30 de mai. de 2012

Amor Verdadeiro


                 Alguns dizem que o amor verdadeiro é aquele que perdura até o fim. Mas esse não é o amor verdadeiro! O Amor de verdade persevera além do fim - ele dura para sempre. Isso não pode ser plenamente entendido, a menos que seja ensinado por aqueles que são chamados por Deus[1]. O casamento para toda eternidade no Templo - o selamento entre homem e mulher e filhos - é um claro exemplo de um tipo amor, um amor verdadeiro, que pode crescer para Vida Eterna caso os membros da família se esforcem para "viver de toda palavra que sai da boca de Deus". Esse tipo de amor, o amor divino[2], é chamado de caridade nas escrituras. E é definido como "o puro amor de Cristo". Esse amor é aperfeiçoado e também aperfeiçoa outros atributos - como fé e esperança. Esse amor "nunca falha".
                Como Paulo disse: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria." E depois ele, Paulo define o verdadeiro amor: "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; (...)Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.  (I Coríntios 13:1-8, 13, em algumas versões a palavra "amor" foi adequadamente substituída pela palavra "caridade")
                Morôni explicou essas mesmas coisas dizendo:
                "E a caridade é sofredora e é benigna e não é invejosa e não se ensoberbece; não busca seus interesses, não se irrita facilmente, não suspeita mal e não se regozija com a iniqüidade, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. De modo que, meus amados irmãos, se não tendes caridade, nada sois, porque a caridade nunca falha. Portanto, apegai-vos à caridade, que é, de todas, a maior, porque todas as coisas hão de falhar— Mas a caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem." (Morôni 7:45-47)
                O Presidente Dieter F. Uchtdorf  esclareceu que "o divino amor de Deus transforma ações comuns em atos extraordinários de serviço. O divino amor é motivo pelo qual simples palavras se transformam em escrituras sagradas. O divino amor é o ingrediente que transforma a obediência relutante aos mandamentos de Deus em dedicação abençoada e consagração." Ele também disse que o "amor é a luz orientadora que ilumina a senda do discípulo e enche nossa caminhada diária de vida, significado e assombro. O amor é a medida de nossa fé, a inspiração de nossa obediência e o verdadeiro ponto culminante de nossa condição de discípulos. O amor é o caminho do discípulo." ("O Amor de Deus", Conferência Geral, Outubro de 2009, http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,89-2-1118-7,00.html)

                Como desenvolver esse tipo de amor? Morôni responde como podemos começar: "Portanto, meus amados irmãos, rogai ao Pai, com toda a energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor que ele concedeu a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo" (Morôni 7:48). Duas coisas, que são dois requisitos, revelam-se nessa passagem para desenvolvermos caridade. Primeiro devemos rogar ao Pai. Isso significa que reconhecemos que o amor verdadeiro é um dom que vem Dele. Devemos orar com "toda energia" de nosso coração. Coração é símbolo de sentimento - mas também é símbolo de disposição e vontade. Assim, "coração" significa aquele desejo que nos leva a agir para obter o que queremos. E isso se liga ao segundo requisito: seguir Jesus Cristo.
                Para desenvolver o verdadeiro amor devemos pedir ao Pai e seguir o Filho. Pedir e seguir com "toda energia" - toda intensidade, fé e obras. Néfi perguntou: "poderemos nós seguir a Jesus se não estivermos dispostos a guardar os mandamentos do Pai?" (2 Néfi 31:10). Então ele respondeu com seu testemunho: "Portanto, meus amados irmãos, sei que, se seguirdes o Filho com todo o coração, agindo sem hipocrisia e sem dolo diante de Deus, mas com verdadeira intenção, arrependendo-vos de vossos pecados, testemunhando ao Pai que estais dispostos a tomar sobre vós o nome de Cristo pelo batismo—sim, seguindo vosso Senhor e vosso Salvador à água, segundo a sua palavra, eis que então recebereis o Espírito Santo; sim, então vem o batismo de fogo e do Espírito Santo (...). Sei por isso que, a menos que o homem persevere até o fim, seguindo o exemplo do Filho do Deus vivente, não poderá ser salvo (...) Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna." (1 Néfi 31:10, 13, 20)
                Néfi revelou que para seguirmos Cristo precisamos fazer convênios com Ele, obedecer a Seus Mandamentos, estudar as escrituras (ele diz, banquetear-se com as palavras de Cristo), ter um "perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens", e perseverar até o fim da provação mortal. Tudo isso faz com que nos qualifiquemos para desenvolver um amor divino. Trata-se de um processo, que talvez dure uma vida inteira. O amor começa a germinar quando nos dispomos a seguir a Deus e fazemos um convênio batismal com Ele para atestar isso. Como bênção por segui-lo recebemos o "Consolador, que nos enche de esperança e perfeito amor, amor que se conserva pela diligência na oração até que venha o fim, quando todos os santos habitarão com Deus" (Morôni 8:26).
                O Presidente Dieter F. Uchtdorf  ensinou: "Como “Deus é amor”, quanto mais nos achegarmos a Ele, mais intenso se tornará o amor que sentimos. Mas, como existe um véu que separa esta mortalidade de nosso lar celeste, precisamos buscar no Espírito aquilo que é imperceptível aos olhos mortais.
Os céus, às vezes, podem parecer distantes, mas as escrituras dão-nos esperança: “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”.
                Contudo, buscar a Deus com todo o coração implica em muito mais do que simplesmente fazer uma oração ou proferir algumas palavras convidando Deus a estar presente em nossa vida. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos.” Podemos fazer grande alarde do fato de conhecermos a Deus. Podemos proclamar publicamente que O amamos. No entanto, se não obedecermos a Ele, tudo será em vão, porque “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”.
                Aumentamos nosso amor por nosso Pai Celestial e demonstramos esse amor colocando nossos pensamentos e ações em conformidade com a palavra de Deus. Seu puro amor sempre nos orienta e nos incentiva a tornar-nos mais puros e santos. Inspira-nos a andar em retidão — não por medo ou obrigação, mas pelo desejo sincero de tornar-nos mais semelhantes a Ele porque O amamos. Ao fazê-lo, vamos “nascer de novo (…), sendo limpos por sangue, sim, o sangue [do] Unigênito; para que [sejamos] santificados de todo pecado e [desfrutemos] as palavras da vida eterna neste mundo e a vida eterna no mundo vindouro, sim, glória imortal”.
                Meus queridos irmãos e irmãs, não desanimem se, às vezes, tropeçarem. Não se sintam deprimidos nem percam as esperanças por não se sentirem dignos de ser discípulos de Cristo em todos os momentos. O primeiro passo para andar em retidão é simplesmente tentar. Precisamos tentar acreditar. Tentem aprender as coisas de Deus: leiam as escrituras, estudem as palavras de Seus profetas modernos e decidam escutar o Pai e fazer as coisas que Ele nos pede. Tentem e continuem tentando até que aquilo que parece difícil se torne possível — e aquilo que parece meramente possível se torne hábito, uma parte real de vocês." ("O Amor de Deus", Conferência Geral, Outubro de 2009, http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,89-2-1118-7,00.html)

                Mas afinal, porque desenvolver um amor divino? Alguns classificam a caridade como fraqueza, como uma compaixão que leva a recusa do homem forte, valente, instintivo e natural. Alguns vêem o amor de Deus como uma piada ou uma maneira de se alienar ou de ser alienado. Bem, para os que não sabem a diferença entre alienação e conversão e para os que preferem as bases frágeis do ceticismo e ateísmo realmente acho difícil que me compreendam aqui. Todavia, ao olharem àqueles que desfrutam do amor de Deus, esses céticos no amor de Deus sentirão o desejo de obter essas coisas. Os frutos do verdadeiro amor são os mesmos frutos do Espírito Santo: "gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança " (Gálatas 5:22). Uma pessoa cheia do amor de Deus abençoa, primeiro a si mesma, vivendo com a consciência limpa; depois abençoa sua família[3] - trazendo segurança, alegria, honestidade, boas-obras, perdão, gratidão, humildade, etc.; depois abençoa os vizinhos, comunidade, país e o mundo[4]: "Um homem cheio de amor de Deus não fica contente em abençoar apenas sua família, mas estende a mão para o mundo inteiro, ansioso por abençoar toda a humanidade.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 448).
                Nesses dias em que o amor dos homens esfriou devido a iniquidade (Mateus 24:12), a luxuria[5] procura obscurecer o verdadeiro amor. Todavia, os frutos da luxúria são exatamente os opostos ao do amor. Um mundo honesto, puro, limpo, moral, digno e seguro só pode ser alcançado pelo amor. Não o mero amor fraternal, nem o momentâneo amor sexual - mas tão somente pelo amor real, o amor verdadeiro - o amor de Deus - a caridade - que inclui todo o tipo de amor e bênção - e é a maior virtude.


[1] Para citar um exemplo, o Élder Parley P. Pratt disse:“Foi Joseph Smith quem me ensinou a valorizar o carinhoso relacionamento de pai e mãe, marido e mulher; irmão e irmã, filho e filha. Foi com ele que aprendi que a esposa do meu coração pode ser unida a mim para toda esta vida e por toda a eternidade; e que as refinadas emoções e afetos que nos aproximaram um do outro emanaram da fonte do divino amor eterno. Foi com ele que aprendi que podemos cultivar esses afetos e fazer com que cresçam e aumentem para toda a eternidade; e o resultado de nossa união eterna será uma descendência tão numerosa quanto as estrelas do céu ou as areias da praia. (...) Eu já havia amado, mas não sabia por quê. Mas então amei com uma pureza, uma intensidade de sentimentos elevados e exaltados que ergueram minha alma acima das coisas transitórias deste mundo abjeto e a expandiu como o oceano. (...) Em resumo, agora posso amar com o espírito e também com entendimento” (Autobiography of Parley P. Pratt, comp. Parley P. Pratt Jr. (1938), pg. 297–298).
[2] O amor divino é exemplificado em três passagens das escrituras que gosto muito: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16); Pois pode uma mulher esquecer o filho que está amamentando e deixar de sentir compaixão do filho de suas entranhas? Sim, pode esquecer; eu, porém, não te esquecerei, ó casa de Israel. Eis que te tenho gravada nas palmas de minhas mãos; teus muros estão continuamente diante de mim" (1 Néfi 21:15-16, e também Isaías 49:15-16 - o amor de Deus supera o amor materno); "Assim que apareceu, senti-me livre do inimigo que me sujeitava. Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!" (Joseph Smith História 1:17 - Deus nos conhece pelo nome e responde nossas orações!)
[3] Não é preciso falar muito sobre os frutos do amor na família. Eles são melhor compreendidos quando exemplificados pelos servos de Deus em suas próprias famílias. Imagine um marido que demonstra afeto e carinho por sua esposa, tratando-a como rainha - que maior lição pode ensinar a seus filhos sobre o valor de uma esposa e mãe? E uma mãe, que não dorme até que o filho rebelde esteja em segurança no lar? E um irmão que, ao notar a doença atingir o outro, ora, jejua e faz companhia - desprendendo-se de seus próprios interesses? Todos esses exemplos refletem o amor de Deus. São exemplo vistos no lar.
[4] O Presidente Dieter F. Uchtdorf  disse: "Uma vez que o amor é o grande mandamento, ele deve estar no centro de tudo e de todas as coisas que fazemos em nossa própria família, em nossos chamados da Igreja e em nosso trabalho. O amor é o bálsamo que cura as feridas nos relacionamentos pessoais e familiares. É o elo que une famílias, comunidades e nações. O amor é o poder que promove amizades, tolerância, civilidade e respeito. É a força que sobrepuja a discórdia e o ódio. O amor é o fogo que aquece nossa vida com alegria inigualável e esperança divina. O amor deve transparecer em nossas palavras e ações." ("O Amor de Deus", Conferência Geral, Outubro de 2009, http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,89-2-1118-7,00.html)
[5] O Élder Jeffrey R. Holland advertiu: Se pararmos de ficar aparando os galhos do problema e atacarmos mais diretamente a raiz da árvore, certamente encontraremos a luxúria esgueirando-se furtivamente ali. Luxúria é uma palavra repulsiva e, para mim, um tema sem dúvida repugnante de abordar, mas há um bom motivo pelo qual em algumas tradições ela é considerada a mais mortal dos “sete pecados capitais”.
Por que a luxúria é um pecado tão “mortal”? Além do impacto espiritualmente destrutivo que tem sobre a alma, acho que é um pecado porque macula o mais elevado e santo relacionamento que Deus nos concede na mortalidade: o amor que um homem e uma mulher sentem um pelo outro e o desejo que o casal tem de gerar filhos em uma família planejada para ser eterna. Alguém disse que o verdadeiro amor deve incluir o conceito de permanência. O amor verdadeiro perdura, mas a luxúria muda tão rapidamente quanto o virar de uma página de material pornográfico ou a olhada para outro objeto potencial de satisfação que passa pela pessoa, seja homem ou mulher. O amor verdadeiro é algo que nos deixa totalmente entusiasmados, tal como o que sinto por minha mulher. Queremos proclamá-lo do alto do telhado. Mas a luxúria caracteriza-se pela vergonha e pelo segredo e é quase patologicamente clandestino: quanto mais tarde da noite e escuro for, melhor; com tranca dupla na porta, por via das dúvidas. O amor nos leva instintivamente a estender a mão para Deus e para outras pessoas. A luxúria, por outro lado, afasta-se de tudo o que é divino, venerando a autoindulgência. O amor vem de braços e coração abertos. A luxúria vem apenas com um apetite insaciável.
Esses são apenas alguns dos motivos pelos quais a corrupção do verdadeiro significado do amor — seja em nossa imaginação ou com outra pessoa — é tão destrutiva. Ela destrói o que vem logo depois de nossa fé em Deus, ou seja, a fé que temos naqueles a quem amamos. Abala os pilares de confiança sobre os quais edificamos nosso amor atual ou futuro, e leva muito tempo para reconquistar essa confiança, depois de perdida. Se o problema se tornar suficientemente sério, seja em âmbito pessoal, como no caso de um membro da família, ou público, como no caso de governantes eleitos, de líderes empresariais, de astros da mídia e ídolos esportivos, bem logo o local edificado para abrigar uma sociedade moralmente responsável ostentará a placa “terreno baldio” ("Não dar mais lugar ao Inimigo de Minha Alma", Conferência Geral de Abril de 2010, http://www.lds.org/general-conference/2010/04/place-no-more-for-the-enemy-of-my-soul?lang=por).

26 de mai. de 2012

Onde a Teoria de Darwin se encaixa no evangelho?


                Na minha adolescência fiz essa pergunta: "onde a Teoria de Darwin sobre a Seleção Natural e Origem das Espécies se encaixa no contexto do Evangelho?"  Eu adorava dinossauros dês de pequeno. No lar e na Igreja aprendi que o Senhor criou a Terra em seis dias - inclusive criou o homem - sim, o homem foi criado a imagem de Deus - sendo que Adão e Eva foram os primeiros mortais. Em um momento precoce de minha adolescência me deparei com a teoria de Darwin e obviamente perguntei-me se ela era verdadeira. Comecei a notar que se eu me apegasse a Teoria Neodarwiniana (que é a Teoria de Darwin adaptada por outros cientistas) me afastaria do Evangelho e que se eu me apegasse ao Evangelho me afastaria da Teoria de Neodarwiniana. Decidi resolver esse impasse. Passei a estudar com diligência, tanto a doutrina da Igreja, quanto nas teorias evolucionistas. Depois de muito empenho e oração cheguei a algumas conclusões e, a pedido de uma amiga, escrevi esta postagem. Procurei ser o mais breve, simples e claro sobre o assunto. Embora muito mais possa ser dito, creio que os parâmetros gerais são apresentados.

O texto abaixo foi escrito especificamente para os santos dos últimos dias para rebater os neodarwinistas que não acreditam numa Inteligência Superior. Não deve ser encarado como uma ataque contra a ciência em geral, nem como uma refutação completa da Teoria da Evolução. Este texto consiste em minha opinião a respeito do assunto - e isso quero deixar bem claro: NÃO É A OPINIÃO OFICIAL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS.


A Teoria de Charles Darwin

                A Teoria de Charles Darwin é bem sintetizada a seguir:
                "Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
                Os princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
·         Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si.
·         Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
·         O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
·         Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
·         Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
·         Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
·         Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio."

O Neodarwinismo

                A teoria de Darwin causou um grande tumulto no mundo científico, filosófico e religioso. Isso porque, ela possibilitou que alguns a utilizassem para endossar uma visão alternativa da origem da vida no planeta. Tomando por base a teoria de Darwin , vários cientistas "aperfeiçoaram" a evolução; devido a novas descobertas ao longo dos anos, a teoria da Seleção Natural foi "complementada" e hoje se chama Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução.
                "A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes.
                Esta teoria baseia-se em [cinco] processos básicos da evolução: mutação, recombinação, genética, seleção natural, isolamento reprodutivo.
                Os três primeiros são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos orientam as variações em canais adaptativos.
                Pontos básicos da teoria moderna:
a) As variações de uma espécie dependem de mutações.
b) As mutações ocorrem ao acaso.
c) A luta pela vida dá-se entre os indivíduos e o meio ambiente.
d) Da luta pela vida, resulta a seleção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do meio.
e) O isolamento geográfico ou sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com as características do tipo primitivo."

Também é útil mencionar que atualmente há uma corrente, liderada por Richard Dawkins, denominada "ultraevolucionista", que divulga a ideia de que todo evolucionista é um ateu.

A Doutrina da Criação

                O Manual Princípios do Evangelho explica: " Sob a direção do Pai, Cristo formou e organizou a Terra. Separou a luz das trevas para fazer o dia e a noite. Formou o sol, a lua e as estrelas. Dividiu as águas, separando-as da terra seca, formando mares, rios e lagos e fez a Terra bela e produtiva. Fez a grama, as árvores, flores e outras plantas de todas as espécies. Essas plantas continham sementes das quais novas plantas seriam geradas. Depois criou os animais — os peixes, o gado, os insetos e pássaros de todas as espécies. Esses animais tinham a capacidade de reproduzir sua própria espécie. A Terra ficou então preparada para a maior de todas as criações — a humanidade. Nosso espírito receberia um corpo de carne e sangue para viver nesta Terra. “E eu, Deus, disse ao meu Unigênito, que estava comigo desde o princípio: Façamos o homem a nossa imagem, segundo nossa semelhança; e assim foi” (Moisés 2:26). E, dessa forma, o primeiro homem, Adão, e a primeira mulher, Eva, foram criados e receberam corpos que se assemelhavam àqueles de nossos pais celestiais. “À imagem de Deus os criou: homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Ao terminar Suas criações, o Senhor agradou-Se do que havia feito, reconheceu que Sua obra era boa e descansou por algum tempo." ("Criação", pg. 24)
                A Criação como atestada por três registros sagrados - Gênesis 1-2, Moisés 2-3 e Abraão 4-5 - e também como ensinado nos Templos da Igreja de Jesus Cristo - é fato básico aceito pelos membros da Igreja e, conforme explicou o Élder Bruce R. McConkie, é um dos "pilares da eternidade" para se compreender o plano de salvação e propósito do homem na Terra[1].
                Origem da Vida sem uma força e inteligência criadora dispensa a crença em Deus. Porém se "não existe Deus, nós também não existimos nem a terra; pois não poderia ter havido criação, nem para agir nem para receber a ação; portanto, todas as coisas inevitavelmente teriam desaparecido." (2 Néfi 2:13)
                É nossa convicção que aqueles que proclamam que Deus não existe não tem nenhuma prova, a não ser suas próprias palavras (Alma 30:40). Nós porém temos todas as coisas como testemunho que Deus vive (Alma 30:41)
                Temos "o testemunho de todos [os] irmãos, assim como o dos santos profetas", temos "as escrituras (...) diante de [nós], sim, e todas as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo a terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador Supremo."
                O Élder Russell M. Nelson, renomado cirurgião e membro do Quorum dos Doze Apóstolos, após demonstrar algumas das dádivas do corpo físico que Deus nos deu, disse:
                "Todo aquele que estuda o funcionamento do corpo humano sem dúvida “viu Deus movendo-se em sua majestade e poder”. Como o corpo é governado por lei divina, toda cura vem pela obediência à lei na qual aquela bênção se baseia.
                No entanto, algumas pessoas erroneamente pensam que esses maravilhosos atributos físicos aconteceram por acaso ou como consequência de um grande “big bang” ocorrido em algum lugar. Perguntem a si mesmos: “Poderia a explosão de uma gráfica produzir um dicionário?” A probabilidade de que isso ocorra é extremamente remota. Mas se isso acontecesse, ele jamais conseguiria reparar as próprias páginas rasgadas ou reproduzir as próprias novas edições!" ("Graças Demos a Deus", Conferência Geral de Abril de 2012, fonte: http://www.lds.org/general-conference/2012/04/thanks-be-to-god?lang=por)
                Na doutrina da criação inteligente aprendemos que as formas de vida foram planejadas e criadas por Deus. Surgiram sem acidentes, sem traumas - em um processo divino, cuidadosamente elaborado. Isso não significa que "surgiram do nada" ou que "foram criadas do vazio". A doutrina e literatura SUD afirmam, a logo tempo, que não há criação "ex nihilo".  O Manual do Aluno do Curso da Pérola de Grande Valor explica: "A crença do cristianismo tradicional é de que Deus criou todas as coisas ex nihilo, que significa “do nada”. O Profeta Joseph Smith ensinou que “não existe algo como matéria imaterial” (D&C 131:7), e o Senhor disse que “os elementos são eternos” (D&C 93:33). A palavra criar, como se encontra no relato de Gênesis da Criação, vem de uma palavra hebraica que significa “organizar”. (Ver Gênesis 1:1; Abraão 3:24.) Joseph Smith comparou a atividade criativa com a construção de um navio (ver Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 341–343). Assim como o construtor de navios precisa de material para criar o navio, o Criador fez os céus e a Terra a partir de materiais existentes." (pg. 40)

Fatos X Teorias

                O Élder Richard G. Scott disse: "Existem duas maneiras de encontrarmos a verdade - ambas úteis, desde que respeitemos as leis nas quais se baseiam. A primeira é o método científico. Ele pode exigir a análise de dados para confirmar uma teoria ou, como alternativa, pode comprovar se um princípio é válido através da experimentação. O método científico é uma maneira válida de buscar a verdade; entretanto, tem duas limitações: Primeira, nunca podemos ter a certeza de ter identificado uma verdade absoluta, embora nos aproximemos dela cada vez mais. Segunda, às vezes, por mais criteriosos que sejamos na aplicação do método, podemos ainda obter a resposta errada.
                A melhor maneira de encontrarmos a verdade é simplesmente ir à fonte de toda a verdade e pedir inspiração ou seguir a inspiração que recebemos. Para sermos bem-sucedidos, dois ingredientes são essenciais: Primeiro, fé inabalável na Fonte de toda a verdade; segundo, a determinação de guardar os mandamentos de Deus a fim de manter aberta nossa comunicação espiritual com Ele." ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 90)
                A ciência é incapaz com seu método de atingir a verdade absoluta. Em seu discurso, a ciência contemporânea diz estar buscando uma verdade funcional - um modelo que funcione, ainda que temporariamente. Essa verdade funcional é apresentada como teoria. Devido ao movimento do cientificismo iniciado no século passado e ainda preponderante em nossos dias, a confiança que damos a ciência tornou-se sem paralelo - deixamos outros campos do conhecimento - como a filosofia e religião de lado porque a verdade seguramente vem da Ciência.
                Mas o discurso da ciência nem sempre é o discurso do cientista, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Embora, no meio acadêmico o cientista precise ensinar teorias que muitas vezes discorde (para não ser rejeitado, humilhado, demitido, etc.) e abster-se de falar de sentimentos religiosos - já vi vários irem contra a corrente majoritária e afirmarem sua crença em Deus e numa força criativa.
                Élder Scott disse também: " Vemos que o método científico trouxe uma expansão extraordinária de nossa compreensão à medida que o Senhor inspirou pessoas talentosas, que podem até não compreender quem criou essas coisas e com que propósito. Muitas delas talvez nem mesmo reconheçam tal inspiração nem dêem crédito a Deus pela origem de suas descobertas. Senti-me reconfortado há pouco tempo quando o Presidente Henry B. Eyring contou uma experiência que seu talentoso pai teve em uma reunião com outros cientistas proeminentes. Ele lhes perguntou se suas pesquisas indicavam a existência de uma inteligência organizadora superior. Todos confirmaram sua convicção de que tal inteligência existe."  ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 91)
                Quando um cientista afirmar ter descoberto um fato, ele descobriu, na realidade, uma indicação, uma aparência de verdade. Tanto é assim, que embora ele possa crer individualmente que aquilo é certo e verdadeiro, diante de uma platéia de outros acadêmicos, apresentará suas convicções como passiveis de crítica, como meras evidencias.
                Para saber a "verdade de todas as coisas" temos que buscar orientação Daquele que sabe todas as coisas. O Senhor sabe todas as coisas (Palavras de Mórmon 1:7),  Espírito Santo também sabe todas as coisas (D&C 35:19). De fato, o "Espírito fala a verdade e não mente. Portanto fala de coisas como realmente são e de coisas como realmente serão; assim, estas coisas nos são manifestadas claramente para a salvação de nossas almas"  (Jacó 4:13). A receita para se obter revelação é a mensagem e promessa mais repetida nas escrituras: "pedi e recebereis" (João 16:24, 3 Néfi 27:29, D&C 4:7, D&C 49:26, D&C 88:63, D&C 103:31, 35, entre outras).
                O Salvador disse: "Pedi ao Pai, em meu nome, com fé, acreditando que recebereis, e tereis o Espírito Santo, que manifesta todas as coisas que são convenientes aos filhos dos homens." (D&C 18:18)
                Quando o Espírito fala podemos ter certeza que falou a verdade. Quando um homem fala, sem que o Espírito confirme suas palavras em nosso coração e mente, não podemos ter certeza de que fale a verdade.

Perguntas Diferentes, respostas complementares

                O desejo de Deus é revelar-nos a verdade. "Eu, o Senhor, sou misericordioso e benigno para com aqueles que me temem e deleito-me em honrar aqueles que me servem em retidão e em verdade até o fim. Grande será sua recompensa e eterna sua glória. E a eles revelarei todos os mistérios, sim, todos os mistérios ocultos de meu reino desde a antiguidade; e por eras futuras dar-lhes-ei a conhecer a boa disposição de minha vontade concernente a todas as coisas relativas a meu reino. Sim, até as maravilhas da eternidade conhecerão e coisas futuras mostrar-lhes-ei, sim, coisas de muitas gerações. E sua sabedoria será grande e seu entendimento alcançará os céus; e diante deles a sabedoria dos sábios perecerá e o entendimento dos prudentes se desvanecerá. Porque pelo meu Espírito os iluminarei e pelo meu poder dar-lhes-ei a conhecer os segredos de minha vontade - sim, até as coisas que o olho não viu nem o ouvido ouviu e ainda não entraram no coração do homem." (D&C 76:5-10)
                A verdade é una e pode ser toda ensina por Deus. Não importa de onde venha a verdade, ela resistirá e permanecerá. O descobrimento da verdade e sua correta utilização é o que conduz a felicidade eterna[2]. Todo cientista que descobriu uma parcela ou parte da verdade foi ensinado por Deus. Mediante ao poder do raciocínio que Deus lhe deu, as oportunidades de tempo e talento - e as condições de vida - descobertas são realizadas, divulgadas e utilizadas - conduzindo a um maior bem-estar.
                O Presidente Brigham Young disse: "Estejam sempre dispostos a receber a verdade, venha de onde vier, não faz a menor diferença. Não importa se receberam o evangelho por intermédio de Joseph Smith ou de Pedro, que viveu no tempo de Jesus. Recebam-no prazerosamente, quer seja de um homem quer de outro. Se Deus chamou um indivíduo e o enviou a pregar o evangelho, isso é o que me basta saber. Não importa quem seja, tudo o que desejo é conhecer a verdade. Ele também disse: "O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios concernentes à vida e a salvação, para o tempo e eternidade. Não importa quem possua a verdade. Se os pagãos têm alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A verdade e a sã doutrina que o mundo sectário possui—e eles as têm em grande medida — pertencem todas a esta Igreja. No que concerne à moralidade, muitas pessoas são tão boas quanto nós. Tudo o que é virtuoso, amável e louvável pertence a esta Igreja e reino. O “mormonismo” abrange toda a verdade. Não existe verdade que não pertença ao evangelho. Ele é vida, e vida eterna; é uma felicidade abençoada. É a plenitude de todas as coisas nos deuses e nas eternidades dos deuses. (...) Quero dizer a meus amigos que cremos em tudo o que é bom. Se puderem encontrar uma verdade nos céus, na Terra ou no inferno, ela pertence a nossa doutrina. Nela cremos; ela nos pertence; nós a reivindicamos" (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, pg. 16-17). Ele disse ainda: "Toda descoberta científica ou artística realmente verdadeira e útil para a humanidade foi dada por meio de revelação direta de Deus, embora poucas pessoas reconheçam esse fato. Foram dadas com o propósito de preparar o caminho para a vitória final da verdade e para redimir a Terra dos poderes do pecado e de Satanás." (DBY, p. 18) O Presidente John Taylor ensinou: "O homem que está em busca da verdade não se apega a um único sistema, não defende um único dogma nem adota uma única teoria. Abraça todas as verdades, e a verdade, como o Sol no firmamento, brilha e alumia toda a criação com os seus raios resplandecentes. Se os homens se despirem de todos os preconceitos e procurarem a verdade com ardor, meticulosamente, irão encontrá-la em tudo o que estudarem."
             O Élder Scott contou algumas das maravilhas que a abordagem científica nos revelou: O que aprendemos sobre a abordagem científica de descoberta da verdade? Vamos ilustrar com um exemplo. Por mais que tente, não consigo, nem no mínimo grau, compreender a extensão, a profundidade e a maravilhosa majestade daquilo que nosso Santo Pai Celestial, Eloim, permitiu que fosse revelado pelo método científico. Se pudéssemos contemplar a Terra do espaço sideral, a veríamos primeiro como os astronautas viram. Mais além, teríamos uma visão privilegiada do sol e dos planetas que o orbitam. Eles pareceriam um pequeno círculo de objetos contra um fundo imenso de fulgurantes estrelas. Se continuássemos nessa trajetória, teríamos uma visão celestial da espiral da nossa Via Láctea com mais de 100 bilhões de estrelas girando em órbitas circulares em torno de uma densa região central, controladas pela gravidade.
                Mais além, veríamos o grupo de galáxias do aglomerado de Virgem que, de acordo com alguns, inclui a Via Láctea e que se estima estar cerca de 50 milhões de anos-luz daqui. Além dela, a 10 bilhões de anos-luz de distância, encontraríamos as galáxias fotografadas pelo telescópio Hubble. A enormidade estonteante dessa distância é percebida quando se sabe que a luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo. Mesmo com essa perspectiva extraordinária, não há a mínima evidência de que nos aproximaríamos de algum limite das criações de Deus, o Pai.
                Por mais que essa incrível visão dos céus nos deixe maravilhados, há outra consideração igualmente capaz de confirmar os insondáveis poderes de nosso Pai Celeste. Se nos deslocássemos na direção oposta para explorar a estrutura da matéria, poderíamos ver de perto a dupla espiral da molécula do DNA, que é a extraordinária estrutura auto-replicante que determina a composição do nosso corpo físico. Indo em frente, chegaríamos ao nível do átomo, composto de prótons, nêutrons e elétrons, dos quais já ouvimos falar. Se penetrássemos mais ainda os mistérios da estrutura mais básica da criação, chegaríamos ao limite de nossa compreensão atual. Nos últimos 70 anos, muito aprendemos sobre a estrutura da matéria. Desenvolveu-se um Modelo Padrão de Partículas e Interações Fundamentais que é a base dos experimentos que comprovaram a existência das partículas fundamentais chamadas quarks e leptons. Esse modelo explica os padrões de aglutinação nuclear e de degradação da matéria, mas ainda não dá uma explicação satisfatória das forças gravitacionais. Além disso, há quem acredite que instrumentos mais potentes do que aqueles usados para obter nossa atual compreensão da matéria poderiam revelar outras partículas fundamentais. Portanto, existem mais criações do Pai Celestial a serem compreendidas cientificamente." ." ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 90-91)
                
   A verdade pode ser vislumbrada por diferentes pontos de vista. Ela pode ser abordada de maneiras diversas. Quando se trata da criação da Terra o cientista vai se perguntar "como?", mas o teólogo  "porquê?". As duas perguntas não se confundem e nem suas respostas. Porém se complementam. Distorções ocorrem, todavia, quando a autoridade cientifica ou a religiosa acha que, por ser bem sucedido em seus métodos, podem opinar, apenas por suas próprias conclusões intelectuais, sobre todas as outras áreas do saber humano e divino.
                Ciência e religião não precisam travar uma guerra! * Essa ideia - de separar ciência e religião e considerá-las antagônicas surgiu a partir do iluminismo.
                No final descobriremos que ciência e religião podem ser e são complementares. Para Deus, de fato, não há uma separação. As coisas materiais e espirituais são uma coisa só e a verdade é una e indivisível.
                A pretensa guerra entre ciência e religião pode ser superada se tão somente mantermos ambas em seus devidos lugares - até que a verdade seja reunida em uma só. A ciência buscando o como e religião o porquê.

Como lidar com a Teoria da Evolução frente às verdades do Evangelho?

                Quando você for fazer uma prova onde será cobrado um posicionamento sobre a teoria da evolução, não tente explicar seu ponto de vista e sua discordância do neodarwinismo nessa ocasião. Procure tirar uma boa nota, escrevendo o que lhe é exigido. Isso vale para todos os campos do saber. Vivemos em um mundo decaído e há muita falsidade. Quando uma teoria falsa for ensinada devemos ser sábios e cumprir os mandamentos de (1) não jogar pérolas aos porcos (Mateus 7:6, D&C 41:6), (2) dar a porção devida, no momento devido a cada homem (D&C 84:85), (3) não revelar os mistério de Deus (Alma 12:9-10), (4) ser modestos, claros e simples no falar (2 Néfi 25:7, 20; D&C 1:23), (5) seguir o Espírito ao ensinar (D&C 42:14,D&C 32:1) e (6) entender que os iníquos consideram a verdade dura e eles não a compreendem (1 Néfi 16:2). Haverá ocasiões em que poderemos defender com vigor a verdade. Devemos buscar essas oportunidades e falar com ousadia, mas sempre com a orientação do Espírito.
                Bem, vamos as resposta de como encaixo a teria da evolução no contexto do evangelho.
                Primeiro devemos fortalecer nossa crença nas verdades do evangelho. Se algo nos for transmitido e estiver em oposição as verdades do evangelho deverá ser recusado. Essa afirmação não é um apelo ao dogma ou ao fanatismo. Antes de darmos tal crédito as crenças do evangelho devemos nos perguntar se são ou não verdadeiras. Mas após recebermos uma resposta, não devemos duvidar - se não, negaremos a base onde novas verdades poderiam ser estabelecidas.
                Quero citar o Presidente Dieter F. Uchtdorf:
                " Como encontrar respostas para as dúvidas e perguntas?  Como vocês podem saber que o evangelho é verdadeiro? Há algum problema em termos dúvidas a respeito da Igreja ou de sua doutrina? Meus queridos jovens amigos, somos um povo questionador porque sabemos que as dúvidas nos conduzem à verdade. Foi assim que a Igreja começou: com um rapaz que tinha dúvidas. Na verdade, não sei como podemos descobrir a verdade sem fazer perguntas. Nas escrituras, raramente encontramos uma revelação que não foi dada em resposta a uma pergunta. Sempre que uma pergunta surgia, e Joseph Smith não tinha certeza de qual era a resposta, ele procurava o Senhor, e o resultado foram as maravilhosas revelações de Doutrina e Convênios. Muitas vezes o conhecimento que Joseph recebia ia muito além da pergunta original. Isso acontece porque o Senhor pode responder não apenas às perguntas que fazemos, mas o mais importante é que Ele pode responder às perguntas que deveríamos ter feito. Vamos dar ouvidos a essas respostas!
                O trabalho missionário da Igreja se baseia em pesquisadores sinceros que fazem perguntas genuínas. O questionamento é a base do testemunho. Alguns podem sentir-se envergonhados ou indignos por terem dúvidas a respeito do evangelho, mas não precisam se sentir assim. Fazer perguntas não é um sinal de fraqueza, mas, sim, um precursor do crescimento.
                Deus ordena que procuremos resposta para nossas dúvidas (ver Tiago 1:5-6) e pede apenas que busquemos “com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo”(Morôni 10:4).Se fizermos isso, a verdade de todas as coisas pode ser manifestada a nós “pelo poder do Espírito Santo” (Morôni 10:5).
                Não tenham medo; façam perguntas. Sejam curiosos, mas não duvidem! Apeguem-se sempre à fé e à luz que já receberam. Como vemos de maneira imperfeita na mortalidade, nem todas as coisas farão sentido agora. Na verdade, acho que se tudo fizesse sentido para nós, isso seria uma prova de que tudo fora inventado por uma mente mortal. Lembrem-se de que Deus disse:
                “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos. …
                Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”(Isaías 55:8-9).
                No entanto, vocês sabem que um dos propósitos da mortalidade é o de que vocês se tornem mais semelhantes ao Pai Celestial, em pensamento e ação. Desse ponto de vista, buscar respostas para suas dúvidas é algo que pode levá-los para mais perto de Deus, fortalecendo seu testemunho em vez de abalá-lo. É verdade que “fé não é … um perfeito conhecimento” (Alma 32:21), mas se vocês exercerem fé e colocarem em prática os princípios do evangelho todos os dias sob quaisquer circunstâncias, provarão os doces frutos do evangelho e por esse fruto conhecerão a veracidade dele (ver Mateus 7:16-20; João 7:17; Alma 32:41-43)." (Serão do SEI para os Jovens Adultos, 1 de novembro de 2009, Universidade Brigham Young - leia aqui)
                O fato é que a princípio não podemos ter certeza, porque a "fé não é um perfeito conhecimento". Todavia a medida que andamos no escuro, uma luz começa a surgir e recebemos uma confirmação que não pode ser negada. Então recebemos um testemunho e conhecemos a verdade. Sugiro um estudo de Alma 32 (leia aqui) para maior esclarecimento sobre o assunto.
                Depois de termos uma base forte no evangelho devemos encarar a sabedoria do mundo. O padrão para comparação será claro. Aquilo que rejeita a verdade do evangelho é mentira. Assim é claro que o homem não surgiu de uma ancestral comum ao macaco, que por sua vez descende de uma criatura mais inferior. O homem foi criado por Deus à Sua Imagem. Os animais surgiram conforme as escrituras dizem. Detalhes da criação não foram revelados, e o esforço de unir as evidencias da ciência e as verdade de Deus é um trabalho honroso. Mas se algo recusa Deus e as escrituras deverá ser recusado. É verdade que muito nas escrituras é simbólico - e não é fácil determinar o que é literal e o que é figurativo. É por isso que precisamos do Espírito, dos profetas e do estudo das coisas de Deus e do homem.
                Após nortear nosso caminho, podemos então levantar dados e fazer experimentações. Sobre isso, vamos considerar alguns pontos da Teoria da Evolução, como ensinado hoje nas escolas, e acatá-los ou refutá-los frente as verdades do Evangelho. As considerações abaixo, repito, refletem minha posição e opinião - e não a posição oficial da Igreja, embora eu use declarações e citações dos livros da Igreja.
1.       A vida surgiu acidentalmente... Não é verdade! A Bíblia e outras escrituras relatam que Deus criou a Terra e toda forma de vida. A palavra "criar", que foi traduzida do termo hebraico, significa formar, moldar - sempre se referindo a uma atividade divina. O Profeta Joseph Smith ensinou: "Se perguntarmos aos cultos doutores que afirmam que o mundo foi criado do nada, responderão: 'Acaso não diz a Bíblia que ele criou o mundo?' Eles inferem do verbo criar de deve necessariamente ter sido feito do nada. Bem, a palavra criar provém do termo baurau, que não significa criar do nada; quer dizer organizar; a mesma coisa como se o homem organizasse materiais e construísse um navio. Dali deduzimos que Deus dispunha de materiais para organizar o mundo dentre o caos - matéria caótica, que é elemento, e no qual habita toa a glória. O elemento existe, desde que ele próprio (Deus) existe. Os puros princípios de elemento são indestrutíveis; podem ser organizados, reorganizados, mas nunca destruídos. Não tiveram inicio e não poderão ter fim." (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pg. 341-342). O professor de física Nathan Avizer comparou as descobertas cientificas com as verdades bíblicas e uma de suas conclusões foi que "no relato Bíblico sobre a formação do reino animal, lemos que "e criou Deus" os animais (Gênesis 1:21). Nesse contexto, o verbo criar não precisa ser compreendido no seu sentido físico ("criar algo a partir do anda"). (...) Um organismo vivo pode certamente ser classificado como uma nova entidade, quando comparado à matéria inanimada (...). De fato, essa transformação produzida pela vontade divina resultou numa entidade de propriedades tão inteiramente diferente das que caracterizam a matéria inanimada, que nenhum outro verbo, salvo "criar", pareceria adequado para descrever a mudança." ("A Origem da Vida", No Inicio, pg. 103).
2.       A vida surgiu acidentalmente... O Manual do Aluno do Seminário do Curso do Velho Testamento declara: "Algumas pessoas acreditam que a Terra foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse: “Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de nenhuma inteligência dotada de propósito. Além disso, se não existe inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio, pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do seminário de 1934], p. 4.)
3.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... "Há quem afirme que Adão não foi o primeiro homem criado nesta terra, e que o ser humano original desenvolveu-se de formas inferiores da vida animal. Tais ideias, entretanto, são teorias de homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi "o primeiro de todos os homens" (Moisés 1:34); temos, portanto, o dever de considerá-lo como pai da raça humana (...). O homem iniciou sua vida neste planeta como um ser humano,semelhante a nosso Pai Celestial." (Declaração da Primeira Presidência, citado por Clark, em Messages of the First Presidency, Vol. 4, pg. 5). O Élder John A. Widtsoe disse: "Qualquer teoria que exclua Deus como um ser pessoal e imbuído de objetivos eternos, e considere que todas as coisas foram criadas por acaso, não pode ser aceita pelos santos dos últimos dias (...) É inconcebível crer que a existência do homem e de toda a criação seja obra do acaso. Considerando que o homem foi criado pela vontade e poder de Deus, é igualmente inconcebível pensar que o poder divino de criação se limita a um processo vagamente entendido pelo homem mortal." (Evidences and Reconciliations, Vol. 1, pg. 155). O Presidente George Alber Smith disse: "Não surgimos de alguma forma inferior de vida, mas somos descendentes de Deus, nosso Pai Celestial" (Conference Report, outubro de 1925, pg. 33). O Presidente Joseph Fielding Smith disse: "Penso que, naturalmente, essas pessoas defensoras do ponto de  vista de que o homem evoluiu, no decorrer de bilhões de anos, da espuma do mar, não acreditam em Adão. Honestamente, nem sei como poderiam, e provar­vos-ei que elas não acreditam. Alguns há que tentam fazê-lo, mas são inconsistentes - absolutamente inconsistentes, pois tal doutrina é tão incompatível,  tão absolutamente destoante das revelações do Senhor, que é simplesmente impossível crer-se em ambas. (...) Afirmo com toda ênfase, não podeis crer nessa teoria da origem do homem e ao mesmo tempo aceitar o plano de salvação,  conforme é apresentado pelo Senhor, nosso Deus.  Tereis que escolher um e rejeitar o outro, pois são diretamente conflitantes e separados por um tão grande abismo, que não pode ser transposto, por mais que se tente. (...) Adão, e com isto quero dizer o primeiro homem, não era capaz de pecar. Não podia transgredir, e com isto trazer ao mundo a morte; pois,segundo essa teoria, sempre houve morte no mundo. Se, portanto,  não houve queda,  não havia necessidade de expiação, seguindo-se que a vinda do Filho de Deus como o Salvador do mundo é uma contradição,  uma coisa impossível.  Estais preparados para crer numa coisa dessas?"  (Doutrinas de Salvação,  Vol. I, pg. 153-154).
4.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... O Manual do Aluno do Instituto do Velho Testamento (Curso de Religião 301) diz que há três teorias sobre a idade da Terra e sobre os dias de criação. A primeira leva a palavra "dia" de Gênesis 1 em um sentido literal - um dia tem 24 horas. A segunda teoria afirma que cada dia para Deus é mil anos para o homem. A base para essa interpretação é Abraão 3:2-4, Salmos 90:4 e II Pedro 3:8. A terceira teoria afirma que a palavra "dia" indica um período indeterminado. "Se esse foi o sentido em que Moisés usou a palavra dia, então o aparente conflito existente entre as escrituras e a maior parte das evidências apresentadas pelos cientistas apoiando a ideia de que a Terra é de idade avançada, fica facilmente resolvido. Cada era ou dia da criação poderia ter durado milhões de anos terrenos (...)" ("A Criação", pg. 26-27). O Presidente Brigham Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis dias “é apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis meses ou seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não estamos autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou essas palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas palavras o significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu o material com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há quanto tempo existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e condições”. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100; ver também Alma 40:8). A Igreja não tem uma posição oficial sobre a idade da Terra ou sobre como deve ser interpretada a palavra"dias" na Criação. A Igreja interessa-se em responder o motivo pelo qual a Terra foi criada - e é este: " Eis que o Senhor criou a terra para que fosse habitada; e criou seus filhos para que a habitassem " (1 Néfi 17:36). A ciência é convidada e contribuir e explicar o "como?". Pessoalmente vinculo-me a ideia de que "dia" no relato da criação não se refere a um período de 24h. E isto é óbvio para mim porque no início da criação não existia Sol, nem Terra, nem um sistema de rotação planetária que permitiria contar dias, meses, anos e estações).
5.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa... Harold G. Coffin, paleontólogo renomado disse: "Chegou o momento em que devemos fazer um novo exame das evidências que Charles Darwin usou para apoiar sua teoria da evolução, a luz das inúmeras informações cientificas recentes. (...) Quatro considerações nos levam a esse resultado. (1) A vida é sem paralelo; (2) os animais de estrutura complexa apareceram subitamente; (3) nos passado, a probabilidade de mutação era muito limitada; (4) no presente, a probabilidade de mutação é muito limitada." ("Creation: The Evidence from Science", pg. 1; citado também no Manual do Aluno do Velho Testamento, pg. 33). Então o doutor Coffin passa a explicar cada uma de suas considerações. Devido a qualidade de seu trabalho reproduziremos abaixo suas explicações:
a.       A vida é sem paralelo. "O cientista Homer Jacobson relata o seguinte, na revista American Scientist,  de  janeiro de  1955: 'Do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos  elementos atuais numa só molécula de aminoácido seria extremamente impossível, mesmo que dispuséssemos de todo o tempo e espaço necessário para dar origem à vida terrena. "Somente a ma i s  simples dessas proteínas (a salmina) poderia ter-se originado desses elementos, mesmo que a terra estivesse coberta por uma camada de  aminoácidos de 750 metros de espessura durante um bilhão de anos! Por mais fantasiosos que fôssemos, não poderíamos supor que as condições atuais  pudessem dar origem até mesmo a uma só molécula de aminoácido,  e que ela, espontânea e casualmente, pudesse transformar-se num complexo organismo protoplasmático, dotado de um metabolismo e com capacidade de  auto-reprodução."  (Homer Jacobson, "In formation,  Reproduction and the Origin of  Life", American Scientist, janeiro de  1955, pg. 125). "Outro cientista, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte: 'Podemos calcular perfeitamente a possibilidade destes cinco elementos (carbono, hidrogênio,  nitrogênio, oxigênio e enxofre) se reunirem e formar uma molécula,  a quantidade de  matéria que deve estar em constante vibração e o período de  tempo necessário para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço,  fez os cálculos e descobriu que as possibilidades contrárias a tal ocorrência são de  10160 contra 1, ou somente de uma chance favorável em cada 10160; isto é, 10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um número tão grande, que mal podemos expressá-lo em palavras. O volume  de  matéria que deveria combinar-se para produzir uma única molécula de proteína seria milhões de  vezes maior que o que encontramos em todo o universo .  Para que isso ocorresse na  Terra, somente seriam  necessários muitos, quase que incontáveis bilhões (10243) de anos.'  (Frank  Allen, "The  Origin of  the World by Chance or Design?"  citado por John Clover Monsma, em The Evidence of God in an Expanding Universe, pg. 23)"
b.      Os animais de estrutura complexa apareceram subitamente. Em 1910, Charles Walcott, quando cavalgava pelas Montanhas Rochosas canadenses,  fez uma importante descoberta de fósseis marinhos. O local forneceu a mais completa coleção de  fósseis do período cambriano que conhecemos. Walcott encontrou animais de corpo mole preservados  n o  lodo de fina textura. Muitas espécies de vermes, camarões  e crustáceos deixaram a impressão de suas formas na argila, que posteriormente endureceu. Entre as  impressões, foram encontradas até mesmo marcas das partes internas, como a dos  intestinos e estômagos. As criaturas eram cobertas de pêlos, espinhos e apêndices , inclusive maravilhosos detalhes das estruturas tão características dos vermes e crustáceo. (...). Eles possuíam  partes bucais complexas, para poderem extrair tipos especiais de  alimentos da  água. Não havia nada de simples ou primitivo naquelas criaturas. Elas poderiam ser comparadas aos vermes e crustáceos que hoje  conhecemos. Não obstante, elas são encontráveis nas rochas mais antigas que contenham um  número bastante significativo de fósseis.  Onde estão os ancestrais deles?" " O que você acabou de ler até aqui, não é novidade. Este problema é conhecido pelo menos desde a época de Charles Darwin. Se a evolução progressiva dos organismos simples aos mais complexos for correta, deveriam ser encontrados os  ancestrais dessas criaturas vivas plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles não foram encontrados, e não existe a menor perspectiva de que venham a sê-lo. "Baseando-nos apenas nos fatos e nas evidências que encontramos atualmente sobre a terra,  a teoria de um súbito ato criador em que as formas maiores de vida foram colocadas neste planeta, se encaixa melhor no contexto histórico."
c.       As espécies básicas de animais não mudaram."Os cientistas que estudam os  fósseis, descobriram outra informação interessante . Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem subitamente nas rochas inferiores do  período cambriano, mas também as  formas básicas de animais não sofreram grande alteração desde aquela época (...) Esclarecendo melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de apenas um elo faltando, n e m  mesmo de diversos deles. Os evolucionistas  se defrontam agora com o problema de toda uma série de seções de elos faltando na corrente da vida. G.G.  Simpson, bastante cônscio desse problema, declarou: 'Uma característica invariável dos  fósseis que conhecemos demonstra que a maioria deles apareceu subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado de uma sequência de precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da evolução.' ( The Evolution of Life, pg. 149). "Vemos, assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura completa e intrincada é um problema para os que defendem a evolução, mas que é igualmente sério o problema da ausência de mutação  de uma espécie maior para outra. Repetimos que este não é um problema novo. Logo depois que o s  colecionadores começaram a reunir fósseis, tomou-se óbvio que pertenciam às mesmas  categorias maiores, assim como as plantas  e animais da época moderna. Alguns cientistas comentaram, recentemente, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de ligação entre espécies especificas de animais (...) " Todo estudante colegial, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo em seus livros de biologia, retratando um ser cabeludo e semi nu,  o homem de Neanderthal - de  pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas e aparência bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal feita pelo francês Boule, em 1911-13.  (Marcellin Boule, Fossil Men) Esse retrato tem sido publicado sem alterações, de  um livro para outro,  ano após ano, (...). Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto cujos ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente deformados pelo artritismo. " William Straus e A.  J. E. Cave, os  dois cientistas que descobriram o fato declararam: 'Assim sendo, não existe uma razão aceitável para crermos que a postura do homem de  Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significativamente da do homem moderno (...) Não obstante, se pudéssemos revivê-lo e colocá-lo num metrô de  Nova loque - desde que tivesse tomado banho,  feito a barba e vestisse roupas modernas - duvido muito ele que chamasse mais atenção que qualquer um de seus concidadãos.'  (William L.  Straus, Jr.,  e A. J. E. Ca v e, "Pathology and the  P osture of  Neanderthal Man", Quarter/y Review of Biology ,  dezembro de 1957,  pg.  358-359). Esse  parecer foi escrito há alguns anos. Hoje em dia, mesmo sem se barbear, o homem de Neanderthal não atrairia a menor atenção!"
d.      Atualmente a mutação é limitada. Evolução - "este vocábulo significa simplesmente  'transformação'  e baseando-nos  nesse conceito, a evolução é uma realidade . Não obstante, a maioria das pessoas entende que evolução significa uma transformação progressiva através do tempo, de organismos mais simples para mais complexos, de formas primitivas para formas com características mais avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em fatos. O estudo da hereditariedade já revelou princípios e fatos que podem provar a evolução, se entendermos a palavra evolução no sentido de 'mudança'. Mas as aparentes e pequenas transformações que ocorrem hoje  em dia nos organismos vivos não nos fornecem base alguma para concluirmos que, no passado, houve uma ilimitada mutação (...) "Sim, hoje  em dia estão-se formando novas espécies de plantas e animais.  A quase infindável intergradação de animais e plantas que existe no mundo, a fantástica degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque e defesa,  levam-nos à conclusão inevitável de que tem havido uma transformação. Todavia,  o problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para outra, continua a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os evolucionistas. Os animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas o número de mutações é limitado. Os laboratórios da ciência não foram capazes de demonstrar que houve transformação de uma espécie maior para outra,  nem tal mutação ocorreu na  história passada da terra, se levarmos em conta as evidências que nos dão os registros fósseis."
e.      Conclusão. "A constante exposição a uma das teorias da origem, somente uma,  convenceu muitas pessoas de  que não existe outra alternativa, e que a evolução é a resposta mais completa. Quão infeliz é o fato de a maioria dos  milhões de pessoas que atravessam o s  processos educacionais terem pouca oportunidade de avaliar as evidências que existem em ambos os lados! "O exame dos fósseis, registros petrificados do passado, nos  ensinam que os complexos organismos vivos surgiram subitamente (em outras palavras, sem avisar) sobre a face da terra. Outrossim, o tempo não os  modificou os suficiente a ponto  de  alterar o relacionamento básico que têm uns com os outros. Os  organismos vivos modernos nos  ensinam que a transformação é uma característica da  vida e do tempo, mas  também nos  esclarecem que há limites que ela não pode  ultrapassar de maneira natural, e que os homens foram incapazes de forçá-la a tal. Ao considerar as coisas  vivas antigas ou modernas, o homem não deve esquecer-se de  que está tratando com a vida, uma força profundamente singular que ele não tem a capacidade de criar e que está tentando desesperadamente entender. "Estes são os  fatos; aqui estão as evidências; eis as razões seguras por que devemos acreditar que a vida se originou através de  um ato criativo. Já é tempo de cada indivíduo ter a oportunidade de  conhecer o s  fatos e tomar uma decisão inteligente."
6.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa, por meio da Seleção Natural. Alguns dos maiores críticos de Darwin ainda não foram silenciados pelos evolucionistas, e creio que nunca o serão, por que uma parte significativa da teoria é falsa. Que há uma mutação e uma luta pela sobrevivência parece evidente. Porém, a afirmação que uma seleção natural teria feito com que um peixe tenha virado um dinossauro e um dinossauro tenha se transformado em um passarinho é passível de severas críticas - ainda que essas críticas não sejam corriqueiramente exibidas nas salas de aula (como se todos aceitassem como verídica e indiscutível a Teoria da Evolução). Um dos pais da Paleontologia, Richard Owen, de maneira um tanto arrogante e sarcástica, é verdade, escreveu uma das primeiras críticas a teoria de Darwin: "As especulações impetuosas do Sr. Darwin denigrem a ciência (...) E, ele não sabe nada de fósseis - se ele soubesse, saberia que os ictiossauros apareceram no Jurássico Inferior, mantiveram-se inalterados e depois desapareceram. Não há qualquer sinal de evolução nisso!". Thomas Henry Huxley, amigo de Darwin, disse sobre a obra de Darwin, A Origem das Espécies: "É uma obra magnífica! Prova a existência da evolução. (...) Sim [a Seleção Natural] é lógica. É simples. Mas o sr. Darwin viu realmente uma espécie originada da Seleção Natural? Será que ele pode provar que ela realmente existe? Bem, não. É uma hipótese. Talvez a melhor existente, mas - e eu digo isso como um amigo - o Sr. Darwin realmente não provou sua tese." (Ambas as declarações são citadas em um Documentário da BBC "What Darwin Didn´t Know").

Conclusão

                Há vários cientistas, filósofos e teólogos que possuem bons argumentos contra a teoria da evolução (por exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=uWtnsgcaCg0). Esse documentário, muito interessante, pode ser útil para se verificar que há muitas outras abordagens possíveis a serem feitas diante da origem da vida: http://www.youtube.com/watch?v=sqmr5qMz7lE&feature=channel&list=UL . Recomenda-se também a leitura do livro do físico e judeu Nathan Avizer, "No Inicio", onde há exposição de vários argumentos científicos a favor do relato bíblico.
                Mas, a despeito da opinião dos homens, podemos seguramente saber, por meio de revelação, que Deus criou a Terra e tudo que nela há. Ele criou a Terra com um propósito. Ele criou Adão com um propósito. Há uma grande recompensa para aqueles que procuram saber quem são, e depois de descobrirem se empenham em viver a altura deste conhecimento.
                Quero dizer também que são louváveis os esforços de cientistas que tentam harmonizar ciência e religião, especialmente a Teoria da Evolução com as verdades do evangelho. Eu acredito que essa é uma busca importante e que produz bons resultados.
                Devo dizer ainda mais: que, embora eu recuse boa parte da Teoria Sintética, há alguns membros da Igreja que procuraram, a semelhança de Élder B. H. Roberts uma harmonia entre as doutrinas da Criação e as ideias de Darwin. Por exemplo, d
ois biólogos santos dos últimos dias ativos (um deles era bispo na época da publicação) escreveram recentemente um livro chamado "Evolution and Mormonism: A Quest for Understanding" ("Evolução e mormonismo: a busca pela compreensão ) onde eles procuram exatamente conciliar uma coisa e outra. Como falei na metade deste texto, a Teoria da Evolução é uma questão em aberto - porque é uma questão cientifica. Quanto aos princípios do evangelho estamos todos de acordo e procuramos a verdade onde pudermos. Em nosso empenho Deus nos revelará seus mistérios - até mesmo "verdades científicas".    
                Eu sei que Deus vive, que Ele é meu Pai Celestial. Sei disso independentemente de outras pessoas. Sei que Ele criou Adão e Eva e possibilitou sua vida na Terra. Assim sendo, rejeito parte da teoria de Darwin. Entendo porém, que ela contribuiu para esclarecer certos pontos e permitir a discussão de outros.
                Para terminar desejo mencionar duas passagens do discurso de Jacó, em 2 Néfi 9:
                " Oh! Quão astuto é o plano do maligno! Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus." (vv. 28-29)
                " O, meus amados irmãos, vinde, pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-vos de que seus caminhos são justos. Eis que o caminho para o homem é estreito, mas segue em linha reta adiante dele; e o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não tem servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome.
                E a quem quer que bata, ele abrirá; e os sábios e os instruídos e os ricos que são orgulhosos de seu conhecimento e de sua sabedoria e de suas riquezas---sim, estes são os que ele despreza; e a menos que se despojem de todas estas coisas e se considerem insensatos diante de Deus e se humilhem profundamente, ele não lhes abrirá.
                As coisas dos sábios e dos prudentes, porém lhes serão ocultas para sempre---sim, aquela felicidade que está preparada para os santos." (vv. 41-43)



[1] “Os três acontecimentos mais grandiosos que jamais ocorreram ou ocorrerão em toda a eternidade são os seguintes:
1. A criação dos céus e da Terra, do homem e de todas as formas de vida;
2. A queda do homem, de todas as formas de vida e da própria Terra, que perderam seu estado original e paradisíaco e se tornaram o que são hoje; e
3. A Expiação infinita e eterna, que resgata o homem, todos os seres vivos e também a Terra de seu estado decaído para que se efetue a salvação da Terra e de todos os seres vivos.
                Esses três acontecimentos divinos - os três pilares da eternidade - estão inseparavelmente entrelaçados numa grandiosa tapeçaria conhecida como o eterno plano de salvação.” (A New Witness for the Articles of Faith, p. 81)
                O Élder Bruce R. McConkie também disse que essas doutrinas fundamentais (a doutrina da Criação, da Queda e da Expiação) são “os maiores acontecimentos que já ocorreram em toda a eternidade”. Ele explicou: “Quando conseguimos compreendê-las, vemos todas as coisas do plano eterno entrarem no devido lugar e nos colocamos em condição de fazer o que é preciso para a
nossa própria salvação. (…) Esses são os três pilares que sustentam tudo o mais. Sem qualquer um deles, todas as outras coisas perderiam o sentido e os planos e desígnios de Deus seriam nulos” (“The Three Pillars of Eternity”, em Brigham Young University 1981 Firesides and Devotional Speeches, 1981, p. 27).

[2]
Todo homem anela pela verdade, porque, como já expliquei a verdade conduz a liberdade e a felicidade eterna. A verdade é Cristo (Enos 1:26, Alma 5:48, João 1:17). E embora nem todos desejem aprender sobre Cristo - todos desejam bem-estar, proteção e salvação. Pois bem. Tudo isso é encontrado em Cristo Jesus. Além disso, verdade nos liberta (João 8:32): Cristo nos liberta! (João 8:36; 2 Néfi 9:19, 25- 26). O conhecimento da verdade (conhecimento de Cristo – de sua obra e glória), e aplicação desse conhecimento – que é sabedoria   – é o que leva o homem a ter vida eterna, felicidade eterna (2 Néfi 2:27-28; D&C 42:61).


* Um capítulo interessante da História da Igreja demonstra bem isso. B. H. Roberts, que serviu na Presidência dos Setenta e é considerado um dos maiores Historiadores da Igreja, escreveu um livro para ser usado nos cursos do sacerdócio. Um comitê compostos de vários apóstolos, no final da década de 20, se reuniram para estudar o livro, revisá-lo e para aprová-lo ou não. Os irmãos do comitê eram: George Albert Smith, que mais tarde seria apoiado como Presidente da Igreja; Joseph Fielding Smith, talvez o maior teólogo da Igreja; e David O. MacKay (também futuro presidente da Igreja); Stephen L. Richards e Melvin J. Ballard. Os irmão elogiaram amplamente o livro, mas estavam em desacordo sobre uma parte na qual o Élder Roberts unia ideias da teoria da Evolução com as doutrinas da Criação. O Élder Smith, contudo, achava inconcebível harmonizar a teoria de Darwin com o as escrituras. Segundo o Élder Smith não havia morte antes de Adão comer do fruto. O Élder Roberts foi convidado a alterar seu manuscrito, mas após revisá-lo não percebeu como poderia fazê-lo. Ele solicitou nova vista. O caso se tornou tão sério que acabou chegando a Primeira Presidência. De um lado, o Élder Smith defendia que não havia possibilidade de fundir teoria evolucionista com o evangelho, do outro Élder Roberts afirmava que, em alguma medida, realmente havia uma evolução, e que havia meios de aceitarmos uma coisa e outra sem refutar os ensinamentos da verdade divina. A Primeira Presidência analisou cuidadosamente as duas posições. Antes disso, o Élder Talmage, apóstolo e geólogo, e o Élder John A. Widtsoe, apóstolo e físico, tomaram informalmente uma posição intermediaria. Mas todos os membros dos Doze esperaram a Primeira presidência se manifestar.

                O Presidente da Igreja na época era Heber J. Grant. Ele e seus conselheiros enviaram uma proclamação para Igreja dizendo que Adão era nosso pai, e que isso havia sido revelado claramente nas escrituras. Ele era o primeiro homem, e o primeiro pai. Disseram que o Senhor não havia revelado o "modus operandi" da Criação. Explicaram que o propósito da Igreja era o de salvar almas, e que a geologia, paleontologia, arqueologia e outras ciências não tinham esse fim - e nos assuntos da Igreja deviam ser deixadas de lado.
                O manuscrito do Élder Roberts não pode ser publicado pela Igreja. Ele, o Élder Roberts, permaneceu fiel e ficou conhecido pela Igreja como o "Defensor da Fé". Embora ele e Élder Joseph Fielding Smith tivessem grande divergência em alguns pontos de opinião (como no caso da teoria da evolução), eram bons amigos e se tratavam com grande cordialidade. (Essa história pode ser encontrada no livro BYU Studies, capítulo "The story of the truth, the way, the life", pg. 692-741).
                Quero dizer uma coisa a respeito dessa história que indiretamente pode ser observado: os líderes da Igreja possuem suas próprias opiniões e ideias sobre diversos assuntos e são livre para expressá-los quando estão reunidos em seus quoruns. Mas quando o Presidente toma uma decisão todos a aceitam e a apóiam - isso acontece de maneira pacífica e ordenada - pois é a maneira do Senhor.
                No caso da Teoria da Evolução o Senhor não deu um resposta direta - ou seja, não houve uma declaração oficial da Igreja refutando-a. Sabemos que Deus vive, que criou Adão e Eva e que qual o propósito de tudo isso.
                Eu contei esse interessante fato da História da Igreja porque ilustra muito bem que há espaço para a investigação científica para o santos dos últimos dias, mas que o propósito da Igreja é o de salvar almas. Quando o Senhor achar conveniente nos dirá exatamente como criou a Terra e tudo o que nela há. Evidentemente algumas teorias lançam fora e distorcem os princípio e doutrinas fundamentais do evangelho. Estas devem ser refutadas.
                Devemos ter cuidado de nos púlpitos e nas salas de aula da Igreja de ensinar a doutrina aprovada e não nossas próprias ideias e teorias.