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4 de dez. de 2010

Níveis de Desobediência. As escrituras mencionam erro, transgressão, pecado, iniqüidade e morte espiritual como formas de desobediência a Deus e as suas leis. Embora muitas vezes esses termos sejam usados como sinônimos, é evidente que nem sempre significam a mesma coisa. É, portanto, relevante estabelecer uma distinção que contribua para melhor entendimento interpretativo e prático. A tabela a seguir pretende oferecer tal auxílio.

Erro
Ocorre quando há incapacidade, falha natural ou desconhecimento da lei, por tradição, falta de informação, imcopetencia, etc.
É fácil reconhecer que erro não é o mesmo que pecado. As criancinhas erram durante o processo de aprendizagem, por exemplo. Devido às fraquezas e debilidades dos mortais – da imperfeição – erros são freqüentemente cometidos. Os erros (em sentido estrito) não nos tornam impuros a vista de Deus por causa da graça de Cristo. Também aqueles que não quebram a palavra de sabedoria sem saber que ela é um mandamento não cometem pecado.
3 Néfi 1:24; Levítico 5:18; Alma 37:8-9; Jó 13:26; Salmos 19:12; JS–H 1:28; Mosias 3:16; Romanos 4:15; 2 Néfi 9:25

Transgressão
Fazer algo errado que, embora não seja essencialmente mal, ainda assim é contra a lei.
A transgressão é um tipo de erro intencional. É a quebra deliberada da lei. Entretanto não é o mesmo que pecado, pois a transgressão visa quebrar uma lei menor em prol de uma lei maior. A transgressão sempre recai sobre algo que essencialmente não é ruim nem mal – como no caso da queda de Adão e Eva, por exemplo, que preferiram comer do fruto proibido e trazer mortalidade do que ficar no jardim eternamente. Outro exemplo seria o de trabalhar sem documentação. Essencialmente trabalhar não é errado, mas fazê-lo sem que a lei autorize é errado. As transgressões trazem conseqüências semelhantes ao pecado, mas mais tênues.
2ª Regra de Fé; Alma 34:8; 2 Néfi 2:21; Moisés 5:10-11; Moisés 6:53, 59

Pecado
Desobediência intencional a lei de Deus.
Tudo que é essencialmente mal, diabólico, sensual, carnal, profano é contra Deus, e é pecado. O pecado tem diversas formas e meios d ser cometido: dês de um simples pensamento (como ter inveja) até um ato maligno (assassinar) pode ser concebido. O pecado nos torna impuros diante de Deus.
João 9:41; Tiago 4:17;; D&C 84:49; Alma 45:16

Iniqüidade
Prática constante de pecado.
Uma pessoa pode ser considerada justa se peca e esta procurando se arrepender. Mas não há justo que cometa iniqüidade. O iníquo peca e repete com freqüência esse pecado. Em alto grau o iníquo se regozija no pecado, fica triste quando é impedido de pecar e se opõem a tudo que é bom e justo. Esse terrível estado faz com que a pessoa se torne serva do diabo.
I Coríntios 5:13; D&C 82:7; II Tessalonicenses 2:12; Alma 41:10; Mórmon 2:13

Morte Espiritual
Impossibilidade de arrependimento e perdão.
Quando passado é o dia da graça para uma pessoa – a iniqüidade se torna tão aguda que o arrependimento é impossível – então esta está madura para destruição espiritual. A morte espiritual, em sentido amplo, é o afastamento de Deus; e em sentido estrito é o mesmo que cometer o pecado imperdoável.
Tiago 1:15; Romanos 6:23; I Timóteo 5:6; D&C 29:41; Alma 13:30; Alma 40:26



Diante de tais fatos eis a questão: uma pessoa que quebra a lei da castidade, sem saber que essa é uma lei de Deus, por ser culturamente influenciada a quebrar a lei - amigos, mídia, os pais: todos incentivam a relação sexual fora do casamneto - e não ter tido contado com religião alguma - terá, essa pessoa, cometido pecado?

A resposta é: SIM, terá cometido pecado. Por quê? Porque embora aparentemente ela não saiba que ter relação sexual fora dos laços do casamento é errado – e a cultura a influenciou a tal ato – ainda assim ela possui a luz de Cristo, que a ensinou o certo e o errado. Então ele sabe que é errado!
O caso é melhor entendido a luz das escrituras sagradas. O rei Lamôni matara muitos de seus servos – e matar é evidentemente errado – mas por causa da cultura, da tradição, não achara que isso fosse errado. Na realidade os lamanitas não tinham uma noção para o que viria a ser pecado:
“Ora, esta era a tradição de Lamôni, que ele havia recebido de seu pai, de que existia um Grande Espírito. Apesar de acreditarem num Grande Espírito, pensavam que tudo que fizessem estaria certo; não obstante, começou Lamôni a temer muito, com medo de haver procedido mal ao matar seus servos; Porque ele havia matado muitos deles por haverem seus irmãos dispersado os rebanhos junto às águas; e assim, por haverem seus rebanhos sido dispersados, foram mortos” (Alma 18:5-6).
Observe que quando o rei soube dos feitos de Amon começou a temer haver procedido mal. A luz de Cristo dentro dele o despertou para a gravidade de seus pecados. Ele começou a sentir tristeza o que culminou no arrependimento sincero (Alma 18:41-43; 19).
Uma pessoa antes de quebrar a lei da castidade é advertida pela luz de Cristo que não deve fazê-lo. Entretanto se o faz, sente tristeza (2 Coríntios 7:10). Esta pode ser rapidamente abafada pela racionalização. Por exemplo, pretensos amigos podem dizer: “a primeira vez é normal se sentir assim” ou “da próxima vez vai ser melhor” ou “você não estava bem neste dia”. Essa racionalização do pecado abafa a luz de Cristo a tal ponto que o mal se transforma em bem e o bem em mal. Todavia, quando um ministro do evangelho declara a verdade, a luz de Cristo dentro do individuo pecador o desperta para consciência de sua culpa e ele é afligido (Alma 14:6). Assim ocorre com todos os homens. Todos são ensinados suficientemente (Morôni 7:16), e não há inocentes – exceto as criancinhas e os incapazes de discernir.
Se a questão se referisse a beber vinho, por exemplo, que faz parte da Palavra de Sabedoria em nossos dias, à resposta seria não. Porque beber vinho não é essencialmente mal para que não conhece a lei – a luz de Cristo não adverte a pessoa sobre tais pecados. “Onde não há lei, não há pecado” (2 Néfi 9:25).

5 de mai. de 2010

EXPIAÇÃO

Vou investigar a parte mais importante do plano de Deus: a Expiação de Jesus Cristo. Tal averiguação é certamente a mais difícil de se tratar. Não que a Expiação de Jesus Cristo não possa ser suficientemente compreendida por qualquer mortal penitente, pois o Espírito pode nós ensinar que “além dele não há Salvador algum” e pode nós mostrar sua grande sabedoria e maravilhosos caminhos. A dificuldade consiste em explicar a “extensão de sua obra” a qual “ninguém pode descobrir” (D&C 76:1-2, itálicos adicionados).

De fato esse é um mistério de Deus, que nossa mente finita não pode suportar, exatamente porque a Expiação foi infinita. Como Alma disse há muitos mistérios, que permanecem ocultos, e que somente Deus conhece (Alma 40:3). A escritura a seguir expressa o que tento dizer:
“E este é o evangelho, as alegres novas, que a voz do céu nos testificou— Que ele veio ao mundo, sim, Jesus, para ser crucificado pelo mundo e para tomar sobre si os pecados do mundo e para santificar o mundo e purificá-lo de toda iniqüidade; Para que, por intermédio dele, fossem salvos todos os que o Pai havia posto em seu poder e feito por meio dele; Ele que glorifica o Pai e salva todas as obras de suas mãos, exceto os filhos de perdição, que negam o Filho depois que o Pai o revelou.”
“Portanto ele salva todos exceto esses, os quais irão para o castigo infinito, que é castigo sem fim, que é castigo eterno, para reinar com o diabo e seus anjos na eternidade, onde seu bicho não morre e o fogo é inextinguível, o que é seu tormento— E homem algum conhece o seu fim nem seu lugar nem seu tormento; Nem foi revelado nem é nem será revelado ao homem, exceto àqueles que dele forem feitos participantes; Contudo eu, o Senhor, mostro-o em visão a muitos, mas imediatamente torno a encerrá-la; Portanto seu fim, sua largura, altura, profundidade e miséria eles não compreendem, nem homem algum, a não ser os que são ordenados a essa condenação” (D&C 76:40-48, itálicos adicionados).
Para nós, Cristo sofreu de uma forma incompreensível. Ele sofreu como um filho da perdição. Ele “subiu ao alto, como também desceu abaixo de todas as coisas, no sentido de que compreendeu todas as coisas, para que fosse em tudo e através de todas as coisas, a luz da verdade” (D&C 88:6). De fato Ele “compreende todas as coisas” (D&C 88:41). Aqueles que se tornarem filhos da perdição entenderão o que Ele passou ao beber a “taça amarga” (Marcos 14:36, Alma 40:26, D&C 19:15-19). Os que forem exaltados como deuses também entenderão plenamente a expiação, pois estarão cheios de luz e o “corpo que é cheio de luz compreende todas as coisas” (D&C 88:67).
Enquanto na mortalidade, não podemos compreender a totalidade da Expiação. Dia virá em que a entenderemos (D&C 130:8-10). Para que isso ocorra temos que hoje buscar diligentemente entender o sacrifício de Cristo, mesmo que sua plenitude seja inexplicável a nós. Pois quanto mais O entendemos mais próximos ficaremos Dele e da exaltação (D&C 131:6). Devemos crescer linha sobre linha, preceito sobre preceito (2 Néfi 28:30) até que tenhamos um conhecimento perfeito (2 Néfi 9:14).
Talvez fosse isso que Paulo quisesse dizer ao orar pelos antigos efésios pedindo que estivessem “arraigados e fundados em amor” para que pudessem “perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” e “conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Entretanto, não irei explicar tudo o que um ser mortal é capaz de entender sobre o sacrifício de Cristo. O motivo é simples: há muitas coisas que Jesus fez “e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (João 21:25). Além disso, cada um deve sentir-se responsável em buscar o Senhor por si só (Atos 17:27, D&C 37:4).
Basta a escritura que se segue para perceber a magnitude do assunto: “todas as coisas têm sua semelhança e todas as coisas são criadas e feitas para prestar testemunho de mim, tanto as coisas [temporais] como as coisas que são espirituais; coisas que estão acima nos céus e coisas que estão na Terra e coisas que estão dentro da terra, tanto acima como abaixo: todas as coisas prestam testemunho de mim.” (Moisés 6:63, Alma 30:41-44).
O céu, o mar, os animais, os fósseis, as sementes, as estrelas e toda criação; a videira, a candeia, o templo, o maná e todos os símbolos das escrituras; a cobra de metal, a rocha ferida, Isaque no monte Moriá, os profetas santos como prefiguração do Messias; e até tudo o que existe nas escrituras, no testemunho, no que vemos, sentimos, ouvimos e percebemos – tudo, visível ou invisível – testifica do Cristo, pré-mortal, moral e ressurreto e mais especificamente sobre sua missão de expiar toda a Criação.
O Plano de Deus inclui três grandes eventos: Criação, Queda e Expiação. Esses três “pilares da eternidade”, como Elder Bruce R. McConkie os chama, por serem pontos fundamentais do Plano, estão intimamente inter-relacionados. Sua ligação é tal que se não houver um não pode haver outro. Ou seja, se não houvesse Criação, não haveria Queda; e se Adão não caísse, Jesus Cristo seria completamente desnecessário.
A queda de Adão e Eva afastou toda criação que conhecemos da presença de Deus. Os homens foram afastados tanto física como espiritualmente de sua presença. Portanto duas mortes acometeram todos os que vieram a gozar do Segundo Estado: a morte física e a morte espiritual (Alma 42:9, Moisés 6:48). Cristo veio a Terra com a expressa missão de vencer tanto uma morte como outra (I Coríntios 15:21-23, 2 Néfi 9:12). Ele era o único com poder de fazer isso por ser pré-ordenado para essa missão (I Pedro 1:20), por ser filho Unigênito do Pai (João 1:14, 3:16), e por ser perfeito – sem pecados (Mosias 14:9).
A palavra Expiação significa reconciliar. Expiação é o sacrifico de Jesus Cristo, que inclui seu sofrimento no Jardim do Éden, o injusto julgamento, a ida até Gólgota, a morte na cruz e finalmente a gloriosa ressurreição (GEE Expiação). A Expiação de Jesus Cristo: (1) é o ponto mais importante do Evangelho; (2) é o fato mais transcendental de toda criação; (3) é o maior poder que existiu, existe ou existirá; (4) é infinita e eterna; (5) proporciona a divina Misericórdia (graça); e (6) é o elemento essencial para salvação e exaltação de toda criação.

A Expiação é o ponto mais importante do Evangelho. O Evangelho de Jesus Cristo foi resumido por seu autor:
“Eis que vos dei o meu evangelho e este é o evangelho que vos dei—que vim ao mundo para fazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou. E meu Pai enviou-me para que eu fosse levantado na cruz; e depois que eu fosse levantado na cruz, pudesse atrair a mim todos os homens, a fim de que, assim como fui levantado pelos homens, assim sejam os homens levantados pelo Pai, para comparecerem perante mim a fim de serem julgados por suas obras, sejam elas boas ou más— E por esta razão fui levantado; portanto, de acordo com o poder do Pai, atrairei todos os homens a mim para que sejam julgados segundo suas obras.”
“E acontecerá que aquele que se arrepender e for batizado em meu nome, será satisfeito; e se perseverar até o fim, eis que eu o terei por inocente perante meu Pai no dia em que eu me levantar para julgar o mundo. E aquele que não perseverar até o fim será cortado e lançado no fogo, de onde não mais voltará, em virtude da justiça do Pai.”
“E esta é a palavra que ele deu aos filhos dos homens. E por esta razão ele cumpre as palavras que proferiu; e não mente, mas cumpre todas as suas palavras. E nada que seja imundo pode entrar em seu reino; portanto nada entra em seu descanso, a não ser aqueles que tenham lavado suas vestes em meu sangue, por causa de sua fé e do arrependimento de todos os seus pecados e de sua fidelidade até o fim.”
“Ora, este é o mandamento: Arrependei-vos todos vós, confins da Terra; vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia. Em verdade, em verdade vos digo que este é o meu evangelho (...)”

A Expiação é o fato mais transcendental de toda criação. Em Alma 7:7, o profeta nefita ensina “que muitas coisas estão para vir”, mas “há uma coisa mais importante que todas as outras – pois eis que não [estava] longe o tempo em que o Redentor [viveria e estaria] no meio de seu povo”.
Leí disse o quanto seria importante tornar a Expiação conhecida aos habitantes da Terra “para que saibam que nenhuma carne pode habitar na presença de Deus a menos que seja por meio dos méritos e misericórdia e graça do Santo Messias, que dá sua vida (...) e toma-a novamente” (2 Néfi 2:8).
De fato, não houve e nunca haverá acontecimento de maior relevância e transcendência.

A Expiação é o maior poder que existiu, existe ou existirá.
Paulo disse: “Porque estou certo que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o provir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que esta em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

A Expiação de Jesus Cristo é a maior expressão de caridade.
“A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; (...) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estes três, mas o maior destes é a caridade” (I Coríntios 13:8-13, em algumas traduções a palavra “caridade” foi substituída por “amor”).
Morôni entendia isso e pode ensinar: “meus amados irmãos, se não tendes caridade, nada sois, porque a caridade nunca falha. Portanto, apegai-vos à caridade, que é, de todas, a maior, porque todas as coisas hão de falhar – Mas a caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem” (Morôni 7:45-46).
Não há dor que a expiação não cure, não há pecado que ela não perdoe e não há injustiça que não concerte. Tudo que foi desfeito e refeito. Tudo que é destruído é reconstruído. O poder capacitador e restaurador, o poder justificador e santificador – são expressões do poder misericordioso que vem pela Expiação.
O poder da expiação é presente, e pode ser invocado agora. Também tem efeitos no passado e no futuro. A Expiação, por exemplo, elimina a culpa passada do pecado, concede sustento atual com dons espirituais e garante uma ressurreição entre os justos no futuro.
A expiação possibilita a fé no passado, a caridade no presente e a esperança no futuro. Temos fé em Cristo porque Ele nos amou primeiro e morreu por nós. Agimos dignamente, exercendo amor para, que por meio de seu sangue possamos voltar a viver com Deus em felicidade infinita – ai reside nossa esperança (I João 4:17-21).
Temos esperança por causa da Expiação. Temos fé porque Cristo morreu por nós. E temos caridade, porque é impossível agradar a Deus e merecer a misericórdia sem esse divino atributo:
“E novamente, meus amados irmãos, gostaria de falar-vos sobre a esperança. Como podeis alcançar a fé a não ser que tenhais esperança? E o que é que deveis esperar? Eis que vos digo que deveis ter esperança de que, por intermédio da expiação de Cristo e do poder da sua ressurreição, sereis ressuscitados para a vida eterna; e isto por causa da vossa fé nele, de acordo com a promessa. Portanto, se um homem tem fé, ele tem que ter esperança; porque sem fé não pode haver qualquer esperança. E novamente, eis que vos digo que ele não pode ter fé nem esperança sem que seja manso e humilde de coração. Sem isso sua fé e esperança são vãs, porque ninguém é aceitável perante Deus, a não ser os humildes e brandos de coração; e se um homem é humilde e brando de coração e confessa, pelo poder do Espírito Santo, que Jesus é o Cristo, ele precisa ter caridade; pois se não tem caridade, nada é; portanto ele precisa ter caridade. (...) Portanto, meus amados irmãos, rogai ao Pai, com toda a energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor que ele concedeu a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo; que vos torneis os filhos de Deus; que quando ele aparecer, sejamos como ele, porque o veremos como ele é; que tenhamos esta esperança; que sejamos purificados, como ele é puro. Amém.” (Morôni 7:40-44, 48).

A Expiação é Infinita e Eterna.
O alcance da Expiação extrapola a realidade temporal e espacial. A expiação tem efeito a todas as criações anteriores e todas as posteriores de Deus.
Disse Alma: “nada pode haver, a não ser uma expiação infinita, que seja suficiente para os pecados do mundo” (Alma 34:12). Jacó ensinou: “é necessário que haja uma expiação infinita—porque se a expiação não fosse infinita, esta corrupção não poderia revestir-se de incorrupção” (2 Néfi 9:7).
A Expiação é Eterna por que foi um Deus Eterno (Moisés 7:35), que era e é de eternidade em eternidade (D&C 20:17), que desceu abaixo de todas as coisas.
Jeová disse: “Eis que eu sou aquele que foi preparado desde a fundação do mundo para redimir meu povo. Eis que eu sou Jesus Cristo. Eu sou o Pai e o Filho. Em mim toda a humanidade terá vida e tê-la-á eternamente, sim, aqueles que crerem em meu nome; e eles tornar-se-ão meus filhos e minhas filhas” (Éter 3:14). Seu sacrifício é infinito e eterno por que os efeitos de sua expiação são infinitos e eternos.

A Expiação proporciona a divina Misericórdia (graça).
“Todas as coisas hão de falhar” disse Morôni (Morôni 7:46). De fato, todas as coisas são passiveis de falha exceto a caridade – que é o maior atributo. É, portanto, a maior virtude e o maior poder, como já demonstrado.
Sem caridade ninguém pode satisfazer a Justiça de Deus. Isso porque é a caridade de Cristo, manifesta em Sua Expiação, que concede a Divina Misericórdia. Nas palavras de Paulo os atos de serviço abnegado a fé extraordinária de nada servem sem a caridade (I Coríntios 13).
Alma ensinou sobre a Justiça e Misericórdia de modo muito claro a seu filho rebelde:
“E agora lembra-te, meu filho, de que, se não fosse pelo plano de redenção (deixando-o de lado), assim que eles morressem sua alma se tornaria miserável, sendo afastada da presença do Senhor. E não havia meio de resgatar os homens desse estado decaído que o homem trouxera sobre si, em virtude de sua própria desobediência.”
“Portanto, de acordo com a justiça, o plano de redenção não poderia ser realizado senão em face do arrependimento dos homens neste estado probatório, sim, neste estado preparatório; porque, a não ser nestas condições, a misericórdia não teria efeito, pois destruiria a obra da justiça. Ora, a obra da justiça não poderia ser destruída; se o fosse, Deus deixaria de ser Deus. E assim vemos que toda a humanidade se encontrava decaída e estava nas garras da justiça; sim, da justiça de Deus que a condenara a ser afastada de sua presença para sempre.”
“Ora, o plano de misericórdia não poderia ser levado a efeito se não fosse feita uma expiação; portanto o próprio Deus expia os pecados do mundo, para efetuar o plano de misericórdia, para satisfazer os requisitos da justiça, a fim de que Deus seja um Deus perfeito, justo e também um Deus misericordioso.”
“Ora, o arrependimento não poderia ser concedido aos homens se não houvesse um castigo tão eterno como a vida da alma, estabelecido em oposição ao plano de felicidade, também tão eterno como a vida da alma. Ora, como poderia um homem arrepender-se, se não houvesse pecado? Como poderia ele pecar, se não houvesse lei? E como poderia haver lei, a não ser que houvesse castigo?”
“Ora, um castigo foi fixado e foi dada uma lei justa que trouxe o remorso de consciência ao homem. Ora, se não tivesse sido dada uma lei—que, se um homem assassinasse, deveria morrer—teria ele medo de morrer, se assassinasse?”
“E também, se não tivesse sido dada lei alguma contra o pecado, os homens não teriam medo de pecar. E se não tivesse sido dada a lei, que poderia a justiça ou mesmo a misericórdia fazer se os homens pecassem, uma vez que não teriam direito sobre a criatura?”
“Mas foi dada uma lei e fixado um castigo e concedido um arrependimento, arrependimento esse que é reclamado pela misericórdia; do contrário, a justiça reclama a criatura e executa a lei e a lei inflige o castigo; e se assim não fosse, as obras da justiça seriam destruídas e Deus deixaria de ser Deus.”
“Deus, porém, não deixa de ser Deus e a misericórdia reclama o penitente; e a misericórdia advém em virtude da expiação: e a expiação efetua a ressurreição dos mortos: e a ressurreição dos mortos devolve os homens à presença de Deus; e assim são restituídos a sua presença para serem julgados de acordo com suas obras, segundo a lei e a justiça.”
“Pois eis que a justiça exerce todos os seus direitos e a misericórdia também reclama tudo quanto lhe pertence; e assim ninguém, a não ser o verdadeiro penitente, é salvo.”
“Acaso supões que a misericórdia possa roubar a justiça? Afirmo-te que não; de modo algum. Se assim fosse, Deus deixaria de ser Deus. E assim Deus realiza seus grandes e eternos propósitos, que foram preparados desde a fundação do mundo. E assim ocorre a salvação e a redenção dos homens e também sua destruição e miséria.” (Alma 42:11-26)
Em resumo pode-se afirmar que a Misericórdia advinda da expiação tem efeito para os que se arrependem.
A Graça de Cristo é o poder capacitador que advém da Expiação. Porque todos pecamos a graça de Cristo compensa nossas falhas, faltas e incapacidades. Somos salvos pela graça (2 Néfi 10:24, Atos 15:11), mas somente depois de tudo que pudermos fazer (2 Néfi 25:23).

A Expiação é o elemento essencial para salvação e exaltação de toda criação.
A Expiação abençoa a toda criação. Mesmo os que se tornarem filhos da perdição nesta vida, terão, após este estado, um corpo ressurreto graças à expiação. Todos os animais e todos os elementos desta Terra serão ressurretos e glorificados graças ao sacrifício de Cristo (Moisés 7:48, 58-61). A expiação salva e exalta tudo e todos, exceto os da Perdição (D&C 76:43):
“A tua misericórdia, Senhor está nos céus, e a tua fidelidade chega até as mais excelsas nuvens. A tua justiça é como as grandes montanhas; e os teus juízos são um grande abismo [ali caem os que praticam a iniqüidade; cairão, e não se poderão levantar]. Senhor tu conservas os homens e os animais” (Salmos 36:5-6, 12).

A Expiação concederá um julgamento final aos filhos de Deus (Alma 41:2-3; 3 Néfi 27:14)
A expiação também salvará e exaltará os homens que morrerão crianças ou não tiveram conhecimento da verdade durante a mortalidade, mas aceitariam o evangelho (Mosias 3:16, 21; Morôni 8:10; D&C 137:7-10).
A Expiação poderá exaltar os outros homens (isto é, todos os que não morrem como criancinhas) se as condições da misericórdia forem satisfeitas. Elas são apresentadas por Jacó ao falar de Cristo:
“E ele vem ao mundo para salvar todos os homens, se eles derem ouvidos a sua voz; pois eis que ele sofre as dores dos homens, sim, as dores de toda criatura vivente, tanto homens como mulheres e crianças, que pertencem à família de Adão.”
“E ele sofre isto para que todos os homens ressuscitem, para que todos compareçam diante dele no grande dia do julgamento. E ordena a todos os homens que se arrependam e sejam batizados em seu nome, tendo perfeita fé no Santo de Israel, pois do contrário não poderão ser salvos no reino de Deus. E se não se arrependerem, não acreditarem em seu nome, não forem batizados em seu nome nem perseverarem até o fim, serão condenados, pois o Senhor Deus, o Santo de Israel, disse-o” (2 Néfi 9:21-24, itálicos adicionados).
Os requisitos são claros: “E nada que seja imundo pode entrar em seu reino; portanto nada entra em seu descanso, a não ser aqueles que tenham lavado suas vestes em meu sangue, por causa de sua fé e do arrependimento de todos os seus pecados e de sua fidelidade até o fim. Ora, este é o mandamento: Arrependei-vos todos vós, confins da Terra; vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia” (3 Néfi 27: 19-20).
Mais simples e claro ainda são as palavras do Salvador na ocasião em que se apresentou aos nefitas pela primeira vez: “E os que crerem em mim e forem batizados, esses serão salvos; e eles são os que herdarão o reino de Deus. E os que não crerem em mim e não forem batizados, serão condenados” (3 Néfi 11:33-34).

Eu sei que isso é verdade.

2 de mai. de 2010

Questões Polêmicas: Homossexualismo

Numa recente aula de sociologia da faculdade, o professor solicitou a apresentação dos temas recentes que achávamos mais polêmicos no Direito e na Sociedade. Quando temas como aborto, adoção de crianças por casais homossexuais, patente, extradição e diminuição da maioridade penal foram sugeridos, pensei: qual a opinião do Senhor a respeito de cada um desses temas? Para alguns dos temas, eu tinha uma resposta na ponta da língua, por me lembrei do que aprendera ao estudar as escrituras. Para outros, percebi que precisava de mais conhecimento. Decidi mergulhar nas escrituras para verificar o que o Senhor nos diz a respeito do homossexualismo.

O tão debatido relacionamento homo-afetivo – ou, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um tema muito complexo. Embora eu não deseje tornar esse blog um lugar de polêmica, creio que minha posição deve ser colocada. Essa posição se baseia nos padrões do evangelho restaurado de Jesus Cristo, como ensinado nas escrituras antigas e modernas.

Do ponto de vista dos homossexuais: esta ocorrendo uma discriminação absurda! Eles, que são pessoas livres para escolher viver como quiserem, estão sendo incomodados e até duramente afligidos e perseguidos.
As questões são muitas, e envolvem diversas áreas. Imagine, por exemplo, que um casal homossexual viva maritalmente por anos. Um deles morre. Todo patrimônio que eles adquiriram juntos vai para a família – para os pais do falecido, e não para o companheiro. Isso é justo? Isso é legal? Isso é moralmente correto? Isso é religiosamente aceitável? É economicamente tolerável? Assim percebe-se que o problema persiste além de uma resposta jurídica sobre o reconhecimento de bens ou da união estável.
Os homossexuais sentem que o preconceito resultante de casos semelhantes ao do exemplo gera intolerância, perseguição e perda dos direitos fundamentais – como liberdade, respeito, igualdade e direito de locomoção.
Quero dizer claramente que sou contra a discriminação e perseguição. Sou contra a intolerância. Eu não tenho preconceito contra os homossexuais – tenho antes um CONCEITO. Tal conceito vem da crença que vive um Deus e que ele ama todos os seus filhos. Esse conceito recusa toda e qualquer forma de homossexualismo como prática aceitável. Ora, bem sabemos que a família foi ordenada por Deus (Ver “Família Proclamação ao Mundo”) – e que Deus criou o homem a sua imagem, e a mulher foi criada da costela de Adão. Deus os casou e ordenou que tivessem filhos (Gênesis 1:26-28, 2:21-24). A família segue o modelo dos céus. Porquê? Porque não existe outra maneira do homem ser feliz. Se alguém tentar e trilhar outro caminho – qualquer outro caminho, que não seja seguir o que Deus ordenou – a infelicidade, ruína e morte serão o destino dessas pessoas.
Mas a maior parte dos que defendem o comportamento homo-afetivo recusam imediatamente qualquer explicação teológica a respeito do assunto. Para eles, não é uma questão de Deus, é uma questão de homens. A Moral, a Política e o Direito devem estar separados da Religião. Cada um deve ter a religião que julga conveniente e permitir que todos desfrutem da vida como bem entendem. Eles frequentemente lembram que o Estado é Laico, e que não precisam ouvir explicações religiosas sobre sua sexualidade.
Embora sejamos gratos pelo arbítrio e o defendamos com a vida se necessário, somos, como povo do Senhor, rápidos em anunciar o pecado e o perigo moral. Não devemos ceder a teorias e argumentos ilusórios e persuasivos. A verdade é absoluta existe, e vem de Deus. Se não tivermos padrões é bem fácil ser enganado por todo vento de doutrina e filosofia de homens conspiradores.
Falando sobre a decadência moral o Presidente Monson disse algo que, pro analogia se aplica ao assunto que estou apresentando: "Há muitos lugares [no mundo] onde a religião é coisa do passado e não há quem contra-ataque a cultura do compre, gaste, use, ostente, porque você merece. A mensagem é a de que a moralidade é uma coisa ultrapassada, a consciência é para os frouxos, e a ordem dominante é: ‘Não se deixar apanhar’”. Meus irmãos e irmãs, isso — infelizmente — descreve grande parte do mundo ao nosso redor. Será que nos afligimos, com desespero e assombro, imaginando como vamos sobreviver num mundo como esse? De fato, temos em nossa vida o evangelho de Jesus Cristo, e sabemos que a moralidade não é coisa ultrapassada, que nossa consciência existe para nos guiar e que somos responsáveis por nossas ações. Embora o mundo tenha mudado, as leis de Deus permanecem constantes. Elas não mudaram, e não vão mudar. Os Dez Mandamentos são o que são: mandamentos. Não são sugestões. São tão obrigatórios hoje quanto o eram quando Deus os deu aos filhos de Israel." (Presidente Thomas S. Monson, Novembro de 2011, pg. 83)

O Presidente Packer contou o seguinte em um Conferência Geral que ilustra a busca por uma solução humana para problema do comportamento homossexual : "Há vários anos, visitei uma escola em Albuquerque. A professora me contou a respeito de um menino que levou um gatinho para a sala de aula. Como podem imaginar, isso interrompeu tudo. Ela pediu que ele mostrasse o gatinho para as crianças da sala. Tudo ia bem até que uma das crianças perguntou: “É um gatinho macho ou fêmea?” Não querendo entrar naquela lição, a professora disse: “Não importa. É só um gatinho”. Mas elas insistiram. Por fim, uma das crianças levantou a mão e disse: “Eu sei como ficar sabendo”. Resignada em enfrentar a questão, a professora perguntou: “Como é que sabemos?” E o aluno respondeu: “Podemos fazer uma votação!”
Podem rir com esta história, mas se não ficarmos alertas, há pessoas hoje em dia que não apenas toleram, mas defendem a votação para mudar leis que legalizariam a imoralidade, como se um voto pudesse de alguma forma alterar os desígnios das leis de Deus e da natureza. Uma lei contrária à natureza seria impossível de se colocar em prática. Por exemplo, de que adiantaria um plebiscito para revogar a lei da gravidade? Há leis tanto morais quanto físicas que foram “irrevogavelmente [decretadas] no céu antes da fundação deste mundo” e que não podem ser alteradas.
A história mostra repetidas vezes que os padrões morais não podem ser mudados por meio de batalhas nem por votações. A legalização de algo fundamentalmente mau ou errado não evita o sofrimento e as penalidades que se seguirão tão seguramente quanto a noite segue o dia.
Independentemente da oposição, estamos decididos a permanecer no rumo certo. Continuaremos a seguir os princípios, as leis e as ordenanças do evangelho. Se eles forem mal compreendidos, quer por inocência quer por má fé, que assim seja. Não podemos mudar e não vamos mudar o padrão moral. Perdemos rapidamente o rumo, quando desobedecemos às leis de Deus. Se não protegermos e ampararmos a família, a civilização e nossa liberdade, inevitavelmente, tudo perecerá." (Presidente Boyd . Packer, "A Liahona", Novembro de 2010, pg. 75)

Basta dizer que Deus abomina o homossexualismo. (Mas não abomina o homossexual! Deus o ama. Nós precisamos saber diferenciar o pecado do pecador: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/06/diferenciar-o-pecado-do-pecador.html)
Fico impressionado quando ouço que existem religiões que apoiam o homossexualismo e dizem que, ao mesmo tempo, creem na Bíblia. Qualquer pessoa que aceite, em menor grau que seja, a prática iníqua do relacionamento com pessoas do mesmo sexo rejeita, não só a Bíblia, mas a existência de um Deus bondoso (Gênesis 19:4-5, Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-10, Levítico 20:13).

O homossexualismo aceita outro deus, que não o Deus verdadeiro. Acho que a seguinte citação, de um dos Doze Apóstolos modernos, resume bem o que quero dizer:
“A sociedade em que muitos de nós vivemos tem falhado há várias gerações em promover a disciplina moral. A sociedade ensina que a verdade é relativa e que cada um decide por si mesmo o que é certo. Conceitos como pecado e erro têm sido condenados como “julgamentos de valor”. Conforme o Senhor descreve: “Todo homem anda em seu próprio caminho e segundo a imagem de seu próprio deus” (D&C 1:16).
Como resultado, a autodisciplina é destruída e a sociedade é obrigada a tentar manter a ordem e a civilidade por meio da repressão. A falta de controle interno nos indivíduos gera o controle externo pelo governo. Certo colunista observou que “o comportamento cavalheiresco [por exemplo, antigamente] protegia as mulheres de atitudes imorais. Hoje, espera-se que as leis contra o assédio sexual refreiem o comportamento imoral. (…)
Nem a polícia nem a justiça podem substituir costumes, tradições e valores morais como meios de regulamentação do comportamento humano. Na melhor das hipóteses, a polícia e a justiça são o último e desesperado recurso de defesa da sociedade civilizada. Nossa dependência das leis para o controle do comportamento demonstra como nos tornamos incivilizados”.
Na maior parte do mundo vivenciamos uma recessão econômica extensa e devastadora. Ela foi causada por múltiplos fatores, mas um dos principais foi a generalização da conduta desonesta e sem ética, especialmente nos mercados de imóveis e finanças dos Estados Unidos. A reação se concentrou no aumento e na rigidez das regulamentações. Talvez essa medida possa dissuadir alguns de agir de maneira ilícita, mas outros simplesmente se valerão de meios mais criativos para burlar a lei. É impossível haver regras suficientes e tão bem articuladas que possam prever e cobrir cada situação; e mesmo que houvesse, sua aplicação seria demasiadamente cara e complicada. Essa abordagem conduz à restrição da liberdade de todos. Como disse de forma notável o Bispo Fulton J. Sheen: “Não quisemos aceitar o jugo de Cristo; pois agora devemos tremer sob o jugo de César”.
Em suma, somente uma bússola moral interna em cada indivíduo pode efetivamente orientar-nos nas causas e nos sintomas originais da decadência social.A sociedade vai lutar em vão para estabelecer o bem comum, se não denunciar o pecado como pecado e se a disciplina moral não ocupar seu lugar no panteão das virtudes cívicas.” (Conferencia Geral, outubro de 2009, “Disciplina moral”, Élder Christofferson)

A bússola moral interna pode ser achada e ajustada com o padrão do Senhor apresentando nessa pungente declaração:
"A FAMÍLIA foi ordenada por Deus. O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno. Os filhos tem o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a família bem sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do perdão, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares. Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los. A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos. Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe tem a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais. Enfermidades, falecimentos ou outras circunstâncias podem exigir adaptações específicas. Outros parentes devem oferecer ajuda quando necessário.
 ADVERTIMOS que as pessoas que violam os convênios de castidade, que maltratam o cônjuge ou os filhos, ou que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares, deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações. Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos." ("A Família: Proclamação ao mundo")"

Quanto a tolerância o Élder Dallin H. Oaks brilhantemente explicou:  
"Essa exposição maior à diversidade tanto nos enriquece a vida quanto a complica. Somos enriquecidos pelo convívio com diversas pessoas, o que nos faz lembrar a maravilhosa diversidade dos filhos de Deus. Mas a diversidade de culturas e valores também nos desafia a identificar o que pode ser adotado como condizente com nossa cultura e valores do evangelho, e o que não pode. Desse modo, a diversidade aumenta o potencial de haver conflitos e exige que estejamos mais cientes da natureza da tolerância. O que é a tolerância, quando ela se aplica e quando não se aplica?
Essa é uma questão mais difícil para os que afirmam a existência de Deus e da verdade absoluta, do que para os que acreditam no relativismo moral. Quanto mais fraca for a crença em Deus e quanto menos forem os absolutos morais, menos ocasiões haverá em que as ideias ou práticas de outras pessoas venham a confrontar alguém com o desafio de ser tolerante. Por exemplo: um ateu não precisa decidir que tipos e que ocasiões de profanidade ou blasfêmia podem ser tolerados e quais devem ser combatidos. As pessoas que não acreditam em Deus ou na verdade absoluta em questões morais podem se ver como as pessoas mais tolerantes de todas. Para elas, quase tudo é permitido. “Faça as suas coisas, que eu faço as minhas”, é a descrição mais difundida. Esse sistema de crença pode tolerar quase qualquer conduta e quase todas as pessoas. Infelizmente, alguns que acreditam no relativismo moral parecem ter dificuldade em tolerar os que insistem que há um Deus, que deve ser respeitado, e certos absolutos morais, que devem ser observados."
"O Presidente Boyd K. Packer fez uma introdução inspirada a esse assunto. Falando para uma congregação de alunos do instituto, há três anos, ele disse: “A palavra tolerância não existe sozinha. Exige um objeto e uma reação para qualificá-la como virtude. (…) A tolerância é frequentemente cobrada, mas raramente retribuída. Cuidado com a palavra tolerância. É uma virtude muito instável.”
Essa advertência inspirada nos lembra que, para pessoas que acreditam na verdade absoluta, a tolerância em relação a uma conduta é como os dois lados de uma moeda. A tolerância ou o respeito é um lado da moeda, mas a verdade sempre está do outro lado. Não podemos possuir ou usar a moeda da tolerância sem estar cônscios dos dois lados dela.
Nosso Salvador aplicou esse princípio. Ao se deparar com a mulher apanhada em adultério, Jesus proferiu estas consoladoras palavras de tolerância: “Nem eu também te condeno”. Depois, ao despedi-la, ele proferiu estas autoritárias palavras de verdade: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Todos nos edificamos e fortalecemos com esse exemplo de tolerância e verdade: bondade na comunicação, mas firmeza na verdade."

 Sobre a laicidade do Estado devo dizer que a Constituição determina que o Estado não tenha nenhuma religião oficial, mas isso não significa, em absoluto, que pessoas que compõem o Estado, sejam laicas! De fato, a própria Constituição, no enorme rol de seu artigo 5º, defende e assegura a religiosidade - e até o direito de não crer em religião alguma. O que estou dizendo é que tenho assegurado todo o direito de expressar minhas crenças, aqui e acolá. Quando falo, falo segundo creio. É impossível para mim separar as duas coisas. E nem quero! Penso que seria hipócrita se tentasse fazê-lo.
O direito de defender as ideias e crenças também é constitucionalmente protegido. Algumas pessoas acusam os cristãos de intolerantes porque pregam abertamente que o homossexualismo é um pecado. Mas não há intolerância alguma! A religião tem dogmas, tem padrões. Exercer a religião é um direito constitucional. Fazer proselitismo é um direito constitucional também. Os limites são impostos pelo bom senso e pela norma. Por exemplo, calunias, difamações, atitudes excêntricas que firam a honra, violência, etc.  Esses comportamentos graves e que extrapolam a manifestação do pensamento de maneira respeitosa - devem ser combatidos e erradicados.
A questão mais importante não é se os homossexuais têm direito a isso ou aquilo. A questão mais importante é: o que Deus pensa a esse respeito? Como posso me adequar ao que Deus deseja?
O certo é certo, e o errado é errado.Denuncio que o homossexualismo é um pecado. Pensem bem: se todos aderissem plenamente a essa pratica o mundo acabaria em apenas uma geração! Sodoma e Gomorra foram destruídas totalmente por causa dessa prática (Gênesis 18:23-33, 19:1-25, I Coríntios 6:10).
Uno minha voz contra a prática iníqua e imoral do homossexualismo. Recuso todos os argumentos, que podem parecer plausíveis e lógicos, para aceitar as coisas como realmente são. Sei que há felicidade na família tradicional. Sei que vale a pena defender os padrões do evangelho nesse mundo pecaminoso. Sei que Deus ama seus filhos, independentemente de suas escolhas - mas que, devido a Divina Justiça, algumas bênçãos deixam de ser dadas aos que se rebelam contra Ele e Seus mandamentos. Há felicidade segura no cumprimento dos mandamentos.
Estendo a mão com amor, junto com a Igreja de Jesus Cristo, a todos que sofrem tentações homo-afetivas e digo que a Expiação é tão poderosa e eficaz que pode e vai ajudá-los. Digo que eles são amados por Deus e que devem se arrepender rapidamente.

Alguns dos seguintes links podem ser úteis: