Os bons pais são aqueles que amam seus filhos e procuram criá-los como Deus lhes ordenou. Néfi considerava seu pai Leí e sua mãe Saria bons. A palavra bom foi usada pelo próprio Deus durante a criação do mundo – quando Ele terminava uma etapa “via Deus que era bom [o que havia feito]” (Gênesis 1:10, 12, 18, 21, 25, 31). Esse adjetivo era o melhor que Néfi podia usar para descrever Leí e Sarah (e o melhor que Joseph podia traduzir). Seu pai Leí era um santo profeta que foi descrito por Néfi como um homem corajoso, de visão, de ação, de grandes palavras e de poder espiritual. De fato, Néfi humildemente dizia ter adquirido “alguma instrução em todo conhecimento de sua pai” (1 Néfi 1:1).
Sua mãe era uma mulher que amava os filhos profundamente. Ela suportou as dificuldades da dura viagem a Terra da Promissão mesmo numa idade avançada. Néfi relatou que no Sonho da Árvore da Vida sua mãe come do fruto da árvore – que é um símbolo do amor de Deus – provando que ela era uma mulher eleita (1 Néfi 8:13-16).
O Pai Celestial é o maior exemplo de um bom pai. Ele é justo e é misericordioso. Para sermos bons pais devemos seguir seu exemplo divino. Os bons pais não são identificados pela retidão dos filhos. Por exemplo, Leí e Saria não podiam ser considerados maus pais por causa dos rebeldes Lamã e Lemuel. Os resultados do mau uso do arbítrio dos filhos não determinam se os pais são bons ou não. Deus era um bom pai, e continuou a sê-lo, mesmo com a rebelião de Lúcifer.
Um bom pai é aquele que mostra grande amor, mesmo pelos filhos rebeldes e desobedientes. Leí não deixava de advertir seus filhos “com todo sentimento de um terno pai” (1 Néfi 8:37). Há várias referencias onde Leí procura exortar seus filhos. Ele foi verdadeiramente um bom pai.
Em suma, um bom pai prepara seus filhos para um futuro glorioso. O Salvador falou sobre o princípio da preparação ao ensinar sobre a Segunda Vinda: “Mas sabei isto: Se o bom pai de família soubesse a que vigília viria o ladrão, teria vigiado e não teria deixado minar a sua casa, mas estaria preparado.” (Joseph Smith – Mateus 1:47), Para sermos bons pais devemos vigiar orar e preparar a nós e nossa casa para o retorno ao lar celestial.
Presidente James E. Faust: “Quem são bons pais? Aqueles que com amor, fervor e sinceridade procuraram ensinar seus filhos por exemplo e por preceito a “orar e a andar em retidão perante o Senhor” (“As Ovelhas Que Se Desgarraram São Amadas”, A Liahona, Maio de 2003, pg. 61)
“Embora poucos desafios humanos sejam maiores do que o de ser bons pais, poucas oportunidades oferecem maior potencial de alegria. Certamente não há trabalho mais importante a ser feito neste mundo do que preparar nossos filhos para serem tementes a Deus, felizes, honrados e produtivos. Os pais não encontrarão maior felicidade e realização do que a de serem honrados por seus filhos e vê-los seguir seus ensinamentos. Essa é a glória da paternidade. João testificou: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (III João 1:4).
Em minha opinião, ensinar, educar e treinar os filhos exige mais inteligência,compreensão intuitiva, humildade, força, sabedoria, espiritualidade, perseverança e trabalho árduo do que qualquer outro desafio na vida. (...)
Que os pais conscientes, carinhosos e dedicados, que vivem os princípios da retidão o melhor possível tenham o consolo de saber que são bons pais, apesar dos atos de alguns de seus filhos. Os filhos, por sua vez, têm a responsabilidade de ouvir, obedecer e aprender o que lhes é ensinado. Os pais não podem sempre responder pela má conduta dos filhos, porque não podem garantir que eles se comportem bem. Certos filhos poriam à prova até a sabedoria de Salomão e a paciência de Jó. (“Mil Laços de amor”, A Liahona, outubro de 2005, pg. 3, 5-6)
Élder L. Tom Perry: “Procurei ensinar à minha família que o mérito pelo sucesso que alcançamos na vida pertence, na verdade, a nossos pais que nos proporcionaram um maravilhoso início. Meu pai era trabalhador, um bom provedor e um grande exemplo de serviço, honra e integridade. Amava a família e reservava um tempo para nós em sua vida atarefada. Minha mãe sempre estava junto de nós para ensinar-nos e incentivar-nos. Era uma ótima dona de casa, muito cuidadosa, excelente administradora das finanças domésticas e uma cozinheira maravilhosa. Honro e amo muito meus pais.” (“Compartilhar o Legado da Família”, A Liahona, setembro de 2006, pg. 14).
Sharon G. Larsen, que foi Segunda Conselheira da Presidência Geral das Moças: “É preciso despender muito tempo e energia a fim de sermos bons pais. Seria mais fácil deixar que meus filhos adormecessem diante da televisão enquanto arrumo a casa de noite e depois colocá-los na cama, em vez de ler as escrituras e as histórias para eles e fazer as orações, para a seguir acomodá-los na cama. Eles, de fato, aguardam ansiosamente esse ritual noturno, e eu sei que esse investimento, mesmo quando estou muito cansada, terá conseqüências eternas”. (“Não Temas; Porque Mais São os Que Estão Conosco”, A Liahona, janeiro de 2002, pg. 14).
Presidente Gordon B. Hinckley: “O que o Senhor espera dos santos dos últimos dias? O que Ele espera que façamos? Ele espera que sejamos pessoas boas, que sejamos bons pais que amam sua esposa, que amam seus filhos, que honram o sacerdócio, que procuram fazer as coisas de um modo um pouco melhor, que procuram ser um pouco mais íntegros na vida — homens bons, fiéis e maravilhosos. (...). Para vocês mulheres e mães, sejam boas esposas. Apóiem seu marido. Tratem-no com bondade. (...) Ajudem-no em tudo que ele fizer. Sejam boas mães para seus filhos. (...) Criem-nos com amor. Vocês, filhos, considerem seus pais os seus melhores amigos. Ouçam o que eles dizem. Façam o que eles pedem, pois é isto que o Senhor pediu a Seu povo: Que os filhos sejam criados em luz e verdade e amor.” (Reunião, Nouméa, Nova Caledônia, 17 de junho de 2000; publicado na A Liahona, Junho de 2004, pg. 5)
Presidente Brigham Young: “Vivamos de modo que o espírito de nossa religião esteja sempre conosco; assim teremos paz, alegria, felicidade e contentamento. Isso dá origem a bons pais, boas mães, bons filhos, bons lares, vizinhos, comunidades e cidades. Vale a pena viver por ele e creio sinceramente que os santos dos últimos dias devem esforçar-se para alcançar esse objetivo.” (“Ensinar a Família”, Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Brigham Young, pg. 171)
Irmão Marion D. Hanks: “Suponhamos que você vá dar uma aula ou um discurso para um grupo de jovens santos dos últimos dias sobre o tema das primeiras palavras do Livro de Mórmon: “Eu, Néfi, tendo nascido de bons pais (...) (1 Néfi 1:1). Não seria muito difícil, não é? Além do mais, provavelmente não existe fato mais universalmente aceito: de que é uma vantagem maravilhosa ter nascido de bons pais e num lar onde a criança é desejada e será amada, treinada, ensinada e receberá bons exemplos.
Suponhamos, contudo, que você esteja bem familiarizada com o grupo para o qual dará sua aula e saiba que entre eles há alguns jovens a quem esta lição, se ensinada da maneira usual, causaria sofrimento, desconforto e embaraço. Lá está João, cujos pais deram-lhe maus exemplos e separaram-se ou divorciaram-se, após constantes e amargas controvérsias, até mesmo trágicas deslealdades. João está tentando levar uma vida normal, ansioso e determinado a ser alguém e a preparar-se para ter seu próprio lar feliz. Vemos Patrícia, cujos familiares escolheram um curso diretamente oposto ao que uma vez seguiram e que ela própria deseja viver. Do outro lado da sala está Roberto, que ama o pai, mas está confuso porque este considera a caça, pesca e futebol, talvez até o álcool e o fumo, mais importantes do que suas oportunidades no sacerdócio. Como ensinará você esta lição tendo esses jovens no grupo?
Comece por encarar a situação honestamente, reconhecendo que embora todos nós entendamos que gozo de uma herança desejável é uma grande bênção, muitos pais e lares não são o que deveriam ser. Freqüentemente, jovens dedicados e corajosos exercem boa influência sobre os pais e o lar, o que é elogiável; mas muitas vezes, infelizmente, é muito pouco o que os filhos podem fazer para mudar os pais, mesmo que esses jovens estejam tentando resolutamente melhorar sua herança. O que podemos e devemos ensinar é que embora não tenhamos condições de fazer muito para melhorar os pais, podemos fazer tudo para melhorar a nós mesmos e escolher que tipo de pais nossos filhos terão! Utilizando a grande afirmação da escritura: “Eu, Néfi, tendo nascido de bons pais (...)” podemos ensinar com sinceridade e com a devida ênfase: “Eu, João, desejando sinceramente tornar-me um dia um bom pai (...)”
Alguém disse: “é muito bom ser de boa descendência, mas a glória é dos antepassados.”
Tornar-se um bom pai ou mãe é um desafio e meta adequada aos jovens mais fortes e determinados, e o cumprimento desta meta repousa diretamente sobre os ombros do indivíduo. A pessoa pode tornar-se o que sinceramente deseja e quer ser (...) Os jovens têm dentro de si agora as sementes do futuro. Sob circunstâncias e expectativas normais, chegará o dia em que alguém os chamará de “pai” ou “mãe” e será tremendamente influenciado pelo tipo de pais que eles são. Como pais em perspectiva, os jovens precisam aprender a importância maravilhosa da boa herança, mas podem ser ensinados sobre esse assunto pelas escrituras, numa forma estimulante e inspiradora que lhes proporcionará o desafio e o incentivo de se tornarem “bons pais”. (“I, Johnny, Parent-to-Be...”, “Eu, João, que um Dia Serei Pai...”, Improvement Era, fevereiro de 1961, pp. 97, 113. – citado no Manual das Moças, Volume 3, “Herança” lição 19, pg. 68-69).
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