24 de nov. de 2011

Verdadeira Masculinidade

                Em um mundo de valores invertidos e uma moral relativa, a verdadeira masculinidade tem sido a muito distorcida. Com a ajuda das escrituras e dos profetas, entretanto, aprendemos o que significa verdadeira masculinidade. Registrei sete princípios que demonstram a verdadeira masculinidade:


                A verdadeira masculinidade é mais que um gênero. Antigamente era fácil explicar a uma criança o que era um homem. Na realidade a mera observação da figura paterna dava entendimento a criança do que era um homem de verdade. Entretanto, a velha, mas não obsoleta, moralidade, perde força. A sociedade apresenta modelos de conduta infames. A família vem gradualmente perdendo a importância que merece. E, por incrível que pareceria a alguém de cinquenta anos atrás, hoje, infelizmente, os apontamentos biológicos, genótipos e fenótipos, não são mais suficientes para que alguém entenda-se homem. Ou seja, um bebê que nasce homem, pode vir a decidir que não quer ser homem!  Isso seguramente advém por conta das más influências e do padrão relativista do mundo. O Élder Boyd K. Packer disse:
                "Alguns supõem que estão predestinados e não podem sobrepujar o que imaginam ser tentações inatas para coisas impuras e antinaturais. Isso não é verdade! Lembrem-se de que Deus é nosso Pai Celestial. Paulo prometeu que “Deus (…) não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”.Vocês podem, se quiserem, quebrar o hábito e vencer o vício e abandonar aquilo que não é digno (...). Isaías advertiu: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”
                Há vários anos, visitei uma escola em Albuquerque. A professora me contou a respeito de um menino que levou um gatinho para a sala de aula. Como podem imaginar, isso interrompeu tudo. Ela pediu que ele mostrasse o gatinho para as crianças da sala. Tudo ia bem até que uma das crianças perguntou: “É um gatinho macho ou fêmea?” Não querendo entrar naquela lição, a professora disse: “Não importa. É só um gatinho”. Mas elas insistiram. Por fim, uma das crianças levantou a mão e disse: “Eu sei como ficar sabendo”. Resignada em enfrentar a questão, a professora perguntou: “Como é que sabemos?” E o aluno respondeu: “Podemos fazer uma votação!”
                Podem rir com esta história, mas se não ficarmos alertas, há pessoas hoje em dia que não apenas toleram, mas defendem a votação para mudar leis que legalizariam a imoralidade, como se um voto pudesse de alguma forma alterar os desígnios das leis de Deus e da natureza. Uma lei contrária à natureza seria impossível de se colocar em prática. Por exemplo, de que adiantaria um plebiscito para revogar a lei da gravidade?
                Há leis tanto morais quanto físicas que foram “irrevogavelmente [decretadas] no céu antes da fundação deste mundo” e que não podem ser alteradas. A história mostra repetidas vezes que os padrões morais não podem ser mudados por meio de batalhas nem por votações. A legalização de algo fundamentalmente mau ou errado não evita o sofrimento e as penalidades que se seguirão tão seguramente quanto a noite segue o dia. ("Limpar o Vaso Interior", Conferência Geral de outubro de 2010,  http://lds.org/conference/talk/display/0,5232,89-2-1299-23,00.html)
                Assim a verdadeira masculinidade engloba reconhecer o gênero masculino. Mas não só isso. Significa defender o sexo masculino e preservá-lo. O que pode ser feito apenas vivendo como um homem deve viver. Isso não é tão simples na prática no mundo de hoje para muitos. Mas se um homem não tomar cuidado com o modo como se veste, o modo como fala, o modo como trata as pessoas, etc. poderá desviar de uma conduta tipicamente máscula para uma conduta afeminada, antinatural ou demoníaca.
                Não quer dizer que o homem deve ser durão, mal-educado, musculoso, barbudo ou coisa assim para ser um verdadeiro homem. Essa caricatura do "homem-macho" esta aquém da verdade. Os parâmetros para ser um verdadeiros homem são inatos (embora muitos digam que não) - pois um homem já era homem antes de nascer (como ensina a Família: Proclamação ao mundo, http://lds.org/library/display/0,4945,2089-2-11-1,00.html). Eles podem ser ensinados pela luz de Cristo (Morôni 7:16) e pelo poder do Espírito Santo (Moroni 10:5) - que nos ajudam a discernir a verdade de todas as coisas. A demais, os homens de Deus são exemplos de verdadeira masculinidade. Observá-los atentamente ajuda-nos a entender como um homem deve se vestir e se comportar.

                A verdadeira masculinidade honra os pais. Honrar pai e mãe é o primeiro mandamento com promessa (Efésios 6:2). Mesmo um rapaz que não é religioso, e nunca ouviu esse mandamento, deve sua vida a seus pais. Mesmo que os pais sejam iníquos, e talvez ausentes e profanos, ainda assim devem ser honrados. Um verdadeiro homem não fala mal de seus pais, não grita com eles e não os maltrata. Um verdadeiro homem honra seus pais, não com dinheiro ou fama, mas com trabalho e bondade. Quando um filho atinge o sucesso, trás honra a seus pais. Esse sucesso é muito mais do que ser bem-sucedido profissionalmente... Esse sucesso vem ao se viver uma vida digna.

                Verdadeira masculinidade abrange honrar as mulheres. Quando uma moça bonita passa pela rua, um homem de verdade não vai olhá-la de modo pervertido. Não vai fazer comentários baixos a respeito dê-la. Porque tudo isso despreza a feminilidade. A Verdadeira masculinidade defende a feminilidade. Um verdadeiro homem trata bem as mulheres, é cavalheiro. Você sabe o que significa ser cavalheiro? Muitos não sabem, e vão correndo ao Wikipédia para descobrir. Pois todos deveriam saber isso. Um cavalheiro deixa as mulheres subirem no ônibus primeiro (e cede seu lugar à ela mesmo quando esta cansado de um dia inteiro de trabalho); um cavalheiro oferece seu guarda-chuva a uma dama, mesmo que ficará molhado por fazê-lo; um cavalheiro leva a moça até em casa após alguma atividade com ela, pois não a deixará sozinha. Um cavalheiro abre a porta do carro para a moça. Tudo isso não é porque as mulheres sejam frágeis ou que sejam desprotegidas. Infelizmente o movimento feminista (que apoio) cometeu alguns extremos (o que não apoio). Essa foi uma parte do motivo pelo qual o comportamento cavalheiresco esta sendo abafado. Um verdadeiro homem é cavalheiro não porque as mulheres devem ser subjugadas, mas porque devem ser respeitadas como damas, princesas e senhoras de Deus. Elas são ou serão as mães das futuras gerações e merecem carinho, atenção e proteção dos homens.
                Como o Élder James E. Talmage, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Jesus Cristo foi o maior defensor do sexo feminino no mundo” (Filhas em meu Reino, pg. 3). Ele que é o "Homem de Santidade" (Moisés 6:57) deve ser seguido.

                A verdadeira masculinidade preserva o respeito próprio. Isso significa que um homem de verdade defende seu ponto de vista e seus direitos. Um homem de verdade luta pelo que considera justo e correto. Entretanto não comete extremos, ele respeita a opinião alheia. Um homem de verdade respeita seu corpo. Ele não precisa expô-lo de modo indecente. Ele se veste adequadamente. Ele não precisa de tatuagens e brincos, ele não precisa usar cabelo penteado de maneira esquisita, ele não precisa usar linguajar de baixo calão. Ele lembra da verdade que o poeta Tennyson proclamou (e foi repetida pelo profeta na última conferência): “Minha força é como a força de dez, porque meu coração é puro”.

              Tratar e cuidar bem do corpo e da saúde é um ponto positivo, mas praticar exageros, torando-se o que a mídia chama de “homens metrossexuais” é pecaminoso. E o pecado é a idolatria. Àqueles que se preocupam demasiadamente com a boa forma e aparência amam a si mesmos mais que ao próximo a Deus. Esses homens não vivem a verdadeira masculinidade, mas pelo, contrário, se afastam dela por conta dos excessos.

                A verdadeira masculinidade floresce com a paternidade. Um homem vive a plenitude de seu poder másculo ao tornar-se pai e honrar esse chamado. Tenho muito a dizer sobre isso, mas o farei no futuro. Basta por hora dizer que Deus, que é nosso Pai, tem como sagrado título o de "Homem de Santidade" (Moisés 6:57). Ponderar e compreender tal verdade, mesmo antes de ter filhos, direciona a verdadeira masculinidade. Um homem que não é pai, e nem pode ser pai, devido a circunstâncias que estão além de seu poder de escolha, mas tem o forte desejo de ter filhos, desenvolverá a verdadeira masculinidade e se guardar os mandamentos em algum tempo, nesta vida ou na futura, tornar-se-á um pai maravilhoso. Assim, o mais importante é o desejo justo e o trabalho para alcançar esse desejo justo. Pois essas coisas abrem as portas para os dons de Deus – e a masculinidade e a paternidade estão neste rol.

                A verdadeira masculinidade apresenta os atributos de integridade, coragem e fé. "Sim, em verdade, em verdade vos digo que, se todos os homens tivessem sido e fossem e pudessem sempre ser como Morôni, eis que os próprios poderes do inferno teriam sido abalados para sempre; sim, o diabo nunca teria poder sobre os corações dos filhos dos homens." (Alma 48:17). E como era Morôni? "Morôni era um homem forte e poderoso; ele era um homem de perfeita compreensão; sim, um homem que não tinha prazer no derramanento de sangue; um homem cuja alma se regozijava com a liberdade e independência de seu país e com a libertação de seus irmãos da servidão e do cativeiro. Sim, um homem cujo coração transbordava de gratidão a seu Deus pelos muitos privilégios e bênçãos que concedia a seu povo; um homem que trabalhava infatigavelmente pelo bem-estar e segurança do povo. Sim, e ele era um homem firme na fé em Cristo; e havia prestado juramento de defender seu povo, seus direitos e seu país e sua religião, mesmo com a própria vida." (Alma 48:11-13). As escrituras mostram vários exemplos de um verdadeiro homem. Para exercer a verdadeira masculinidade devemos segui-los.
                A verdadeira masculinidade vem de Deus. Podem questionar-me a respeito desse ponto, eu não me importo. Pois é verdade. Um homem só estará completo em sua masculinidade quando seguir a Deus. Isso porque ser másculo é mais do que um gênero e um comportamento moral e cavalheiresco. Ser homem é levantar-se do pó da ignorância, da rebeldia e do ceticismo e determinar-se a um só pensamento: obter a exaltação eterna. A busca pela unidade perfeita com Deus foi tema de uma das mais belas orações de Cristo em João 17. Observe como as palavras de Leí a seus filhos se aplicam: "levantai-vos do pó, meus filhos, e sede homens e determinados em um só pensamento e um só coração, unidos em todas as coisas, para não cairdes em cativeiro" (2 Néfi 1:21).
                Minha esperança é que mais e mais homens levantem-se e vivam a plenitude de sua masculinidade sendo homens de Deus em palavras e ações. Sei que o mundo vai ser um lugar melhor se isso acontecer.

13 de nov. de 2011

Resposta ao texto "Os blocos de Fundação do Universo"

Há um texto, muito divulgado entre os missionários, chamado "Os blocos de Fundação do Universo" escrito por Cleon W. Skousen. Uma versão, traduzida e divulgada na internet, foi feita por um certo Amoramon. O texto ousa explicar sobre as Inteligência, a pré-mortalidade, a origem dos deuses, o destino eterno e, principalmente, o sacrifício expiatório de Jesus Cristo. Estudei minuciosamente o texto. Reconheci que muitas das coisas tratadas ali são verdades, mas que há outras que são mentiras. Provarei que o texto não é verdadeiro com as escrituras sagradas e a declaração dos profetas modernos. Faço isso com todo respeito que os irmãos que o pronunciaram e defenderam merecem.
                Primeiro erro: Satanás e os que forem destinados as trevas exteriores irão perder seus corpos espírituais. Na minha opinião isso não é verdade. Não é o que lemos nas escrituras e nem nas citações dos profetas. Lemos que a Expiação de Cristo proporcionará um corpo ressurreto para todos os que viveram na mortalidade - e isso inclui os que se tornaram filhos da Perdição neste Estado (Alma 11:41 e D&C76:42-48). Esse corpo (obtido NESTE estado) nunca mais morrerá, após a ressurreição (Ama 12:16-18).
                Caim, que foi chamado Perdição, terá um corpo ressurreto. O irmão Skousen diz que Satanás perderá seu espírito e os filhos da perdição que tem um corpo (como Caim) perderão o corpo e o espírito. Ou seja, eles serão desintegrados e voltarão a ser meras inteligências - sem possibilidade alguma de progresso.
                Quando o Senhor Jesus Cristo revelou "a Visão" de D&C 76, falou sobre o destino dos filhos da Perdição: "Estes são os que irão para o lago de fogo e enxofre", e "os únicos sobre quem a segunda morte terá qualquer poder (...) os únicos que não serão redimidos no devido tempo do Senhor depois de terem sofrido sua ira [na provação, que é tanto a mortalidade e quanto o mundo espiritual]". Disse também que Cristo salvaria todos as obras de suas mãos, "exceto esses, os quais irão para o castigo infinito, que é castigo sem fim, que é castigo eterno, para reinar com o diabo e seus anjos na eternidade, onde seu bicho não morre e o fogo é inextinguível, o que é seu tormento - E homem algum conhece o seu fim nem seu lugar nem seu tormento; Nem foi revelado nem é nem será revelado ao homem, exceto àqueles que dele forem feitos participantes; Contudo eu, o Senhor, mostro-o em visão a muitos, mas imediatamente torno a encerrá-la; Portanto seu fim, sua largura, altura, profundidade e miséria eles não compreendem, nem homem algum, a não ser os que são ordenados a essa condenação." (D&C 76:36-38, 43-48)
                A segunda morte é a morte espiritual. No GEE aprendemos que morte espiritual é a "separação de Deus e de sua influência; morrer no tocante às coisas que pertencem à retidão" (GEE"Morte Espiritual"). Não significa, portanto, desaparecer espiritualmente ou ter o corpo espiritual destruído. Como o próprio Deus disse "nenhum homem" na mortalidade compreende no que consiste o sofrimento dos filhos da perdição. E mesmo que o Senhor tenha mostrado ao irmão Skousen, creio que ele não foi capaz de transmitir esse sofrimento adequadamente.
                Outro ponto importante é que mesmo Satanás sendo condenado para as trevas ele ainda continuará sendo o diabo. O que significa que sua identidade e personalidade continuará existindo no sofrimento eterno. "O ser" de Satanás comporta sua inteligência eterna e seu corpo de espírito. Ele não será despojado do espírito, senão, parte inerente de sua personalidade seria despojada também. Ele perderia sua identidade. Perdendo a identidade não há razão para que a Justiça Divina requeira um sofrimento eterno na Trevas, afinal se ele não mais existe não há como se falar em castigo eterno ou punição infinita.
                O mesmo vale aos que, por terem nascido na mortalidade, receberam um corpo imortal, após ressuscitarem. Mesmo que sua condenação seja a de ir às Trevas, eles manterão sua alma (corpo+espírito), e sofrerão tanto na corpo como no espírito (semelhante ao Salvador, D&C 19:18, pois Cristo sofreu como um filho da Perdição. Seu sofrimento abrangeu a morte física e espiritual).
                Quando Leí diz que Lamã e Lemuel poderiam, caso fossem para as trevas exteriores, sofrer uma destruição na alma e no corpo, não esta necessariamente dizendo que eles seriam desintegrados ou aniquilados - que a inteligência iria para as trevas e que o elemento espiritual ou ressurreto receberia um destino devido, unindo-se a alguma esfera ou corpo. Assim como morte espiritual significa ser afastado de Deus (e não subitamente ter o corpo desconstituído); ser destruído na alma e no corpo - deduz tão somente que a punição será de morte física e espiritual.
                Algumas bênçãos são irrevogáveis e não-anuláveis. É o caso, por exemplo, do sacerdócio. Uma vez concedido o sacerdócio não pode ser retirado (D&C 84:40). Satanás recebeu o sacerdócio quando era Lúcifer na pré-mortalidade, e ainda o porta. Quando a escritura diz, "amém para o sacerdócio desse homem", esta se referindo ao bloqueio do poder por falta da retidão. Por exemplo: se um portador do sacerdócio de Melquisedeque for excomungado, não poderá exercer o sacerdócio, mas ainda o portará. Se se arrepender, terá uma bênção de reconstituição, uma bênção que lhe dará direito de agir no poder que lhe fora tirado. Essa bênção não lhe dá de novo o sacerdócio, apenas o torna operante. Evidentemente o inimigo de toda retidão não usa o sacerdócio de Deus, mas o exemplo serve para deixar claro que certas bênçãos que fazemos jus não nos podem ser negadas (D&C 82:10). O acréscimo pré-mortal não pode ser retirado (Abraão 3:26)
                Quando a escritura diz que aquele que não tem, não faz bom uso dos dons que recebeu, os perde - e até aquilo que tinha é-lhe tirado (Lucas 8:18) - não tem relação alguma com o que estamos dizendo. Essas escrituras falam da lei da compensação e justiça. Se alguém faz o bem, depois o mal, merecerá as bênçãos das boas obras, mas não as receberá, visto que as obras más sobrepujaram as boas - e o que lhe resta é um estado pior do que o anterior (Alma 24:30, II Pedro 2:20). A quem muito é dado muito é exigido, e o que peca contra a luz maior recebe condenação proporcional (Lucas 12:48, D&C 82:3).
                As seguintes declarações reforçam e esclarecem estes meus pensamentos:
                O presidente Brigham Young disse: "Não existe o que chamamos de extermínio, pois não podeis destruir os elementos de que são constituídas a coisas." (Discursos, "Julgamento Eterno", pg. 387)
                O Presidente Joseph F. Smith, sexto presidente da Igreja, disse que aqueles que sofrerem a morte espiritual irão permanecer "para sempre presos às correntes da escuridão espiritual, e banidos de sua presença, reino e glória. A 'morte temporal' é uma coisa, e a 'morte espiritual' é outra. O corpo pode dissolver e extinguir-se como organismo, embora os elementos que o compõem sejam indestrutíveis ou eternos; contudo, afirmo, como sendo evidente: que o organismo espiritual é um ser eterno, imortal, destinado a desfrutar da plenitude da felicidade eterna e da plenitude da alegria, ou sofrer a ira de Deus, e a miséria - uma condenação justa, eterna. Adão morreu espiritualmente; entretanto viveu para suportar seu castigo, até poder libertar-se dele pelo poder da Expiação, através do arrependimento. Aqueles a quem a segunda morte for pronunciada viverão para sofrê-la e aturá-la, mas sem esperança de redenção." (Doutrina do Evangelho, "A Natureza Eterna da Igreja, do sacerdócio e do homem", pg. 15)
                O Presidente Joseph Fielding Smith disse: "Ao falarmos de segunda morte como morte eterna, não queremos dizer que aqueles que dela participam são sentenciados eternamente à dissolução do corpo e também do espírito. O espírito do homem é eterno e não pode morrer no sentido de deixar de existir."
                (...)
                "Ninguém jamais saberá a extensão desse castigo, exceto os que dele forem feitos participantes. Que é a mais severa punição que pode ser imposta ao homem, é evidente. Trevas exteriores é algo indescritível; sabemos apenas que significa ser colocado além da benigna e confortadora influência do Espírito de Deus - completamente banidos de sua presença."
                (...)
                "Aprendemos pelas escrituras que "esta restauração virá a todos, (...) sejam bons ou maus; e não se perderá nenhum só cabelo de suas cabeças". Porém os "perversos permanecerão como se não tivesse havido redenção, sendo-lhe apenas afrouxadas as cadeias da morte; pois dia virá em que todos se levantarão da morte e se apresentarão perante Deus, que os julgará segundo suas obras"
                "Esta segunda morte, portanto, não é a dissolução ou aniquilamento tanto do espírito como do corpo, mas o banimento da presença de Deus e de participar das coisas da retidão."
                (...)
                "Esse fogo e enxofre, somos informados, é um símbolo do tormento a ser suportado pelos iníquos . Não é um fogo real, mas um tormento mental; em outras palavras é a punição descrita pelo Salvador como bicho que não morre e o fogo que nunca se apaga, e serão para todo sempre."
                (Doutrinas de Salvação, "Vida e Morte Espiritual", pg. 215-229)

                 Segundo erro: Quando éramos inteligências estávamos nas trevas exteriores. Não há escritura que diga isso. Todavia não excluo a possibilidade de que estivéssemos num lugar caótico, fora do espaço, como Skousen insiste. Mas Satanás e suas hostes irão para um lugar onde jamais estiveram antes. Afinal, nós só poderíamos estar em trevas se tivéssemos cometido o pecado imperdoável (D&C 76:35). Sem ter tido luz para fazê-lo não há como pensar que o lugar que nos encontrávamos antes de nascermos nos céus seja o mesmo lugar em que Satanás irá reinar em condenação eterna. Isso é um absurdo!
                Além disso, as trevas exteriores é um lugar que ninguém conhece, a não ser os que dela são feitos participantes (D&C 76:46-48).
                Terceiro erro: Jesus Cristo criou nosso espírito. Aprendemos por revelação moderna que Deus é literalmente o pai de nosso tabernáculo espiritual. E que além disso, foi Eloim que tomou a frente da criação do corpo de Adão e Eva, e o fez a imagem e semelhança de seu Filho Primogênito. Não é necessário colocar referencias de escrituras sobre esse tema, visto que a doutrina é muito clara na declaração "Família: proclamação ao mundo", nos ensinamentos de Joseph Smith, nos primeiros capítulos de Moisés e nos últimos de Abraão, além, é claro, da doutrina que aprendemos no Templo.
                Quarto erro: Lúcifer se apresentou antes de Cristo. Claramente falso. Esta bem claro em Abraão: "E o Senhor disse: Quem enviarei? E um semelhante ao Filho do Homem respondeu: Eis-me aqui, envia-me. E outro respondeu e disse: Eis-me aqui, envia-me. E o Senhor disse: Enviarei o primeiro." (Abraão 3:27). O primeiro a se pronunciar foi Jeová.
                Quinto erro: o poder de Deus depende da obediência e seus filhos. É verdade que Deus cresce em glória (Moisés 1:39). Mas ele pode fazer isso independentemente da exaltação de seus filhos. Ele pode glorificar todas as outras criações, ao invés de depender da exaltação de cada filho. Quem melhor expressou isso foi o presidente Brigham Young:
                "O Senhor é perfeitamente independente. Ele recebeu sua glória e reina de modo supremo e onipotente. O Senhor não depende de vós ou de mim. Se todos nós apostatássemos e fôssemos para o inferno, tal fato em nada acrescentaria ou diminuiria sua glória. Ele deploraria a tolice que fizemos em nos desviar dos santos mandamentos e permitir que a ira do todo poderoso recaísse sobre nós. Os céus chorariam por nossa causa, mas ainda assim o Senhor possuiria sua glória, e não estaríamos trabalhando em seu beneficio. Em beneficio de quem estamos trabalhando? De nós mesmos." (Discursos, "Deidade", pg. 23)
               
                Possivelmente há mais erros e falsas implicações nestes texto. Mas o que apresentei basta para descaracterizar a veracidade do discurso. É falso!

Texto sobre os blocos de fundação do universo: http://www.reocities.com/amoramonsud/blocosedfuniverso.html