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23 de jan. de 2012

Luz e Verdade

D&C 93 é uma das sessões mais profundas de Doutrina e Convênios.


As palavras luz, verdade e inteligência são encontradas juntas em apenas três versículos de todas as obras padrão, dois deles estão nesta sessão. Isso é significativo ao se considerar o significado importante dessas palavras no Plano Eterno de Deus.

Importantes definições e correlações são feitas nesta sessão (quando houver somente a menção de versículos abaixo, entre parênteses, eles se referirão a D&C 93):



O que é verdade?

Há tanta confusão no mundo sobre o que vem a ser verdade. Para muitos a verdade são considerações relativas – que variam de acordo com as necessidades. Que erro! Embora exista maneiras de se ver o mundo, a maneira de Deus é a correta – e, portanto, existe uma verdade absoluta. A profunda declaração de Jacó, foi repetida em D&C 93:

A “verdade é o conhecimento das coisas como são, como foram e como serão” (v. 24)

“O Espírito da verdade é de Deus. [Cristo é] o Espírito da verdade. (...) Ele recebeu a plenitude da verdade, sim, toda a verdade” (v. 26). Por isso ele declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6). O Salvador é personificação da verdade. A verdade é a reunião de todo conhecimento. O conhecimento gera poder de ação. “Toda verdade é independente para agir por si mesma na esfera em que Deus a colocou (...); caso contrário, não há existência” (v. 30). Vemos, portanto que a verdade é: (1) um conhecimento das coisas (que são, que foram, que serão); e (2) é a capacidade de ação que é colocada numa esfera que possa agir.

Por ser Cristo onisciente ele é a própria Verdade. Essa verdade não é adquirida por quantidade de informações. Ela é a soma de todo conhecimento bom colocado em prática, daí a necessidade da investidura de ação. “E homem algum recebe a plenitude a não ser que guarde seus mandamentos. Aquele que guarda seus mandamentos recebe verdade e luz, até ser glorificado na verdade e conhecer todas as coisas.” (v. 27-28). Vemos que a luz esta relacionada intimamente com a verdade.

O Espírito Santo ensina toda verdade (Morôni 10:5). Ele também pode ser chamado de Espírito da Verdade.



O que é luz?

A luz é a energia divina que vem de Cristo: “eu sou a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo” (v. 2) Por ser Cristo onipotente ele é própria Luz. A Luz é o poder que concede e permite a vida (D&C 88:7-13). É a luz que nos faz entender a verdade, quase sempre é sinônimo de revelação, ou entendimento dos céus: “E dou-vos estas palavras, para compreenderdes e saberdes como adorar e saberdes o que adorais, para que venhais ao Pai em meu nome e, no devido tempo, recebais de sua plenitude.” (v. 19) “Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz; e essa luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito. E também em verdade vos digo e digo para que conheçais a verdade, para que afugenteis as trevas do meio de vós” (D&C 50:24-25). A verdade aponta para luz, e a luz concede mais verdade, em outras palavras: quanto mais conhecemos as coisas como realmente foram, são e serão, mais poder recebemos para agir de acordo com esse conhecimento. Isso nós faz mais inteligentes.



O que é inteligência?

Inteligência é “a luz da verdade, [que] não foi criada nem feita nem verdadeiramente pode sê-lo” (v. 29). Inteligência é o resultado da soma de luz e verdade. “A glória de Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e verdade” (v 36). O Senhor é a luz e a verdade, é o ser mais inteligente de todos: “Estes dois fatos realmente existem, que há dois espíritos, sendo um mais inteligente que o outro; haverá um outro mais inteligente que eles; eu sou o Senhor teu Deus, eu sou mais inteligente que todos eles.” (Abraão 3:19). A glória de Deus vem por sua inteligência. Inteligência é luz (poder) e verdade (conhecimento). A glória nos é concedida à medida que crescemos em luz e em verdade. A obra e glória de Deus é levar a efeito a imortalidade e a vida eterna a seus filhos (Moisés 1:39). Cristo recebeu toda glória do Pai (v. 16-17). E nós também podemos receber a mesma glória que o Pai desfruta hoje: “Porque se guardardes meus mandamentos, recebereis de sua plenitude e sereis glorificados em mim como eu o sou no Pai; portanto digo-vos: recebereis graça por graça.” (v.20). Ou seja, nós podemos ser como nosso Pai e Cristo, dês de que guardemos os mandamentos – vamos crescer de graça em graça, um pouco aqui, um pouco ali.



Qual a relação entre luz, verdade e inteligência? E porque isso é importante?

O presidente Henry B. Eyring, na época membro do Quorum dos Doze disse: “O Espírito Santo é o Espírito da Verdade. Sentimos paz, esperança e alegria quando ele diz ao nosso coração e à nossa mente que alguma coisa é verdadeira. Quase sempre, tenho também uma sensação de luz. Qualquer sensação de escuridão que eu tiver se dispersa e aumenta o desejo de fazer o que é certo. O Senhor prometeu que vocês também passariam por tais experiências. Eis o que Ele disse, como se encontra em Doutrina e Convênios: “E agora, em verdade, em verdade eu te digo: Põe tua confiança naquele Espírito que leva a fazer o bem—sim, a agir justamente, a andar em humildade, a julgar com retidão; e esse é o meu Espírito. Em verdade, em verdade eu te digo: Dar-te-ei do meu Espírito, o qual iluminará tua mente e encher-te-á a alma de alegria” (D&C 11:12—13).” (Serão do SEI para Jovens, 10 de setembro de 2006, Universidade Brigham Young).

O profeta Alma disse ao ensinar sobre quando experimentamos a Palavra de Deus: “Oh! então isto não é real? Digo-vos que sim, porque é luz; e o que é luz é bom, porque pode ser discernido; portanto deveis saber que é bom; (...) (Alma 32:35).

Observe a descrição do caráter de Daniel pela rainha: “Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos deuses; e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus, e dos adivinhadores; porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos, explicar enigmas e resolver dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar. Chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação. (Daniel 5:11-12)

O Apóstolo Paulo ensinou: “pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade), provando o que é agradável ao Senhor.” (Efésios 5:8-10)

Deus ensinou e ordenou aos pais: “A glória de Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e verdade. A luz e a verdade rejeitam o ser maligno. Todo espírito de homem era inocente no princípio; e Deus, tendo redimido o homem da queda, os homens tornaram-se outra vez, em sua infância, inocentes perante Deus. E vem o ser maligno e tira a luz e a verdade dos filhos dos homens pela desobediência e por causa da tradição de seus pais. Eu, porém, ordenei que criásseis vossos filhos em luz e verdade” (v.36-40).

“E se vossos olhos estiverem fitos em minha glória, todo o vosso corpo se encherá de luz e em vós não haverá trevas; e o corpo que é cheio de luz compreende todas as coisas.” (D&C 88:67)

“A luz do corpo são os olhos; se, pois, teus olhos forem bons, todo o teu corpo será cheio de luz; Se, porém, teus olhos forem maus, todo o teu corpo será cheio de trevas. Se, pois, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são essas trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro ou há de apegar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (3 Néfi 13:22-24)

“Pois em verdade vos digo que eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, a luz e a vida do mundo – uma luz que resplandece nas trevas e as trevas não a compreendem.” (D&C 45:7)



Tendo essas escrituras em mente aprendemos que quanto mais luz e verdade temos mais próximos de Deus ficamos. Satanás é o pai das mentiras, e procura tirar a luz e a verdade dos homens. De fato, ele é um ser sem luz que procura nossa destruição: “E [Enoque] viu Satanás; e este tinha uma grande corrente na mão, que cobria de trevas toda a face da Terra; e ele olhou para cima e riu; e seus anjos rejubilaram-se.” (Moisés 7:26).

Ou escolhemos a Deus e sua luz ou a Satanás e as trevas. Quanto mais próximos estivermos da luz mais compreensão de todas as coisas teremos. A vida eterna é o conhecimento de Deus e Jesus Cristo (João 17:3). Esse conhecimento vem por revelação e ele nos liberta das trevas, do pecado e da morte. Obter luz e verdade ajuda-nos a ser felizes. Quanto mais luz e verdade temos, mas felizes nos tornamos, pois mais parecidos com Deus ficamos. Sim, quanto mais inteligentes nos tornamos, mas semelhantes a Deus seremos. E cresceremos em glória para vida eterna.

Alguns, entretanto, mesmo vislumbrando quão grandes bênçãos Deus tem aos que o amam, preferem não andar na luz de Deus: “Quem há entre vós que tema ao Senhor, que obedeça à voz de seu servo, que ande em trevas e não tenha luz? Eis que todos vós, que acendeis fogo e vos cingis com faíscas, andais na luz do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes. Isto tereis de minha mão – em tormento jazereis.” (2 Néfi 7:10-11)

Obter luz e verdade (tornar-se mais inteligente) deve ser o anelo de todo filho de Deus. Mas como fazê-lo? Como obter mais luz e verdade?

A resposta já foi dada nos versículos que apontei: devemos guardar os mandamentos (v. 20). A oração, que é um mandamento, tem um papel relevante para obtermos luz e verdade: “O que digo a um digo a todos; orai sempre, para que o ser maligno não tenha poder em vós e não vos remova de vosso lugar” (v. 49). A oração sincera convida a revelação. E essa revelação sempre nos faz mais inteligentes.

Um exemplo prático. Ao acordamos dobramos nosso joelho e oramos agradecendo por um novo dia. Isso nos acrescenta luz e verdade. Ao sairmos de casa para trabalhar oramos por proteção – isso nos acrescenta mais luz e verdade. Ao interagirmos com as pessoas transmitimos amor, preocupação e falamos de Cristo – isso nos dá mais luz e verdade. Entretanto, se cedermos à tentação, e olharmos uma imagem pornográfica ou a pensarmos mal de alguém, por exemplo, isso nos tira luz e verdade – e a luz que havia em nós se torna trevas. Afastamo-nos de Deus, pois pecamos, e precisamos do arrependimento para voltar a receber luz e verdade.

Sei que podemos receber luz e verdade diariamente e crescer dia a dia, até o dia perfeito. Por causa da Expiação de Jesus Cristo, que trouxe uma luz que nunca será obscurecida, o mundo pode ser redimido se guardar os mandamentos. Por meio do Espírito Santo toda verdade pode nos ser revelada, e se o for estaremos cheios de luz e seremos como Deus – tento glória eterna – sendo felizes para sempre.

17 de mar. de 2011

Como Melhorar o Estudo Pessoal das Escrituras

Meu estudo das escrituras esta monótono. Não esta sendo como antes. Na missão meu estudo era cheio de vigor e Espírito. Mas agora, parece que nunca aprendo algo novo. Como tornar o Estudo das Escrituras diário uma experiência sagrada e bem-sucedida?


Talvez sua pergunta ou problema não seja exatamente a mesma transcrita acima, mas se seu estudo do evangelho não esta sendo como você gostaria, esta carecendo de vigor espiritual, então talvez o que escrevi abaixo possa ser útil.
Primeiro precisamos (1) entender a importância do estudo das escrituras. O Senhor ordenou que examinássemos as escrituras diligentemente (João 5:39, D&C 1:37, 1 Néfi 10:17-19, 3 Néfi 23:1). Devemos (2) ter um horário reservado, todo dia para estudar o evangelho (Eclesiastes 3:1-8). Estudar o evangelho é mais do que meramente ler uma parte das obras-padrão. Daí, porque, às vezes nosso estudo é vazio. Não compreendemos, e nada fazemos a não ser ler. Mas deveríamos (3) orar, ler, ponderar e convidar o Senhor para nos ensinar (D&C 9:7-8).
Algo que sempre me ajuda é estudar o evangelho com (4) uma pergunta em mente. Na maioria das vezes escrevo essa pergunta, e durante a leitura das escrituras medito sobre ela (D&C 138:5, 11; 1 Néfi 11:1-2). Em muitas ocasiões me prendo em um único versículo. (5) Não precisamos ter pressa de ler. Sei que a primeira vez que lemos o Livro de Mórmon por exemplo é bom que o leiamos rapidamente, para termos uma visão geral do texto. Mas o estudo mais eficaz é um processo cauteloso, onde a analise espiritual exige tempo.
Ajuda quando (6) escrevemos o que aprendemos, pois assim mostramos que somos gratos pelo que o Senhor nos revela, e que estamos desejosos de receber mais. Por causa do uso correto de nosso arbítrio, o Senhor nos dá mais revelações. Um Estudo vigoroso é um estudo em que o Espírito Santo esta presente. (7) Não devemos ter medo de perguntar qualquer coisa ao Senhor. Ele tem poder para responder todas as perguntas. E sei que ele responde. Às vezes a resposta é encontrada num versículo, às vezes numa citação dos profetas, às vezes o Senhor revela por sonho, visão ou ministração de anjo e às vezes só diz: "meu filho, você entenderá isso mais tarde - deixe esse assunto para depois". De qualquer maneira um estudo com fé, sempre gera poder. E uma das manifestações mais recorrentes do poder de Deus durante o estudo é a revelação. Entretanto muitas vezes há um tempo entre a pergunta e a resposta, para que possamos exercer fé e ser provados.
Além de tudo isso, podemos estudar o evangelho (8) procurando ajudar nossos alunos, familiares ou liderados - um estudo guiado pelo dom da caridade sempre aumentará o conhecimento.
Haverá ocasiões em que não teremos vontade de estudar ou orar. Mas devemos fazê-lo mesmo assim. Se escolhermos (9) estudar mesmo quando não temos vontade perceberemos que o Espírito substituirá a preguiça e a má vontade gradualmente. E no final de nosso estudo sentiremos que fizemos o certo. Com o tempo, o estudo das escrituras se tornará delicioso.
Quanto mais (10) aplicarmos a nossa vida o que aprendemos (agindo com retidão) mais nosso estudo se tornará melhor, pois estaremos mais próximos de Deus. E quanto mais próximos de Deus, mas conhecimento adquirimos.
Por último quero dizer que cada um de nós é responsável por achar um método de aprendizado. Alguns estudo por tópicos, outros por seqüência. Alguns escrevem muito outros pouco, alguns analisam as escrituras por temas e relacionam versículos e outros mais modestamente apenas fazem uma marca na palavra-chave do versículo. Cada um de nós deve achar a maneira melhor de aprendermos. Muitos dos (11) profetas nos dão conselhos sobre como melhorar. Devemos estar atentos a eles e dispostos a fazer melhor.
O guia Pregar meu Evangelho, no capítulo 2, dá excelentes dicas de como melhorar o estudo. O uso de mapas, referências e a dica de que devemos estudar numa mesa ou escrivaninha e remover toda e qualquer distração são apenas alguns dos recursos lá mencionados. Convido todos a estudarem aquele capítulo e procurarem onde melhorar. Um bom serão, discurso ou livro não substituem o estudo pessoal das escrituras. Há certas coisas que o Senhor só irá nos dizer se nos propulsemos a estudar sua palavra diligentemente em particular. Alguns dizem que não tem tempo para estudar as escrituras, e outros o fazem de mau vontade, apenas para dizerem a si mesmos ou aos outros que estudam sempre. Esses dois tipos de pessoas nunca aprenderão os mistérios de Deus. (12) Mesmo que tenhamos pouco tempo em uma rotina difícil, devemos buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça. Então, o Senhor, que entende nossas limitados e dificuldade, não nos deixará sozinhos, e teremos um estudo vigoroso, andando em novidade de vida.

Como Melhorar o Estudo Pessoal das Escrituras?

Meu estudo das escrituras esta monótono. Não esta sendo como antes. Na missão meu estudo era cheio de vigor e Espírito. Mas agora, parece que nunca aprendo algo novo. Como tornar o Estudo das Escrituras diário uma experiência sagrada e bem-sucedida?


Talvez sua pergunta ou problema não seja exatamente a mesma transcrita acima, mas se seu estudo do evangelho não esta sendo como você gostaria, esta carecendo de vigor espiritual, então talvez o que escrevi abaixo possa ser útil.

Primeiro precisamos (1) entender a importância do estudo das escrituras. O Senhor ordenou que examinássemos as escrituras diligentemente (João 5:39, D&C 1:37, 1 Néfi 10:17-19, 3 Néfi 23:1). Devemos (2) ter um horário reservado, todo dia para estudar o evangelho (Eclesiastes 3:1-8). Estudar o evangelho é mais do que meramente ler uma parte das obras-padrão. Daí, porque, às vezes nosso estudo é vazio. Não compreendemos, e nada fazemos a não ser ler. Mas deveríamos (3) orar, ler, ponderar e convidar o Senhor para nos ensinar (D&C 9:7-8).

Algo que sempre me ajuda é estudar o evangelho com (4) uma pergunta em mente. Na maioria das vezes escrevo essa pergunta, e durante a leitura das escrituras medito sobre ela (D&C 138:5, 11; 1 Néfi 11:1-2). Em muitas ocasiões me prendo em um único versículo. (5) Não precisamos ter pressa de ler. Sei que a primeira vez que lemos o Livro de Mórmon por exemplo é bom que o leiamos rapidamente, para termos uma visão geral do texto. Mas o estudo mais eficaz é um processo cauteloso, onde a analise espiritual exige tempo.

Ajuda quando (6) escrevemos o que aprendemos, pois assim mostramos que somos gratos pelo que o Senhor nos revela, e que estamos desejosos de receber mais. Por causa do uso correto de nosso arbítrio, o Senhor nos dá mais revelações. Um Estudo vigoroso é um estudo em que o Espírito Santo esta presente. (7) Não devemos ter medo de perguntar qualquer coisa ao Senhor. Ele tem poder para responder todas as perguntas. E sei que Ele responde. Às vezes a resposta é encontrada num versículo, às vezes numa citação dos profetas, às vezes o Senhor revela por sonho, visão ou ministração de anjo e às vezes só diz: "meu filho, você entenderá isso mais tarde - deixe esse assunto para depois". De qualquer maneira um estudo com fé sempre gera poder. E uma das manifestações mais recorrentes do poder de Deus durante o estudo é a revelação. Entretanto muitas vezes há um tempo entre a pergunta e a resposta, para que possamos exercer fé e ser provados.

Além de tudo isso, podemos estudar o evangelho (8) procurando ajudar nossos alunos, familiares ou liderados - um estudo guiado pelo dom da caridade sempre aumentará o conhecimento.

Haverá ocasiões em que não teremos vontade de estudar ou orar. Mas devemos fazê-lo mesmo assim. Se escolhermos (9) estudar mesmo quando não temos vontade perceberemos que o Espírito substituirá a preguiça e a má vontade gradualmente. E no final de nosso estudo sentiremos que fizemos o certo. Com o tempo, o estudo das escrituras se tornará delicioso.

Quanto mais (10) aplicarmos a nossa vida o que aprendemos (agindo com retidão) mais nosso estudo se tornará melhor, pois estaremos mais próximos de Deus. E quanto mais próximos de Deus, mas conhecimento adquirimos.

Por último quero dizer que cada um de nós é responsável por achar um método de aprendizado. Alguns estudam por tópicos, outros por seqüência. Alguns escrevem muito, outros pouco; alguns analisam as escrituras por temas e relacionam versículos e outros mais modestamente apenas fazem uma marca na palavra-chave do versículo. Cada um de nós deve achar a maneira melhor de aprendermos. Muitos dos (11) profetas nos dão conselhos sobre como melhorar nosso estudo. Devemos estar atentos a eles e dispostos a fazer melhor.

O Guia Pregar meu Evangelho, no capítulo 2, dá excelentes dicas de como melhorar o estudo. O uso de mapas, referências e a dica de que devemos estudar numa mesa ou escrivaninha e remover toda e qualquer distração são apenas alguns dos recursos lá mencionados. Convido todos a estudarem aquele capítulo e procurarem onde melhorar. Um bom serão, discurso ou livro não substituem o estudo pessoal das escrituras. Há certas coisas que o Senhor só irá nos dizer se nos propulsemos a estudar sua palavra diligentemente em particular. Alguns dizem que não tem tempo para estudar as escrituras, e outros o fazem de mau vontade, apenas para dizerem a si mesmos ou aos outros que estudam sempre. Esses dois tipos de pessoas nunca aprenderão os mistérios de Deus. (12) Mesmo que tenhamos pouco tempo em uma rotina difícil, devemos buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça. Então, o Senhor, que entende nossas limitados e dificuldade, não nos deixará sozinhos, e teremos um estudo vigoroso, andando em novidade de vida.

29 de dez. de 2010

Vida pré-mortal: Eternidade e Inteligências

Não começamos a existir com o nascimento. E também não terminaremos a vida com a morte. O Senhor explicou isso a Abraão: “[os espíritos] não tiveram princípio; eles existiam antes, eles não terão fim, eles existirão depois, pois são gnolaum, ou seja, eternos” (Abraão 3:18).

O profeta Joseph Smith representou a eternidade dos espíritos de maneira brilhante: “Tiro meu anel do dedo e o comparo à mente do homem: a parte imortal, porque não tem princípio. Suponham que o cortemos em dois; então ele passa a ter um princípio e um fim; mas se os unirmos de novo ele volta a ser um círculo eterno. O mesmo acontece com o espírito do homem. Tal como vive o Senhor, se ele tivesse um princípio, teria um fim. Todos os homens tolos, instruídos e sábios desde o princípio da criação que dizem que o espírito do homem teve um princípio provam que ele deve ter um fim; e se essa doutrina é verdadeira, então a doutrina da aniquilação também seria verdadeira. (...) Todas as mentes e espíritos que Deus enviou ao mundo são capazes de progredir. Os primeiros princípios do homem são auto-existentes com Deus” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, capítulo 17 – “O Grande plano de Salvação”, pg. 219).
Quando as escrituras falam “no princípio” ou “antes da fundação do mundo” ou mesmo “fundação do mundo” estão referindo-se a vida pré-mortal. Muitos eventos sumamente importantes aconteceram naquele primeiro estado.
Sabemos que éramos inteligências e que fomos gerados por Deus, ganhando um corpo espiritual. Devo ser cuidadoso agora para explicar claramente essa frase: “éramos inteligências...” Primeiro por que muitos têm especulado sobre o assunto criando mais confusão do que entendimento. Quando falo Inteligência não estou falando, obvio, somente de capacidade intelectual. Estou falando da luz e verdade de Deus (D&C 93:29). Nas escrituras há três significados mais relevantes para o termo inteligência: (1) a luz de Cristo – que dá vida a todas as cosias; (2) os filhos espirituais de Deus; (3) “elemento-espírito espírito que existia antes de sermos gerados como filhos espirituais” (GEE “Inteligência(s)”).
Para ser franco, mesmo com todas as escrituras que temos disponíveis pouco nos foi revelado do que realmente consistem as inteligências no terceiro sentido apontado acima. Eu e você somos inteligências. Os animais do campo e as árvores também são inteligências. Essa Terra e tudo que nela há são inteligências. Todos éramos um elemento-espírito antes de ganharmos um corpo espiritual. Ainda somos todos inteligências por sermos eternos e termos direito a luz de Cristo.
O Senhor reina sobre todas as inteligências (Abraão 3:21). E as inteligências não podem ser criadas nem feitas (D&C 93:29). Em sua esfera (isto é, dentro de certos parâmetros ou limites) toda inteligência é independente para agir, pois sem isso não há existência (D&C 93:30). Sobre isso o profeta Joseph Smith ensinou mais: “(...) Posso proclamar com destemor do alto dos telhados que Deus nunca teve de maneira alguma o poder para criar o espírito do homem. O próprio Deus não poderia criar a Si mesmo. A inteligência é eterna e baseia-se em um princípio auto-existente. É um espírito de era em era, e não houve uma criação envolvida. (...) O próprio Deus, vendo que estava em meio a espíritos e glória, porque era mais inteligente, considerou adequado instituir leis por meio das quais eles poderiam ter o privilégio de progredir como Ele próprio. O relacionamento que temos com Deus nos coloca em condições de avançar em conhecimento. Ele tem poder para instituir leis para instruir as inteligências mais fracas, para que possam ser exaltadas com Ele mesmo, de modo a terem glória sobre glória e todo o conhecimento, poder, glória e inteligência exigidos para salvá-las (...).”
Inteligência é luz e verdade – essa é a definição das escrituras (D&C 93:29, 36). Verdade é o conhecimento do que foi, do que é e do que será. Luz é a energia, poder ou influência divina (GEE “Luz, Luz de Cristo”). Quanto mais luz e verdade obtemos mais inteligentes ficamos. A Glória de Deus é inteligência (D&C 93: 36). Glória é quantum de luz e verdade: quanto mais glória, mais inteligência há. Deus é cheio de glória – é cheio de luz e verdade. De fato, Ele é o mais inteligente entre todas as inteligências (Abraão 3:19). Ele conhece todas as coisas e tem todo poder (2 Néfi 2:24, D&C 19:3). Quanto mais nos aproximamos de Deus mais luz e verdade recebemos, mais inteligentes nos tornamos.
Neste ponto, alguns poderiam se perguntar: se Deus tem todo poder, como o Profeta Joseph Smith ensinou que Deus não pode “criar” inteligências – não seria essa uma contradição?
Tratarei do assunto dos atributos de Deus no futuro. Entretanto tanto para a resposta que darei, quanto para o assunto das inteligências quanto para vários outros temas que o Senhor, em sabedoria decidiu não nos revelar completamente, advirto: somos, enquanto na mortalidade, seres finitos e não podemos compreender o infinito a menos que nossos olhos sejam abertos – como dos antigos profetas. De fato, se entendêssemos tudo na condição frágil que estamos isso seria uma prova que Deus é frágil como nós.

5 de jul. de 2010

O Ministério de Anjos

Quando um dos mais temidos exércitos cercou a casa do profeta Eliseu – para entregá-lo ao rei da Síria – um dos sevos do profeta, que acordara bem cedo “viu que um exercito tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então [o] servo disse [para Eliseu]: “Ai, meu Senhor! Que faremos?”


Numa situação critica de perigo iminente o profeta com calma respondeu: “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.

“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. Quando os sírios desceram a ele [foram procurá-lo para aprisioná-lo], Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” O exercito foi guiado à outra região, onde de forma milagrosa a Síria desistiu de batalhar contra Israel por um tempo.

Meu tema é o ministério de anjos.

Há centenas de referências desses seres nas obras-padrão. Embora saibamos bem da aparição e interação desses seres com os homens nas escrituras, penso que nem todos nós entendemos que o ministério de anjos não foi um dom concedido apenas aos antigos – mas que ele é um dom presente em nossos tempos – em nossa própria vida. Quero abordar hoje três pontos principais: (1) quem são os anjos, (2) qual o papel de um anjo no Plano de Deus e (3) como receber seu ministério. Ao fazê-lo oro ao Pai Celestial que me ajude com seu Espírito Santo a fim de que eu transmita a Sua Palavra – e tanto eu, como vocês, os leitores, sejamos edificados.

1. Quem são os anjos.
Os anjos são os mensageiros de Deus. O profeta Joseph Smith, que viu muitos anjos, ensinou que eles não possuem asas. As asas são um símbolo de seu poder de mover-se e agir. Os anjos podem ser seres que não possuem um corpo, que ainda não provou a mortalidade – como o anjo que pareceu a Adão e lhe ensinou o porque do sacrifício de animais; podem ter um corpo ressurreto – como o anjo Morôni, que apareceu a Joseph Smith e lhe disse onde estavam as placas de ouro; pode ser um espírito aperfeiçoado, que já morreu e esta no mundo espiritual; e pode também ser uma pessoa mortal justa e fiel.

Quando era missionário em Curitiba lembro de uma menininha que com muita sinceridade me disse que eu era um anjo. Ela sabia disso porque sua mãe lhe dissera. Fiquei impressionado com a convicção dela. Verdadeiramente eu havia sido transformado em um instrumento nas mãos de Deus. Mas aprendi que os anjos às vezes tinham fome, sede, cansaço e sofriam adversidades – todavia, quando o Senhor precisasse esses anjos estavam prontos para consolar, abençoar e advertir.

Os anjos são servos de Deus. “Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo, falam, portanto, as palavras de Cristo.”

2. Qual o papel dos anjos.
O élder Jeffrey R. Holland disse, falando sobre os anjos: “Em geral, tais seres não são vistos. Às vezes, são. Porém, visíveis ou não, eles estão sempre próximos. Por vezes, seu papel é de enorme importância e tem significado para o mundo como um todo. De vez em quando, as mensagens são mais pessoais. Ocasionalmente, o objetivo angélico é alertar. Mais comumente, no entanto, é de consolar, prover algum tipo de atenção misericordiosa ou orientação em épocas difíceis.”

Quando Leí se encontrava num escuro e triste deserto – um anjo lhe pareceu e ordenou que o seguisse. Leí o fez, e por fim encontrou o caminho da salvação.

Quando o Cordeiro de Deus estava sendo oferecido no maior e mais profundo sacrifício – numa agonia inimaginável – um anjo do céu apareceu e o fortaleceu.

Irmãos, acredito sinceramente que nenhum de nós, que estamos na Igreja de Jesus Cristo e procuramos guardar os mandamentos já não recebemos o ministério de anjos. Alguns de nós talvez vimos um anjo face a face – como os pastores que foram alertados sobre o nascimento de Cristo; ou como Alma, o filho, que sendo rebelde foi repreendido severamente por um anjo. Entretanto, como ensinou élder Holland, em geral esses seres não são vistos ou reconhecidos. Na maioria das vezes os anjos são silenciosos e eficazes. Eles sempre transmitem o amor do Senhor – mesmo quando repreendem.

Uma mãe pode ser considerada um anjo para os filhos. Na verdade eu acho que minha mãe é um anjo na minha vida – porque ela me abençoa com carinho, conforto, ensinamentos e dedicação constante e diligente. Um filho pode ser considerado um anjo para seus pais. Já estiveram perto de um bebê? Ele não transmite paz e alegria – não parece ter vindo dos céus? Não aparenta ser uma anjo de glória?

Eu sei que às vezes os filhos dão trabalho. Às vezes parecem demoninhos! Mas quando são criados no caminho da retidão, eles crescem para vida eterna e se tornam como anjos de Deus: puros, limpos e desejosos de fazer o bem a todos os homens.

3- Como receber o ministério de anjos.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.

Irmãos os anjos aparecem quando há fé e necessidade de um homem ser salvo.

João Batista, como um anjo ressurreto apareceu ao profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery para restaurar o sacerdócio aarônico, e disse:

“A VÓS, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra (...)” (D&C 13)

Quando eu recebi o sacerdócio aarônico, sendo um jovem, meu pai e líderes me ensinaram que eu tinha direito ao ministério de anjos. Não entendi bem a principio o que isso significava. Acreditava que eu poderia ver um anjo, mas não sabia se isso poderia acontecer comigo. Vim a saber, algum tempo depois, o seguinte, através do élder Oaks, dos Doze:

“O ministério de anjos, porém, pode ser invisível. Podemos receber as mensagens de anjos por meio de uma voz ou, simplesmente de pensamentos e sentimentos transmitidos à nossa mente. O Presidente John Taylor falou da ‘atuação dos anjos, ou mensageiros de Deus, em nossa mente, de modo que o coração conceba (...) as revelações do mundo eterno’.

Néfi descreveu três manifestações do ministério de anjos quando lembrou aos irmãos rebeldes que (1) haviam “visto um anjo”, (2) haviam “ouvido sua voz” de “tempos em tempos” e também que um anjo havia falado a eles “numa voz mansa e delicada”, mas que haviam “perdido a sensibilidade” e foram incapazes de “perceber suas palavras”. (1 Néfi 17:45)

Na maioria das vezes, sentimos ou escutamos as mensagens dos anjos em vez de vê-los.”

“Sendo assim, os portadores do Sacerdócio Aarônico possibilitam a todos os membros fiéis da Igreja que tomam o sacramento dignamente ter a companhia do Espírito do Senhor e a ministração de anjos”.

Os homens que abençoam e distribuem o sacramento possibilitam a todos nós que recebamos a ministração de anjos.

É verdade que alguns anjos foram enviados a pessoas iníquas: como Balaão, Lamã e Lemuel e Alma, o filho. Todavia, nessas ocasiões nenhum de nós gostaria de ver um anjo – pois a reprimenda celestial foi dura. Na maior parte das vezes são os justos que recebem a ministração de anjos.

Para que eu vós ministre hoje não é necessário que me vejais, não é mesmo? Se fósseis cegos ainda assim poderiam me ouvir. E se fossem surdos ainda poderiam sentir o Espírito de Deus lhes testificando a verdade e confortando. Portanto irmãos não pensem que precisam ver um anjo com seus olhos naturais para receber seu ministério. Vocês já receberam o ministério de anjos e nem se aperceberam disso.

O Presidente James E. Faust, que serviu na Primeira presidência disse: “Gostaria de dizer algo sobre o ministério de anjos. Em tempos antigos e modernos, anjos apareceram e deram instruções, advertências e orientação em benefício das pessoas que visitaram. Não temos consciência do quanto o ministério de anjos afeta nossa vida. O presidente Joseph F . Smith disse: “De igual maneira, os nossos pais e mães, irmãos, irmãs e amigos que passaram por esta Terra, tendo sido fiéis e dignos de gozar desses privilégios e direitos, podem receber a missão de visitar seus parentes e amigos na Terra, trazendo da presença divina mensagens de amor, de advertência ou reprovação e instrução àqueles que aprenderam a amar na carne”.

Irmãos, escolhi falar sobre esse tema por que enfrentamos muitas adversidades em nossos dias. Às vezes nosso testemunho é atacado, às vezes nossa virtude, e às vezes nosso pontos fortes. Esse ataque vem pelos anjos do demônio e pelo pai das mentiras – que é Satanás. Sabemos que houve um batalha nos céus – e que o arcanjo Miguel e nós expulsamos os filhos da perdição. A guerra continua na mortalidade. Às vezes pensamos que estamos sozinhos, como o servo de Eliseu – que se viu cercado por um dos mais poderosos e temidos exércitos da Terra. Não vamos nos assustar e temer. Temos o direito à companhia de anjos. Eles estão sempre presentes. Se seus olhos espirituais fossem abertos agora, veriam este salão repleto de anjos.

Eu lhes testifico que os anjos ministram aos homens. E creio que eles o fazem abundantemente em nossos dias – talvez mais do que faziam antigamente, pois os tempos se tornaram extremamente perigosos.

Quando você se sentir desaminado e desmotivado. Quando parecer que a carga é pesada demais, quando parecer que o arrependimento e perdão é impossível e inalcançável, então confie em Deus – em sua misericórdia e graça. Ele lhe abençoara através de anjos. Alguns serão invisíveis, alguns lhes falarão – mas a maior parte deles será silenciosa e anônima. Contudo, sua presença será percebida, no futuro, pois o conforto e paz chegaram a sua alma.

“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.

Por termos tomado dignamente o sacramento e estarmos dispostos a tomar sobre nós o nome de Cristo, os anjos nos farão companhia, e nenhum poder poderá impedir tal bênção. Seremos confortados e nos tornaremos melhores. E por causa do ministério desses seres, tornar-nos-emos anjos – e abençoaremos como fomos abençoados.

Minha oração é que possamos ser como anjos. Que possamos procurar maneiras de ministrar aos homens – não apenas advertindo-os, mas principalmente confortando-os. Nesses dias tão difíceis nós fomos escolhidos para sermos anjos, mesmo com nossas imperfeições e fraquezas. Que possamos falar na língua de anjos – tendo palavras de amor, esperança e fé – que possamos ser eficazes e bondosos em obras.

Sei que Deus vive. Ele é nosso Pai Celestial. Ele envia anjos à nós porque nos ama. Ele deseja ter-nos de volta. O Salvador Jesus Cristo vive. Ele é meu Senhor. O presidente Thomas S. Monson é um profeta de Deus. Joseph Smith foi um profeta. Ele recebeu instruções e poder de anjos. Testifico que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que veio por meio de ministério de anjos. Testifico que o poder e as chaves do ministério de anjos estão nesta capela hoje. E que por meio do sacramento todos nós podemos receber esse ministério. Em nome de Jesus Cristo amém.

7 de jun. de 2010

Os Mistérios de Deus e a Doutrina Profunda

Gostaria de sugerir uma diferença entre os Mistérios de Deus e a doutrina profunda. Nas aulas da Igreja, e nas conversas sobre o evangelho às vezes encontramos a expressão doutrina profunda. Ela sempre esta associada há algo pouco conhecido, pouco citado nos discursos das autoridades gerais, e bem pouco mencionado nas obras-padrão. Não encontramos a expressão doutrina profunda nas escrituras. Mas encontramos mistérios de Deus (1 Néfi 10:19) ou segredo de Deus (Amós 3:7).
O Guia de Estudo das Escrituras define mistérios de Deus como “verdades espirituais que só podem ser conhecidas por revelação” (GEE Mistérios de Deus). A doutrina profunda pode ser entendida como os dogmas ocultos e secretos que poucos conhecem ou entendem.

Qual a diferença entre mistérios de Deus e Doutrina profunda?
Os mistérios de Deus só são conhecidos por revelação. A doutrina profunda é encontrada por especulação. Não é fácil conhecer os mistérios de Deus – há necessidade de limpeza de mãos e pureza de coração (tanto as obras da fé quanto as intenções do coração devem ser justas).
É razoavelmente fácil desvendar-se as doutrinas profundas – basta curiosidade, imaginação e extremo anseio por algo misterioso. Os mistérios de Deus sempre edificam (D&C 6:11), as doutrinas profundas sempre causam contendas e divergências de opiniões (Helamã 11:22-23). Os mistérios de Deus emanam, como o nome sugere, de Deus. Mas as doutrinas profundas são quase sempre meias-verdades – escrituras puras corrompidas com filosofias de homens. A doutrina profunda é motivada por Satanás, porque causa erro (3 Néfi 11:28-29). É uma das ferramentas de quem pratica artimanha sacerdotal (2 Néfi 26:29). Os mistérios de Deus são essenciais para exaltação. Eles são conhecidos somente se Deus permitir ao que exercita fé, faz boas obras sem cessar, se arrepende e ora com real intenção (Alma 26:22). Eles são revelados pelo Santo Espírito de Deus (D&C 90:14, D&C 121:45-46) – raramente são mencionados nas escrituras e na fala dos profetas – porque estes são instrumentos para se obter os mistérios. Eles não estão disponíveis no mundo (Jacó 4:8, D&C 42:65, Mateus 13:11). Entretanto muito desses mistérios são reservados aos santos que sobem à Casa de Deus (D&C 105:12, 18; 110). Lá é ensinado o caminho para perfeição, o mistério da Divindade (D&C 19:10; 84:19-22).
Quero dar alguns exemplos de doutrina profunda: “O que vem a ser, e qual a diferença entre curelons e cumons?”; “Qual a temperatura de um corpo celestial?”; “Adão tinha umbigo?”; “Onde esta a espada de Labão?”
Embora essas perguntas sejam interessantes e até instigantes, as repostas não são essenciais para exaltação, nem edificarão os atributos de Cristo necessários para viver com Deus. Os mistérios de Deus são verdades preciosas muito mais recompensadoras, por exemplo:
“Como posso assegurar minha vida eterna ao lado de Deus?”; “Qual o significado dos símbolos do sacerdócio?”; “Como a Expiação pode ajudar-me neste momento de extrema dificuldade?”; “Quem é o Espírito Santo e como ele pode revelar-me tal verdade?”
Os mistérios de Deus sempre conduzem a ação justa. Eles sempre nos tornam mais parecidos com Deus. Devemos buscá-los. Mas não é útil buscar conhecer doutrinas profundas que causarão bagunça na mente e apostasia no coração.
Gosto muito da história da conversa entre Cristo e a mulher Samaritana em João 4. Lá há uma clara distinção entre uma doutrina profunda e um mistério de Deus. A mulher, reconhecendo que Jesus tinha dons especiais quis saber onde ela deveria adorar: se em Jerusalém ou em sua própria terra (João 4:19-20). Aquela questão já causara muitos alardes e confusão entre judeus e samaritanos. Cristo propôs algo muito mais importante: o Pai estava buscando os verdadeiros adoradores. Este mistério ele viera revelar. Tão logo Jesus falou sobre o Pai, que era Espírito, ou se importava com as coisas do Espírito – era espiritual (João 4:21-24), ela disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier nos ensinará tudo” (João 4:25). Jesus Cristo revelou que ele era Jeová e o messias prometido (João 4:26). A revelação daquele mistério gerou a conversão e não a contenda. Os mistérios levam às águas vivas (João 4:14). E aquele tipo de mistério podia ser divulgado. Há outros que não o devem.

Como aprender os mistérios de Deus e qual sua importância?
“É dado a muitos conhecer os mistérios de Deus; é-lhes, porém, absolutamente proibido divulgá-los, a não ser a parte de sua palavra que ele concede aos filhos dos homens de acordo com a atenção e diligência que lhe dedicam. E, portanto, aquele que endurecer o coração receberá a parte menor da palavra; e o que não endurecer o coração, a ele será dada a parte maior da palavra, até que lhe seja dado conhecer os mistérios de Deus, até que os conheça na sua plenitude. E aos que endurecerem os corações, a eles será dada a menor parte da palavra, até que nada saibam a respeito de seus mistérios; e serão daí escravizados pelo diabo e levados por sua vontade à destruição. Ora, é isto o que significam as correntes do inferno” (Alma 12:9-11).
Os mistérios de Deus levam a vida eterna (D&C 6:7). Deixar de aprendê-los é o mesmo que deixar-se ser amarrado por Satanás (2 Néfi 1:21-27).
É preciso ter a confiança de Deus. Ele é misericordioso e deseja revelar seus mistérios a seus filhos (D&C 76:5-10). De fato, ele o faz abundantemente. Todavia há requisitos. Se um mistério for revelado sem que os requisitos sejam atingidos não há benção – há maldição (Jacó 4:14). Se recebêssemos todos os mistérios com nossa mente finita, neste instante, apostataríamos – pois não podemos suportar tudo agora (D&C 50:40, 78:18, 136:37). O Senhor se revela linha sobre linha, preceito sobre preceito (2 Néfi 28:30). Quando ele o faz exige que seu segredo seja mantido em sigilo (Alma 12:9). Isso para que haja salvação, em vez de condenação (João 16:12). Seu segredo é para os que o temem (Provérbios 3:32). Esse conhecimento é essencial para vida eterna e felicidade sem fim (D&C 11:7, 42:61; 2 Néfi 9:43).
Aprendemos esses mistérios tendo um desejo forte (Alma 29:4, Salmos 37:4, 1 Néfi 10:19). Pedindo com real intenção (Moroni 10:3-5). Guardando os mandamentos (D&C 63:23). Tendo paciência para aguardar a resposta e esperança de que um dia receberemos o entendimento. Vigiando e orando (3 Néfi 18:15), ou em outras palavras, prestando atenção à revelação, estando em espírito de oração. Freqüentando lugares santos. Sendo gratos e humildes. Pedindo mais. Examinando com diligência as obras-padrão (João 3:39, Alma 17:2-3) e palavras dos profetas vivos (Mosias 2:9). Também atentar para as interações com as pessoas e com a Criação. Não revelando o que já recebemos a menos que o Espírito indique (ver também D&C 88: 49-86).

“Que poder deterá os céus? Seria tão inútil o homem estender seu braço débil para deter o rio Missouri em seu curso ou fazê-lo ir correnteza acima, como o seria impedir que o Todo-Poderoso derramasse conhecimento do céu sobre a cabeça dos santos dos últimos dias” (D&C 121:33).
A vida eterna é conhecer a Deus e a Jesus Cristo (João 17:3). Esse conhecimento vem por revelação. Satanás esforçasse muito para que a comunicação sagrada seja interrompida. Ele cria desvios e distrações para que os mistérios não nós sejam revelados. Se não entendermos a verdade seremos aprisionadas por ele. Se nos contentarmos em conclusões especulativas pecaremos. É muito melhor, como Joseph Smith disse, olhar para o céu e compreender em cinco minutos, mais do que tudo o que foi escrito sobre o assunto.
Eu sei que há mistérios ocultos e sagrados.Sei disso, porque já recebi alguns deles. Evidentemente eu não os revelo neste blog! Nem ouso comentar sobre eles nas aulas e conversas. Às vezes, por inspiração de Deus eu os compartilho – e eles sempre edificam. Nessas ocasiões freqüentemente recebo mais deles. Sei como recebê-los. Não há nada que o Senhor não saiba. Tão logo eu esteja pronto compreenderei tudo, tal como Ele. E nessa ocasião terei Vida Eterna. Sei disso.