Introdução
Começo
com uma advertência: aqueles que se aprofunda em
estudar o mal acaba se apegando a ele. O Élder James E. Faust ensinou:
"Não é uma coisa boa interessar-se por Satanás e seus mistérios. Nada de
bom pode resultar de aproximar-nos do mal. Tal como quando brincamos com fogo,
é muito fácil nos queimar: “O conhecimento do pecado induz à sua prática”
(Joseph F. Smith, Gospel Doctrine, 5ª ed., 1939, p. 373). O único
caminho seguro é manter-nos bem distante dele e de quaisquer de suas atividades
iníquas e práticas depravadas. Os males do culto ao diabo, da feitiçaria, da
bruxaria, do ocultismo, dos encantamentos, da magia negra e todas as outras
formas de demonismo devem ser evitados como praga.
"No
entanto, o Presidente Brigham Young (1801–1877) disse ser importante “estudar
(...) o mal e suas consequências” (Discourses of Brigham Young, sel.
John A. Widtsoe, 1941, p. 257). Sendo Satanás o autor de todo o mal no mundo, é
essencial, portanto, dar-nos conta de que ele é a influência por trás da
oposição à obra de Deus. Alma declarou esse ponto sucintamente: 'Tudo que é bom
vem de Deus e tudo que é mau vem do diabo' (Alma 5:40)" ("As Forças
que nos Salvarão", A Liahona, Janeiro de 2007, pg. 3).
Não
podemos ignorar os ardis do inimigo (II Coríntios 2:10-11), mas isso não
significa ser complacente com a iniquidade.
O
Senhor disse que se nossos "olhos estiverem fitos em minha glória, todo o
vosso corpo se encherá de luz e em vós não haverá trevas; e o corpo que é cheio
de luz compreende todas as coisas." (D&C 88:67). E em mais de uma
ocasião Ele ensinou que "luz brilha nas trevas e as trevas não a
compreendem" (D&C 6:21, 45:7, 88:46). Perceba que as trevas não podem
compreender a luz, mas a luz entende a extensão, profundidade e densidade das
trevas. Isso é ilustrado no Livro de Mórmon na ocasião em que Néfi foi descrito
como um homem que sabia "tão bem das coisas que nos acontecerão quanto de
nossas iniquidades". Néfi não era iníquo, não tinha sido iníquo - ele,
contudo, sabia perfeitamente sobre o estado corrupto em que se encontravam seus
irmãos. Eles estavam em trevas. Néfi conhecia essa trevas tão bem quanto sabia
a respeito do futuro, pois tinha o poder de profetizar (Helamã 8:8).
O
que quero dizer iniciantemente, portanto, é que não precisamos ser curiosos com
as obras das trevas. Creio que assistir filmes, promover debates e ler livros sobre exorcismo, bruxaria, satanismo, etc. nos afastam de Deus e do conhecimento da divindade. Se nos empenharmos em estudar as trevas, sendo muito
otimista, conheceremos apenas as mesmas. Se nos empenharmos em buscar a luz,
entretanto, adquiriremos todo o conhecimento. E não levará muito tempo, após
termos iniciar a jornada para a Suprema Luz, para percebermos que nenhum
beneficio pode verdadeiramente vir da escuridão espiritual.
Falemos
agora algo sobre o poder do mal e a extensão das trevas, conforme ensinado nas
escrituras e nas palavras dos profetas modernos. Tal assunto é exposto tão
somente para advertir quanto aos ardis do diabo, que procura "tornar todos
os homens tão miseráveis quanto ele próprio" (2 Néfi 2:27).
O poder de Deus e o poder do diabo
Lemos
nas escrituras que Satanás era chamado de Lúcifer, a estrela da manhã (Isaías
14:12). Esse título sagrado foi usado como um dos nomes do Senhor Jesus Cristo
(Apocalipse 22:16). Estrela da manhã sem dúvida refere-se a uma posição de
autoridade, liderança e poder. Sabemos que o sacerdócio, que é o poder de Deus,
foi conferido na pré-mortalidade a Seus filhos (Alma 13:2-9). Sabemos que Lúcifer
possuía o sacerdócio, e ainda o desfruta (Lucas 10:19, II Tessalonicenses 2:9,
Alma 12:17). Evidentemente não é o sacerdócio de Deus, o qual se opera somente pelos princípios da retidão (D&C
121:36-37).
Nesse
ponto é instrutivo lembrar que "p poder do diabo é limitado, o poder de
Deus é infinito" ("O poder do mal", Discursos de Brigham Young, pg. 69). O diabo tem apenas o poder,
como ensinou o Presidente Brigham Young, para queimar, destruir, enquanto Deus
tem o poder para organizar, construir e salvar "O poder do mal", Discursos de Brigham Young, pg. 70).
Meu
pai me contou certa vez o que ouviu em um discurso. Ele me disse: o poder de
Deus não pode ser medido, todavia, como ilustração, imagine todos os exércitos
da Terra reunidos - todos os seus armamentos e até bombas nucleares - imagine
toda essa força bélica - esse seria o poder de Deus. Agora, pense em soldadinhos
de chumbo de um menino de 10 anos - esse é o poder do diabo. O poder do diabo é
ínfimo perto do de Deus.
Apesar
do poder do diabo ser pequeno comparado ao de Deus, ele, Satanás e seus
seguidores, tem feito muito estrago à alma dos homens.
O poder do diabo da Vida pré-mortal
Antes de nascermos Lúcifer se
rebelou contra o Plano de Deus e Cristo.
O plano de Deus preceituava que todos os filhos de Deus teriam a
oportunidade de serem exaltados – ou seja, de receberem as vidas eternas (GEE
"Vida Eterna"). Não obstante, alguns poderiam se perder e não
alcançar a meta do destino eterno. Devido as exigências da Justiça os
desobedientes, no final da provação, teriam que sofrer. Mesmo o amor de Deus
não poderia roubar a justiça (Alma 42:25).
Aparentemente Lúcifer se apercebeu que alguns de seus
irmãos perderiam o privilégio de serem exaltados. O Plano que o próprio Pai
Celestial tinha vivido e agora estava apresentando a seus filhos, representava
uma taxa de risco - justamente por causa do dom do arbítrio. Lúcifer chegou à
conclusão de que havia um caminho melhor. Ele pensou em privar todos os seus
irmãos da liberdade de escolha que já tinham e obrigá-los a tomar decisões
certas. Essas decisões corretas fariam com que a Divina Justiça recompensasse
todos com a salvação. Todavia Lúcifer não
considerou ou não se importou que se privados do arbítrio fossemos nunca poderíamos
crescer realmente. Sem oposição não apenas as escolhas deixariam de existir,
mas também, logicamente, suas consequências. A vida eterna estaria inalcançável
e desfrutaríamos de uma salvação limitada.Leí ensinou que sem o arbítrio “não
haveria retidão, nem iniquidade, nem santidade, nem miséria, nem bem, nem mal”
e que “se fossem um só corpo, deveriam permanecer como mortas, não tendo vida
nem morte, nem corrupção nem incorrupção, nem felicidade nem miséria, nem
sensibilidade nem insensibilidade” (2 Néfi 2:11). Ele também ensinou: “E se
disserdes que não há lei, direis também que não há pecado. E se disserdes que
não há pecado, direis também que não há retidão. E não havendo retidão não há
felicidade. E não havendo retidão nem felicidade não haverá castigo nem
miséria” (2 Néfi 2:13).
Lúcifer achou que seu Plano era melhor do que o do Pai.
Por isso não seria razoável que tendo um plano melhor que o do Pai estivesse no
lugar Dele? Foi isso o que desejou. “Aquele Satanás (...) é o mesmo que existiu
desde o princípio [como Lúcifer]; e ele apresentou-se perante mim, dizendo:
Eis-me aqui, envia-me; serei teu filho e redimirei a humanidade toda, de modo
que nenhuma alma se perca; e sem dúvida eu o farei; portanto dá-me a tua honra”
(Moisés 4:1).
O profeta Joseph Smith ensinou: “A guerra no céu foi
assim: Jesus disse que haveria certas almas que não seriam salvas; e o diabo
disse que salvaria todas elas e apresentou seus planos ao grande conselho, que deu seu voto a favor de Jesus Cristo.
Então o diabo se rebelou contra Deus e foi expulso, juntamente com todos que se
uniram a ele.”
Lúcifer tinha grande conhecimento e autoridade entre os
filhos de Deus (D&C 76:25). Possivelmente ele se equiparava a outros nobres
espíritos como Miguel e Joseph Smith. Mas Jeová era maior que todos (Abraão
3:19).
Em dado momento na vida pré-mortal o Pai Celestial reuniu
todos os seus filhos. Aquele grande conselho não era para deliberar sobre o
Plano. O plano já existia – o próprio Pai Celestial já o havia experimentado
literal e pessoalmente[1].
E nós já o havíamos examinado e estudado muito. Aquele grande conselho era para
decidir uma parte especifica e vital do Plano: quem seria o Redentor.
Como nosso Pai não queria que nenhum de seus filhos de
perdesse, mas jamais os privaria do arbítrio (como Lúcifer idealizara), sabia
que sem um poder redentor as falhas e pecados não poderiam ser corrigidos e
apagados - e consequentemente não haveria exaltação. E nos conhecendo muito bem,
o Pai sabia que a vida mortal seria uma época difícil onde muitos pecados
poderiam ser cometidos.
O Pai perguntou: quem
enviarei para ser o Salvador? O Senhor Jeová apresentou-se. Ele era o nosso
irmão mais velho e o respeitávamos e o honrávamos como nosso líder. Ele se
propôs a vir a Terra e ser nosso Salvador. Ele sofreria a penalidade por todos
os pecados dos filhos de Deus e concederia um meio da validar o arrependimento
sincero. Ele seria o Unigênito do Pai.
Um segundo manifestou-se. Não para cumprir o plano do Pai,
mas para alterá-lo negativamente:
tirando-nos dons e destronando o Pai!
“E o Senhor disse: Quem enviarei? E um semelhante ao
Filho do Homem respondeu: Eis-me aqui, envia-me. E outro respondeu e disse:
Eis-me aqui, envia-me. E o Senhor disse: Enviarei o primeiro. E o segundo
irou-se e não guardou seu primeiro estado; e, naquele dia, muitos o seguiram”
(Abraão 3:27-28).
Nossa escolha naquele grande conselho foi a de ficar ao
lado do Salvador. Lúcifer tornou-se Satanás. Um terço dos filhos de Deus que
viriam a esta Terra (em que nós vivemos) decidiram segui-lo. Eles foram
privados da dádiva de um corpo e de um teste que os qualificaria para exaltação.
O Élder Robert D. Hales, do Doze, ensinou: “Por causa da
rebelião de Lúcifer, houve uma grande batalha espiritual. Cada um dos filhos do
Pai Celestial teve a oportunidade de exercer o arbítrio que Ele lhes dera.
Decidimos ter fé no Salvador Jesus Cristo — achegarmos a Ele, segui-Lo e
aceitar o plano que o Pai Celestial apresentou para nosso bem. Mas um terço dos
filhos do Pai Celestial não teve fé para seguir o Salvador e decidiu, em vez
disso, seguir Lúcifer, ou Satanás (D&C 29:36) E Deus disse: “Portanto, por
ter Satanás se rebelado contra mim e procurado destruir o arbítrio do homem, o
qual eu, o Senhor Deus, lhe dera (…), fiz com que ele fosse expulso” (Moisés
4:3). Aqueles que seguiram Satanás perderam a oportunidade de receber um corpo
mortal, de viver na Terra e de progredir. Pelo modo como usaram seu arbítrio,
perderam esse mesmo arbítrio. Hoje, o que Satanás e seus seguidores podem fazer
é tentar-nos e provar-nos. Sua única alegria é a de tornar-nos “tão miseráveis
como [eles próprios]” (2 Néfi 2:27, 9:9) Sua única felicidade acontece quando
somos desobedientes aos mandamentos” (“Arbítrio: essencial ao Plano de Vida”, A Liahona, novembro de 2010, pg. 24).
A rebelião de Lúcifer causou uma divergência entre os
filhos do Pai. Miguel, o arcanjo,líder nas eternidades, tomou a frente dos que
ficaram ao lado de Jeová. Lúcifer e um terço dos filhos de Deus estavam
determinados a lutar contra Jeová. “Então houve guerra no céu: Miguel e os seus
anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana
todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com
ele” (Apocalipse 12:7-9). Esse “grande dragão vermelho” que com “a sua cauda
[levou] após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra”
(Apocalipse 12:3-4) foi vencido “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu
testemunho” dos que ficaram do lado de Miguel (Apocalipse 12:11)
Alguns deduzem que a guerra dos céus foi uma guerra de ideias
– de palavras. Imaginam estes que Lúcifer e seus seguidores tentaram persuadir
com a eloquência os filhos de Deus. Embora a sutileza e lábia do diabo seja uma
de suas características mais pungentes, não entendo que a guerra consistiu apenas
em discussões. Nem consigo adequar tal interpretação as escrituras e
experiências que tive. O diabo lutou nos
céus como o faz aqui. É claro que suas armas não consistiam em espadas e
lanças. E é bem verdade que a língua do demônio é sua maior ferramenta. Miguel
e os santos de Deus expulsaram o demônio e suas hostes com toda fé que tinham, todo poder, sacerdócio, retidão, luz e verdade.
O poder do testemunho não os levou a passivamente declarar de que lado estavam.
Mas a agir segundo sentiam e sabiam.
Não houve inertes na guerra. Todos tiveram que tomar uma
posição. Alguns ficaram do lado de Cristo com total devoção, outros mostraram-se
menos fervorosos e outros ainda somente seguiram Cristo por não querem seguir o
diabo. Diferentes graus de retidão foram demonstrados naquela situação critica.
Todavia, as opiniões diversas não alteraram os resultados da batalha: Cristo
venceu! A guerra, porém, não cessou. Ela continua no Segundo Estado, como lemos
em Apocalipse 12:17.
“E eles [Lúcifer e seus seguidores] foram lançados abaixo
e assim surgiram o diabo e seus anjos; E eis que há um local preparado para eles
desde o princípio e esse local é o inferno. E é necessário que o diabo tente os filhos dos homens, ou eles não
poderiam ser seus próprios árbitros; porque, se nunca tivessem o amargo, não
poderiam conhecer o doce.” (D&C 29:37-39)
O Senhor permitiu que o diabo tentasse os seus filhos
como parte da provação mortal. Mas se o
diabo não se tornasse um diabo ainda haveria uma provação[2].
Como, porém, ele pecou e foi expulso, o Senhor permite que ele tente os filhos
dos homens. Todavia, Deus estabeleceu limites para que ele, o demônio, não
tente os homens acima do que podem suportar (I Coríntios 10:13).
Do mesmo modo como vencemos o diabo antes de nascermos
devemos vencê-lo aqui na Terra.
Como consequência da maldade do Diabo, ele e seus
seguidores nunca poderão nascer e ter um corpo. Eles estão condenados. A
plenitude de seu castigo, entretanto, será cumprida no devido tempo do Senhor.
Por ora eles estão soltos tentando os homens.
(continua)
[1] O Pai Celestial já foi um homem como nós e
nós podemos ser como Ele. O Presidente Lorenzo Snow escreveu sobre “uma
circunstância que ocorreu um pouco [antes de uma missão na Inglaterra em
1840]—algo que se fixou em minha memória para nunca mais apagar-se, por ter
sido uma manifestação extraordinária. Naquela ocasião, eu estava na casa do
Élder H. G. Sherwood; ele estava tentando explicar a parábola de nosso Salvador
sobre o homem que contratava servos e os enviava em horas diferentes do dia
para trabalhar em sua vinha. Ao ouvir atentamente a explicação dele, o Espírito
do Senhor repousou sobre mim com grande poder – os olhos de meu entendimento
abriram-se, e enxerguei claro como o meio-dia, com admiração e espanto, o
caminho de Deus e do homem. Criei o seguinte verso com a revelação que me fora
mostrada. (…) Como o homem é hoje, Deus
já foi: Como Deus é hoje, o homem pode ser. Senti que se tratava de uma
comunicação sagrada.” (Eliza R. Snow, Biographyand Family Record of Lorenzo
Snow [1884], p. 46).
[2] O
arbítrio não depende da existência do diabo. De fato é isso que ensinam as
escrituras. Havia oposição no céu, mesmo sem um diabo. Decidíamos aprender ou
não;escolhíamos servir ou não, resolvíamos obedecer ou não. Havia alternativas,
havia escolhas a serem feitas. E as distintas opções eram atrativas, ambas
resultavam em diferentes consequências e era impossível escolher as duas
simultaneamente. Foi por isso que alguns cresceram mais do que outros. Como
exemplo, 2 Néfi 2:15, ensina que “para conseguir seus eternos propósitos com
relação ao homem” depois que Deus criara Adão e Eva, “era necessária uma
oposição” – mas essa oposição já existia porque “o fruto proibido [estava] em
oposição à árvore da vida”. Satanás quis destruir o plano de Deus e interferiu
no Éden; mas, em vez de frustrar o Plano, acabou adiantando o processo de levar
o homem à mortalidade. Se ele, o diabo, não aparecesse e desse o fruto a Adão e
Eva, o Plano de Deus seguiria e num dado momento nossos primeiros pais,
exerceriam o arbítrio e comeriam do fruto - pois tudo fora feito "segundo
a sabedoria daquele que tudo conhece" (2 Néfi 2:24). Deus não depende do diabo para provar e exaltar seus filhos.
4 comentários:
Olá Lucas,
Ótimo post, parabéns !
Hoje em meu estudo pessoal em Alma 37, percebi algumas coisas que não havia notado antes, que se encontram nos versículos 25 a 31, quando Alma ensina seu filho sobre os segredos e obras das trevas... No versículo 26 vemos que todas estas obras secretas foram reveladas ao profeta.
Agora, lendo seu post, ficou mais claro pra mim, que realmente não precisamos nos interessar pelas obras das trevas, pois ao buscarmos a luz da verdade
Seremos capazes de compreender todas as coisas
isso mesmo! Obrigado pela contribuição!
Estou acompanhando melhor teu blog agora. Estou muito animada para ler o resto da "trilogia". Te achei bem conciso e direto. Isso é muito bom, especialmente na plataforma da internet, onde geralmente os leitores não tem muito tempo para despender em textos muito longos. Parabéns, Lucas!
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