Élder Dallin H. Oaks disse: "Concentrando-se
nas necessidades dos alunos, um professor do evangelho jamais terá sua visão do
Mestre obscurecida por querer se autopromover ou por buscar seus próprios
interesses durante a aula. Isso significa que um professor do evangelho nunca
deve se comprazer em artimanhas sacerdotais, que significa "o homem pregar
e estabelecer-se como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do
mundo". (2 Né. 26:29) Um professor do evangelho não prega a fim de
"[tornar-se] popular" (Alma 1:3) ou "por causa de riquezas e
honrarias". (Alma 1:16) Ele segue o maravilhoso exemplo do Livro de Mórmon
no qual "o pregador não era melhor que o ouvinte nem o mestre melhor que o
discípulo". (Alma 1:26) Ambos olharão sempre para o Mestre." ("O
Ensino do Evangelho", Conferência
Geral Outubro de 1999, 2o Sessão de Domingo)
Élder Stanley G. Ellis, dos
Setenta, disse: "As escrituras contêm muitas passagens de orientação e
admoestação para os portadores do sacerdócio. Uma das melhores é a seção 121 de
Doutrina e Convênios. Nesses poucos versículos, o Senhor ensina que o
sacerdócio só pode ser exercido em retidão. (...) Essa seção também nos adverte
acerca das atitudes e ações que nos farão perder o poder do sacerdócio. Se
“[aspirarmos] as honras dos homens”, tentarmos “encobrir nossos pecados”,
[satisfizermos] nosso orgulho” ou “vã ambição,” ou procurarmos “exercer
controle” sobre os outros, perderemos o poder do sacerdócio (ver versículos 35
a 37). A partir daí, estaremos praticando artimanhas sacerdotais. Teremos
deixado o serviço de Deus e nos colocado a serviço de Satanás." ("Ele
Confia em Nós", A Liahona,
Novembro de 2006, pg. 51-52)
Élder David A. Bednar disse:
"Mas precisamos, irmãos e irmãs, ter o cuidado de lembrar em nosso
trabalho que somos condutos e canais; não somos a luz. “Porque não sois vós
quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mateus 10:20).
Nunca sou eu ou vocês. Na verdade, tudo o que fazemos como professores no
intuito de intencionalmente chamar a atenção para nós mesmos — nas mensagens
que apresentamos, nos métodos que usamos ou em nossa conduta pessoal — torna-se
uma forma de artimanha sacerdotal que inibe a eficácia do ensino do Espírito
Santo. “Prega-a pelo Espírito da verdade ou de alguma outra forma? E se for de
alguma outra forma, não é de Deus” (D&C 50:17–18)." ("Aprender
pela Fé", A Liahona, Setembro de
2007, pg. 23)
O Presidente Joseph F. Smith ensinou:
"Cremos (…) no princípio de revelação direta de Deus ao homem. O evangelho
não pode ser ministrado nem a Igreja de Deus pode continuar a existir sem ele. (...)
Cristo está à cabeça de Sua Igreja, não o homem, e a conexão somente pode ser
mantida sob o princípio de revelação direta e contínua. (...) No momento em que
esse princípio for retirado da Terra, a Igreja estará sem orientação ou
direção, tendo sido separada de sua cabeça sempre viva. Nessa condição ela não
pode continuar a existir, mas deixará de ser a Igreja de Deus e, como um navio
no mar sem capitão, bússola nem leme, está a mercê das tempestades e das ondas
das sempre tumultuosas paixões humanas, interesses mundanos, orgulho e
insensatez, para terminar encalhada na praia das artimanhas sacerdotais e da
superstição." (Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, pg. 363).
O Profeta Joseph Smith disse:
"Que Deus nos permita cumprir os votos e convênios que fizemos uns com os
outros, com toda fidelidade e retidão perante Ele, que nossa influência seja
sentida entre as nações da Terra, com força vigorosa, de modo a esfacelar o
reino das trevas e vencer as artimanhas sacerdotais e a iniquidade espiritual
em lugares elevados e esmigalhar todos os reinos que se opõem ao reino de Cristo
e espalhar a luz e a verdade do Evangelho, dos rios aos confins da Terra"
(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Joseph Smith, pg. 159-160).
O Profeta Joseph Smith disse também: “O
mormonismo é a verdade; e todo homem que o aceita se sente livre para aceitar
toda verdade: Conseqüentemente, são imediatamente libertados das correntes da
superstição, fanatismo, ignorância e artimanhas sacerdotais; e seus olhos são
abertos para a verdade, que prevalece imensamente sobre as artimanhas
sacerdotais." (Ensinamentos dos Presidentes
da Igreja: Joseph Smith, pg. 276).
O Élder M. Russell Ballard,
disse que as artimanhas sacerdotais podem ocorrer tanto na Igreja como entre os
inimigos da Igreja: “Portanto, tomemos cuidado com os falsos profetas e falsos
mestres, sejam homens ou mulheres, que colocam a si mesmos como se fossem
porta-vozes da doutrina da Igreja e procuram espalhar doutrinas falsas para
atrair seguidores por meio de simpósios, livros e periódicos cujo conteúdo se
opõe às doutrinas fundamentais da Igreja. Acautelem-se daqueles que dizem e
publicam coisas contrárias às ensinadas pelos verdadeiros profetas de Deus e
que ativamente tentam fazer seguidores sem qualquer consideração pelo bem
eterno daqueles a quem seduzem. Como Neor e Corior do Livro de Mórmon, valem-se
de sofismas para enganar e levar outras pessoas a aderir a seus pontos de
vista. Colocam a si mesmos ‘como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e
louvor do mundo; não [procuram], porém, o bem-estar de Sião’ (2 Néfi 26:29)” (Conference Report, outubro de 1999, p.
78; ver também “Acautelai-vos dos Falsos Profetas e Falsos Mestres”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 73).
Néfi explicou que as artimanhas
sacerdotais ocorrem quando o homem coloca-se a si mesmo “como uma luz para o
mundo” (2 Néfi 26:29). Jesus ensinou o contrário disso aos nefitas: “Eis que eu
sou a luz que levantareis” ( 3 Néfi 18:24).
Neor incentivava as artimanhas
sacerdotais e a autopromoção para conquistar riquezas e honrarias. Seu exemplo
mostra que devemos desconfiar de quem prega para conquistar fama ou riquezas."
(Manual do Aluno do Curso no Livro de
Mórmon, Manual de Religião 121-122, edição 2012, pg. 179)
O irmão Paul V. Johnson, que é
administrador do S&I, disse: "Além de obter lucro, Néfi disse que as
pessoas se estabelecem como uma luz para obter o louvor do mundo. Alguns
professores têm grande desejo de ser elogiados. Para obter esse louvor, pode
ser que comecem a estabelecer-se como uma luz. Quando as pessoas olham para
eles como se fossem uma luz, ficam dispostas a lhes dar o louvor que eles
desejam. Isso pode aumentar seu desejo por mais louvor, e o ciclo continua.
Isso se torna perigoso porque pode levar os professores a alterarem a doutrina
ou ensinarem coisas que não deviam ser ensinadas ou usarem métodos didáticos
que não deviam ser usados para exibirem-se como uma luz.
Em 1987, o Élder Marvin J.
Ashton, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Tomem cuidado, fiquem atentos e
sejam sábios quando as pessoas falarem bem de vocês. Quando as pessoas os
tratarem com muito respeito e amor, tomem cuidado, estejam atentos e sejam
sábios. Se vocês forem honrados e reconhecidos e se tornarem famosos, isso pode
ser um fardo e uma cruz, especialmente se vocês acreditarem no que for dito a
seu respeito. (...)
O louvor do mundo
pode ser uma cruz pesada de carregar. Ao longo dos anos, muito frequentemente
ouvi dizer: ‘Ele era grande até se tornar um sucesso, daí não conseguiu lidar
com isso’. Não estou falando de dinheiro e posição. Estou falando de
reconhecimento, até em responsabilidades na Igreja. (...) Oro para que não nos
deixemos ser levados pelo louvor,
sucesso ou mesmo
pelo cumprimento de metas que estabelecemos para nós mesmos” (“Carry Your
Cross”, Brigham Young University
1986–1987 Devotional and Fireside
Speeches, 1987, p. 141). (Conferência
do SEI sobre Doutrina e Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto
de 2002).
O Élder Dallin H. Oaks também
disse: "Os professores que são mais populares — e portanto mais eficazes —
têm uma susceptibilidade particular a esse tipo de artimanha sacerdotal. Se não
tomarem cuidado, seu ponto forte pode se tornar sua pedra de tropeço
espiritual. Eles se tornam como Almon Babbitt, com quem o Senhor não estava
satisfeito porque, como declara a revelação: ‘Ele aspira a estabelecer seu
próprio conselho, em vez do
conselho que
decretei, sim, o da Presidência de minha Igreja; e estabelece um bezerro de
ouro para meu povo adorar’. (D&C
124:84)" (“Our Strengths Can Become Our Downfall,” Brigham Young
University 1991–1992 Devotional and Fireside Speeches, [1992], p. 111).
Em
1989, no Assembly Hall, o Presidente Howard W. Hunter, que na época era
Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, fez um discurso no programa anual "Uma Noite com uma
Autoridade Geral" para os profesores do S&I. Ele disse: “Gostaria de
deixar-lhes uma palavra de advertência. Tenho certeza de que reconhecem o
perigo em potencial de terem tamanha influência e serem tão persuasivos a ponto
de que seus alunos desenvolvam uma lealdade a vocês em lugar do evangelho. Esse
é um problema maravilhoso com o qual devemos lutar, e esperamos que todos vocês
sejam professores tão carismáticos assim. Mas há um perigo real envolvido. É
por isso que vocês precisam convidar seus alunos a lerem as escrituras
propriamente ditas, não apenas lhes dar sua interpretação e apresentação delas.
É por isso que vocês precisam convidar seus alunos a sentir o Espírito do
Senhor, e não apenas lhes dar sua impressão pessoal a esse respeito. É por
isso, no final das contas, que vocês precisam convidar seus alunos a achegarem-se
diretamente a Cristo, e não apenas lhes ensinar Suas
doutrinas, por melhor que o saibam fazer. Nem sempre vocês estarão à disposição
desses alunos. Vocês não poderão conduzi-los pela mão depois que tiverem saído
do curso médio ou da faculdade. E vocês não precisam de discípulos pessoais.
(...)
Certifiquem-se de que a lealdade
desses alunos seja para com as escrituras e o Senhor e as doutrinas restauradas
da Igreja. Indiquem-lhes o caminho para Deus, o Pai, e Seu Filho Unigênito
Jesus Cristo, e para a liderança da Igreja verdadeira. Certifiquem-se de que,
quando o glamour e o carisma de sua personalidade e discursos e o ambiente da sala
de aula se forem, eles não fiquem de mãos vazias para enfrentar o mundo.
Dêem-lhes dádivas que eles levarão consigo quando tiverem que ficar sozinhos.
Se fizerem isso, toda a Igreja será abençoada pelas gerações futuras. (...)
Gostaria de deixar-lhes uma
palavra de advertência [sobre o assunto de ensinar pelo Espírito]. Creio que se
não formos cuidadosos como educadores profissionais que trabalham todos os
dias, podemos começar a tentar simular a verdadeira influência do Espírito do
Senhor por meios indignos e manipulativos. Fico preocupado quando aparentemente
as emoções fortes ou as lágrimas copiosas são igualadas à presença do Espírito.
Sem dúvida o Espírito do Senhor pode produzir fortes sentimentos emocionais, inclusive
lágrimas, mas a manifestação externa não deve ser confundida com a presença do
Espírito propriamente dita” (Eternal
Investments, discurso para educadores religiosos, 10 de fevereiro de 1989,
pp. 2–3)
O Élder Robert D. Halles disse:
"“Todos vocês que ensinam no seminário e instituto têm no coração o desejo
de ser um anjo. Isso é bom, mas vocês estão sujeitos à grande tentação de
desempenhar o papel do flautista da flauta mágica e imaginar que irão reunir
todos os seus alunos a seu redor e induzi-los com seu amor a que desenvolvam um
testemunho; ou de sentir que se conseguirem tornar-se muito populares, poderão
liderá-los, ser um exemplo para eles e fazer uma grande diferença na vida de
seus alunos. (...) Não existe nada mais perigoso do que quando um aluno dirige
sua admiração e atenção ao professor em lugar do Senhor, da mesma forma que um
converso faz com um missionário. E então, se o professor ou o missionário for
embora ou comportar-se de modo contrário aos ensinamentos do evangelho, o aluno
ficará extremamente desapontado. Seu testemunho enfraquecerá. Sua fé será
destruída. O professor realmente bom toma cuidado para que os alunos se voltem
ao Senhor. Depois que tivermos tocado a vida dos jovens, temos que voltá-los
para Deus, o Pai, e Seu Filho, nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo, por meio
da oração, estudo e a aplicação prática dos princípios do evangelho na vida
deles” (Teaching by Faith, discurso
para educadores religiosos, 1º de fevereiro de 2002, p. 7).
O irmão Paul V. Johnson, que é
administrador do S&I, disse: "Um dos desafios para reconhecer e evitar
as artimanhas sacerdotais é que essa é uma questão que envolve as motivações e
desejos. É como o orgulho. Na verdade, o orgulho é a origem do problema. Quando
há um acidente numa fábrica, geralmente há sinais visíveis, como sangue ou
histeria. A maioria das pessoas reconhece imediatamente que houve um acidente.
Mas isso não acontece com os danos causados ao coração. Precisamos ser mais
sensíveis para reconhecer os primeiros sinais de problemas espirituais." (...)
"Uma vez que as artimanhas
sacerdotais envolvem motivações e desejos, a melhor maneira de combatê-las é em
nível pessoal. É muito melhor procurar policiar-nos nesses assuntos antes que
se tornem motivo de preocupação para os líderes e supervisores do sacerdócio.
Trata-se de um assunto a respeito do qual precisamos estar muito atentos em
nossa vida. Ele tem a tendência de imiscuir-se em nossa vida, se não formos
diligentes." (Conferência do SEI sobre Doutrina e
Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto de 2002).
_____________________
A seguir um comentário que fiz no livro "Considerações sobre o Apocalipse":
Apocalipse
2:14 - Doutrina de Balaão. Balaão foi um
profeta do Senhor contemporâneo a Moisés. Infelizmente ele deixou-se corromper
e cedeu a vaidade. Preferiu as riquezas de Balaque do que atentar para o
conselho do Senhor. Tão cego estava este profeta que o Senhor teve abrir a boca
da jumenta para adverti-lo. Entretanto, Balaão amava Mamon, ou seja, as
riquezas do mundo. Como os homens do sacerdócio só podem usar o poder de Deus
de acordo com a Vontade divina, Balaão não conseguiu amaldiçoar Israel, antes a
abençoou (Números 22-24). Ele até profetizou a respeito do Salvador, que viria
da linhagem daquele povo (Números 24:14, 17 e 19).
Balaão viu
que Deus era com aquele povo, por isso instou Balaque e seu povo, que eram os
moabitas, a corromperem os israelitas com pecados sexuais. Balaão entendia que
se os israelitas se tornassem indignos, então a proteção do Senhor cessaria. E
foi o que aconteceu. Os israelitas tomaram para si mulheres entre os moabitas,
e uma série de desgraças se sucedeu (Números 25; 31:16-18).
Balaão se
tornou símbolo daqueles que usam seu chamado e seus dons a fim de obter riquezas
e fama. Balaão praticou artimanha sacerdotal, que é um "homem pregar e
estabelecer-se como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do
mundo" (2 Néfi 26:29). Todos aqueles que cometem tal pecado seguem a
doutrina de Balaão e amam o "prêmio da injustiça" (II Pedro 2:15).
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