônio e pelo pai das mentiras – que é Satanás. Sabemos que houve um batalha nos céus – e que o arcanjo Miguel e nós expulsamos os filhos da perdição. A guerra continua na mortalidade. Às vezes pensamos que estamos sozinhos, como o servo de Eliseu – que se viu cercado por um dos mais poderosos e temidos exércitos da Terra. Não vamos nos assustar e temer. Temos o direito à companhia de anjos. Eles estão sempre presentes. Se seus olhos espirituais fossem abertos agora, veriam este salão repleto de anjos.

Eu lhes testifico que os anjos ministram aos homens. E creio que eles o fazem abundantemente em nossos dias – talvez mais do que faziam antigamente, pois os tempos se tornaram extremamente perigosos.

Quando você se sentir desaminado e desmotivado. Quando parecer que a carga é pesada demais, quando parecer que o arrependimento e perdão é impossível e inalcançável, então confie em Deus – em sua misericórdia e graça. Ele lhe abençoara através de anjos. Alguns serão invisíveis, alguns lhes falarão – mas a maior parte deles será silenciosa e anônima. Contudo, sua presença será percebida, no futuro, pois o conforto e paz chegaram a sua alma.

“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.

Por termos tomado dignamente o sacramento e estarmos dispostos a tomar sobre nós o nome de Cristo, os anjos nos farão companhia, e nenhum poder poderá impedir tal bênção. Seremos confortados e nos tornaremos melhores. E por causa do ministério desses seres, tornar-nos-emos anjos – e abençoaremos como fomos abençoados.

Minha oração é que possamos ser como anjos. Que possamos procurar maneiras de ministrar aos homens – não apenas advertindo-os, mas principalmente confortando-os. Nesses dias tão difíceis nós fomos escolhidos para sermos anjos, mesmo com nossas imperfeições e fraquezas. Que possamos falar na língua de anjos – tendo palavras de amor, esperança e fé – que possamos ser eficazes e bondosos em obras.

Sei que Deus vive. Ele é nosso Pai Celestial. Ele envia anjos à nós porque nos ama. Ele deseja ter-nos de volta. O Salvador Jesus Cristo vive. Ele é meu Senhor. O presidente Thomas S. Monson é um profeta de Deus. Joseph Smith foi um profeta. Ele recebeu instruções e poder de anjos. Testifico que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que veio por meio de ministério de anjos. Testifico que o poder e as chaves do ministério de anjos estão nesta capela hoje. E que por meio do sacramento todos nós podemos receber esse ministério. Em nome de Jesus Cristo amém.

14 de mai. de 2010

O Dom de Crer e Saber que Jesus é o Cristo

Em Doutrina e Convênios 46 e no último capítulo de Morôni lemos alguns dos muitos dons do Espírito Santo. Esses dons são habilidades especiais concedidas aos que amam a Deus e guardam os seus mandamentos (D&C 46:9). Um desses dons é o de “saber pelo Espírito Santo, que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que foi crucificado pelos pecados do mundo” (D&C 46:13). Esse dom divino sempre é recebido pelos profetas. Todavia, não só os profetas que podem desfrutá-lo. O apóstolo Paulo disse que devemos buscar os melhores dons, e um caminho mais excelente ser-nos-á manifestado (I Coríntios 12:31). De fato, o Senhor nos convida a receber esse dom em muitas passagens de escrituras. Pretendo demonstrar o que significa esse dom e como podemos recebê-lo. Evidentemente muito mais poderia ser dito sobre o assunto. Direi apenas um pouco.

O que significa crer e saber que Jesus é o Cristo? Qual a diferença entre essas expressões?
Saber é mais do que crer, como sugere os versículos 13 e 14 de D&C 46. Aqueles que sabem conhecem como são conhecidos e vem como são vistos. Vemos essa diferença na história de Amon:
A rainha ouvira falar sobre a fama de Amon – não só sobre seu grande feito em defender os rebanhos reais, mas sobre sua pregação. Mandou que lhe chamassem. Amon foi até a rainha e perguntou o que ela desejava (Alma 19:1-3).
“E ela disse-lhe: Os servos de meu marido informaram-me que és profeta de um santo Deus e que tens o poder de realizar grandes obras em seu nome; Portanto, se assim é, desejo que entres e vejas meu marido, porque ele já está deitado em seu leito pelo espaço de dois dias e duas noites; e alguns dizem que ele não está morto, porém outros dizem que morreu e cheira mal e que deveria ser sepultado; mas para mim ele não cheira mal.” (Alma 19:4-5)
“Ora, isso era o que Amon desejava, porque sabia que o rei Lamôni estava sob o poder de Deus; sabia que o escuro véu da incredulidade lhe estava sendo tirado da mente e que a luz que lhe iluminava a mente, que era a luz da glória de Deus, que era uma luz maravilhosa de sua bondade—sim, essa luz havia-lhe infundido tanta alegria na alma, tendo-se dissipado a nuvem de escuridão, que a luz da vida eterna se lhe havia acendido na alma; sim, sabia que isto havia dominado o corpo natural do rei e que ele fora arrebatado em Deus” (Alma 19:6).
Amon havia presenciado uma cena parecida num passado não tão distante – seu amigo Alma, havia sofrido algo semelhante ao rei Lamôni (Mosias 27:18-24 e Alma 36:6-10, 15-24). Mas não podemos crer que Amon “sabia” o que estava acontecendo com o rei apenas por sua experiência passada. Deus lhe revelara não só o que estava acontecendo, mas o aconteceria. Quando Amon entrou para ver o rei “soube que não estava morto” e que não deveriam sepultá-lo. (Alma 19:7-8) E foi capaz de prometer quando exatamente o rei se levantaria.
Ele perguntou a rainha se acreditava nele. Ela respondeu que não tivera prova alguma, exceto as palavras daquele nefita – o qual sua tradição abominava, e que ela nunca vira antes – e a palavra de alguns servos. “Não obstante” disse ela, “acredito que serás como dizes” (Alma 19:9).
“E disse-lhe Amon: Abençoada sejas por causa de tua grande fé; digo-te, mulher, que nunca houve tão grande fé entre todo o povo nefita.” (Alma 19:10)
A grande fé da rainha tão somente nas palavras daquele profeta desconhecido, se assemelha a fé manifestada pela viúva de Sarepta (I Reis 17:8-16), da mulher de Cananéia (Mateus 15:21-28) e a do Centurião (Mateus 8:5-10).
A rainha velou junto à cama do marido daquele momento até o dia seguinte.
A fé de Amon, da rainha e do rei Lamôni mostram e ensinam muito sobre esse principio fundamental e básico. Amon agiu com retidão, ensinou o rei Lamôni com poder (Alma 17-18). Esse, após ouvir a palavra exerceu tamanha fé que o “escuro véu da incredulidade” começou a ser removido e “a luz da glória e Deus” começou a iluminá-lo (Alma 19:6). Quando o rei Lamôni foi “arrebatado em Deus”, a fé da rainha foi posta a prova (Alma 19:4-5). Amon não apenas acreditava que o rei “estava sob o poder de Deus”, mas ele sabia disso (Alma 19:6-7). E a rainha acreditou em Amon sem relutância (Alma 19:9-10).
As palavras e expressões agir, poder, exercer fé, por a prova, acreditar e saber servem para expor a doutrina da fé de modo claro.
Amon tinha uma grande fé (Éter 12:15). Ele não apenas acreditava, mas sabia sobre a misericórdia de Deus. “A alguns é dado saber, pelo Espírito Santo, que Jesus Cristo é o Filho de Deus (...) A outros é dado crer nas palavras deles (...)” (D&C 46:13). Se Amon não se qualificasse para saber que o que ensinava era verdadeiro, não teria poder para convencer outros a acreditarem em suas palavras.
O processo de adquirir fé começa ao lermos ou ouvirmos a palavra de Deus (Alma 32:26-28, Romanos 10:17). Foi assim com Amon e os lamanitas.
Depois disso, tal como Amon: desejamos (Mosias 28:3), pedimos (Mosias 28:5, Alma 17:2-3) e agimos com retidão, mesmo não tendo perfeito conhecimento sobre o assunto, ou somente esperando ser certo e bom (Alma 17:2-38). Foi também dessa maneira que o rei Lamôni adquiriu fé: ouviu a palavra, desejou, pediu e agiu (Alma 18:14-43).
Ao fazermos essas coisas, ter contato com a verdade, desejar ter fé, pedir e agir conforme nós sentimos ser certo, o que corresponde a fazer nossa parte, as ternas misericórdias de Deus (1 Néfi 1:20), na forma de prova, confirmação, sinal ou testemunho, vem. Então adquirimos um conhecimento perfeito a respeito do assunto (Alma 32:34).
“A fé, se não tiver as obras, é morta, em si mesma” (Tiago 2:17) e a ação fervorosa leva ao poder de Deus (1 Néfi 1:20; Alma 57:25-27; Morôni 10:3-5). Não recebemos “testemunho senão depois da prova de nossa fé” (Éter 12:6).
Fé é acreditar em algo que não vemos, mas reconhecemos que existe. Fé “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreu 11:1).
Amon possuía uma fé vigorosa, seu poder lhe adveio por essa fé. Sua fé possibilitou que outros exercessem fé verdadeira. A fé é portanto um princípio de salvação tanto para o individuo como para outros a seu redor.
Quando a “hora estabelecida por Amon” chegou, o rei se levantou como profetizado. Ele disse a sua esposa que estava velando ao seu lado:
“Abençoado seja o nome de Deus e bendita és tu. Porque tão certo como tu vives, eis que vi meu Redentor; e ele virá e nascerá de uma mulher e redimirá toda humanidade que crê em seu nome.” (Alma 19:12-13)
O rei agora não somente acreditava em Cristo, ele o conhecia – tanto quanto conhecia sua esposa. Ele falou claramente que vira seu Senhor. Tornara-se uma testemunha especial, uma testemunha ocular!
Propriamente ele bendisse o gênero feminino, pois uma mulher havia sido escolhida para ser a mãe de Deus. Que honra para as mulheres serem mães, que honra maior seria para Maria conceber o Filho Primogênito e Unigênito de Deus (1 Néfi 11:18-20; Alma 7:10; Lucas 1:42-49).
Na fala do rei há ainda o ensinamento conclusivo sobre a fé: apenas os que crerem em Deus poderão ser redimidos (Alma 9:27; 2 Néfi21-24).

Saber que Jesus é o Cristo
Eis o testemunho de um dos que sabem:
“Tenho agora o privilégio e a bênção de deixar com vocês meu testemunho e bênção. Faço isso como uma das testemunhas especiais, declarando com toda a convicção de meu ser e todas as células de meu corpo, do alto da cabeça até a sola dos pés, que Jesus é o Cristo e o Redentor do mundo e nosso Salvador, o cabeça desta Igreja. Sei que Ele está próximo da liderança desta Igreja. Sei que Seu Espírito está ao alcance de todos nós individualmente e em nossos chamados. Ele vive. Não tenho dúvida alguma disso. Posso testificar com a mesma convicção e certeza que tinha o irmão de Jarede. Está escrito que, ao ver o dedo de Deus, ele não mais creu, porque passou a saber (ver Éter 3:6, 19).”
“Sei e testifico com as palavras de Pedro. Quando alguns dos santos começaram a se afastar, o Salvador ficou desanimado e perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?” Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente” (João 6:67). Por essa mesma autoridade, presto testemunho de Sua divindade e de Seu ser, e sei disso com uma certeza que ultrapassa o conhecimento decorrente do sentido da visão, porque nos é dado pelo Espírito saber com uma certeza maior do que a proporcionada pelos sentidos físicos.”(Inícios, James E. Faust, http://www.lds.org/library/display/0,4945,538-1-3465-12,00.html, itálicos acionados).
Esse homem sabia que Jesus era o Cristo. Na realidade todos os apóstolos precisam saber, pois são chamados como testemunhas especiais de Cristo. São profetas, videntes e reveladores. Dizemos freqüentemente que, como membros da Igreja, temos o privilégio de ter profetas vivos, mas muitas vezes não relacionamos tal bênção com o conhecimento que temos das escrituras. Ora, se Deus é o mesmo, ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8, Mórmon 9:9), porque razão Ele não se manifestaria aos profetas do mesmo modo que antigamente?
Néfi, Isaías e Jacó viram Deus – foram testemunhas oculares do Senhor Jesus Cristo (2 Néfi 11:2-3). Assim como o irmão de Jarede e Morôni (Éter 3:10-20, 12:39). Moisés também viu o Senhor, face a face (Êxodo 33:11). Adão, Enoque, Noé e Abraão conheciam e andavam com Deus ( ver livros de Moisés e Abraão).
Joseph Smith viu Deus diversas vezes. Muitas estão registradas (JSH 1:16-26, D&C 76:22-24, 110:1-4). Entretanto devemos entender que um testemunho especial vai além do testemunho ocular. Paulo viu Cristo antes de se tornar apóstolo (GEE “Paulo”, Atos 9:1-9). Em certo sentido ele se tornou uma testemunha especial da Ressurreição de Cristo naquela ocasião. Todavia não se tornou uma testemunha especial ordenada, senão posteriormente ao receber autoridade para pregar (Atos 9:27-30). Muitos viram Cristo na mortalidade, mas nem por isso eram testemunhas especiais Dele.
Além disso, o testemunho especial vem pelo poder do Espírito Santo. Mesmo uma aparição pessoal do Salvador, com toda glória – com toda impressão que pode causar a mente e aos olhos – fazendo com que todos os sentidos físicos sejam efervescidos – mesmo isso não é tão poderoso quanto o testemunho do Espírito Santo. Esse testemunho ultrapassa, como disse o presidente Faust, os sentidos físicos. É um dom especial que todos podem receber:
“Em verdade assim diz o Senhor: Acontecerá que toda alma que abandonar seus pecados e vier a mim e invocar meu nome e obedecer a minha voz e guardar meus mandamentos verá minha face e saberá que eu sou” (D&C 93:1).

Advertência.
Não perguntamos a um apóstolo ou a um líder na Igreja – ou a qualquer um – se ele já viu Cristo. Não fazemos isso por um simples motivo: isso é buscar um sinal. Não buscamos sinais. Mas os sinais seguem os que crêem (GEE “Sinais”, Mateus 12:39 e D&C 63:7-11).
Já vi, ouvi e li, vários homens e mulheres se levantarem e prestarem um testemunho especial. Alguns eram líderes de destaque e importância no Reino, outros não, a maioria era bem idosa, mas alguns eram jovens – seus testemunhos eram sempre curtos e simples. Todavia sempre havia um poder especial, um poder confirmador – às vezes as lágrimas faziam companhia, às vezes não – mas o calor, que só sente quem já sentiu o Espírito Santo, era uma constante nesses testemunhos. A simples frase “eu sei”, embora simples, era suficiente. Às vezes, tal frase era seguida, ou precedida por “tenho um conhecimento perfeito a respeito”, “eu O conheço”, “eu sei onde Ele esta” e “tive experiências demasiadamente sagradas, às quais não posso mencionar”. Sempre que esses testemunhos são prestados há luz para os que estão desejosos do bem e pedra de tropeço para os servos do diabo.
Tudo que eu falei até aqui pode e vai parecer absurdo para alguns. Na verdade a maioria vai zombar dessas palavras e dizer coisas como: “eles falam assim para enganá-los e mantê-los presos a essa superstição” ou “eles não sabem nada” ou “porque eu não vejo Cristo então? Não sou digno como ele?”. Todas essas frases foram previstas e profetizadas pelos profetas do Livro de Mórmon (Alma 21:5-6, 30). Minha resposta a todas essas e muitos outros argumentos do diabo e dos homens é simplesmente esse: é preciso haver fé – e fé não é um conhecimento perfeito (Alma 32:21). Começamos crendo nos que sabem e depois, ao nos qualificarmos, passamos a saber também.

Conclusão.
Creio que tratei suficientemente do assunto. Há muito mais a ser dito. Esse testemunho especial pode ser adquirido por todos. Eu sei disso. Entretanto, quer o recebamos nesta vida, quer não, se cumprirmos os mandamentos, teremos a vida eterna, que é o maior Dom de Deus (D&C 6:13). Oxalá que todo povo fosse profeta! (Números 11:29) e visse olho a olho e conhecesse perfeitamente (Alma 36:26). Os passos para se conseguir tal testemunho são desejar e buscar intensamente, guardar todos os mandamentos, tornar-se digno e ter esperança. Sei que é possível porque o Espírito Santo me contou essas coisas. Em nome de Jesus Cristo, Amém.