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7 de ago. de 2012

Intenção ou Ação - o que vale mais para Deus?


                O Senhor se importa mais com a intenção ou com a ação? Qual é mais importante? Investiguemos as escrituras para descobrir as respostas a tais perguntas.

Vida Pré-mortal
                Na vida pré-mortal decidimos vir a Terra, sermos provados para que, se nos tornássemos dignos voltássemos à presença de Deus em glória eterna (clique aqui para saber mais sobre a Vida Pré-Mortal). Muito bem. Essa era nossa intenção. Todavia, a mera intenção não foi, e não é, suficiente para o recebimento de tal maravilha. Precisávamos de uma experiência na mortalidade - precisávamos viver pela fé, e não por visão. Precisávamos conhecer por nós mesmos algumas coisas que nos preparariam para eternidade em glória ao lado do Pai. Na Terra teríamos o privilégio de desenvolver relacionamentos familiares, passar por dor, sofrimento, morte - mas também alegria, paz e vida. Se tivéssemos tão somente a intenção de conhecer essas coisas - não as conheceríamos realmente. A informação por si só não teria o poder de transformar-nos, de nos refinar a ponto de estarmos prontos para cumprir nosso destino eterno. Precisamos ser colocados em uma situação e condição em que fôssemos agentes. Não que não tivéssemos o arbítrio nos céus - porque evidentemente o usamos para escolher o Salvador Jeová - mas a plenitude desse arbítrio só poderia ser usada quando deixássemos a presença do Pai.
                Na pré-mortalidade, como falei, escolhemos o Salvador. A simples e pacata intenção de não seguir Lúcifer não nos colocou entre os valentes, nem nos tornou "grandes e nobres" (Abraão 3:22). Os espíritos que usaram sua fé no Plano de Deus, que tinha como parte principal a Expiação do Senhor Jesus Cristo, agiram com todo vigor. Ao lado de Miguel utilizaram todo seu testemunho, sacerdócio e influência para permanecer ao lado do Pai, procurar convencer seus irmãos e expulsar os rebeldes (Apocalipse 12:11).
                Assim, nos céus, o que contou mais foi nossa ação, e não a intenção. É verdade que por trás das boas ações sempre há boas intenções. Porém boa intenção sem boa ação é insuficiente. O que contou lá foram as realizações.
                Lembremo-nos também de Lúcifer - que tinha, em parte, uma boa intenção: a de salvar todos os filhos do Pai. Claro que para isso, ele desejava implementar um "novo" Plano de Salvação - o qual nos privaria da liberdade, destronaria Deus, e o elevaria a Senhor do Universo - tendo a Honra, Poder e Glória do Pai. Seu pecado imperdoável lhe custou tudo. Ele e um terço dos filhos do Pai foram expulsos para sempre. Sua aparente boa intenção o guiou à más ações. Isso porque a boa intenção era uma mascará para intenções malignas - sim, o orgulho e rebeldia. A boa intenção neste caso não bastou. Se as ações forem más do que adianta a intenção? Na realidade, ações más demonstram, com o tempo, que no fundo a intenção também era má.

Mortalidade e Doutrina da Graça
                Agora falemos da mortalidade, este Estado no qual nos encontramos. Noé, um homem que "foi perfeito em sua geração" pregou durante muitos anos arrependimento. Não obstante, apenas oito almas humanas se salvaram pela água - sua família imediata (I Pedro 3:20). Sua intenção certamente era a de abençoar o mundo todo e salvar seus irmãos e irmãs - porque se não, qual a razão de uma missão tão longa - sim, de 120 anos? Quando o tempo da humanidade estava acabando, Noé "sentiu pesar e doeu-lhe o coração por ter o Senhor formado o homem na Terra; e isso lhe afligiu o coração" (Moisés 8:25). Todavia "Noé encontrou graça aos olhos do Senhor" (Moisés 8:27). Se as ações de Noé fossem mais importantes ele não teria "achado graça", nem teria sido considerado um homem "justo e perfeito em sua geração". A intenção de Noé é o que contou neste caso. Mas não se enganem. A intenção valeu do que as realizações neste caso, porque Noé fez tudo o que estava ao seu alcance - mas as pessoas tomaram as próprias decisões. Elas tinham o arbítrio - e o usaram erradamente para não escutar Noé.
                A doutrina da graça nos ensina que "somos salvos pela graça depois de tudo o que pudermos fazer". Assim, a graça, que é o poder capacitador e compensador que advém da Expiação de Cristo, pode santificar-nos.
                Por exemplo, temos o mandamento de sermos perfeitos. Mas eu não conheço ninguém que se ache perfeito e não creio que ninguém o seja. Todos temos falhas e é bem provável que não alcancemos a perfeição neste Estado. Entretanto nossa intenção de tornarmo-nos perfeitos junto a nossas boas ações qualificam-nos para graça divina.
                Imaginemos que para alcançar a exaltação precisemos passar em uma prova de 10 questões - cada uma valendo um ponto. Apenas os que acertarem 100% das questões poderão adentrar o Reino Celestial no grau mais elevado. Os que tirarem outra pontuações, mas não acertarem tudo - não forem perfeitos - receberão outros Reinos de Glória, mas não entrarão na exaltação e cumprirão a medida de sua criação. Pois bem, que eu saiba, apenas Jesus Cristo tirou 10 nesta prova - apenas Ele nunca errou e pecou. Então o Reino Celestial é um lugar bem vazio não é... E é muito difícil, quase que impossível alcançar a vida eterna... Não, não é assim. Não é assim devido a graça de Cristo. Imaginemos que nossa intenção seja tirar dez na prova. Essa é nossa intenção sincera. E porque temos tal desejo, se sabemos que somos fracos e falhos? Porque nosso Mestre disse-nos que é possível. Vamos supor, que ao começarmos ao terminarmos o teste, após horas de angustia e dificuldades diversas, fazendo, porém, o melhor ao nosso alcance, segundo nossa capacidade - recebamos a noticia de que nossa nota: 4. Estamos bem longe dos 10 exigido. Todavia, de forma misericordiosa, Jesus Cristo concede-nos 6 pontos a mais. Ele pode fazer isso? Sim! Porque? Porque Ele realizou a Expiação e satisfez as exigências da justiça. É como se Cristo tivesse feito a tortuosa prova para nós. Por todos nós - e tirasse 10 por todos. E agora, tendo realizado todas as provas, ainda assim permite-nos adquirir experiência, usar a borracha do arrependimento aqui e ali e fazer o nosso melhor com o tempo que nos é dado. Depois, caso falte pontos, Ele vem, de maneira extremamente compassiva e empática e nos concede a nota máxima. E isso não é tudo. Durante o teste, Ele não nos deixa sozinhos. Envia profetas, anjos e o Espírito Santo. A prova é com consulta, se quisermos. Podemos usar as escrituras e a sabedoria da velha geração. Isso não é injustiça. Não é uma prova injusta. A nota máxima que Cristo nos concede não é injusta, visto que os pontos exigidos foram alcançados. Isso é pura misericórdia. Ele é o Mestre, Ele deu a prova. Ele pode perceber e levar em conta a intenção.
                Esse exemplo simples não abrange toda a gloriosa doutrina da Expiação, mas revela que a intenção de se tornar perfeito é o fator que mais conta, caso façamos o máximo ao nosso alcance. Realmente é-nos dito que seremos julgados não só pelas obras, mas também pelos desejos de nosso coração (Alma 41:3).
                Uma parábola que exemplifica bem esse fato é a dos trabalhadores da vinha. Alguns foram chamados para trabalhar na vinha na primeira hora do dia com a promessa de que teriam a Vida Eterna, se trabalhassem. Depois outros foram sendo chamados no decorrer do dia. Faltando uma hora, mais foram chamamos. No acerto de contas, todos receberam o mesmo - independentemente da quantidade de tempo trabalhado. O que contou não foram as realizações - não apenas. Mas o fato de desejarem trabalhar, e de terem trabalhado - ainda que um pouco - comparado aos primeiros.
                Para uma melhor compreensão desse princípio creio ser adequado mencionar Oliver Granger. O Presidente Boyd K. Packer ensinou:
                "Há uma mensagem para os santos dos últimos dias numa revelação raramente citada, dada ao Profeta Joseph Smith em 1838: “Lembro-me de meu servo Oliver Granger; eis que em verdade lhe digo que seu nome será conservado em lembrança sagrada de geração em geração, para todo o sempre, diz o Senhor”. (D&C 117:12)
                Oliver Granger era um homem muito comum. Era quase cego, tendo “perdido a visão pela exposição ao frio e intempéries”. (History of the Church, vol. 4, p. 408.) A Primeira Presidência descreveu-o como “um homem da maior integridade e virtude moral; em resumo, um homem de Deus”. (History of the Church, vol. 3, p. 350.)
                Quando os santos foram expulsos de Kirtland, Ohio, numa cena que se repetiria em Independence, Far West e em Nauvoo, Oliver foi deixado para trás para vender suas propriedades pelo pouco que conseguisse receber por elas. Não havia muita chance de ele ter sucesso. E, de fato, ele não teve!
                Mas o Senhor disse: “Portanto, que pleiteie sinceramente a redenção da Primeira Presidência da minha igreja, diz o Senhor; e, quando ele cair, tornará a erguer-se, pois seu sacrifício ser-me-á mais sagrado que seu crescimento, diz o Senhor”. (D&C 117:13)
                O que Oliver Granger fez para que seu nome se tornasse uma lembrança sagrada? Não muito, na verdade. Não foi tanto pelo que ele fez, mas pelo que ele era.
                Ao honrarmos Oliver, talvez grande parte ou a maior parte da honra devesse ser prestada a Lydia Dibble Granger, sua esposa.
                Oliver e Lydia finalmente partiram de Kirtland para reunirem-se aos santos em Far West, Missouri. Tinham se afastado apenas algumas milhas de Kirtland, quando foram obrigados a voltar devido a uma multidão enfurecida. Somente mais tarde eles puderam reunir-se aos santos em Nauvoo.
                Oliver morreu aos 47 anos de idade, deixando Lydia sozinha para cuidar dos filhos.
                O Senhor não esperava que Oliver fosse perfeito, talvez nem que ele tivesse sucesso. “Quando ele cair, tornará a erguer-se, pois seu sacrifício ser-me-á mais sagrado que seu crescimento, diz o Senhor.” (D&C 117:13)
                Não podemos esperar ter sempre sucesso, mas podemos tentar fazer o melhor possível.
                “Pois eu, o Senhor, julgarei todos os homens segundo suas obras, segundo o desejo de seu coração.” (D&C 137:9)
                O Senhor disse à Igreja:
                “Quando eu dou um mandamento a qualquer dos filhos dos homens de fazer um trabalho ao meu nome e esses filhos dos homens usam toda a sua força e tudo o que têm para realizar esse trabalho e não deixam de ser diligentes; e são atacados por seus inimigos e impedidos de realizar esse trabalho, eis que me convém já não requerer das mãos desses filhos dos homens o trabalho, mas aceitar suas ofertas. (…)
                E isso dou-vos como exemplo, para vossa consolação com respeito a todos os que foram mandados fazer um trabalho e foram impedidos pelas mãos de inimigos e por opressão, diz o Senhor vosso Deus.” (D&C 124:49, 53; ver também Mosias 4:27.) ("Um desses meus pequeninos irmãos", Conferência Geral, Outubro de 2004)
                Parece então que o que mais vale para Deus é nossa intenção, quando o arbítrio de outras pessoas ou nossas próprias fraquezas nos impedem de tirar 10 na prova.

O que vale mais
                O que, afinal, vale mais para Deus: a intenção ou a ação? Depende, é a resposta mais acertada! Viemos a Terra para agir. É esperado que "[façamos] muitas coisas de nossa livre e espontânea vontade, e [realizemos] muita retidão" (D&C 58:27). A importância das ordenanças do evangelho é revelada com isso. Não basta desejar ser batizado - deve-se descer às águas e ser imerso por alguém que tenha autoridade para fazê-lo. Não basta desejar ir ao Templo, devemos ir.
                O Presidente Dieter F. Uchtdorf disse:
                "Meus queridos irmãos, as bênçãos divinas pelo serviço no sacerdócio são ativadas por nosso esforço diligente, nossa disposição em sacrificar-nos e pelo nosso desejo de fazer o que é correto. Sejamos aqueles que agem, e não os que recebem a ação. É bom pregar, mas os sermões que não levam à ação são como fogo sem calor ou água que não mata a sede.
                É na aplicação prática da doutrina que a chama purificadora do evangelho cresce e o poder do sacerdócio incendeia nossa alma.
                Thomas Edison, o homem que banhou o mundo com a brilhante luz elétrica, disse que “o valor de uma ideia está na utilização dela”. De modo semelhante, a doutrina do evangelho se torna mais preciosa quando colocada em prática.
                (...)
                Sabemos que, apesar de nossas melhores intenções, as coisas nem sempre saem de acordo com o que planejamos. Cometemos erros tanto na vida como em nosso serviço no sacerdócio. Vez por outra, falhamos e deixamos a desejar.
                Quando o Senhor nos aconselha, dizendo “continuai pacientemente até que sejais aperfeiçoados”, Ele reconhece que isso exige tempo e perseverança." (http://www.lds.org/general-conference/2012/04/the-why-of-priesthood-service?lang=por)
                Se fizermos o melhor possível a graça de Deus pode refinar-nos e purificar-nos. A intenção, portanto, é o que valerá mais. Mas essa intenção deve ser pura e mesclada com o máximo de ações boas. Insisto nisto, porque uma vez o Presidente Brigham Young disse que o inferno esta cheio de boas intenções. E o Profeta Joseph Smith reconheceu que não há nada pior do que alguém estar fazendo o mal, pensando estar fazendo o bem (Ele disse: "nada prejudica mais os filhos dos homens do que estar sob a influência de um falso espírito, quando pensam que têm consigo o Espírito de Deus" - Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 407). Assim tanto a ação como a intenção são muito importantes para Deus.
                Como iremos prestar contas a Deus, devemos estar bem preocupados em intentar o que Ele deseja que intentemos - e de agir como Ele deseja que ajamos. Se tivermos essa preocupação receberemos luz e verdade - até obtermos o Santo Espírito. O Espírito Santo nos enchera de desejos justos e nos auxiliará nas obras de retidão.

Ação e intenção entre os homens
                Por fim, quero dizer que para os homens, imperfeitos como são, na maioria das vezes, o que conta é a ação, e não a intenção. Isso porque os homens enxergam o que esta diante dos olhos, e não para o coração - como o Senhor. Devemos procurar fazer boas obras diante dos homens para que glorifiquem a Deus (Mateus 5:14). Não obstante, o mais importante é agradar a Deus. E se para fazê-lo desagradamos os homens - que seja assim!
                O Élder James E. Talmage uma vez contou uma parábola sobre dois cofres. Um dos cofres, o bom nome, é nossa reputação - fruto de nossas ações. O outro cofre são as intenções - que são conhecidas por Deus, e são a musculatura do caráter. Encerrarei com essa parábola de Élder Talmage:
                "Entre as notícias recentes, havia o relato de um arrombamento cujos detalhes eram incomuns na literatura do crime. O cofre de uma casa de penhores que lidava com joias e pedras preciosas foi alvo do ataque. Pelo cuidado e habilidade com que os dois ladrões planejaram seu roubo era evidente que se tratavam de criminosos experientes.
                Conseguiram entrar secretamente no edifício e ficaram trancados dentro dele quando as pesadas portas reforçadas foram fechadas à noite. Sabiam que o grande cofre de aço e concreto era muito bem feito, do tipo que tem a garantia de ser à prova de roubos. Sabiam que ele continha um tesouro de imenso valor e confiavam em seu sucesso por causa da paciência, persistência e habilidade que tinham desenvolvido por meio de muitos outros arrombamentos anteriores, porém de menor monta.
                Seu equipamento era completo, incluindo furadoras, serras e outras ferramentas, que eram fortes o suficiente para perfurar até o aço temperado da enorme porta, a única via de acesso ao cofre. Havia guardas armados nos corredores do estabelecimento e as pessoas que se aproximavam do cofre-forte eram diligentemente vigiadas.
                Os ladrões trabalharam durante toda a noite, furando e serrando em volta da fechadura, cujo complicado mecanismo não podia ser manipulado, mesmo por alguém que conhecesse a combinação, antes da hora estipulada por um controlador de tempo. Eles haviam calculado que com trabalho persistente teriam tempo suficiente durante a noite para abrir o cofre e pegar tudo de valor que pudessem carregar. Depois confiariam na sorte, na ousadia ou na força para conseguirem escapar. Não hesitariam em matar, se fossem impedidos de fugir. Embora as dificuldades tivessem sido maiores do que o esperado, os hábeis criminosos conseguiram, com o uso de ferramentas e explosivos, chegar até o interior da fechadura.
                Então, moveram as trancas e abriram as pesadas portas.
                O que viram ali dentro? Vocês acham que foram gavetas cheias de joias, com bandejas de diamantes, rubis e pérolas?
                Era isso e muito mais que eles esperavam confiantemente encontrar e pegar, mas em vez disso encontraram outro cofre interno, com uma porta ainda mais pesada e resistente que a primeira, equipada com uma fechadura mecânica ainda mais complexa do que aquela na qual haviam trabalhado tão arduamente. O metal da segunda porta era de qualidade tão superior que quebrou suas ferramentas de aço temperado.
                Por mais que tentassem, nem conseguiram arranhá-lo. Sua energia mal direcionada havia sido desperdiçada. Seu plano abominável havia sido frustrado.
                A reputação de uma pessoa se assemelha à porta externa do cofre do tesouro. O caráter se assemelha à porta interna. Um bom nome é uma defesa muito forte, mas por mais que ele seja atacado ou até mesmo arruinado ou destruído, a alma que ele guarda estará segura, desde que o caráter interno seja inexpugnável." (A Liahona, Fevereiro de 2010, pg. 52)

               A soma de intenções e ações resulta em quem somos - e, no final, resultará em quem seremos. O que realmente importa é quem somos: quem somos para Deus e para nós mesmos. Por meio de Cristo podemos  intentar o que Ele intenta, agir como Ele age - tornando-nos como Ele é.


Para aprofundar recomendo esse ótimo discurso de Édler Oak: "O Desafio de Tornar-se" - http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-148-15,00.html

22 de dez. de 2011

Como podemos ajudar uma pessoa a saber que Jesus foi muito mais que um grande mestre moralista? Como uma pessoa pode entender que Jesus é o Cristo?


Bem é preciso haver lágrimas, esforço e dons celestiais. Explicarei abaixo.
O Espírito Santo é o membro da Trindade que presta testemunho do Pai e do Filho (Moisés 7:11). Por meio Dele podemos saber que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (Morôni 10:5-7). Sentir o Espírito Santo e reconhecê-lo, entretanto são resultados de um processo. Esse processo começa com o contato com a Palavra de Deus (Romanos 10:17). Ou seja, alguém que nunca ouviu sobre Cristo não poderá aprender sobre Ele. Esse “ouvir” pode ocorrer com a leitura das escrituras, com uma manifestação incomum (sonho, visão, ministração de anjo) ou com a pregação dos servos de Deus.
Todos os que nascem nesta Terra tem direito a luz de Cristo. Essa influência poderosa enche a imensidão do espaço e dá vida e luz a todas as coisas (GEE “Luz de Cristo”). Uma de suas manifestações é o desejo natural que todo homem tem de adorar. Esse desejo permite que a Palavra encontre lugar na mente e coração dos homens. A luz de Cristo também se manifesta na consciência. Quando escolhemos o certo preparamo-nos para aprender mais sobre Cristo. A luz de Cristo faz-nos desejar o bem, o belo e o divino. A luz guia a felicidade – e, portanto, molda nossos mais sublimes desejos.
Assim sendo, após ouvirmos a Palavra, devemos desejar acreditar (Alma 32:27)
Desejar acreditar em quem?
Deus, que ama seus filhos, deseja que saibamos que Ele vive, e que enviou Seu Filho Amado para redimir a humanidade. Portanto Ele chama profetas (GEE “Profetas”). Faz isso enviando anjos e dons de Sua presença. Os anjos transmitem as palavras aos profetas. Os profetas recebem autoridade para pregar o evangelho e propagar a doutrina de Cristo de maneira clara. A vida dos profetas é uma manifestação da vida de Cristo – ou seja, as obras e palavras dos profetas demonstram como Cristo agiria se estive pessoalmente entre nós e o que Ele nos pedira para sermos felizes. Assim estudar e observar os profetas de Deus é importante para conhecer o verdadeiro Cristo.
Há profetas antigos e modernos. Estudar as escrituras, que são as palavras dos profetas nos faz aprender sobre o Senhor – porque elas testificam de Cristo e persuadem todos os homens a tornarem-se como Ele (João 5:39, 2 Néfi 3310-11). Assim o desejo de acreditar é complementado pela verdade revelada pelos profetas e servos de Deus. Desejamos acreditar no que os profetas e escrituras pregam (Romanos 10:14)
Ouvir os santos de Deus e seguir seus bons exemplos também nos faz aprender quem é Cristo. Pois eles são uma luz para o mundo (3 Néfi 18:24).
Depois de considerar essas coisas em nossa mente e coração, devemos indagar a Deus se são verdadeiras. Fazemos isso através de oração (GEE “Oração”). Uma oração é uma conversa que temos com Deus. Podemos fazê-la em voz alta ou em pensamento, de joelhos ou em pé. É melhor que sejamos reverentes e sinceros – usando nossas próprias palavras de modo adequado. Devemos expressar nossos sentimentos e perguntas abertamente.
Será exigido que paguemos o preço da revelação (da resposta de Deus). Essa “pagamento” é uma prova de fé (Éter 12:6)– uma maneira de provarmos a nós mesmos que estamos desejosos de aprender mais sobre Deus e Cristo. Talvez precisemos ir à igreja, ler mais as escrituras e prestar serviço. Durante ou depois dessas obras de fé nossa resposta virá.
A simples petição seguida de ação justa é poderosa, pois convida à revelação (GEE “Revelação”). O Espírito Santo achará em nós disposição suficiente para nos testificar que Jesus é o Cristo. Esse conhecimento provocará uma mudança em nosso coração. Nossas atitudes mudarão, nossa visão mudará. Teremos desejo de agradar a Deus e conhece-lo melhor.
Começaremos a andar em novidade de vida. Veremos que os ensinamentos de Cristo não são uma filosofia para uma vida pacífica, mas o plano de salvação que cura, salva e ressuscita. Perceberemos que, por meio de Cristo, a Vida Eterna se tornou uma possibilidade.
À medida que guardarmos os mandamentos de Deus iremos conhecer Cristo. Porque ao guardarmos os mandamentos o Espírito nos purificará. E os puros conhecem a Deus (3 Néfi 12:8).

Se você tiver que ensinar pessoas que não tem formação cristã ou se rebelaram contra Deus você pode aprender com os ótimos exemplos do Livro de Mórmon em Alma 17-25 e 30-32. Você pode compartilhar discursos da conferência Geral (http://lds.org/general-conference?lang=por), o documento “O Cristo Vivo” (http://www.lds.org.br/brz_mn_item.asp?v_section=1&v_item=6&v_mask=LKPWPERMFS) e filmes da Bíblia (http://lds.org/bible-videos?lang=eng). Pode também convidar os missionários de tempo integral para ensinar – eles que saberão o que fazer e como responder as perguntas. Se tudo que puder fazer for testificar sobre o Senhor Jesus, mesmo sem conseguir explicar como tem esse conhecimento, o Espírito Santo estará presente e tocará o coração do ouvinte.

Eu sei que Jesus Cristo não foi apenas um líder carismático – foi e é um Deus – que morreu por mim e salvou-me! Eu sei que Ele vive hoje e que voltará a Terra.

8 de fev. de 2011

Milagres

Um milagre é por definição um prodígio inexplicável. Entretanto, o entendimento de como ocorre um milagre e o porquê de ocorrer um milagre não exclui a maravilha e nem descaracteriza um milagre. Por exemplo, a avançada tecnologia de comunicação é um milagre. Mesmo aqueles que compreendem os pormenores da ciência ainda assim se fascinam com as realizações que observam dia-a-dia. Há vinte anos nem o mais utópico dos homens preveria o mundo com uma tecnologia tão difundida e prática – como, por exemplo, a tecnologia dos telefones celulares. Um milagre é, portanto, algo incrível, espantoso, grandioso e muitas vezes inesperado para maioria.
Quando falamos de milagre no meio religioso estamos se referindo a um evento ou fato incomum e especial: como um cego ser curado e passar a ver ou um coxo voltar a andar.

Porque há necessidade de milagres?
Há três razões principais para os milagres: (1º) abençoar, (2º) testificar e (3º) condenar.
Por vivermos pela fé e não pela visão, tendo passado pelo véu do esquecimento nosso Pai Celestial, em sua terna misericórdia e grande condescendência, não nós deixaria passar a vida mortal em solidão e incertezas. Por isso enviou anjos, profetas e escrituras. Eles eram milagres vivos aos homens que mostravam que os céus estavam perto para abençoar com paz, felicidade e cura, e por fim salvar aqueles que se arrependessem.
Como recompensa pela fé ativa (fé + ação), Deus prometeu uma prova, um testemunho ou um milagre. Esse milagre pode ser simples como um sentimento de confirmação de que o Pai Celestial existe, ou pode ser uma bênção do sacerdócio curando um câncer maligno. De qualquer forma a finita mente mortal não pode dar explicações completas sobre como o milagre acontece. Quando um justo é agraciado com um milagre – pois “sinais seguem os que crêem” – então sua esperança e fé crescem, bem como desejo de se aproximar de Deus e manter-se fiel. É impossível que milagres não aconteçam com os justos, pois o milagre é o resultado de uma vida obediente e consagrada.
Os milagres também servem para testificar a missão ou encargo de uma testemunha especial. Cristo realizou muitos milagres, como profetizado, para que o povo o reconhecesse como o Messias – suas obras eram um testemunho incontestável para o mundo que Ele era o Filho de Deus.
Entretanto o milagre pode ser uma maldição em vez de bênção. Se o sinal vier antes da fé não converte, mas afasta. O Faraó do Egito, por exemplo, viu todas as maravilhas que o Deus de Moisés realizava e mesmo assim endureceu o coração e não se converteu. Lamã e Lemuel viram um anjo, mas continuaram a murmurar a despeito da impressionante visão. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus ao poder do demônio – e por isso lhes foi imputado condenação. Um milagre dado a alguém despreparado e carente de fé torna-se uma pedra de tropeço e resulta em dúvida, orgulho, confusão, discórdia e até apostasia. É por isso que Maria não saia divulgando abertamente os milagres do nascimento de seu filho Jesus. Ela guardava tudo em seu coração, porque considerava sagrado aquele conhecimento.

Quais são alguns dos milagres mencionados nas escrituras?
São muitos: mortos revivendo, mortos ressuscitando, cegos vendo, surdos ouvindo, leprosos sendo curados, rebeldes sendo convertidos, visões de eventos futuros, etc.
Conta-se que um setenta estava dando um serão sobre Jonas. No final da mensagem uma irmã veio cumprimentá-lo e disse-lhe: “irmão, acredita mesmo que Jonas foi engolido por uma baleia?” Ele respondeu: “acredito”. Ela continuou: “mas como isso é possível: passar três dias no ventre do animal sem morrer?” O élder respondeu: “bem, quando eu chegar no céu vou perguntar a Jonas como foi.” “Mas se ele foi para o inferno?” quis saber ela. “Então” disse ele, “a senhora pergunte!” A moral é bem clara: se não temos fé para crer que os milagres das escrituras aconteceram não temos que esperar estar com Cristo e os profetas – por que eles acreditavam nesses milagres e também realizavam milagres.

Milagres acontecem hoje?
Sim. Milagres acontecem hoje talvez com mais freqüência do que aconteciam em épocas passadas. Como sei disso? Porque milagres aconteceram em minha vida e porque vi muitos milagres acontecerem na vida de outras pessoas. Entre os maiores milagres estão da conversão ao evangelho restaurado. Pessoas cheias de pecado e vícios são transformadas – como a água transformada em vinho. Mas os milagres mencionados nas escrituras também acontecem hoje: há dons de línguas, dons de cura, dons de visões e sonhos, etc.
Por serem sagrados os milagres não podem ser compartilhados a menos que o Espírito autorize. Como o Senhor ensinou: não devemos jogar as pérolas aos porcos. Mas quero prestar meu testemunho que os milagres são reais. Eu vi, eu senti, eu aprendi por mim mesmo. Sei que os milagres acontecem como sei que estou vivo.

O diabo pode realizar milagres?
Sim. Os magos do Faraó imitaram Moisés e transformaram cabos de madeira em cobras. Eles não agiram pelo poder de Deus. Homens e demônios têm certo poder e podem por meio de truques e poder demoníaco simular os dons de Deus. Satanás é um ótimo imitador e quase se transforma num anjo de luz para iludir e desencaminhar. Esta ai parte da resposta porque muitas igrejas que não possuem o sacerdócio verdadeiro realizam milagres. É verdade que os milagres não estão restritos ao povo da Igreja verdadeira. Deus ama todos. E todos que tem fé recebem milagres. Mas a bruxaria, o satanismo, o espiritismo e todo tipo de filosofia e religião que faz milagres não o fazem pelo poder de Deus. E com isso concluímos que seus milagres não são para o bem e para conduzir a felicidade – mas são para satisfazer o orgulho, a ambição, exercer domínio ou coação sobre os homens e levá-los ao inferno.

Qual efeito um milagre pode ter na minha vida?
Um milagre, que acontece após a fé ativa, vai elevar e trazer felicidade a alma. Não devemos buscar sinais – que vem antes da fé – mas depois de exercermos fé devemos confiar em Deus e esperar ver milagres. Na realidade se estivermos procurando milagres o Espírito pode abrir nossa visão para que vejamos e abrir nossos ouvidos para que ouçamos. Os milagres levarão a Cristo por que os milagres são bons, e tudo que é bom conduz a Cristo.

4 de fev. de 2011

Tudo o que pedirmos ser-nos-á dado!

Em 3 Néfi 18:20 lemos uma promessa incrível: "E tudo quando pedirdes ao Pai em meu nome, que seja justo, acreditando que recebereis, eis que vós será dado." A primeira palavra que me chamou atenção foi "tudo". Tudo o que pedirmos a Deus ele nos dará! Claro, os requisitos são: ser um pedido justo e acreditar que se vai receber. Mas tão logo cumprirmos esses requisitos teremos a dádiva anelada! Sobre isso quero fazer algumas considerações.
Vamos supor que você não tenha um carro e deseje muito um. Você ora a Deus solicitando um carro. Você pediu em nome de Cristo. Agora precisa saber se o pedido é justo. O que é um pedido justo? Felizmente as escrituras esclarecem um pouco mais do assunto para que o subjetivismo diversificado dos homens não definisse equivocadamente o que vem a ser "justo". Morôni ensina que "tudo que é bom, é justo e verdadeiro; portanto nada que é bom nega o Cristo, mas reconhece que ele é" (Morôni 10:6). O pedido justo é o pedido que é bom, que é cristão - em outras palavras é o pedido que conduz ao bem e à Cristo. O Salvador é o caminho, a verdade e a vida. Se pedirmos com "inquebrantável firmeza" algo que leva ao evangelho, a paz, ao amor, a fé, a esperança, aos mandamentos, ao batismo, ao serviço a Deus e ao próximo, etc., e não algo para "satisfazer [nossas] concupiscências" (Mórmon 9:28) então é mais provável que nosso pedido será justo. Como todos temos a capacidade de discernir, por causa da luz de Cristo, todos podem aprender a diferenciar um pedido justo de um pedido não justo. Evidentemente o Espírito Santo amplia a capacidade de pedirmos o que devemos pedir - de fato, por meio do Espírito Santo somos justificados e santificados e nossa mente se concentra em Deus, de modo que andamos com Ele - e passamos a agir como Ele agiria, a ser um com Deus - a pedir o que Ele pediria em nosso lugar. Nosso arbítrio é voluntariamente consagrado e como recompensa andamos em justiça. E como Isaías descreveu "aquele que anda em justiça, e fala com retidão; aquele que rejeita o ganho da opressão; que sacode as mãos para não receber peitas; o que tapa os ouvidos para não ouvir falar do derramamento de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio; dar-se-lhe-á o seu pão; as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o rei na sua formosura, e verão a terra que se estende em amplidão" (Isaías 33:15-17).
Em seguida precisamos acreditar que receberemos. A fé é necessária. E para que ela seja expressa, ou provada, comumente um tempo nos é dado para agirmos. Pedimos, agimos com fé e então recebemos. Vamos voltar ao exemplo do carro. Você pediu um carro. Depois de pedir, por mais fervorosa que tenha parecido sua oração, ela será carente de fé verdadeira a menos que haja uma obra. A fé sem obras é morta! Ou seja, se pediu um carro, deve planejar como obter um carro, poupar dinheiro, trabalhar duro e realizar tudo mais. Devemos orar (pedir) como se tudo dependesse de Deus e depois agir como se tudo dependesse de nós.
Há duas advertências importantes sobre esse ensinamento: primeiro, não vamos receber tudo o que queremos mesmo que pedirmos com fé, e, segundo, se insistirmos em um desejo que não é justo o Senhor respeitará nosso arbítrio e nos dará o que pedimos, mesmo que seja para nossa condenação.
O motivo pelo qual não recebemos tudo o que queremos é simples: Deus nos ama. Se um carro trará dor ou tentação maior do que podemos suportar, por exemplo - Deus - que é nosso amado Pai - não nos dará. Às vezes Ele quer que aprendamos paciência, às vezes humildade, às vezes não precisamos realmente do que estamos pedindo - ou ainda, já recebemos o que pedíamos mas não percebemos.
Alma escreveu que sabia que Deus concedia "aos homens segundo os seus desejos, sejam estes para a morte ou para a vida; sim, sei que ele concede aos homens, sim, dá-lhes decretos inalteráveis segundo seus desejos, sejam eles para salvação ou para destruição." (Alma 29:4).
Portanto, uma das chaves para se pedir algo justo e com fé - e não pedir algo para condenação - é o de procurar o Espírito para pedir o que Deus quer que peçamos (D&C 124:97). Como Paulo explicou: "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26).
Concluindo, tudo o que pedirmos a Deus nós será dado, no devido tempo, de maneira Dele. Será o melhor para nós. A menos que insistamos em usar nossa vontade para seguir o demônio. Então antes de pedirmos qualquer coisa, até algo ordinário e, às vezes trivial, como um carro, do exemplo, devemos procurar saber se realmente devemos pedir tal coisa.
Nem sempre teremos certeza se nosso pedido é justo ou se será o melhor para nós. No processo de revelação é exigido fé, e fé não é um perfeito conhecimento. Mas se fizermos o nosso melhor a graça de Cristo nós santificará e Deus pôde não só responder nossas orações de acordo com o que queremos, mas principalmente de acordo com o que precisamos.
Esforcemo-nos portanto para conhecer Cristo, lembrar Dele, ter o Espírito conosco, ser cheio de luz e verdade e depois, mesmo que andando no escuro sem perfeito conhecimento, façamos o melhor que pudermos - nosso desejos se tornaram os desejos Dele e teremos Vidas Eternas.

22 de nov. de 2010

Quais são as prioridades da vida?

O élder Jensen, da presidência dos setenta falou, num recente serão para o MAS em São Paulo (21/11/2010 – Caxingui), sobre a importância das prioridades em nossa vida, e disse: “Quando nossas prioridades estão fora de ordem, perdemos poder.”

Mas quais são nossas prioridades? Quais deveriam ser?
Eu creio que essa pergunta não possa ser completamente respondida de modo genérico e padronizado. Cada idade, cada circunstância, cada fase da vida alteram as prioridades. Por exemplo, para um rapaz da Igreja de 19 anos a prioridade é, sem dúvida, ir para missão e tornar-se um missionário; mas para uma moça de 19 anos a prioridade pode ser a de tornar-se uma excelente aluna na faculdade e ajudar sua mãe. Para um idoso avó a prioridade pode ser passar tempo com os netos, e para um jovem menino a prioridade pode ser ganhar no campeonato de futebol. Entretanto um rapaz de 19 anos que seja fisicamente impossibilitado não tem como prioridade fazer uma missão, bem como uma moça de 19 anos pode ter como prioridade cuidar do marido e do recém nascido bebê. E no caso do avó a prioridade pode ser fazer uma missão de casal no Templo. E quanto ao menino pode ser trabalhar duro, mesmo na tenra idade para ajudar seus pais e família a sobreviver.

Aquilo que queremos e aquilo que podemos nem sempre se transfiguram em prioridades. Mas sempre aquilo que devemos torna-se nossa prioridade. De modo ideal aquilo que queremos e o que podemos combina perfeitamente com o que devemos. Por exemplo: quero ter filhos, posso ter filhos e devo ter filhos. Todavia nem sempre é assim. Uma mulher fiel pode desejar ter filhos entender que deve ter filhos, mas não pode gerar filhos por ser estéril. Neste caso, a graça de Cristo lhe é suficiente – ela será justificada, e se permanecer fiel um dia poderá ter filhos. Mesmo que, neste exemplo, a mulher não possa ter filhos, ela será julgada pelo seu desejo em fazer aquilo que devia ter feito (D&C 137:9).
Além disso, o que devemos não deve ser realizado por meios iníquos. Por exemplo, devemos falar do evangelho as pessoas que não são da Igreja – mas se o fizermos usando de mentiras ou criticas sobre outras religiões estamos errados e nosso dever é vão.

Há algumas prioridades básicas de todo homem: amar a Deus de todo coração poder mente e força, e amar ao próximo como a si mesmo (Lucas 10:27). A prioridade de alguém que busca o reino de Deus e sua justiça faz com que este indivíduo mereça a bênção de que tudo lhe será acrescentado (3 Néfi 13:33).
Se nossa prioridade for Deus, então não hesitaremos de cumprir seus mandamentos. Não será problema para alguém que coloca Deus acima de tudo e todos pagar o dízimo ou fazer jejum todo mês ou visitar os aflitos ou ir ao Templo com freqüência.
Fazendo as primeiras coisas as segundas coisas se colocam no devido lugar. Assim sendo, devemos achar espaço para ler as escrituras e orar em nosso atarefado dia. Se o fizermos estamos colocando Deus em primeiro lugar.
Meu pai costuma dizer que o mandamento mais importante para nós é aquele que temos mais dificuldade em cumprir. Assim sendo, se priorizarmos nossos esforços para cumprir tal mandamento colocamos Deus em primeiro lugar.
Nem sempre é fácil reconhecer qual é a prioridade. Há inúmeros conflitos de interesse, tentações, opiniões, desafios, etc. Deve-se buscar revelação para se descobrir. Felizmente o Senhor, os profetas e apóstolos que nos amam, nos ajudaram a descobrir quais são nossas muitas responsabilidades. Se ponderarmos em espírito de oração seus conselhos nas escrituras certamente as descobriremos. Se as colocarmos no devido lugar prosperaremos.

O link para descobrir as prioridades para os próximos seis meses é esse: http://lds.org/conference/sessions/display/0,5239,23-2-1299,00.html