O livro de 4 Néfi abrange quase 300 anos de história (em apenas um capítulo) – o que é dez vezes mais do que todo período abrangido pelo livro de 3 Néfi (que tem 30 capítulos) e também oito vezes mais que todo período abrangido pelo livro de Alma (que tem 63 capítulos). Mórmon fez um “resumão” desse período. Ao estudar esse pequeno livro, notei que podíamos descrevê-lo em uma única palavra. Essa palavra, com suas variantes é mencionada 22 vezes nos 49 versículos (Em média, a cada dois versículos essa palavra aparece uma vez). A palavra é TUDO (todos, toda, todo, todas).
Os discípulos organizaram uma Igreja em todas as terras, e todos os homens se arrependiam (v 1). Todo povo acabou sendo convertido (v. 2). E tinham todas as coisas em comum, e eram todos livres (v. 3). Toda sorte de milagres era realizado (v. 5). Nesta época maravilhosa, onde Sião fora estabelecida, todo povo, de toda terra não contendia (v. 13). Os apóstolos primitivos todos haviam morrido, exceto três (v. 14). Não havia povo mais feliz de todos os criados por Deus (v.16), porque, conforme diz a escritura, eram abençoados em tudo que faziam – portanto, não podia haver contendas em toda a terra (v. 18). Depois de 200 anos toda a segunda geração após a visita de Cristo havia morrido, exceto uns poucos (v. 22). O povo se multiplicara muito e se espalhara por toda a face da terra (v. 23). Ficaram tão ricos, que tinham toda sorte de pérolas finas e de coisas luxuosas do mundo (v. 24). Infelizmente isso os levou a toda sorte de iniqüidades (v. 27). Mesmo com todos os milagres realizados pelos apóstolos o povo se tornou mal endurecendo o coração (v. 31). Os líderes desse povo se tornaram corruptos e instigavam o povo a toda sorte de pecados (v. 34). Suas Igrejas eram adornadas com toda espécie de objetos preciosos – refletindo o orgulho do povo (v. 41). Surgiram combinações secretas e os ladrões se espalharam por toda terra ,as práticas iníquas eram preponderantes, inclusive toda sorte de comércio iníquo (v. 46). O profeta Amaron, compelido pelo espírito escondeu todos os registros de Deus (v. 48).
O que aprendemos com isso. Aprendemos que o que Leí e Samuel, o lamanita, disseram são verdades:
“Mas eis que quando chegar o tempo em que degenerarem, caindo na incredulidade, depois de haverem recebido tão grandes bênçãos das mãos do Senhor---tendo conhecimento da criação da terra e de todos os homens, conhecendo as grandes e maravilhosas obras do Senhor desde a criação do mundo; tendo recebido o poder de fazer todas as coisas pela fé; possuindo todos os mandamentos desde o princípio e tendo sido trazidos para esta preciosa terra de promissão pela sua infinita bondade---eis que digo: se chegar o dia em que rejeitarem o Santo de Israel, o verdadeiro Messias, seu Redentor e seu Deus, eis que sobre eles recairão os julgamentos daquele que é justo” (2 Néfi 1:10).
“Sim, e vemos que é justamente quando ele faz prosperar seu povo, sim, aumentando seus campos, seu gado e seus rebanhos e ouro e prata e toda sorte de coisas preciosas de todo tipo e de todo estilo, preservando-lhes a vida e livrando-os das mãos de seus inimigos, abrandando o coração dos inimigos para que não lhes façam guerra; sim, e, em resumo, fazendo tudo para o bem e a felicidade de seu povo; sim, então é quando endurecem os corações, esquecendo-se do Senhor seu Deus e pisando o Santíssimo---sim, e isto em virtude de seu conforto e de sua enorme prosperidade” (Helamã 12:2).
Os nefitas tinham tudo, mas perderam tudo. Eles eram o povo mais feliz, e se tornaram os mais triste. 4 Néfi trás uma advertência: quanto mais somos abençoados, mais somos responsáveis por essas bênçãos e se não as usarmos bem, maior será nossa condenação. “Porque a quem muito é dado, muito é exigido; e o que pecar contra a luz maior receberá a condenação maior” (D&C 82:3).
25 de out. de 2010
20 de out. de 2010
Como Rei Noé e seu povo quebram os Dez Mandamentos
Quando Abinádi foi preso e levado perante os iníquos sacerdotes e o pervertido rei Noé, não pode ser impedido de transmitir sua mensagem de advertência. Entre seus ensinamentos encontramos os dez mandamentos dados a Moisés. Abinádi os citou porque, como ele mesmo explicou, eles não estavam escritos nos corações daqueles que professavam serem os líderes do povo nefita da Terra da Primeira Herança e que na maior parte do tempo, esses homens iníquos estudavam e ensinavam iniqüidade (Mosias 13:11).
O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas (Mosias 12:34-37). Segundo Abinádi os sacerdotes e o rei não faziam isso, nem ensinam que deviam amar a Deus acima de todas as outras coisas. Seus pecados contra os outros nove mandamentos comprovavam que amavam mais as trevas que a luz, mais ao diabo que a Deus.
O segundo mandamento é não ter ídolos. Mas os sacerdotes e o rei amavam o dinheiro, a polpa, o poder, a glória do mundo – ídolos dos mais abomináveis. De fato, eles se julgavam fortes (Mosias 12:15). E esse seu orgulho gerava idolatria. Quando eles fecharam os olhos para a adoração ao verdadeiro Deus no mesmo tempo inclinaram-se para o demônio.
Não somos informados, pelo registro que ora dispomos, que o povo do rei Noé construiu imagens, bezerros de ouro, bosques ou algo do tipo, como os antigos israelitas. Todavia percebemos que o povo se tornou idolatra pelo engano dos sacerdotes e rei, na ocasião em que as grandes obras arquitetônicas ergueram-se semelhante a uma torre de Babel, fazendo com que o deus deles fosse o ouro, a prata, os momentos, edifícios, torres e poderio militar (Mosias 11:7-13).
Não tomar o nome do Senhor em vão é o terceiro mandamento (Mosias 2:15). Noé, seus sacerdotes e a maior parte do povo haviam sido batizados e tomado sobre si o nome de Cristo – afinal Zênife fora um homem justo que consagrara sacerdotes e estabelecera uma igreja entre seu povo (Mosias 9; 11:5). Mesmo tendo feito convênios com o Senhor, Noé, seus sacerdotes e o povo pisavam no santíssimo e não eram dignos de ser chamados pelo nome do Senhor. Seus convênios eram vãos e de nada valiam sem a retidão. Na realidade acrescentavam maldição aquele que, a principio, havia sido um povo favorecido por Deus.
O quarto mandamento é santificar o dia do Senhor. Os sacerdotes de Noé muito se assemelham aos fariseus da época do Senhor Jesus Cristo. Eles eram hipócritas. Diziam conhecer e viver a lei, mas seu coração estava longe de Deus. A acusação lhes é pertinente por analogia: “Ai de vós (...) hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” (Mateus 23:23). É provável que os sacerdotes de Noé conhecessem muito bem a doutrina do sábado, ensinassem sobre o sábado, pregassem sobre o sábado e até viviam de um modo a parecer que estavam cumprindo esse mandamento, mas para Deus suas obras eram mortas. Eles não adoravam no sábado. Sobre esse mandamento viviam a letra da lei, sem viver o espírito da lei (II Coríntios 3:6).
Nem Noé, nem os sacerdotes, nem o povo em geral estava honrando pai e mãe. Porque seus pais haviam sido justos, mas eles eram iníquos. Zênife fora um profeta, Noé era um pervertido. Por causa que não cumpriram este mandamento, Deus não prolongou seus dias na Terra durante a mortalidade (Mosias 19) e nem os prolongará na imortalidade, pois essa Terra será o lar dos que viverão no Reino Celestial. Somente os que cumprirem todos os mandamentos viverão no Reino Celestial – pois esses honraram seu Pai Celestial.
O mandamento de não matar era descumprido por Noé, seus sacerdotes o povo. Tanto que mataram um profeta do Senhor (Mosias 17:13) e regozijavam-se em assassinar os lamanitas (Mosias 11:19). Observe o triste comentário de Lími sobre seu iníquo pai, Noé, os sacerdotes e o povo: “Porque, se este povo não houvesse caído em transgressão, o Senhor não teria permitido que este grande mal lhes sobreviesse. Eis, porém, que não quiseram dar ouvidos a suas palavras; mas surgiram contendas entre eles, a ponto de derramarem sangue uns dos outros.E eles mataram um profeta do Senhor; sim, um homem escolhido de Deus, que lhes havia falado de suas iniqüidades e abominações e profetizado muitas coisas que hão de acontecer, sim, até mesmo a vinda de Cristo. (...) E então, por [ele ter pregado sobre Cristo], mataram-no; e muitas outras coisas fizeram que atraíram sobre si a ira de Deus. Portanto, quem se admira de que estejam em cativeiro e que sofram aflições?” (Mosias 7:25-26, 28)
O mandamento de não cometer adultério abrange muito mais que trair o conjugue. A lei da castidade inclui pensamentos dignos, vestuário recatado, palavras puras e ações santas. A virtude foi totalmente destruída por Noé e seus sacerdotes – que gastavam o tempo com as prostitutas (Mosias 11:14). O povo seguiu seus lideres cometendo devassidão e lascívia – imoralidades, fornicações e adultérios no mais alto grau (Mosias 12:29).
Não precisamos nem comentar sobre o furto. O povo regozijava-se em seus despojos de guerra (Mosias 11:18). E no seu orgulho certamente surgiram, numa seqüência lógica e triste, invejas, desigualdades, perseguições e roubos.
O falso testemunho, que é a desonestidade, enchia os ares. Vemos que ao levarem Abinádi perante o rei Noé testemunhas aumentaram consideravelmente as acusações do profeta para agravá-lo (compare Mosias 12:3 com Mosias 12:10-12). Certamente o trono mencionado em Mosias 11:7 era usado para promover a desonestidade, pois sempre entre as palavras lisonjeiras estão as mentiras, as meias-verdades e as escrituras mescladas com iniqüidade. O povo mentia a si mesmo ao cometerem pecado e dizerem que não eram culpados (Mosias 12:14).
Não cobiçarás – este mandamento também era quebrado pelo povo do rei Noé. Cheios de inveja e orgulho colocaram o coração em Babilônia. Por isso Abinádi os adverte e diz que eles seguiram “suas próprias vontades e desejos carnais; não [haviam] nunca procurado o Senhor enquanto os braços de misericórdia lhes estavam estendidos, porque os braços de misericórdia lhes foram estendidos e não os aceitaram; [haviam]sido admoestados de suas iniqüidades, ainda assim não quiseram afastar-se delas; e foi-lhes ordenado que se arrependessem e, contudo, não se arrependeram. E [por isso deviam] tremer e [arrependerem-se] de [seus] pecados e [lembrarem-se] de que somente em Cristo e por meio dele [poderiam] ser salvos”. (Mosias 16:12-13)
Poderíamos nós receber a mesma acusação que o rei Noé e seus sacerdotes receberam? Estamos nós cumprindo os dez mandamentos? Se estivermos amando ao próximo como a nós mesmos estamos cumprindo os seis últimos mandamentos. Se estivermos amando a Deus de todo o coração estamos cumprindo os quatro primeiros mandamentos (e em conseqüência os seis outros também – Mosias 2:17). Estes dez mandamentos são validos hoje na mesma proporção que eram válidos para os israelitas em Êxodo 20, para os judeus da época de Cristo em Mateus 22, para os nefitas em Mosias 13 e para os santos pioneiros em Doutrina e Convênios 42 e 59. Que possamos cumpri-los.
O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas (Mosias 12:34-37). Segundo Abinádi os sacerdotes e o rei não faziam isso, nem ensinam que deviam amar a Deus acima de todas as outras coisas. Seus pecados contra os outros nove mandamentos comprovavam que amavam mais as trevas que a luz, mais ao diabo que a Deus.
O segundo mandamento é não ter ídolos. Mas os sacerdotes e o rei amavam o dinheiro, a polpa, o poder, a glória do mundo – ídolos dos mais abomináveis. De fato, eles se julgavam fortes (Mosias 12:15). E esse seu orgulho gerava idolatria. Quando eles fecharam os olhos para a adoração ao verdadeiro Deus no mesmo tempo inclinaram-se para o demônio.
Não somos informados, pelo registro que ora dispomos, que o povo do rei Noé construiu imagens, bezerros de ouro, bosques ou algo do tipo, como os antigos israelitas. Todavia percebemos que o povo se tornou idolatra pelo engano dos sacerdotes e rei, na ocasião em que as grandes obras arquitetônicas ergueram-se semelhante a uma torre de Babel, fazendo com que o deus deles fosse o ouro, a prata, os momentos, edifícios, torres e poderio militar (Mosias 11:7-13).
Não tomar o nome do Senhor em vão é o terceiro mandamento (Mosias 2:15). Noé, seus sacerdotes e a maior parte do povo haviam sido batizados e tomado sobre si o nome de Cristo – afinal Zênife fora um homem justo que consagrara sacerdotes e estabelecera uma igreja entre seu povo (Mosias 9; 11:5). Mesmo tendo feito convênios com o Senhor, Noé, seus sacerdotes e o povo pisavam no santíssimo e não eram dignos de ser chamados pelo nome do Senhor. Seus convênios eram vãos e de nada valiam sem a retidão. Na realidade acrescentavam maldição aquele que, a principio, havia sido um povo favorecido por Deus.
O quarto mandamento é santificar o dia do Senhor. Os sacerdotes de Noé muito se assemelham aos fariseus da época do Senhor Jesus Cristo. Eles eram hipócritas. Diziam conhecer e viver a lei, mas seu coração estava longe de Deus. A acusação lhes é pertinente por analogia: “Ai de vós (...) hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” (Mateus 23:23). É provável que os sacerdotes de Noé conhecessem muito bem a doutrina do sábado, ensinassem sobre o sábado, pregassem sobre o sábado e até viviam de um modo a parecer que estavam cumprindo esse mandamento, mas para Deus suas obras eram mortas. Eles não adoravam no sábado. Sobre esse mandamento viviam a letra da lei, sem viver o espírito da lei (II Coríntios 3:6).
Nem Noé, nem os sacerdotes, nem o povo em geral estava honrando pai e mãe. Porque seus pais haviam sido justos, mas eles eram iníquos. Zênife fora um profeta, Noé era um pervertido. Por causa que não cumpriram este mandamento, Deus não prolongou seus dias na Terra durante a mortalidade (Mosias 19) e nem os prolongará na imortalidade, pois essa Terra será o lar dos que viverão no Reino Celestial. Somente os que cumprirem todos os mandamentos viverão no Reino Celestial – pois esses honraram seu Pai Celestial.
O mandamento de não matar era descumprido por Noé, seus sacerdotes o povo. Tanto que mataram um profeta do Senhor (Mosias 17:13) e regozijavam-se em assassinar os lamanitas (Mosias 11:19). Observe o triste comentário de Lími sobre seu iníquo pai, Noé, os sacerdotes e o povo: “Porque, se este povo não houvesse caído em transgressão, o Senhor não teria permitido que este grande mal lhes sobreviesse. Eis, porém, que não quiseram dar ouvidos a suas palavras; mas surgiram contendas entre eles, a ponto de derramarem sangue uns dos outros.E eles mataram um profeta do Senhor; sim, um homem escolhido de Deus, que lhes havia falado de suas iniqüidades e abominações e profetizado muitas coisas que hão de acontecer, sim, até mesmo a vinda de Cristo. (...) E então, por [ele ter pregado sobre Cristo], mataram-no; e muitas outras coisas fizeram que atraíram sobre si a ira de Deus. Portanto, quem se admira de que estejam em cativeiro e que sofram aflições?” (Mosias 7:25-26, 28)
O mandamento de não cometer adultério abrange muito mais que trair o conjugue. A lei da castidade inclui pensamentos dignos, vestuário recatado, palavras puras e ações santas. A virtude foi totalmente destruída por Noé e seus sacerdotes – que gastavam o tempo com as prostitutas (Mosias 11:14). O povo seguiu seus lideres cometendo devassidão e lascívia – imoralidades, fornicações e adultérios no mais alto grau (Mosias 12:29).
Não precisamos nem comentar sobre o furto. O povo regozijava-se em seus despojos de guerra (Mosias 11:18). E no seu orgulho certamente surgiram, numa seqüência lógica e triste, invejas, desigualdades, perseguições e roubos.
O falso testemunho, que é a desonestidade, enchia os ares. Vemos que ao levarem Abinádi perante o rei Noé testemunhas aumentaram consideravelmente as acusações do profeta para agravá-lo (compare Mosias 12:3 com Mosias 12:10-12). Certamente o trono mencionado em Mosias 11:7 era usado para promover a desonestidade, pois sempre entre as palavras lisonjeiras estão as mentiras, as meias-verdades e as escrituras mescladas com iniqüidade. O povo mentia a si mesmo ao cometerem pecado e dizerem que não eram culpados (Mosias 12:14).
Não cobiçarás – este mandamento também era quebrado pelo povo do rei Noé. Cheios de inveja e orgulho colocaram o coração em Babilônia. Por isso Abinádi os adverte e diz que eles seguiram “suas próprias vontades e desejos carnais; não [haviam] nunca procurado o Senhor enquanto os braços de misericórdia lhes estavam estendidos, porque os braços de misericórdia lhes foram estendidos e não os aceitaram; [haviam]sido admoestados de suas iniqüidades, ainda assim não quiseram afastar-se delas; e foi-lhes ordenado que se arrependessem e, contudo, não se arrependeram. E [por isso deviam] tremer e [arrependerem-se] de [seus] pecados e [lembrarem-se] de que somente em Cristo e por meio dele [poderiam] ser salvos”. (Mosias 16:12-13)
Poderíamos nós receber a mesma acusação que o rei Noé e seus sacerdotes receberam? Estamos nós cumprindo os dez mandamentos? Se estivermos amando ao próximo como a nós mesmos estamos cumprindo os seis últimos mandamentos. Se estivermos amando a Deus de todo o coração estamos cumprindo os quatro primeiros mandamentos (e em conseqüência os seis outros também – Mosias 2:17). Estes dez mandamentos são validos hoje na mesma proporção que eram válidos para os israelitas em Êxodo 20, para os judeus da época de Cristo em Mateus 22, para os nefitas em Mosias 13 e para os santos pioneiros em Doutrina e Convênios 42 e 59. Que possamos cumpri-los.
13 de out. de 2010
1 Néfi 22:2 – Espírito de Revelação
Temos um esclarecimento maravilhoso feito por Néfi neste versículo. O Espírito Santo é o ser que revela aos profetas “todas as coisas que acontecerão aos filhos dos homens”. Essas palavras sintonizam-se com as palavras de Morôni, que de forma mais abrangente, se referem a todas as pessoas que lerem o Livro de Mórmon, sem necessidade de terem o ofício de profetas: “E pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas” (Morôni 10:5). Ou seja: temos a mesma garantia de receber revelação de Deus que os profetas têm – o mesmo canal deles é o nosso. Lamã e Lemuel viviam dizendo que o Senhor não lhes revelava coisa alguma, pelo que Néfi lamentou chamando-os de duros de coração (1 Néfi 15:7-11).
Todo livro de primeiro Néfi ensina como buscar e obter revelação. Néfi mostra que a humildade e o desejo guiam a fé necessária para pedir e acreditar que receberemos (acreditar que Deus tem poder para responder). Ele explica ainda que devemos continuar guardando os mandamentos (agindo corretamente segundo o que sabemos) e ponderando a questão no coração (coração é símbolo do desejo e vontade do homem). Então promete ele: certamente receberemos revelação (1 Néfi 4:6; 1 Néfi 10:17; 1 Néfi 11:1; 1 Néfi 15:11; 1 Néfi 22:2).
Uma das abordagens para se receber revelação mais eficazes é a de orar pelo próximo. Foi só quando Leí orou de todo coração a favor de seu povo que a revelação veio (1 Néfi 1:5). Foi só quando Néfi rogou ao Senhor por seus irmãos que a revelação lhe chegou (1 Néfi 2:18). Acho que isso acontece porque o Senhor percebe nossa disposição de servi-lo e dá a revelação como recompensa por nosso desejo e incentivo para que façamos bem aquilo que devemos fazer.
Ver também: http://lucasmormon.blogspot.com/2010/07/revelacao-em-nefi.html
5 de out. de 2010
Quem nós julgará no último dia? Como será o julgamento final? Como podemos nos preparar?
O Pai deu ao Filho todo Juízo (João 5:22). Cristo é o Juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10:42 e Moises 6:57). Ele julgará todas as nações no grande e último dia (Isaías 2:4). Entretanto, chamará outros para o ajudarem neste trabalho. Os Doze apóstolos que ele escolheu, com exceção de Judas Iscariotes, que o traiu (outro foi colocado em seu lugar) julgarão toda Casa de Israel (Mateus 19:28, Lucas 22:30, D&C 29:12). Os Doze apóstolos nefitas serão julgados pelos Doze de Jerusalém, entretanto eles julgarão os descendentes de Leí (1 Néfi 12:9-10, Mórmon 3:18-19). Os Doze apóstolos de nossa época nos julgarão. Os detalhes desse grande julgamento não nós foi revelado.
Sabemos que esses líderes que nos julgarão usarão o Livro de Vida (D&C 128:7) – registro mantido nos céus, que possui todas as boas e más obras, bons e maus desejos, pensamentos de luz e trevas, oportunidades aproveitadas ou negligenciadas, injustiças cometidas ou recebidas, e palavras de amor ou de ódio de uma pessoa. A palavra “livro” foi usada nas escrituras, pois é a melhor palavra para descrever esse tipo de registro. Todavia, certamente este relato, que é perfeito e que contém todos os detalhes da vida e suas circunstancias, é mais que um calhamaço de papéis onde os anjos escrevem com uma pena. É mais potente que o melhor dos computadores que o homem pode criar. Imagino que se pudéssemos ler esse livro teríamos uma perfeita noção do que aconteceu em dado momento, veríamos os fatos de um episodio pelos olhos da pessoa que esta sendo julgada, veríamos suas intenções e seu propósito, veríamos as outras pessoas daquela situação e suas intenções, poderíamos ver as coisas invisíveis ao olho natural, como os espíritos de luz e trevas, teríamos um perfeita noção da capacidade, criação e entendimento daquela pessoa.
Cristo não é só o juiz, mas também nosso advogado junto ao Pai (D&C 45:3). Ele só será o advogado daqueles que exercerem fé me Seu nome, se arrependerem se seus pecados, forem batizados, receberem o dom do Espírito Santo e perseverarem até o fim, ou daquele que morreram como criancinhas e dos que não tiveram oportunidade de conhecer a verdade do evangelho. Aqueles que não forem fieis serão riscados do Livro da Vida (Apocalipse 20:15).
Outros registros serão também usados no julgamento (Apocalipse 20:12). Os livros da Terra serão levados como prova dos atos realizados na provação. Entre esses livros encontramos os diários pessoais, as placas de escrituras, os registros da Igreja e todo relato feito pelos homens bons e maus.
Nossa mente armazena nossa história, bem como nosso espírito. Tais livros – o livro de nossa mente e espírito – serão abertos no último dia. Além de tudo isso, Cristo pode convocar testemunhas para depor contra ou a favor de alguém (Morôni 10:27).
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.
Que possamos lembrar sempre daquele “glorioso dia, quando a justiça será administrada aos justos”(2 Néfi 9:46) e “a misericórdia [ser-nos-á] restituída novamente; a justiça [ser-nos-á] restituída novamente; um julgamento justo [ser-nos-á] restituído novamente; e novamente [seremos] recompensado com o bem” (Alma 41:14). Que prestemos contas diariamente a Deus em oração, arrependendo-nos e nos santificando, porque diz virá em que estaremos diante do Grande Jeová – e será um dia terrível para os iníquos e glorioso para os juntos. Que nos lembremos desse dia e vivamos como Deus espera.
Ver também “Princípios do Evangelho” pg. 279 e “Juízo Final” GEE.
Sabemos que esses líderes que nos julgarão usarão o Livro de Vida (D&C 128:7) – registro mantido nos céus, que possui todas as boas e más obras, bons e maus desejos, pensamentos de luz e trevas, oportunidades aproveitadas ou negligenciadas, injustiças cometidas ou recebidas, e palavras de amor ou de ódio de uma pessoa. A palavra “livro” foi usada nas escrituras, pois é a melhor palavra para descrever esse tipo de registro. Todavia, certamente este relato, que é perfeito e que contém todos os detalhes da vida e suas circunstancias, é mais que um calhamaço de papéis onde os anjos escrevem com uma pena. É mais potente que o melhor dos computadores que o homem pode criar. Imagino que se pudéssemos ler esse livro teríamos uma perfeita noção do que aconteceu em dado momento, veríamos os fatos de um episodio pelos olhos da pessoa que esta sendo julgada, veríamos suas intenções e seu propósito, veríamos as outras pessoas daquela situação e suas intenções, poderíamos ver as coisas invisíveis ao olho natural, como os espíritos de luz e trevas, teríamos um perfeita noção da capacidade, criação e entendimento daquela pessoa.
Cristo não é só o juiz, mas também nosso advogado junto ao Pai (D&C 45:3). Ele só será o advogado daqueles que exercerem fé me Seu nome, se arrependerem se seus pecados, forem batizados, receberem o dom do Espírito Santo e perseverarem até o fim, ou daquele que morreram como criancinhas e dos que não tiveram oportunidade de conhecer a verdade do evangelho. Aqueles que não forem fieis serão riscados do Livro da Vida (Apocalipse 20:15).
Outros registros serão também usados no julgamento (Apocalipse 20:12). Os livros da Terra serão levados como prova dos atos realizados na provação. Entre esses livros encontramos os diários pessoais, as placas de escrituras, os registros da Igreja e todo relato feito pelos homens bons e maus.
Nossa mente armazena nossa história, bem como nosso espírito. Tais livros – o livro de nossa mente e espírito – serão abertos no último dia. Além de tudo isso, Cristo pode convocar testemunhas para depor contra ou a favor de alguém (Morôni 10:27).
É importante lembrarmos que chegará o dia que teremos que prestar contas neste Grande Julgamento Final. Essa lembrança nós faz viver da maneira que devemos viver, conscientes de nosso dever para com Deus. Não obstante, a prestação de contas não precisa acontecer apenas no Grande e Último Dia e o resultado do julgamento não precisa esperar até o Grande e Último Dia (Pregar Meu Evangelho pg. 161).
Alguns homens adquiriram a certeza de que teriam exaltação. Na realidade adquiriram uma condição de seres exaltados na mortalidade (Mórmon 2:19). Eles confirmaram o seu Chamado e Eleição (GEE “Vocação e eleição”). Outros adquiriam uma condição de filhos da perdição, o que significa que não tem nenhuma opção de salvação (Moisés 5:24). Em outras palavras podemos definir agora qual será o resultado do julgamento. Tanto Caim como Mórmon serão ainda julgados no Grande e Último Dia. Entretanto, foi enquanto estavam na carne, isto é, na mortalidade, que souberam o resultado de seu julgamento final.
O que quero deixar claro é que nós podemos adiantar o resultado julgamento final. Na verdade somos incentivados a fazê-lo (II Pedro 1). Quando recebemos a palavra mais segura de profecia teremos certeza de nossa exaltação (D&C 132:5), sendo santificados pelo sangue (Moisés 1:60). Todavia é possível que um homem caia da graça e aparte-se do Deus vivo e torne-se servo do diabo (D&C 20:32). Aquele resultado então é revogado pelo Santo Espírito da Promessa e a pessoa é condenada as Trevas.A melhor forma de se preparar para o julgamento final é guardando os mandamentos. O Salvador ensinou:
“Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mateus 25:31-46)
Ver também “Princípios do Evangelho” pg. 279 e “Juízo Final” GEE.
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