Na
minha adolescência fiz essa pergunta: "onde a Teoria de Darwin sobre a Seleção Natural e Origem das Espécies se encaixa
no contexto do Evangelho?" Eu adorava
dinossauros dês de pequeno. No lar e na Igreja aprendi que o Senhor criou a
Terra em seis dias - inclusive criou o homem - sim, o homem foi criado a imagem
de Deus - sendo que Adão e Eva foram os primeiros mortais. Em um momento
precoce de minha adolescência me deparei com a teoria de Darwin e obviamente
perguntei-me se ela era verdadeira. Comecei a notar que se eu me apegasse a Teoria Neodarwiniana (que é a Teoria de Darwin adaptada por outros cientistas) me afastaria do Evangelho e que se eu me apegasse ao Evangelho me afastaria da Teoria de Neodarwiniana. Decidi resolver esse impasse. Passei a estudar com diligência, tanto a
doutrina da Igreja, quanto nas teorias evolucionistas. Depois de muito empenho e
oração cheguei a algumas conclusões e, a pedido de uma amiga, escrevi esta
postagem. Procurei ser o mais breve, simples e claro sobre o assunto. Embora muito mais possa ser dito, creio que os parâmetros gerais são apresentados.
O texto abaixo foi escrito especificamente para os santos dos últimos dias para rebater os neodarwinistas que não acreditam numa Inteligência Superior. Não deve ser encarado como uma ataque contra a ciência em geral, nem como uma refutação completa da Teoria da Evolução. Este texto consiste em minha opinião a respeito do assunto - e isso quero deixar bem claro: NÃO É A OPINIÃO OFICIAL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS.
O texto abaixo foi escrito especificamente para os santos dos últimos dias para rebater os neodarwinistas que não acreditam numa Inteligência Superior. Não deve ser encarado como uma ataque contra a ciência em geral, nem como uma refutação completa da Teoria da Evolução. Este texto consiste em minha opinião a respeito do assunto - e isso quero deixar bem claro: NÃO É A OPINIÃO OFICIAL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS.
A Teoria de Charles Darwin
A
Teoria de Charles Darwin é bem sintetizada a seguir:
"Charles
Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que
é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo
Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de
sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de
descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para
aquele ambiente.
Os
princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
·
Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam
variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si.
·
Todo organismo tem grande capacidade de
reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos
descendentes chegam à idade adulta.
·
O número de indivíduos de uma espécie é mantido
mais ou menos constante ao longo das gerações.
·
Assim, há grande "luta" pela vida
entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem
a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
·
Na "luta" pela vida, organismos com
variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de
sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
·
Os organismos com essas variações vantajosas têm
maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de
pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
·
Assim , ao longo das gerações, a atuação da
seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação
destes ao meio."
O Neodarwinismo
A
teoria de Darwin causou um grande tumulto no mundo científico, filosófico e
religioso. Isso porque, ela possibilitou que alguns a utilizassem para endossar
uma visão alternativa da origem da vida no planeta. Tomando por base a teoria
de Darwin , vários cientistas "aperfeiçoaram" a evolução; devido a novas
descobertas ao longo dos anos, a teoria da Seleção Natural foi "complementada" e hoje se chama Neodarwinismo ou Teoria
Sintética da Evolução.
"A
Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários
pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de
Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais
importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de
Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue
pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes.
Esta
teoria baseia-se em [cinco] processos básicos da evolução: mutação,
recombinação, genética, seleção natural, isolamento reprodutivo.
Os três
primeiros são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos
orientam as variações em canais adaptativos.
Pontos
básicos da teoria moderna:
a) As variações de uma espécie
dependem de mutações.
b) As mutações ocorrem ao acaso.
c) A luta pela vida dá-se entre
os indivíduos e o meio ambiente.
d) Da luta pela vida, resulta a
seleção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do meio.
e) O isolamento geográfico ou
sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com as
características do tipo primitivo."
Também é útil mencionar que atualmente há uma corrente, liderada por Richard Dawkins, denominada "ultraevolucionista", que divulga a ideia de que todo evolucionista é um ateu.
A Doutrina da Criação
O Manual Princípios do Evangelho explica:
" Sob a direção do Pai, Cristo formou e organizou a Terra. Separou a luz
das trevas para fazer o dia e a noite. Formou o sol, a lua e as estrelas.
Dividiu as águas, separando-as da terra seca, formando mares, rios e lagos e
fez a Terra bela e produtiva. Fez a grama, as árvores, flores e outras plantas
de todas as espécies. Essas plantas continham sementes das quais novas plantas
seriam geradas. Depois criou os animais — os peixes, o gado, os insetos e
pássaros de todas as espécies. Esses animais tinham a capacidade de reproduzir
sua própria espécie. A Terra ficou então preparada para a maior de todas as
criações — a humanidade. Nosso espírito receberia um corpo de carne e sangue
para viver nesta Terra. “E eu, Deus, disse ao meu Unigênito, que estava comigo
desde o princípio: Façamos o homem a nossa imagem, segundo nossa semelhança; e
assim foi” (Moisés 2:26). E, dessa forma, o primeiro homem, Adão, e a primeira
mulher, Eva, foram criados e receberam corpos que se assemelhavam àqueles de
nossos pais celestiais. “À imagem de Deus os criou: homem e mulher os criou”
(Gênesis 1:27). Ao terminar Suas criações, o Senhor agradou-Se do que havia
feito, reconheceu que Sua obra era boa e descansou por algum tempo."
("Criação", pg. 24)
A
Criação como atestada por três registros sagrados - Gênesis 1-2, Moisés 2-3 e
Abraão 4-5 - e também como ensinado nos Templos da Igreja de Jesus Cristo - é
fato básico aceito pelos membros da Igreja e, conforme explicou o Élder Bruce
R. McConkie, é um dos "pilares da eternidade" para se compreender o
plano de salvação e propósito do homem na Terra[1].
Origem
da Vida sem uma força e inteligência criadora dispensa a crença em Deus. Porém se "não
existe Deus, nós também não existimos nem a terra; pois não poderia ter havido
criação, nem para agir nem para receber a ação; portanto, todas as coisas
inevitavelmente teriam desaparecido." (2 Néfi 2:13)
É nossa
convicção que aqueles que proclamam que Deus não existe não tem nenhuma prova, a
não ser suas próprias palavras (Alma 30:40). Nós porém temos todas as coisas
como testemunho que Deus vive (Alma 30:41)
Temos
"o testemunho de todos [os] irmãos, assim como o dos santos
profetas", temos "as escrituras (...) diante de [nós], sim, e todas
as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo a terra e tudo que existe
sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos os planetas que se
movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador Supremo."
O Élder Russell M. Nelson, renomado cirurgião e membro do Quorum dos Doze Apóstolos, após demonstrar algumas das dádivas do corpo físico que Deus
nos deu, disse:
"Todo
aquele que estuda o funcionamento do corpo humano sem dúvida “viu Deus
movendo-se em sua majestade e poder”. Como o corpo é governado por lei divina,
toda cura vem pela obediência à lei na qual aquela bênção se baseia.
No
entanto, algumas pessoas erroneamente pensam que esses maravilhosos atributos
físicos aconteceram por acaso ou como consequência de um grande “big bang”
ocorrido em algum lugar. Perguntem a si mesmos: “Poderia a explosão de uma
gráfica produzir um dicionário?” A probabilidade de que isso ocorra é
extremamente remota. Mas se isso acontecesse, ele jamais conseguiria reparar as
próprias páginas rasgadas ou reproduzir as próprias novas edições!"
("Graças Demos a Deus", Conferência Geral de Abril de 2012, fonte: http://www.lds.org/general-conference/2012/04/thanks-be-to-god?lang=por)
Na
doutrina da criação inteligente aprendemos que as formas de vida foram planejadas e criadas
por Deus. Surgiram sem acidentes, sem traumas - em um processo divino,
cuidadosamente elaborado. Isso não significa que "surgiram do nada" ou que "foram criadas do vazio". A doutrina e literatura SUD afirmam, a logo tempo, que não há criação "ex nihilo". O Manual do Aluno do Curso da Pérola de Grande Valor explica: "A crença do cristianismo tradicional é de que Deus criou todas as coisas ex nihilo, que significa “do nada”. O Profeta Joseph Smith ensinou que “não existe algo como matéria imaterial” (D&C 131:7), e o Senhor disse que “os elementos são eternos” (D&C 93:33). A palavra criar, como se encontra no relato de Gênesis da Criação, vem de uma palavra hebraica que significa “organizar”. (Ver Gênesis 1:1; Abraão 3:24.) Joseph Smith comparou a atividade criativa com a construção de um navio (ver Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 341–343). Assim como o construtor de navios precisa de material para criar o navio, o Criador fez os céus e a Terra a partir de materiais existentes." (pg. 40)
Fatos X Teorias
O Élder
Richard G. Scott disse: "Existem duas maneiras de encontrarmos a verdade
- ambas úteis, desde que respeitemos as leis nas quais se baseiam. A primeira é
o método científico. Ele pode exigir a análise de dados para confirmar uma
teoria ou, como alternativa, pode comprovar se um princípio é válido através da
experimentação. O método científico é uma maneira válida de buscar a verdade;
entretanto, tem duas limitações: Primeira, nunca podemos ter a certeza de ter identificado uma verdade
absoluta, embora nos aproximemos dela cada vez mais. Segunda, às vezes, por
mais criteriosos que sejamos na aplicação do método, podemos ainda obter a resposta errada.
A
melhor maneira de encontrarmos a verdade é simplesmente ir à fonte de toda a
verdade e pedir inspiração ou seguir a inspiração que recebemos. Para sermos
bem-sucedidos, dois ingredientes são essenciais: Primeiro, fé inabalável na
Fonte de toda a verdade; segundo, a determinação de guardar os mandamentos de
Deus a fim de manter aberta nossa comunicação espiritual com Ele."
("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 90)
A
ciência é incapaz com seu método de atingir a verdade absoluta. Em seu discurso, a ciência contemporânea diz estar buscando uma verdade funcional - um modelo que
funcione, ainda que temporariamente. Essa verdade funcional é apresentada como
teoria. Devido ao movimento do cientificismo iniciado no século passado e ainda
preponderante em nossos dias, a confiança que damos a ciência tornou-se sem
paralelo - deixamos outros campos do conhecimento - como a filosofia e religião de lado porque a verdade seguramente vem da
Ciência.
Mas o
discurso da ciência nem sempre é o discurso do cientista, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Embora, no meio
acadêmico o cientista precise ensinar teorias que muitas vezes discorde (para não
ser rejeitado, humilhado, demitido, etc.) e abster-se de falar de sentimentos religiosos - já vi vários irem contra a corrente majoritária e afirmarem sua crença em Deus e numa força criativa.
Élder
Scott disse também: " Vemos que o método científico trouxe uma expansão
extraordinária de nossa compreensão à medida que o Senhor inspirou pessoas
talentosas, que podem até não compreender quem criou essas coisas e com que
propósito. Muitas delas talvez nem mesmo reconheçam tal inspiração nem dêem
crédito a Deus pela origem de suas descobertas. Senti-me reconfortado há pouco
tempo quando o Presidente Henry B. Eyring contou uma experiência que seu talentoso
pai teve em uma reunião com outros cientistas proeminentes. Ele lhes perguntou
se suas pesquisas indicavam a existência de uma inteligência organizadora
superior. Todos confirmaram sua convicção de que tal inteligência existe."
("A Verdade: Alicerce das Decisões
Corretas", A Liahona, Novembro
de 2007, pg. 91)
Quando
um cientista afirmar ter descoberto um fato, ele descobriu, na realidade, uma indicação, uma aparência de verdade. Tanto é assim, que embora ele
possa crer individualmente que aquilo é certo e verdadeiro, diante de uma
platéia de outros acadêmicos, apresentará suas convicções como passiveis de
crítica, como meras evidencias.
Para
saber a "verdade de todas as coisas" temos que buscar orientação
Daquele que sabe todas as coisas. O Senhor sabe todas as coisas (Palavras de
Mórmon 1:7), Espírito Santo também sabe
todas as coisas (D&C 35:19). De fato, o "Espírito fala a verdade e não
mente. Portanto fala de coisas como realmente são e de coisas como realmente
serão; assim, estas coisas nos são manifestadas claramente para a salvação de
nossas almas" (Jacó 4:13). A
receita para se obter revelação é a mensagem e promessa mais repetida nas
escrituras: "pedi e recebereis" (João 16:24, 3 Néfi 27:29, D&C
4:7, D&C 49:26, D&C 88:63, D&C 103:31, 35, entre outras).
O
Salvador disse: "Pedi ao Pai, em meu nome, com fé, acreditando que
recebereis, e tereis o Espírito Santo, que manifesta todas as coisas que são
convenientes aos filhos dos homens." (D&C 18:18)
Quando
o Espírito fala podemos ter certeza que falou a verdade. Quando um homem fala, sem que o Espírito confirme suas palavras em nosso coração e mente, não podemos ter certeza de que fale a verdade.
Perguntas Diferentes, respostas complementares
O
desejo de Deus é revelar-nos a verdade. "Eu, o Senhor, sou misericordioso
e benigno para com aqueles que me temem e deleito-me em honrar aqueles que me
servem em retidão e em verdade até o fim. Grande será sua recompensa e eterna
sua glória. E a eles revelarei todos os mistérios, sim, todos os mistérios
ocultos de meu reino desde a antiguidade; e por eras futuras dar-lhes-ei a
conhecer a boa disposição de minha vontade concernente a todas as coisas
relativas a meu reino. Sim, até as maravilhas da eternidade conhecerão e coisas
futuras mostrar-lhes-ei, sim, coisas de muitas gerações. E sua sabedoria será
grande e seu entendimento alcançará os céus; e diante deles a sabedoria dos
sábios perecerá e o entendimento dos prudentes se desvanecerá. Porque pelo meu
Espírito os iluminarei e pelo meu poder dar-lhes-ei a conhecer os segredos de
minha vontade - sim, até as coisas que o olho não viu nem o ouvido ouviu e
ainda não entraram no coração do homem." (D&C 76:5-10)
A
verdade é una e pode ser toda ensina
por Deus. Não importa de onde venha a verdade, ela resistirá e permanecerá. O
descobrimento da verdade e sua correta utilização é o que conduz a felicidade
eterna[2].
Todo cientista que descobriu uma parcela ou parte da verdade foi ensinado por
Deus. Mediante ao poder do raciocínio que Deus lhe deu, as oportunidades de
tempo e talento - e as condições de vida - descobertas são realizadas, divulgadas e
utilizadas - conduzindo a um maior bem-estar.
O
Presidente Brigham Young disse: "Estejam sempre dispostos a receber a
verdade, venha de onde vier, não faz a menor diferença. Não importa se
receberam o evangelho por intermédio de Joseph Smith ou de Pedro, que viveu no
tempo de Jesus. Recebam-no prazerosamente, quer seja de um homem quer de outro.
Se Deus chamou um indivíduo e o enviou a pregar o evangelho, isso é o que me
basta saber. Não importa quem seja, tudo o que desejo é conhecer a verdade. Ele
também disse: "O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios concernentes
à vida e a salvação, para o tempo e eternidade. Não importa quem possua a
verdade. Se os pagãos têm alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A
verdade e a sã doutrina que o mundo sectário possui—e eles as têm em grande
medida — pertencem todas a esta Igreja. No que concerne à moralidade, muitas
pessoas são tão boas quanto nós. Tudo o que é virtuoso, amável e louvável
pertence a esta Igreja e reino. O “mormonismo” abrange toda a verdade. Não
existe verdade que não pertença ao evangelho. Ele é vida, e vida eterna; é uma
felicidade abençoada. É a plenitude de todas as coisas nos deuses e nas
eternidades dos deuses. (...) Quero dizer a meus amigos que cremos em tudo o
que é bom. Se puderem encontrar uma verdade nos céus, na Terra ou no inferno,
ela pertence a nossa doutrina. Nela cremos; ela nos pertence; nós a
reivindicamos" (Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja: Brigham Young, pg. 16-17). Ele disse ainda: "Toda
descoberta científica ou artística realmente verdadeira e útil para a humanidade
foi dada por meio de revelação direta de Deus, embora poucas pessoas reconheçam
esse fato. Foram dadas com o propósito de preparar o caminho para a vitória
final da verdade e para redimir a Terra dos poderes do pecado e de Satanás."
(DBY, p. 18) O Presidente John Taylor
ensinou: "O homem que está em busca da verdade não se apega a um único
sistema, não defende um único dogma nem adota uma única teoria. Abraça todas as
verdades, e a verdade, como o Sol no firmamento, brilha e alumia toda a criação
com os seus raios resplandecentes. Se os homens se despirem de todos os
preconceitos e procurarem a verdade com ardor, meticulosamente, irão
encontrá-la em tudo o que estudarem."
O Élder
Scott contou algumas das maravilhas que a abordagem científica nos revelou: O
que aprendemos sobre a abordagem científica de descoberta da verdade? Vamos
ilustrar com um exemplo. Por mais que tente, não consigo, nem no mínimo grau,
compreender a extensão, a profundidade e a maravilhosa majestade daquilo
que nosso Santo Pai Celestial, Eloim, permitiu que fosse revelado pelo método
científico. Se pudéssemos contemplar a Terra do espaço sideral, a veríamos
primeiro como os astronautas viram. Mais além, teríamos uma visão privilegiada
do sol e dos planetas que o orbitam. Eles pareceriam um pequeno círculo de
objetos contra um fundo imenso de fulgurantes estrelas. Se continuássemos nessa
trajetória, teríamos uma visão celestial da espiral da nossa Via Láctea com
mais de 100 bilhões de estrelas girando em órbitas circulares em torno de uma
densa região central, controladas pela gravidade.
Mais
além, veríamos o grupo de galáxias do aglomerado de Virgem que, de acordo com
alguns, inclui a Via Láctea e que se estima estar cerca de 50 milhões de
anos-luz daqui. Além dela, a 10 bilhões de anos-luz de distância,
encontraríamos as galáxias fotografadas pelo telescópio Hubble. A enormidade
estonteante dessa distância é percebida quando se sabe que a luz viaja a 300
mil quilômetros por segundo. Mesmo com essa perspectiva extraordinária, não há
a mínima evidência de que nos aproximaríamos de algum limite das criações de Deus,
o Pai.
Por
mais que essa incrível visão dos céus nos deixe maravilhados, há outra
consideração igualmente capaz de confirmar os insondáveis poderes de nosso Pai
Celeste. Se nos deslocássemos na direção oposta para explorar a estrutura da
matéria, poderíamos ver de perto a dupla espiral da molécula do DNA, que é a
extraordinária estrutura auto-replicante que determina a composição do nosso
corpo físico. Indo em frente, chegaríamos ao nível do átomo, composto de
prótons, nêutrons e elétrons, dos quais já ouvimos falar. Se penetrássemos mais
ainda os mistérios da estrutura mais básica da criação, chegaríamos ao limite
de nossa compreensão atual. Nos últimos 70 anos, muito aprendemos sobre a
estrutura da matéria. Desenvolveu-se um Modelo Padrão de Partículas e
Interações Fundamentais que é a base dos experimentos que comprovaram a
existência das partículas fundamentais chamadas quarks e leptons. Esse modelo
explica os padrões de aglutinação nuclear e de degradação da matéria, mas ainda
não dá uma explicação satisfatória das forças gravitacionais. Além disso, há
quem acredite que instrumentos mais potentes do que aqueles usados para obter
nossa atual compreensão da matéria poderiam revelar outras partículas
fundamentais. Portanto, existem mais criações do Pai Celestial a serem
compreendidas cientificamente." ." ("A Verdade: Alicerce das
Decisões Corretas", A Liahona,
Novembro de 2007, pg. 90-91)
A verdade pode ser vislumbrada por diferentes pontos de vista. Ela pode ser abordada de maneiras diversas. Quando se trata da criação da Terra o cientista vai se perguntar "como?", mas o teólogo "porquê?". As duas perguntas não se confundem e nem suas respostas. Porém se complementam. Distorções ocorrem, todavia, quando a autoridade cientifica ou a religiosa acha que, por ser bem sucedido em seus métodos, podem opinar, apenas por suas próprias conclusões intelectuais, sobre todas as outras áreas do saber humano e divino.
Ciência e religião não precisam travar uma guerra! * Essa ideia - de separar ciência e religião e considerá-las antagônicas surgiu a partir do iluminismo.
No final descobriremos que ciência e religião podem ser e são complementares. Para Deus, de fato, não há uma separação. As coisas materiais e espirituais são uma coisa só e a verdade é una e indivisível.
A verdade pode ser vislumbrada por diferentes pontos de vista. Ela pode ser abordada de maneiras diversas. Quando se trata da criação da Terra o cientista vai se perguntar "como?", mas o teólogo "porquê?". As duas perguntas não se confundem e nem suas respostas. Porém se complementam. Distorções ocorrem, todavia, quando a autoridade cientifica ou a religiosa acha que, por ser bem sucedido em seus métodos, podem opinar, apenas por suas próprias conclusões intelectuais, sobre todas as outras áreas do saber humano e divino.
Ciência e religião não precisam travar uma guerra! * Essa ideia - de separar ciência e religião e considerá-las antagônicas surgiu a partir do iluminismo.
No final descobriremos que ciência e religião podem ser e são complementares. Para Deus, de fato, não há uma separação. As coisas materiais e espirituais são uma coisa só e a verdade é una e indivisível.
A pretensa guerra entre ciência
e religião pode ser superada se tão somente mantermos ambas em seus devidos
lugares - até que a verdade seja reunida em uma só. A ciência buscando o como e religião o porquê.
Como lidar com a Teoria da Evolução frente às verdades do Evangelho?
Quando
você for fazer uma prova onde será cobrado um posicionamento sobre a teoria da evolução, não tente explicar seu ponto de vista e sua
discordância do neodarwinismo nessa ocasião. Procure tirar uma boa nota,
escrevendo o que lhe é exigido. Isso vale para todos os campos do saber.
Vivemos em um mundo decaído e há muita falsidade. Quando uma teoria falsa for
ensinada devemos ser sábios e cumprir os mandamentos de (1) não jogar pérolas
aos porcos (Mateus 7:6, D&C 41:6), (2) dar a porção devida, no momento
devido a cada homem (D&C 84:85), (3) não revelar os mistério de Deus (Alma
12:9-10), (4) ser modestos, claros e simples no falar (2 Néfi 25:7, 20; D&C
1:23), (5) seguir o Espírito ao ensinar (D&C 42:14,D&C 32:1) e (6)
entender que os iníquos consideram a verdade dura e eles não a compreendem (1
Néfi 16:2). Haverá ocasiões em que poderemos defender com vigor a verdade.
Devemos buscar essas oportunidades e falar com ousadia, mas sempre com a
orientação do Espírito.
Bem,
vamos as resposta de como encaixo a teria da evolução no contexto do evangelho.
Primeiro devemos fortalecer nossa crença
nas verdades do evangelho. Se algo nos for transmitido e estiver em
oposição as verdades do evangelho deverá ser recusado. Essa afirmação não é um
apelo ao dogma ou ao fanatismo. Antes de darmos tal crédito as crenças do evangelho devemos nos
perguntar se são ou não verdadeiras. Mas após recebermos uma resposta, não
devemos duvidar - se não, negaremos a base onde novas verdades poderiam ser estabelecidas.
Quero
citar o Presidente Dieter F. Uchtdorf:
" Como
encontrar respostas para as dúvidas e perguntas? Como vocês podem saber que o evangelho é verdadeiro?
Há algum problema em termos dúvidas a respeito da Igreja ou de sua doutrina?
Meus queridos jovens amigos, somos um povo questionador porque sabemos que as
dúvidas nos conduzem à verdade. Foi assim que a Igreja começou: com um rapaz
que tinha dúvidas. Na verdade, não sei como podemos descobrir a verdade sem
fazer perguntas. Nas escrituras, raramente encontramos uma revelação que não
foi dada em resposta a uma pergunta. Sempre que uma pergunta surgia, e Joseph
Smith não tinha certeza de qual era a resposta, ele procurava o Senhor, e o
resultado foram as maravilhosas revelações de Doutrina e Convênios. Muitas
vezes o conhecimento que Joseph recebia ia muito além da pergunta original.
Isso acontece porque o Senhor pode responder não apenas às perguntas que
fazemos, mas o mais importante é que Ele pode responder às perguntas que
deveríamos ter feito. Vamos dar ouvidos a essas respostas!
O
trabalho missionário da Igreja se baseia em pesquisadores sinceros que fazem
perguntas genuínas. O questionamento é a base do testemunho. Alguns podem
sentir-se envergonhados ou indignos por terem dúvidas a respeito do evangelho,
mas não precisam se sentir assim. Fazer perguntas não é um sinal de fraqueza,
mas, sim, um precursor do crescimento.
Deus
ordena que procuremos resposta para nossas dúvidas (ver Tiago 1:5-6) e pede
apenas que busquemos “com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em
Cristo”(Morôni 10:4).Se fizermos isso, a verdade de todas as coisas pode ser
manifestada a nós “pelo poder do Espírito Santo” (Morôni 10:5).
Não
tenham medo; façam perguntas. Sejam curiosos, mas não duvidem! Apeguem-se
sempre à fé e à luz que já receberam. Como vemos de maneira imperfeita na
mortalidade, nem todas as coisas farão sentido agora. Na verdade, acho que se
tudo fizesse sentido para nós, isso seria uma prova de que tudo fora inventado
por uma mente mortal. Lembrem-se de que Deus disse:
“Os
meus pensamentos não são os vossos pensamentos. …
Porque,
assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos
mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que
os vossos pensamentos”(Isaías 55:8-9).
No
entanto, vocês sabem que um dos propósitos da mortalidade é o de que vocês se
tornem mais semelhantes ao Pai Celestial, em pensamento e ação. Desse ponto de
vista, buscar respostas para suas dúvidas é algo que pode levá-los para mais
perto de Deus, fortalecendo seu testemunho em vez de abalá-lo. É verdade que
“fé não é … um perfeito conhecimento” (Alma 32:21), mas se vocês exercerem fé e
colocarem em prática os princípios do evangelho todos os dias sob quaisquer
circunstâncias, provarão os doces frutos do evangelho e por esse fruto
conhecerão a veracidade dele (ver Mateus 7:16-20; João 7:17; Alma
32:41-43)." (Serão do SEI para os Jovens Adultos, 1 de novembro de 2009,
Universidade Brigham Young - leia aqui)
O fato
é que a princípio não podemos ter certeza, porque a "fé não é um perfeito
conhecimento". Todavia a medida que andamos no escuro, uma luz começa a
surgir e recebemos uma confirmação que não pode ser negada. Então recebemos um
testemunho e conhecemos a verdade. Sugiro um estudo de Alma 32 (leia aqui)
para maior esclarecimento sobre o assunto.
Depois de termos uma base forte no
evangelho devemos encarar a sabedoria do mundo. O padrão para comparação
será claro. Aquilo que rejeita a verdade do evangelho é mentira. Assim é claro que o homem não surgiu de uma ancestral comum ao macaco, que por sua vez descende de uma criatura mais inferior. O homem foi criado por Deus à Sua Imagem. Os animais
surgiram conforme as escrituras dizem. Detalhes da criação não foram revelados, e o esforço de unir as evidencias da ciência e as verdade de Deus é um trabalho honroso. Mas se algo recusa Deus e as escrituras deverá ser recusado. É verdade que muito nas escrituras é simbólico - e não é fácil determinar o que é literal e o que é figurativo. É por isso que precisamos do Espírito, dos profetas e do estudo das coisas de Deus e do homem.
Após nortear nosso caminho, podemos então
levantar dados e fazer experimentações. Sobre isso, vamos considerar alguns
pontos da Teoria da Evolução, como ensinado hoje nas escolas, e acatá-los ou refutá-los frente as verdades do
Evangelho. As considerações abaixo, repito, refletem minha posição e opinião - e não a posição oficial da Igreja, embora eu use declarações e citações dos livros da Igreja.
1.
A vida surgiu
acidentalmente... Não é verdade! A Bíblia e outras escrituras
relatam que Deus criou a Terra e toda forma de vida. A palavra
"criar", que foi traduzida do termo hebraico, significa formar,
moldar - sempre se referindo a uma atividade divina. O Profeta Joseph Smith
ensinou: "Se perguntarmos aos cultos doutores que afirmam que o mundo foi
criado do nada, responderão: 'Acaso não diz a Bíblia que ele criou o mundo?' Eles
inferem do verbo criar de deve necessariamente ter sido feito do nada. Bem, a
palavra criar provém do termo baurau,
que não significa criar do nada; quer dizer organizar; a mesma coisa como se o
homem organizasse materiais e construísse um navio. Dali deduzimos que Deus
dispunha de materiais para organizar o mundo dentre o caos - matéria caótica,
que é elemento, e no qual habita toa a glória. O elemento existe, desde que ele
próprio (Deus) existe. Os puros princípios de elemento são indestrutíveis;
podem ser organizados, reorganizados, mas nunca destruídos. Não tiveram inicio
e não poderão ter fim." (Ensinamentos
do Profeta Joseph Smith, pg. 341-342). O professor de física Nathan Avizer
comparou as descobertas cientificas com as verdades bíblicas e uma de suas
conclusões foi que "no relato Bíblico sobre a formação do reino animal,
lemos que "e criou Deus" os animais (Gênesis 1:21). Nesse contexto, o
verbo criar não precisa ser compreendido no seu sentido físico ("criar
algo a partir do anda"). (...) Um organismo vivo pode certamente ser
classificado como uma nova entidade, quando comparado à matéria inanimada
(...). De fato, essa transformação produzida pela vontade divina resultou numa
entidade de propriedades tão inteiramente diferente das que caracterizam a matéria
inanimada, que nenhum outro verbo, salvo "criar", pareceria adequado
para descrever a mudança." ("A Origem da Vida", No Inicio, pg.
103).
2.
A vida surgiu acidentalmente...
O Manual do Aluno do Seminário do Curso
do Velho Testamento declara: "Algumas pessoas acreditam que a Terra
foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos
elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse:
“Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder
observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um
punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los
juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar
que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e
colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de
nenhuma inteligência dotada de propósito. Além disso, se não existe
inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio,
pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do
seminário de 1934], p. 4.)
3.
A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... "Há quem afirme que Adão não foi o
primeiro homem criado nesta terra, e que o ser humano original desenvolveu-se
de formas inferiores da vida animal. Tais ideias, entretanto, são teorias de
homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi "o primeiro de todos os
homens" (Moisés 1:34); temos, portanto, o dever de considerá-lo como pai
da raça humana (...). O homem iniciou sua vida neste planeta como um ser humano,semelhante
a nosso Pai Celestial." (Declaração da Primeira Presidência, citado por
Clark, em Messages of the First
Presidency, Vol. 4, pg. 5). O Élder John A. Widtsoe disse: "Qualquer
teoria que exclua Deus como um ser pessoal e imbuído de objetivos eternos, e
considere que todas as coisas foram criadas por acaso, não pode ser aceita
pelos santos dos últimos dias (...) É inconcebível crer que a existência do
homem e de toda a criação seja obra do acaso. Considerando que o homem foi
criado pela vontade e poder de Deus, é igualmente inconcebível pensar que o
poder divino de criação se limita a um processo vagamente entendido pelo homem
mortal." (Evidences and Reconciliations, Vol. 1,
pg. 155). O Presidente George Alber Smith disse: "Não surgimos de alguma
forma inferior de vida, mas somos descendentes de Deus, nosso Pai
Celestial" (Conference Report,
outubro de 1925, pg. 33). O Presidente Joseph Fielding Smith disse: "Penso
que, naturalmente, essas pessoas defensoras do ponto de vista de que o homem evoluiu, no decorrer de
bilhões de anos, da espuma do mar, não acreditam em Adão. Honestamente, nem sei
como poderiam, e provarvos-ei que elas não acreditam. Alguns há que tentam
fazê-lo, mas são inconsistentes - absolutamente inconsistentes, pois tal
doutrina é tão incompatível, tão
absolutamente destoante das revelações do Senhor, que é simplesmente impossível
crer-se em ambas. (...) Afirmo com toda ênfase, não podeis crer nessa teoria da
origem do homem e ao mesmo tempo aceitar o plano de salvação, conforme é apresentado pelo Senhor, nosso
Deus. Tereis que escolher um e rejeitar
o outro, pois são diretamente conflitantes e separados por um tão grande
abismo, que não pode ser transposto, por mais que se tente. (...) Adão, e com
isto quero dizer o primeiro homem, não era capaz de pecar. Não podia
transgredir, e com isto trazer ao mundo a morte; pois,segundo essa teoria,
sempre houve morte no mundo. Se, portanto,
não houve queda, não havia
necessidade de expiação, seguindo-se que a vinda do Filho de Deus como o
Salvador do mundo é uma contradição, uma
coisa impossível. Estais preparados para
crer numa coisa dessas?" (Doutrinas de Salvação, Vol. I, pg. 153-154).
4.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos... O Manual do Aluno do Instituto do Velho
Testamento (Curso de Religião 301) diz que há três teorias sobre a idade da
Terra e sobre os dias de criação. A primeira leva a palavra "dia" de
Gênesis 1 em um sentido literal - um dia tem 24 horas. A segunda teoria afirma
que cada dia para Deus é mil anos para o homem. A base para essa interpretação
é Abraão 3:2-4, Salmos 90:4 e II Pedro 3:8. A terceira teoria afirma que a
palavra "dia" indica um período indeterminado. "Se esse foi o
sentido em que Moisés usou a palavra dia, então o aparente conflito existente
entre as escrituras e a maior parte das evidências apresentadas pelos
cientistas apoiando a ideia de que a Terra é de idade avançada, fica facilmente
resolvido. Cada era ou dia da criação poderia ter durado milhões de anos
terrenos (...)" ("A Criação", pg. 26-27). O Presidente Brigham
Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis dias “é
apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis meses ou
seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não estamos
autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou essas
palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas palavras o
significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu o material
com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há quanto tempo
existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e condições”. (Discourses
of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100; ver também Alma 40:8). A Igreja não tem
uma posição oficial sobre a idade da Terra ou sobre como deve ser interpretada
a palavra"dias" na Criação. A Igreja interessa-se em responder o motivo pelo qual a Terra foi criada -
e é este: " Eis que o Senhor criou a terra para que fosse habitada; e
criou seus filhos para que a habitassem " (1 Néfi 17:36). A ciência é
convidada e contribuir e explicar o "como?". Pessoalmente vinculo-me
a ideia de que "dia" no relato da criação não se refere a um período
de 24h. E isto é óbvio para mim porque no início da criação não existia Sol,
nem Terra, nem um sistema de rotação planetária que permitiria contar dias,
meses, anos e estações).
5.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento,
partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida
e complexa... Harold
G. Coffin, paleontólogo renomado disse: "Chegou o momento em que devemos
fazer um novo exame das evidências que Charles Darwin usou para apoiar sua
teoria da evolução, a luz das inúmeras informações cientificas recentes. (...)
Quatro considerações nos levam a esse resultado. (1) A vida é sem paralelo; (2)
os animais de estrutura complexa apareceram subitamente; (3) nos passado, a
probabilidade de mutação era muito limitada; (4) no presente, a probabilidade
de mutação é muito limitada." ("Creation: The Evidence from
Science", pg. 1; citado também no Manual
do Aluno do Velho Testamento, pg. 33). Então o doutor Coffin passa a
explicar cada uma de suas considerações. Devido a qualidade de seu trabalho
reproduziremos abaixo suas explicações:
a. A vida é sem paralelo. "O cientista
Homer Jacobson relata o seguinte, na revista American Scientist, de janeiro de
1955: 'Do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos elementos atuais numa só molécula de
aminoácido seria extremamente impossível, mesmo que dispuséssemos de todo o
tempo e espaço necessário para dar origem à vida terrena. "Somente a ma i
s simples dessas proteínas (a salmina)
poderia ter-se originado desses elementos, mesmo que a terra estivesse coberta
por uma camada de aminoácidos de 750
metros de espessura durante um bilhão de anos! Por mais fantasiosos que
fôssemos, não poderíamos supor que as condições atuais pudessem dar origem até mesmo a uma só
molécula de aminoácido, e que ela,
espontânea e casualmente, pudesse transformar-se num complexo organismo
protoplasmático, dotado de um metabolismo e com capacidade de auto-reprodução." (Homer Jacobson, "In formation,
Reproduction and the Origin of
Life", American Scientist,
janeiro de 1955, pg. 125). "Outro
cientista, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de
proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte: 'Podemos calcular perfeitamente
a possibilidade destes cinco elementos (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre) se reunirem e
formar uma molécula, a quantidade
de matéria que deve estar em constante
vibração e o período de tempo necessário
para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço, fez os cálculos e descobriu que as
possibilidades contrárias a tal ocorrência são de 10160 contra 1, ou somente de uma chance
favorável em cada 10160; isto é, 10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um
número tão grande, que mal podemos expressá-lo em palavras. O volume de
matéria que deveria combinar-se para produzir uma única molécula de
proteína seria milhões de vezes maior
que o que encontramos em todo o universo .
Para que isso ocorresse na Terra,
somente seriam necessários muitos, quase
que incontáveis bilhões (10243) de anos.'
(Frank Allen, "The Origin of
the World by Chance or Design?"
citado por John Clover Monsma, em The
Evidence of God in an Expanding Universe, pg. 23)"
b.
Os animais
de estrutura complexa apareceram subitamente. Em 1910, Charles Walcott,
quando cavalgava pelas Montanhas Rochosas canadenses, fez uma importante descoberta de fósseis
marinhos. O local forneceu a mais completa coleção de fósseis do período cambriano que conhecemos.
Walcott encontrou animais de corpo mole preservados n o
lodo de fina textura. Muitas espécies de vermes, camarões e crustáceos deixaram a impressão de suas
formas na argila, que posteriormente endureceu. Entre as impressões, foram encontradas até mesmo
marcas das partes internas, como a dos
intestinos e estômagos. As criaturas eram cobertas de pêlos, espinhos e
apêndices , inclusive maravilhosos detalhes das estruturas tão características
dos vermes e crustáceo. (...). Eles possuíam
partes bucais complexas, para poderem extrair tipos especiais de alimentos da
água. Não havia nada de simples ou primitivo naquelas criaturas. Elas
poderiam ser comparadas aos vermes e crustáceos que hoje conhecemos. Não obstante, elas são
encontráveis nas rochas mais antigas que contenham um número bastante significativo de
fósseis. Onde estão os ancestrais
deles?" " O que você acabou de ler até aqui, não é novidade. Este
problema é conhecido pelo menos desde a época de Charles Darwin. Se a evolução
progressiva dos organismos simples aos mais complexos for correta, deveriam ser
encontrados os ancestrais dessas
criaturas vivas plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles não
foram encontrados, e não existe a menor perspectiva de que venham a sê-lo.
"Baseando-nos apenas nos fatos e nas evidências que encontramos atualmente
sobre a terra, a teoria de um súbito ato
criador em que as formas maiores de vida foram colocadas neste planeta, se encaixa
melhor no contexto histórico."
c.
As
espécies básicas de animais não mudaram."Os cientistas que estudam
os fósseis, descobriram outra informação
interessante . Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem
subitamente nas rochas inferiores do período
cambriano, mas também as formas básicas
de animais não sofreram grande alteração desde aquela época (...) Esclarecendo
melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de apenas um elo
faltando, n e m mesmo de diversos deles.
Os evolucionistas se defrontam agora com
o problema de toda uma série de seções de elos faltando na corrente da vida.
G.G. Simpson, bastante cônscio desse
problema, declarou: 'Uma característica invariável dos fósseis que conhecemos demonstra que a
maioria deles apareceu subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado
de uma sequência de precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da
evolução.' ( The Evolution of Life, pg.
149). "Vemos, assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura
completa e intrincada é um problema para os que defendem a evolução, mas que é
igualmente sério o problema da ausência de mutação de uma espécie maior para outra. Repetimos
que este não é um problema novo. Logo depois que o s colecionadores começaram a reunir fósseis,
tomou-se óbvio que pertenciam às mesmas
categorias maiores, assim como as plantas e animais da época moderna. Alguns cientistas
comentaram, recentemente, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de
ligação entre espécies especificas de animais (...) " Todo estudante
colegial, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo em seus
livros de biologia, retratando um ser cabeludo e semi nu, o homem de Neanderthal - de pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas
e aparência bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal
feita pelo francês Boule, em 1911-13.
(Marcellin Boule, Fossil Men) Esse
retrato tem sido publicado sem alterações, de
um livro para outro, ano após
ano, (...). Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto cujos
ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente deformados
pelo artritismo. " William Straus e A.
J. E. Cave, os dois cientistas
que descobriram o fato declararam: 'Assim sendo, não existe uma razão aceitável
para crermos que a postura do homem de
Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significativamente da do
homem moderno (...) Não obstante, se pudéssemos revivê-lo e colocá-lo num metrô
de Nova loque - desde que tivesse tomado
banho, feito a barba e vestisse roupas
modernas - duvido muito ele que chamasse mais atenção que qualquer um de seus
concidadãos.' (William L. Straus, Jr., e A. J. E. Ca v e, "Pathology
and the P osture of Neanderthal Man", Quarter/y Review of
Biology , dezembro de 1957, pg. 358-359).
Esse parecer foi escrito há alguns anos.
Hoje em dia, mesmo sem se barbear, o homem de Neanderthal não atrairia a menor
atenção!"
d.
Atualmente
a mutação é limitada. Evolução - "este vocábulo significa
simplesmente 'transformação' e baseando-nos nesse conceito, a evolução é uma realidade .
Não obstante, a maioria das pessoas entende que evolução significa uma
transformação progressiva através do tempo, de organismos mais simples para
mais complexos, de formas primitivas para formas com características mais
avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em fatos. O estudo da
hereditariedade já revelou princípios e fatos que podem provar a evolução, se
entendermos a palavra evolução no sentido de 'mudança'. Mas as aparentes e pequenas
transformações que ocorrem hoje em dia
nos organismos vivos não nos fornecem base alguma para concluirmos que, no
passado, houve uma ilimitada mutação (...) "Sim, hoje em dia estão-se formando novas espécies de
plantas e animais. A quase infindável
intergradação de animais e plantas que existe no mundo, a fantástica
degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque e defesa, levam-nos à conclusão inevitável de que tem
havido uma transformação. Todavia, o
problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para outra, continua
a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os evolucionistas. Os
animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas o número de
mutações é limitado. Os laboratórios da ciência não foram capazes de demonstrar
que houve transformação de uma espécie maior para outra, nem tal mutação ocorreu na história passada da terra, se levarmos em
conta as evidências que nos dão os registros fósseis."
e.
Conclusão.
"A constante exposição a uma das teorias da origem, somente uma, convenceu muitas pessoas de que não existe outra alternativa, e que a
evolução é a resposta mais completa. Quão infeliz é o fato de a maioria dos milhões de pessoas que atravessam o s processos educacionais terem pouca oportunidade
de avaliar as evidências que existem em ambos os lados! "O exame dos
fósseis, registros petrificados do passado, nos
ensinam que os complexos organismos vivos surgiram subitamente (em
outras palavras, sem avisar) sobre a face da terra. Outrossim, o tempo não
os modificou os suficiente a ponto de
alterar o relacionamento básico que têm uns com os outros. Os organismos vivos modernos nos ensinam que a transformação é uma
característica da vida e do tempo,
mas também nos esclarecem que há limites que ela não
pode ultrapassar de maneira natural, e
que os homens foram incapazes de forçá-la a tal. Ao considerar as coisas vivas antigas ou modernas, o homem não deve
esquecer-se de que está tratando com a
vida, uma força profundamente singular que ele não tem a capacidade de criar e
que está tentando desesperadamente entender. "Estes são os fatos; aqui estão as evidências; eis as
razões seguras por que devemos acreditar que a vida se originou através de um ato criativo. Já é tempo de cada indivíduo
ter a oportunidade de conhecer o s fatos e tomar uma decisão inteligente."
6.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de
vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa, por meio da Seleção Natural. Alguns dos
maiores críticos de Darwin ainda não foram silenciados pelos evolucionistas, e
creio que nunca o serão, por que uma parte significativa da teoria é falsa. Que
há uma mutação e uma luta pela sobrevivência parece evidente. Porém, a
afirmação que uma seleção natural teria feito com que um peixe tenha virado um
dinossauro e um dinossauro tenha se transformado em um passarinho é passível de
severas críticas - ainda que essas críticas não sejam corriqueiramente exibidas
nas salas de aula (como se todos aceitassem como verídica e indiscutível a
Teoria da Evolução). Um dos pais da Paleontologia, Richard Owen, de maneira um
tanto arrogante e sarcástica, é verdade, escreveu uma das primeiras críticas a
teoria de Darwin: "As especulações impetuosas do Sr. Darwin denigrem a
ciência (...) E, ele não sabe nada de fósseis - se ele soubesse, saberia que os
ictiossauros apareceram no Jurássico Inferior, mantiveram-se inalterados e
depois desapareceram. Não há qualquer sinal de evolução nisso!". Thomas
Henry Huxley, amigo de Darwin, disse sobre a obra de Darwin, A Origem das Espécies: "É uma obra
magnífica! Prova a existência da evolução. (...) Sim [a Seleção Natural] é
lógica. É simples. Mas o sr. Darwin viu realmente uma espécie originada da
Seleção Natural? Será que ele pode provar que ela realmente existe? Bem, não. É
uma hipótese. Talvez a melhor existente, mas - e eu digo isso como um amigo - o
Sr. Darwin realmente não provou sua tese." (Ambas as declarações são
citadas em um Documentário da BBC "What Darwin Didn´t Know").
Conclusão
Há
vários cientistas, filósofos e teólogos que possuem bons argumentos contra a teoria
da evolução (por exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=uWtnsgcaCg0).
Esse documentário, muito interessante, pode ser útil para se verificar que há muitas
outras abordagens possíveis a serem feitas diante da origem da vida: http://www.youtube.com/watch?v=sqmr5qMz7lE&feature=channel&list=UL
. Recomenda-se também a leitura do livro do físico e judeu Nathan Avizer, "No
Inicio", onde há exposição de vários argumentos científicos a favor do relato
bíblico.
Mas, a despeito
da opinião dos homens, podemos seguramente saber, por meio de revelação, que Deus
criou a Terra e tudo que nela há. Ele criou a Terra com um propósito. Ele criou Adão com um propósito. Há uma grande recompensa para aqueles que procuram saber quem
são, e depois de descobrirem se empenham em viver a altura deste conhecimento.
Quero dizer também que são louváveis os esforços de cientistas que tentam harmonizar ciência e religião, especialmente a Teoria da Evolução com as verdades do evangelho. Eu acredito que essa é uma busca importante e que produz bons resultados.
Devo dizer ainda mais: que, embora eu recuse boa parte da Teoria Sintética, há alguns membros da Igreja que procuraram, a semelhança de Élder B. H. Roberts uma harmonia entre as doutrinas da Criação e as ideias de Darwin. Por exemplo, dois biólogos santos dos últimos dias ativos (um deles era bispo na época da publicação) escreveram recentemente um livro chamado "Evolution and Mormonism: A Quest for Understanding" ("Evolução e mormonismo: a busca pela compreensão ) onde eles procuram exatamente conciliar uma coisa e outra. Como falei na metade deste texto, a Teoria da Evolução é uma questão em aberto - porque é uma questão cientifica. Quanto aos princípios do evangelho estamos todos de acordo e procuramos a verdade onde pudermos. Em nosso empenho Deus nos revelará seus mistérios - até mesmo "verdades científicas".
Quero dizer também que são louváveis os esforços de cientistas que tentam harmonizar ciência e religião, especialmente a Teoria da Evolução com as verdades do evangelho. Eu acredito que essa é uma busca importante e que produz bons resultados.
Devo dizer ainda mais: que, embora eu recuse boa parte da Teoria Sintética, há alguns membros da Igreja que procuraram, a semelhança de Élder B. H. Roberts uma harmonia entre as doutrinas da Criação e as ideias de Darwin. Por exemplo, dois biólogos santos dos últimos dias ativos (um deles era bispo na época da publicação) escreveram recentemente um livro chamado "Evolution and Mormonism: A Quest for Understanding" ("Evolução e mormonismo: a busca pela compreensão ) onde eles procuram exatamente conciliar uma coisa e outra. Como falei na metade deste texto, a Teoria da Evolução é uma questão em aberto - porque é uma questão cientifica. Quanto aos princípios do evangelho estamos todos de acordo e procuramos a verdade onde pudermos. Em nosso empenho Deus nos revelará seus mistérios - até mesmo "verdades científicas".
Eu sei que
Deus vive, que Ele é meu Pai Celestial. Sei disso independentemente de outras pessoas.
Sei que Ele criou Adão e Eva e possibilitou sua vida na Terra. Assim sendo, rejeito
parte da teoria de Darwin. Entendo porém, que ela contribuiu para esclarecer certos
pontos e permitir a discussão de outros.
Para terminar
desejo mencionar duas passagens do discurso de Jacó, em 2 Néfi 9:
" Oh!
Quão astuto é o plano do maligno! Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos
homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos
conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto
sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é
bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus." (vv. 28-29)
" O,
meus amados irmãos, vinde, pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-vos de que seus
caminhos são justos. Eis que o caminho para o homem é estreito, mas segue em
linha reta adiante dele; e o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali
não tem servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta;
porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome.
E a
quem quer que bata, ele abrirá; e os sábios e os instruídos e os ricos que são
orgulhosos de seu conhecimento e de sua sabedoria e de suas riquezas---sim,
estes são os que ele despreza; e a menos que se despojem de todas estas coisas
e se considerem insensatos diante de Deus e se humilhem profundamente, ele não
lhes abrirá.
As
coisas dos sábios e dos prudentes, porém lhes serão ocultas para sempre---sim,
aquela felicidade que está preparada para os santos." (vv. 41-43)
[1]
“Os três acontecimentos mais grandiosos que jamais ocorreram ou ocorrerão em
toda a eternidade são os seguintes:
1. A criação dos céus e da Terra, do homem e de todas
as formas de vida;
2. A queda do homem, de todas as formas de vida e da
própria Terra, que perderam seu estado original e paradisíaco e se tornaram o
que são hoje; e
3. A Expiação infinita e eterna, que resgata o homem,
todos os seres vivos e também a Terra de seu estado decaído para que se efetue
a salvação da Terra e de todos os seres vivos.
Esses
três acontecimentos divinos - os três pilares da eternidade - estão
inseparavelmente entrelaçados numa grandiosa tapeçaria conhecida como o eterno plano
de salvação.” (A New Witness for the
Articles of Faith, p. 81)
O
Élder Bruce R. McConkie também disse que essas doutrinas fundamentais (a
doutrina da Criação, da Queda e da Expiação) são “os maiores acontecimentos que
já ocorreram em toda a eternidade”. Ele explicou: “Quando conseguimos
compreendê-las, vemos todas as coisas do plano eterno entrarem no devido lugar
e nos colocamos em condição de fazer o que é preciso para a
nossa própria salvação. (…) Esses são os três pilares
que sustentam tudo o mais. Sem qualquer um deles, todas as outras coisas
perderiam o sentido e os planos e desígnios de Deus seriam nulos” (“The Three
Pillars of Eternity”, em Brigham Young
University 1981 Firesides and Devotional Speeches, 1981, p. 27).
[2] Todo homem anela pela verdade, porque, como já expliquei a verdade conduz a liberdade e a felicidade eterna. A verdade é Cristo (Enos 1:26, Alma 5:48, João 1:17). E embora nem todos desejem aprender sobre Cristo - todos desejam bem-estar, proteção e salvação. Pois bem. Tudo isso é encontrado em Cristo Jesus. Além disso, verdade nos liberta (João 8:32): Cristo nos liberta! (João 8:36; 2 Néfi 9:19, 25- 26). O conhecimento da verdade (conhecimento de Cristo – de sua obra e glória), e aplicação desse conhecimento – que é sabedoria – é o que leva o homem a ter vida eterna, felicidade eterna (2 Néfi 2:27-28; D&C 42:61).
* Um capítulo interessante da História da Igreja demonstra bem isso. B. H. Roberts, que serviu na Presidência dos Setenta e é considerado um dos maiores Historiadores da Igreja, escreveu um livro para ser usado nos cursos do sacerdócio. Um comitê compostos de vários apóstolos, no final da década de 20, se reuniram para estudar o livro, revisá-lo e para aprová-lo ou não. Os irmãos do comitê eram: George Albert Smith, que mais tarde seria apoiado como Presidente da Igreja; Joseph Fielding Smith, talvez o maior teólogo da Igreja; e David O. MacKay (também futuro presidente da Igreja); Stephen L. Richards e Melvin J. Ballard. Os irmão elogiaram amplamente o livro, mas estavam em desacordo sobre uma parte na qual o Élder Roberts unia ideias da teoria da Evolução com as doutrinas da Criação. O Élder Smith, contudo, achava inconcebível harmonizar a teoria de Darwin com o as escrituras. Segundo o Élder Smith não havia morte antes de Adão comer do fruto. O Élder Roberts foi convidado a alterar seu manuscrito, mas após revisá-lo não percebeu como poderia fazê-lo. Ele solicitou nova vista. O caso se tornou tão sério que acabou chegando a Primeira Presidência. De um lado, o Élder Smith defendia que não havia possibilidade de fundir teoria evolucionista com o evangelho, do outro Élder Roberts afirmava que, em alguma medida, realmente havia uma evolução, e que havia meios de aceitarmos uma coisa e outra sem refutar os ensinamentos da verdade divina. A Primeira Presidência analisou cuidadosamente as duas posições. Antes disso, o Élder Talmage, apóstolo e geólogo, e o Élder John A. Widtsoe, apóstolo e físico, tomaram informalmente uma posição intermediaria. Mas todos os membros dos Doze esperaram a Primeira presidência se manifestar.
O Presidente da Igreja na época era Heber J. Grant. Ele e seus conselheiros enviaram uma proclamação para Igreja dizendo que Adão era nosso pai, e que isso havia sido revelado claramente nas escrituras. Ele era o primeiro homem, e o primeiro pai. Disseram que o Senhor não havia revelado o "modus operandi" da Criação. Explicaram que o propósito da Igreja era o de salvar almas, e que a geologia, paleontologia, arqueologia e outras ciências não tinham esse fim - e nos assuntos da Igreja deviam ser deixadas de lado.
O manuscrito do Élder Roberts não pode ser publicado pela Igreja. Ele, o Élder Roberts, permaneceu fiel e ficou conhecido pela Igreja como o "Defensor da Fé". Embora ele e Élder Joseph Fielding Smith tivessem grande divergência em alguns pontos de opinião (como no caso da teoria da evolução), eram bons amigos e se tratavam com grande cordialidade. (Essa história pode ser encontrada no livro BYU Studies, capítulo "The story of the truth, the way, the life", pg. 692-741).
Quero dizer uma coisa a respeito dessa história que indiretamente pode ser observado: os líderes da Igreja possuem suas próprias opiniões e ideias sobre diversos assuntos e são livre para expressá-los quando estão reunidos em seus quoruns. Mas quando o Presidente toma uma decisão todos a aceitam e a apóiam - isso acontece de maneira pacífica e ordenada - pois é a maneira do Senhor.
No caso da Teoria da Evolução o Senhor não deu um resposta direta - ou seja, não houve uma declaração oficial da Igreja refutando-a. Sabemos que Deus vive, que criou Adão e Eva e que qual o propósito de tudo isso.
Eu contei esse interessante fato da História da Igreja porque ilustra muito bem que há espaço para a investigação científica para o santos dos últimos dias, mas que o propósito da Igreja é o de salvar almas. Quando o Senhor achar conveniente nos dirá exatamente como criou a Terra e tudo o que nela há. Evidentemente algumas teorias lançam fora e distorcem os princípio e doutrinas fundamentais do evangelho. Estas devem ser refutadas.
Devemos ter cuidado de nos púlpitos e nas salas de aula da Igreja de ensinar a doutrina aprovada e não nossas próprias ideias e teorias.
8 comentários:
Olá Lucas,
Gostei muito desse artigo, são considerações deveras interessantes.Li um trecho que, creio eu, haver um equívoco no nome do Elder Russel M. Nelson, segue:
"O Élder M. Russell Nelson, após demonstrar algumas das dádivas do corpo físico que Deus nos deu, disse:(...)"
Eu costumo fazer confusão com os nomes deles, já que mais parece uma permutação nos nomes,cito os Elders Russel M. Nelson e M. Russel Ballard.
Att,
Fabrícia
Obrigado, já arrumei.
Muito bom Gurreiro!
Parabens pelo Blog!
Papo furado!
Você próprio argumenta que a ciência nem sempre é correta e que o Método Cientifico não é confiável e em certos pontos você usa argumentos de cientistas pra conciliar ciência com religião, meu caro pense mais estude mais e não coloque a ciência em um ringue com a religião pois você sabe muito bem, ou não, que ela tem argumentos e provas o suficiente para provar o contrario.
P.S
Eu sou mórmon ou era.
A Ciência nem sempre é correta, evidentemente. Não significa que não podemos usá-la. É uma ferramenta maravilhosa (mesmo imperfeita) - e procurei demonstrar isso com a citação do Élder Scott.
Ciência e religião, como deixo claro, não estão - e não precisam estar - em guerra. Uma pode complementar a outra. E é maravilhoso quando isso acontece! E vai acontecer cada vez mais, penso. Porque como enfatizo - a verdade é uma só.
Quanto a sua sugestão de que eu tenho que pesar e estudar mais: procurarei seguir esse bom conselho. Obrigado. Sei que sei muito pouco. O que fiz foi compartilhar alguns pensamentos. Desculpe se o ofendi ou expressei-me mal. Procurarei melhorar. Quero deixar claro que o texto pode ter muitas falhas, exceto na parte em que testifico sobre o Pai Celestial, sobre Seu Plano e sobre o Seu amor por nós - e quando cito as escrituras e palavras dos profetas vivos.
Obrigado pelas sugestões.
Em tempos atuais, a discussão sobre ciência-religião é mais do que apropriada. Também nãos os vejo como concorrentes, antes como complementares à minha visão de mundo. Acredito que houve uma evolução das espécies. Acredito que tal se deu por meio de uma intervenção inteligente, creio num design e, por conseguinte, num designer inteligente. Acredito no Deus todo poderoso das escrituras. Não me parece que os relatos da criação, nas escrituras, sejam descrições literais de como tudo se deu, mas fabricações míticas adaptadas à visão de mundo dos antigos.
Esse vídeo, que achei recentemente favorece o criacionismo: https://www.youtube.com/watch?v=rbQSxwJL8gM&list=PLAE6FB6EC4C334CD1&index=1
eu acho que as duas podem ser uma só
Digo ... deus pode ter feito a terra e todo o universo em um processo , a biblia nao diz nada sobre isso pq a biblia comeca em adao um tempo muito depois do big bang , e a explosao do big bang ninguem sabe ao certo como ela começou oq provocou ela , pode ter cido Deus , pq afinal pq nao seria Deus pod ter ordenado que tudo começasse e começou a explosao o big bang e talvez o evolucionismo .
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