Mostrando postagens com marcador isaías. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador isaías. Mostrar todas as postagens

5 de jul. de 2014

ESTRANHO ATO DO SENHOR

Algumas pessoas acham esquisito alguns rituais do evangelho, certos padrões da Igreja e determinadas passagens de escrituras. De fato, muitos questionam o modo de agir do Senhor, no passado e no presente. Reconheço que eu mesmo já fiquei intrigado em certas ocasiões. O Senhor sabia que as pessoas se admirariam e questionariam – e por isso chamou sua obra de “estranho ato” (Isaías 28:21; D&C 95:4, 101:95).

Já vi pessoas sinceras e cheias de potencial relutarem em servir com dedicação por não entenderem coisas que aprendem no Templo, lerem sobre trechos pouco conhecidos da História da Igreja ou ouvirem algo das Autoridades Gerais que vá contra sua opinião politico-filosófica.

Para as pessoas que se debatem com questões relacionadas ao modo de proceder do Senhor e de Seus servos, no passado e no presente, revelo alguns princípios que poderão ajudar:

1º.    ESFORCE-SE PARA COMPREENDER MAIS PLENAMENTE O CARÁTER DE DEUS. Ore sempre ao Pai Celestial, em nome de Cristo. O relacionamento que você desenvolver com Ele é muito valioso. Satanás, o pai da mentira, vai fazer de tudo para que você não acredite que exista um Deus – ou que Ele, existindo, não se importa contigo. Nada pode ser mais absurdo e irreal! Ele existe, e te conhece pelo nome. Ao reconhecer que Ele é um ser real e pessoal, você pode aprender por experiência própria que Ele é um Pai amoroso, que quer seu bem-estar eterno. Também vai compreender que “assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os (...) caminhos [de Deus] mais altos do que os [seus] caminhos, e os (...) pensamentos [de Deus] mais altos do que os [seus] pensamentos”(Isaías 55:9). E isso significa que nem sempre suas perguntas e orações serão respondidas da maneira e no tempo que você deseja – mas serão respondidas. Saiba que “A demora do Senhor com frequência parece longa; às vezes dura a vida inteira. Mas ela sempre é planejada para abençoar.” (Presidente Henry B. Eyring, “Onde Esta o Pavilhão?”, http://goo.gl/F7cTeY )

2º.    ESTUDE COM MAIS DEDICAÇÃO ÀS OBRAS-PADRÃO. Há muitas pessoas falando sobre a Igreja, seus procedimentos, seus líderes e sua história. Muitos questionam a obra do Senhor, supondo, metaforicamente, “que podem virar a mão do Senhor para esquerda” (3 Néfi 29:9). Essas pessoas, na maioria dos casos, conhecem pouco das escrituras. E se as estudaram, não as compreendem. É importante, é vital, buscar a verdade nas melhores fontes. As escrituras – as obras-padrão e palavras dos profetas vivos são as fontes mais preciosas da verdade – porque elas dão acesso ao inestimável poder do Espírito Santo. A leitura das escrituras precisa ser diária. Mas é preciso mais do que ler: é necessário ponderar, orar e procurar aplicar o que se aprendeu. Só assim plantaremos a semente, e provaremos que é boa. É fácil refutar a história de Adão e Eva ou negar que Cristo tenha realizado milagres baseando-se no frágil intelecto humano que interpreta as escrituras como textos de fantasia. Mas as escrituras trazem um panorama muito mais grandioso quando estudas a fundo. Há algo em sua leitura que proporciona um vigor e um dom inestimável, que converte e refina. Isso acontece porque as escrituras falam de Cristo e dos princípios mais importantes para nossa alegria nesta vida e felicidade eterna. Você é livre para estudar e buscar o que quiser – mas se seu alicerce estiver bem solidificado com a poderosa palavra de Deus você compreenderá muito mais sobre tudo. E saberá distinguir o certo do errado – pois a luz de Cristo que há em ti, aumentará exponencialmente. Afinal, Deus, ao perceber que buscas, bate e pede conhecimento sobre conhecimento, lhe dará, como dom, mais e mais luz, até o dia perfeito.

3º.    ENTENDA O MODO DE PROCEDER DO SENHOR. Quando você ler as escrituras e orar constantemente vai começar a ver o mundo de outra forma. E vai entender porque o Senhor permite que certas coisas aconteçam e impede que outras se realizem. Vai notar que muitas vezes o Senhor transmite sua mensagem por meio de símbolos. Ele faz isso não apenas para preservar a verdade daqueles que ainda não estão preparados para recebê-la (por não terem um conhecimento prévio ou capacidade necessária para entendê-la) ou que a desprezariam – mas também para ensinar, demonstrar amor e guiar as pessoas até Ele. As escrituras e as ordenanças do evangelho – especialmente as que se realizam dentro do Templo são muito simbólicas. Você pode aprender tudo a respeito dos símbolos no evangelho – mas precisa se esforçar muito e ser digno de revelação e de confiança. Há coisas que você não compreenderá de imediato – e nem depois de muitos anos. Esse é um dos testes de fé que precisamos passar na mortalidade.

4º.    NÃO TENHA MEDO DE FAZER PERGUNTAS. O Presidente Dieter F. Uchtodrf ensinou: “Creio que nosso Pai Celestial fica contente com Seus filhos quando eles usam seus talentos e faculdades mentais para diligentemente descobrir a verdade.” “Nesta Igreja que honra o arbítrio pessoal tão fortemente, que foi restaurada por um jovem que fez perguntas e buscou respostas, respeitamos aqueles que sinceramente buscam a verdade”. Ele também disse: “É natural ter dúvidas — a semente da dúvida sincera, com frequência, brota e amadurece até se tornar uma grande árvore de conhecimento. Há poucos membros da Igreja que, em uma ocasião ou outra, não se debateram com dúvidas sérias ou delicadas. Um dos propósitos da Igreja é nutrir e cultivar a semente da fé, mesmo que às vezes seja no solo arenoso da dúvida e da incerteza. A fé é a esperança nas coisas que não se veem mas que são verdadeiras. Portanto, por favor, duvidem de suas dúvidas antes de duvidarem de sua fé. Jamais podemos permitir que a dúvida nos aprisione e nos impeça de receber o divino amor, a paz e as dádivas que vêm por meio da fé no Senhor Jesus Cristo.” (http://goo.gl/ukm0a8 e http://goo.gl/7rnO6R)
Faça perguntas. Questione até mesmo suas perguntas. Ou seja: qual o motivo que você esta se questionando. O que o levou a fazer essa pergunta e qual sua relevância. A receber um confirmação da verdade, prossiga adiante - sem questionar o que já sabe ser verdadeiro. Ainda que o saiba tão somente pela fé.

5º.    LEVE EM CONSIDERAÇÃO O CONJUNTO COMPLETO. Isso significa procurar comtemplar o Plano Eterno. Significa que na linda melodia da verdade, se uma parte da música lhe soar diferente e até esquisita, pondere o que já sentiu, aprendeu e realizou até o momento. Avalie o que se tornou por guardar os mandamentos. É difícil, reconheço, fazer esse tipo de avaliação quando estamos imersos na agitação do dia-a-dia ou quando as negras nuvens da tristeza nos querem cegar. É por essa razão é que é tão importante “aquietar-nos”. Quando ponderamos, em um lugar calmo e sereno, o Espírito encontra mais facilmente o nosso espírito – e pode comunicar coisas muito pessoais e sagradas. (Elder Ballard ensinou recentemente sobre isso: http://goo.gl/gid0MZ).

6º.    SIRVA AO SENHOR COM DEDICAÇÃO. Pode parecer contraditório, confuso ou até errado – dedicar-se a uma causa que você não compreende plenamente. Mas o fato de não sabermos tudo, sobre tudo, não deveria paralisar-nos ou amedrontar-nos. O Senhor não exige que conheçamos tudo sobre batismo para nos batizar ou que saibamos tuo sobre sacerdócio para recebe-lo. Ele não exige que saibamos sobre o Templo antes de adentramos lá. Ele exige um “coração quebrantado e um espírito contrito” – e isso significa humilde e disposição. Precisamos ter fé em Deus. Essa fé não surge por meio de sinais incríveis. Ela começa quando confiamos na Palavra que nos diz para seguir o Mestre. E quando o seguimos – guardando Seus mandamentos – somo recompensados com mais dom de fé – e sinais se seguem. De fato, ao darmos passos na escuridão a luz de Deus se descortina – e gradualmente vemos mais e mais. Então, o segredo é servir a Deus e ao próximo. E quando fazemos esse tipo de sacrifício – mesmo sem um perfeito conhecimento aquilo que julgamos estranho ou esquisito passa a ser compreensível, e depois grandioso e glorioso.

7º.    NÃO SE MARAVILHE. Algumas ocasiões o Senhor disse a seus discípulos e a outros que “não se maravilhassem” (João 3:7, João 5:28, D&C 27:5). Isso não significa que não deviam sentir gratidão ou se contentar pelos milagres que contemplavam ou pela doutrina santa que ouviam. Significava que eles deveriam reconhecer a verdade assim como era - sem alardes ou inquietações. Se eles deixassem que o fascínio os levasse a uma admiração demasiada havia risco de ceticismo, fanatismo, espírito especulativo, misticismo, tolices e até idolatria.
Quando o Senhor ordena "não vos maravilheis", indiretamente exige que confiemos Nele. Deus, pode todas as coisas, o homem não. Devemos reconhecer nossas próprias limitações. O Rei Benjamim aconselhou: “Acreditai em Deus; acreditai que ele existe e que criou todas as coisas, tanto no céu como na Terra; acreditai que ele tem toda a sabedoria e todo o poder, tanto no céu como na Terra; acreditai que o homem não compreende todas as coisas que o Senhor pode compreender. E novamente, acreditai que vos deveis arrepender de vossos pecados e abandoná-los e humilhar-vos diante de Deus; e pedir com sinceridade de coração que ele vos perdoe; e agora, se acreditais em todas estas coisas, procurai fazê-las” (Mosias 4:9-10).
A fé pura e simples que leva uma pessoa a fazer o bem é suficiente para receber as mais altas dádivas da Expiação. E essa é a fé que devemos buscar continuamente.


Ao viver esses princípios o "estranho ato do Senhor", não será tão estranho assim. Veremos a morte, os desafios da doença e da dúvida, as adversidades - de outra maneira. Nossa perspectiva será outra. Seremos elevados, inspirados e nos estaremos vivendo a medida completa de nossa criação.

19 de nov. de 2010

Comentários de Isaías 1:18

Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.


Vinde. A conjugação para o verbo vir nesta escritura esta no imperativo afirmativo – é, portanto, uma ordem, um mandamento. Todavia nos soa como um agradável convite: “Vinde a mim todos os que estais cansamos e oprimidos e eu os aliviarei” (Mateus 11:28) e “Vinde a mim e salvai-vos” (3 Néfi 12:20). “Vinde a mim” é um dos convites mais repetidos nas escrituras e sempre esta relacionado ao processo de santificação por meio do evangelho e da expiação. Eis alguns dos convites para irmos à Ele:
» Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei presentes, e vinde perante ele; adorai ao Senhor vestidos de trajes santos – I Crônicas 16:29
» Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor – Salmos 34:11
» Vinde contemplai as obras do Senhor – Salmos 46:8 (Salmos 66:5)
» Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou – Salmos 95:6
» Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó – Isaías 2:3
» Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos – Isaías 45:20
» Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim – Isaías 55:3
» Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei – Mateus 11:28
» Vinde a mim todos vós, extremos da terra, comprai leite e mel sem dinheiro e sem preço – 2 Néfi 26:25 (Isaías 55:1)
» Vinde a mim, benditos, pois eis que vossas obras foram obras de retidão na face da terra – Alma 5:16
» Sim, diz ele, vinde a mim e participareis do fruto da árvore da vida; sim, comereis e bebereis livremente do pão e da água da vida; Sim, vinde a mim e apresentai obras de retidão; e não sereis cortados e lançados ao fogo – Alma 5:34-35
» Arrependei-vos e vinde a mim, ó vós, confins da terra, e salvai-vos – 3 Néfi 9:22 (3 Néfi 12:20)
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia – 3 Néfi 27:20
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que recebais a remissão de vossos pecados e recebais o Espírito Santo, para que sejais contados com o meu povo, que é da casa de Israel – 3 Néfi 30:2
» Arrependei-vos e vinde a mim e sede batizados e reorganizai a minha igreja; e sereis poupados – Mórmon 3:2
» Vinde a mim ó vós, gentios, e mostrar-vos-ei as coisas maiores, o conhecimento que está oculto por causa da incredulidade! – Éter 4:13
» Vinde a mim ó vós, casa de Israel, e ser-vos-ão reveladas as grandiosas coisas que o Pai vos reservou desde a fundação do mundo e que não chegaram a vós por causa da incredulidade – Éter 4:14
» Arrependei-vos pois, todos vós, confins da terra, e vinde a mim e crede no meu evangelho e sede batizados em meu nome; porque aquele que crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado – Éter 4:18
» E ele disse: Arrependei-vos todos vós, confins da terra; e vinde a mim e sede batizados em meu nome e tende fé em mim, para que sejais salvos – Morôni 7:34
» Sim, vinde a Cristo, aperfeiçoai-vos nele e negai-vos a toda iniqüidade – Morôni 10:32
O élder Neil L. Andersen, do Quorum dos Doze Apóstolos ensinou: “O convite ao arrependimento raramente é uma repreensão, mas um pedido amoroso para que nos voltemos e retornemos a Deus. É o convite de um Pai amoroso e de Seu Filho Unigênito para que sejamos mais do que somos, que busquemos um modo de vida mais elevado e que sintamos a felicidade de guardar os mandamentos. Sendo discípulos de Cristo, regozijamo-nos nas bênçãos do arrependimento e na alegria de sermos perdoados. Elas se tornam parte de nós, moldando nosso modo de pensar e sentir. (...)
Que maravilhoso privilégio temos de abandonar o pecado e achegar-nos a Cristo! O perdão divino é um dos frutos mais doces do evangelho, que remove a culpa e a dor de nosso coração e as substitui por alegria e paz de consciência. Jesus declara: “Não volvereis a mim agora, arrependendo-vos de vossos pecados e convertendo-vos, para que eu vos cure?”(...)
Ele nos ama. Somos membros de Sua Igreja. Ele convida cada um de nós a nos arrepender, a abandonar nossos pecados e a achegar-nos a Ele. Testifico-lhes que Ele está ao nosso lado. (“Arrependendo-vos (…) para que Eu Vos Cure”, A Liahona, Novembro de 2009, pg.41)

Vinde então, e argüir-me. Depois que os israelitas demonstrassem sincero e humilde arrependimento poderiam ir ao Senhor em franca petição para que o sangue expiatório tivesse efeitos sobre eles fazendo com que os julgamentos de Deus lhes fossem afastados.
O profeta Zenos disse: “E ouviste-me por causa das minhas aflições e da minha sinceridade; e é por causa de teu Filho que foste assim misericordioso comigo; portanto clamarei a ti em todas as minhas aflições, porque em ti está a minha alegria; porque, por causa de teu Filho, afastaste de mim teus julgamentos” (Alma 33:11).
Aqueles que se arrependem podem clamar: “Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nossos corações sejam purificados” (Mosias 4:2).
Como o perdão é um dom concedido por Deus, não podemos obtê-lo a menos que ele deseje nos dar. Daí a palavra usada na escritura: argüir, que significa argumentar, disputar, examinar e arrazoar. O Senhor nos convida a esse tipo de conversa (D&C 50:10-12). Quando arrazoamos com o Senhor exercemos nossa fé e arbítrio lhe mostrando humildemente nossas obras e desejos. Demonstramos nossa esperança de que suas promessas podem e serão aplicadas a nós. E ainda exercemos caridade ao incluir o amor a Deus e aos homens. Uma oração desse tipo, por exemplo, foi feita por Jacó (Gênesis 32:24-20), Enos (Enos 1:2), Joseph Smith (D&C 121:1-6) e Néfi (Helamã 7:6-11). Todos nós, em algum momento da vida, precisaremos arrazoar com o Senhor, ou seja, ir até ele arrependidos e argüi-lo, para obtermos a remissão de nossos pecados e a palavra mais segura de profecia. Argüir deduz a oração da fé, a oração que leva a ação justa e consagrada.

Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Não há pecado que não possa ser perdoado, com exceção feita ao pecado de negar o Espírito Santo.
Tanto a escarlata como o carmesim são tons intensos de vermelho. A matéria colorante extraía-se de um inseto, Coccus ilicis, chamado kermes pelos árabes, nome de que provém o nosso vocábulo carmesim. Somente a fêmea produzia a cor. O simbolismo dessas cores esta claro em Isaías: mesmo os pecados mais crônicos, profundos, intensos e conspurcados poderiam ser alvejados e clareados pelo sangue do Unigênito.
O branco simboliza a pureza, a retidão e a luz. É oposto do imundo, profano e pecaminoso. O poder de Cristo é tão grande que pode tornar o mais negro carmesim no mais claro e reluzente branco. É por isso que Isaías usa a neve e a branca lã como símbolos do perdão absoluto.

O poder da Expiação na purificação do pecador. Isaías, assim como todos os outros profetas tinham como principal missão serem testemunhas especiais de Cristo (Jacó 7:11). Em seu livro encontramos mais referências a vida, missão e sacrifico de Jesus Cristo do que em qualquer outro livro do Velho Testamento.
Quando Adão comeu do fruto proibido trouxe ao mundo duas mortes: a morte física e a morte espiritual. A morte física é a separação do corpo mortal do espírito pré-mortal. A morte espiritual é o pecado. Por causa do pecado tornamo-nos impuros diante de Deus.
Para vencer os efeitos da Queda Jesus Cristo foi enviado. Só um ser perfeito, dotado de atributos divinos, poderia realizar um sacrifício infinito e eterno para que tanto a morte espiritual quanto a física fossem vencidas. Jesus Cristo é o Redentor porque por meio de seu sacrifício no monte da Oliveiras e na Cruz concede ao penitente perdão. Por meio Dele todos os homens podem se tornar limpos dos pecados (Pregar Meu Evangelho, capítulo 3, pg. 51-52; Alma 34:8-16).
Cristo também é o Salvador, pois nos salvou da morte física. Assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados por Cristo (I Coríntios 15:21-22).
A Expiação salvará todos os homens que nasceram da morte física incondicionalmente. Mas não redimirá a todos, ou em outras palavras não purificará a todos – somente os que viverem o evangelho (Alma 11:40; 2 Néfi 9:23-24)
Nenhum poder é maior do que a Expiação. A expiação é a expressão máxima de caridade. A fé, o sacerdócio, a esperança, a ciência, o conhecimento e todos os outros atributos, dons e faculdades são inferiores a caridade, que é o puro amor de Cristo (I Coríntios 13; Morôni 7:46-48). A purificação absoluta e completa só pode se dar por meio da expiação.
O presidente Boyd K. Packer, do Quorum dos Doze disse: “Não há circunstância na qual se manifestem mais intensamente a generosidade, a bondade e a misericórdia de Deus, do que no arrependimento. Vocês compreendem o supremo poder purificador da Expiação feita pelo Filho de Deus, nosso Salvador e nosso Redentor? Ele disse: “Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam” (D&C 19:16). Nesse sublime ato de amor, o Salvador pagou as penalidades por nossos pecados para que não tivéssemos que pagar.
Para aqueles que realmente desejarem, há um caminho de volta. O arrependimento é como um detergente. Ele faz sair até as manchas mais impregnadas de pecado.” (“Limpar o vaso interior”, A Liahona, novembro de 2010)

Neve. Embora o clima do tempo de Isaías fosse predominantemente seco, a neve podia ser vista durante o inverno no alto das montanhas. Ocasionalmente havia neve no deserto, quando a temperatura caia abruptamente.
Um estudioso disse: “O clima em Israel varia segundo as características de cada região: a costa, as montanhas, a depressão do Jordão. Fundamentalmente o ano se divide em duas estações: o verão, quente e seco, e o inverno, frio e úmido. A costa da Palestina é quente (de 10 a 15 graus no inverno e de 27 a 32 graus no verão). Nas montanhas, a temperatura é uns 5 graus mais baixa que na costa, com grandes diferenças entre o dia e a noite. No verão, nas montanhas (Jerusalém, por exemplo) as temperaturas são de 30 graus durante o dia e de 18 graus durante a noite. Nas montanhas, o mau tempo não se deve à umidade, como ocorre na costa, e sim, aos fortes ventos: o vento que arrasta as chuvas procede do Mediterrâneo, e o vento abrasador (siroco ou khamsin), vem do deserto nos meses de maio e outubro (Isaías 27:8; Jeremias 4:11) (...) A neve não é desconhecida nas montanhas da Palestina, por exemplo, em Belém, Jerusalém ou Hebrom. Na Transjordânia, as nevascas às vezes chegam a bloquear as estradas.” (Oseías de Lima Vieira, professor de Geografia e bacharel em direito Uberlândia. Texto postado no seguinte endereço eletrônico: http://oseiasgeografo.blogspot.com/2008/04/clima-da-terra-santa.html ).

7 de nov. de 2010

Isaías 1:3 - o boi conhece mais que Israel

O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.


Israel não tem conhecimento. A forte imagem de Isaías de que até animais domésticos entendem mais do que o povo eleito é impressionante. Como continuação dessa acusação podemos relacionar a seguinte escritura: “Oh! Quão grande é a nulidade dos filhos dos homens! Sim, são até menos que o pó da terra. Pois eis que o pó da terra se move de cá para lá, separando-se segundo a ordem de nosso grande e eterno Deus.” (Helamã 12:7-8). Sobre essa triste realidade podemos verificar o episódio em que Balaão, um profeta de Deus, que tivera revelações extraordinárias, foi superado por um pacato animal doméstico (Números 22:23-33). Somos filhos de Deus, e nesse aspecto muito maiores que o pó da Terra ou o boi e o jumento. Todavia, se pecarmos, rebaixamo-nos a um estado pior do que os animais – negamos o conhecimento que possuímos – o qual nos ensina que somos filhos de Deus e seus herdeiros (Romanos 8:16-17). Podemos até reconhecer nossa origem divina e podemos saber quem é Deus e como Ele age – e estamos certos que Israel reconhecia quem eram à vista de Deus e quem era esse poderoso Ser – entretanto, eles não produziam obras de acordo com esse conhecimento. O mesmo se dá conosco: se não agirmos de acordo com o que conhecemos igualamo-nos aos antigos israelitas. E também igualamo-nos ao diabo, que pode até mesmo recitar as escrituras, mas não as quer aplicar (Mateus 4:6; Tiago 2:17-19). O conhecimento se não colocado em prática não gera entendimento ou sabedoria, não gera bênção ou salvação – gera maldição e condenação (Jacó 4:14).

12 de mai. de 2010

Como o Evangelho Abençoa as Famílias

No último capítulo de primeiro Néfi, este jovem profeta explica a seus irmãos as escrituras de Isaías:
“E depois de nossos descendentes haverem sido dispersos, o Senhor Deus fará uma obra maravilhosa entre os gentios, que será de grande valor para nossos descendentes; é como se fossem, portanto, alimentados pelos gentios e carregados em seus braços e sobre seus ombros. E será também de valor para os gentios; e não somente para os gentios, mas para toda a casa de Israel, porque dará a conhecer os convênios do Pai dos céus com Abraão, quando disse: Em tua semente serão benditas todas as famílias da Terra.”
Por causa de Restauração todas as famílias serão abençoadas. Como isso se dará?
“E agora, meus irmãos, quero que saibais que todas as famílias da Terra não poderão ser abençoadas, a menos que ele desnude o braço aos olhos das nações. O Senhor Deus, portanto, desnudará o braço aos olhos de todas as nações ao fazer chegar seus convênios e seu evangelho aos que são da casa de Israel. Ele, portanto, tornará a tirá-los do cativeiro e serão reunidos nas terras de sua herança; e serão tirados da obscuridade e das trevas e saberão que o Senhor é seu Salvador e seu Redentor, o Poderoso de Israel.” (1 Néfi 22:8-12)
Por amar as famílias Deus restaurou o evangelho de Jesus Cristo. Sem a restauração as famílias não podem encontrar felicidade agora e alegria e paz eterna no porvir. O evangelho abençoa as famílias em pelo menos três aspectos:

1- Dá a conhecer os convênios do Pai: Isso significa que as famílias de toda Terra podem saber que há um meio de permanecerem juntas para toda eternidade. Os convênios são firmados comumente por meio de ordenanças sagradas (GEE “ordenanças”). Essas ordenanças são: o Batismo por imersão, o recebimento do Dom do Espírito Santo, o Sacerdócio Santo (para os homens dignos), a Investidura Sagrada e o Selamento Eterno. O Senhor chamou seu servo, Joseph Smith Junior e falou-lhe dos céus para que a Plenitude do Seu Evangelho fosse proclamada aos confins da Terra (D&C 1:17-23). Joseph recebeu chaves importantes, como a do selamento de pais e filhos pelo profeta Elias (D&C 110: 13-16). Essas chaves implicam que a Terra não será mais ferida com a maldição de todos serem recusados perante Deus (Malaquias 4:5-6). Um elo perfeito pode ser feito até Adão, ligando todas as famílias, para que todas alcancem a vida eterna. Sem os convênios, sem o conhecimento desses convênios as famílias não podem ser felizes para sempre. Evidentemente conhecer os convênios não se refere apenas a reconhecer a sua existência, mas a aceitá-los e vivê-los. O Santo Espírito da Promessa pode, e vai, selar as famílias que se esforçarem para viver todos os convênios (D&C 132:7). Isso acontece à medida que vivem os mandamentos, tomam o sacramento e vivem de toda palavra que sai da boca de Deus (D&C 84:44), o que significa que tem direito a revelação.

2- Tira do cativeiro e reúne-os nas terras de sua herança: As famílias são tiradas do cativeiro espiritual ao aceitarem as verdades do evangelho. Uma luz de esperança lhes vem ao lar – pois podem ser unidos hoje e para sempre. Os atributos do Salvador são cultivados tornando o lar um pedacinho do céu – um lugar sagrado, semelhante ao Templo Santo. É um refugio, um lugar de reunião e de adoração. Um lugar onde as escrituras são lidas, os hinos são cantados, risos são dados e talentos são desenvolvidos. O pecado, que aprisiona, é recusado nesses lares. Há amor pelos pecadores, mas justiça divina contra o mal e o pecado. Também, quando Cristo voltar pela Segunda vez, seus santos herdarão a terra – o que significa que literalmente terão direito a uma porção territorial neste belo planeta (Mateus 5:5, D&C 56:20; 63:20, 48-49). Isso esta de acordo com as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó – os quais receberam a promessa de que sua descendência herdaria esse mundo (Abraão 2:6).

3- São tirados da obscuridade e das trevas e para saber que o Senhor é seu Salvador e seu Redentor, o Poderoso de Israel: Numa família que aceita o evangelho e escapa da Babilônia o Salvador é o centro de sua vida. Os atributos de Cristo são desenvolvidos e cultivados num lar assim. Perdão, respeito, muito trabalho, fé, esperança e caridade são palavras que descrevem as famílias de Deus. Essas famílias são uma luz para o mundo (Mateus 5:14-16), pois saem da obscuridade. São exemplos, pois refletem Cristo (3 Néfi 18:24). Essas famílias confiam no poderoso de Jacó, para livrá-los tanto espiritualmente como fisicamente. Doenças, perda de emprego, perseguição e todo tipo de adversidade são vencidas por essas famílias, pois estão na Rocha do Redentor (Helamã 5:12). Eles se firmam nesta Rocha ao lerem as escrituras, orarem sempre e agirem como Cristo agiria (3 Néfi 18).

As famílias que recebem essas bênçãos e se tornam promotoras dessas bênçãos a outros abençoam todas as famílias da Terra, mesmo aquelas que não aceitam as verdades preciosas da Restauração. Desse modo, nos dois lados do véu, as famílias de Sião são uma bênção de Deus a todas as famílias, tanto céu, quanto no inferno e na Terra.