Às vezes nos deparamos com um vídeo, livro, blog ou noticia que não só ofende o que a Igreja prega, mas também “prova” que a Igreja se equivocou. Percorrendo a internet não será difícil encontrar objeções à crença mórmon. E também não é raro que a história da Igreja, especialmente a história de Joseph Smith seja atacada. Os argumentos são bem forjados e muitas vezes há indicações históricas dos fatos – que fundamentam as críticas. Qualquer um de nós pode se deparar com tais coisas.
Pessoalmente já me senti desejoso de responder a cada objeção que encontrei de maneira longa e bem fundamentada. E embora tenha capacidade e meios de fazê-lo, logo percebi que tal ato seria tolice – pois fomentaria mais as polemicas e criticas, e serviria, não ao propósito de Deus, mas ao do diabo – que é o pai da discórdia (3 Néfi 11:29). Com isso, não quero dizer que fugirei da luta, ou que não defenderei o que sei ser verdadeiro – mas que responderei como Cristo responderia: às vezes o silencio será suficiente (Lucas 23:9), às vezes uma declaração de fé bastará, às vezes uma escritura será a melhor resposta e às vezes o uso da lógica se adequará.
Ao vermos uma crítica, que parece tão bem fundamentada e plausível, devemos lembrar nosso testemunho. Mas nós temos um testemunho? Sabemos o que sabemos por revelação? Se basearmos nossa crença na arqueologia, nas teorias cientificas ou nas amizades – corremos o risco de trocar a salvação e a felicidade por um prato de lentilhas.
Sugiro que quando um santo dos últimos dias ouvir uma informação ou critica que vai contra os princípios da Igreja, ou é um fato obscuro da história da igreja, busque à primeiramente Deus. O Espírito Santo ensina a verdade de todas as coisas (Morôni 10:5). Ele mostrará o que é certo. Após ter a confirmação celestial renovada é próprio buscar entendimento pelo estudo. A história da Igreja é acessível e disponível. De fato, não há nada do que se envergonhar na história do povo de Deus. Quando um especialista faz uma declaração, e ela vai diretamente contra aos ensinamentos da Igreja, tal especialista esta errado. O tempo mostrará tal fato, como sempre aconteceu. Entretanto, podemos logo reconhecer seu erro se orarmos com fé. O Espírito nos mostrará a verdade. Seremos semelhantes aos ânti-néfi-leítas que não permitiram que as falsas idéias de Corior lhe penetrassem o coração (Alma30:20). Esta percepção rápida é um dom que podemos pedir.
Ademais, meu testemunho é esse: sei que Deus vive. Sei que Jesus Cristo é meu Salvador, ele vive. Eles realmente apareceram ao profeta Joseph Smith. Sei disso por mim mesmo. Que o inferno urre de raiva, e que os seus servos me abominem, não me importo. Não mentirei sobre o que sei. Não negarei o que trás alegria eterna. Respondo aos inimigos e críticos: ai de vós iníquos! Porque perverteis o caminho do Senhor? Arrependei-vos, arrepende-vos! Logo chegará o dia em que vereis que eu não minto e que Deus sabe que vós mentis – e naquele dia não podereis arrepender-vos – e sereis condenados. Lembrai-vos, lembrai-vos disso.
Todos os que possuem um testemunho levantem-se e prestem-no. Esse é o poder que derrubou Satanás dos céus, e esse é o poder que o destruirá. Graças ao Salvador isso se sucederá.
18 de ago. de 2010
17 de ago. de 2010
Só os iníquos sofrem?
Algumas pessoas pensam que somente os iníquos sofrem. Segundo esse pensamento, quando alguma provação vem sobre nós é um castigo de Deus por causa de nossas faltas, nossa conduta iníqua e nossos pensamentos pecaminosos. Pensando assim concluiremos que as catástrofes naturais atingem os povos quando estão “amadurecidos em iniqüidade”. E que uma pessoa que sofre uma doença terminal sofre por ter sido muito ruim. De fato, dizemos em nosso coração: “O homem trouxe sobre si sua miséria; portanto, deterei minha mão e não lhe darei do meu sustento nem repartirei com ele meus bens, a fim de que ele não padeça, porque seus castigos são justos.” (Mosias 4:17). Tal pensamento por certo não vêm de Deus. Jó é um exemplo perfeito para entendermos que a maior parte das provações não são um castigo de Deus. Deus mesmo disse, através do poeta que registro o livro de Jó: “Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal? Ele ainda retém a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.” (Jó 2:3). Se todos sofressem de acordo com suas iniqüidades o Salvador Jesus Cristo nunca teria sofrido uma tentação, nunca teria passado por uma privação, nunca teria soado uma única gota de sangue e jamais teria ido à cruz.
“Digo, porém, ó homem, que quem faz isto [e pensa desta maneira] tem grande necessidade de arrepender-se; e, a menos que se arrependa do que fez [e do que pensa], perece para sempre e não tem lugar no reino de Deus.” (Mosias 4:18) Não vamos pensar assim e nem agir assim. É verdade que algumas vezes Deus nos castiga por causa de nossas iniqüidades. Ele o faz porque nos ama (D&C 95:1, Apocalipse 3:19) – tal como um pai castiga seus filhos para aprenderem o que lhes trará felicidade. Todavia, lembro muito bem do que disse o presidente Hinckley, quando um terrível maremoto ceifou milhares de vidas na Ásia: “quero deixar bem claro que isso não foi um castigo!” Assim como o sol nasce para bons e maus, a noite também desce sobre bons e maus. Todos sofremos – isto faz parte da vida mortal. Aqueles que embarcam no serviço de Deus parecem ter uma quota especial de sofrimentos: “Porque isto é agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, suporte tristezas, padecendo injustamente. Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus.
Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas. Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano; sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:19-24)
Sem passar alguns instantes no Getsêmani não podemos ser santificados – e se não formos santificados não podemos adentrar o reino que Cristo esta, que é o Reino Celestial. O grande teste da vida é passarmos bem por todas as adversidades que por certo teremos. Antes de nascer ficou claro que seriamos provados. Este, na verdade, era o propósito da vida: sermos testados, passarmos neste teste, e merecermos a vida eterna (Abraão 3:25-26).
As provações são uma evidencia do amor de nosso Pai Celestial. Elas podem ser de dois tipos: uma adversidade ou um castigo. A adversidade sobrevirá a todos independente de sua retidão. O castigo nos vem por nossos pecados. Há ainda as tentações e tribulações que nos fazem passar os iníquos – especialmente Satanás. O mau uso do arbítrio de outros gera conseqüências adversas a nós. Todavia, devido a expiação podemos e vamos vencer todas as provações. Não há dor, não há desgraça, não há prova, não há tribulação, não há morte – não há nada que não possa ser sobrepujado e vencido. Parece que era isso que Paulo tinha em mente ao escrever: “quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:35-39)
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (II Coríntios 4:8-9)
Sei, por experiência própria, que as adversidades são para nosso bem – e que todas elas nos levam para mais próximo de Deus, se permitimos que assim ocorra. Alguns não permitem que a adversidade os santifique, mas endurecem o coração e se voltam contra Deus. Todavia, podemos permitir que nossas aflições sejam bênçãos disfarçadas!
“Digo, porém, ó homem, que quem faz isto [e pensa desta maneira] tem grande necessidade de arrepender-se; e, a menos que se arrependa do que fez [e do que pensa], perece para sempre e não tem lugar no reino de Deus.” (Mosias 4:18) Não vamos pensar assim e nem agir assim. É verdade que algumas vezes Deus nos castiga por causa de nossas iniqüidades. Ele o faz porque nos ama (D&C 95:1, Apocalipse 3:19) – tal como um pai castiga seus filhos para aprenderem o que lhes trará felicidade. Todavia, lembro muito bem do que disse o presidente Hinckley, quando um terrível maremoto ceifou milhares de vidas na Ásia: “quero deixar bem claro que isso não foi um castigo!” Assim como o sol nasce para bons e maus, a noite também desce sobre bons e maus. Todos sofremos – isto faz parte da vida mortal. Aqueles que embarcam no serviço de Deus parecem ter uma quota especial de sofrimentos: “Porque isto é agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, suporte tristezas, padecendo injustamente. Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus.
Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas. Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano; sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:19-24)
Sem passar alguns instantes no Getsêmani não podemos ser santificados – e se não formos santificados não podemos adentrar o reino que Cristo esta, que é o Reino Celestial. O grande teste da vida é passarmos bem por todas as adversidades que por certo teremos. Antes de nascer ficou claro que seriamos provados. Este, na verdade, era o propósito da vida: sermos testados, passarmos neste teste, e merecermos a vida eterna (Abraão 3:25-26).
As provações são uma evidencia do amor de nosso Pai Celestial. Elas podem ser de dois tipos: uma adversidade ou um castigo. A adversidade sobrevirá a todos independente de sua retidão. O castigo nos vem por nossos pecados. Há ainda as tentações e tribulações que nos fazem passar os iníquos – especialmente Satanás. O mau uso do arbítrio de outros gera conseqüências adversas a nós. Todavia, devido a expiação podemos e vamos vencer todas as provações. Não há dor, não há desgraça, não há prova, não há tribulação, não há morte – não há nada que não possa ser sobrepujado e vencido. Parece que era isso que Paulo tinha em mente ao escrever: “quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:35-39)
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (II Coríntios 4:8-9)
Sei, por experiência própria, que as adversidades são para nosso bem – e que todas elas nos levam para mais próximo de Deus, se permitimos que assim ocorra. Alguns não permitem que a adversidade os santifique, mas endurecem o coração e se voltam contra Deus. Todavia, podemos permitir que nossas aflições sejam bênçãos disfarçadas!
6 de ago. de 2010
Cultura da Igreja e Doutrina do Evangelho
A cultura da Igreja nem sempre é o mesmo que a doutrina do evangelho. Na cultura da Igreja alguns hábitos, práticas e modas acabam por perdurar sem que a doutrina do evangelho indique tais costumes. Isso pode conduzir ao erro e a apostasia.
Por exemplo, a doutrina diz que aqueles que não se casarem não poderão herdar o Reino Celestial. As exceções a essa regra são as criancinhas que morrem antes de atingirem a idade da responsabilidade e as mulheres fieis que permaneceram solteiras na mortalidade por não ter oportunidade de casamento no Templo com alguém digno. É claro que há exceções também ao missionário que morre no campo, ou ao soldado que morre na guerra sem ser casado. Todas as oportunidades que nos forem negadas ser-nos-ão ofertadas no mundo vindouro se formos fiéis. Essa é a doutrina. Na cultura da Igreja, em alguns lugares, há a idéia equivocada que se um missionário retornado não se casar dentro de seis meses ou um ano será “um perigo para sociedade”. Na cultura da Igreja alguns dirão que tal homem vai “tocar na banda de Morôni!” ou em outras palavras não irá ter exaltação, podendo apenas ser designado como um mensageiro ao ser salvo. Isso não faz parte da doutrina. Tal idéia pode certamente ofender pessoas que não tem oportunidades para cumprir o mandamento de casar-se.
Na cultura da Igreja verificamos a idéia de que não podemos agir sem receber uma resposta, mas na doutrina não é assim. Na doutrina aprendemos que devemos fazer muitas coisas de nossa livre e espontânea vontade e realizar muita retidão. Em outras palavras devemos nos aconselhar com Deus em todas as coisas – depois fazer algo – e só então, devemos esperar uma resposta ou confirmação. Na cultura da Igreja a resposta vem antes da ação – ou da prova da fé. Na doutrina não.
A cultura da Igreja pode não ser maléfica, mas comumente cria costumes desnecessários baseados em preconceitos ou culturas de outras religiões. Por exemplo, quem já não assistiu uma reunião batismal onde quem dirigia a reunião dissesse: “chamamos as águas do batismo irmão tal”? Pois saibam todos que isso não esta no manual da Igreja e não faz parte da ordenança do batismo. Na realidade é uma outra igreja que faz isso em suas ordenanças (a igreja batista). Assim também não faz parte da doutrina que os diáconos coloquem uma das mãos para trás ao distribuir o sacramento – isso pode fazer parte da cultura, mas não da doutrina.
Nem sempre a cultura e a doutrina são distintas no Reino de Deus. Culturas de povos e nações podem se adequar as doutrinas – acrescentando muito. Todavia, sempre que a cultura da Igreja estiver em oposição à doutrina deve ser excluída. É a doutrina que salva, e não a cultura.
Nem sempre é adequado usar tal distinção, entre cultura e doutrina. Não obstante, a doutrina deve ser mantida pura e limpa. Se alguém ensinar que uma mulher não deve cortar o cabelo – respondemos que “nós não temos tal costume [na] Igreja de Deus” (1 Coríntios 11:16). A doutrina não trata disso. Se alguém ensinar que o ósculo santo é uma ordenança respondemos que isso é um costume – não esta na doutrina (http://lucasmormon.blogspot.com/2010/06/beijo-de-lingua-e-osculo-santo-extremos.html).
Por fim, devemos ser ativos no evangelho e não só na Igreja. Reuniões, atividades, encontros e amizades são oportunidades maravilhosas de aprendermos e progredirmos. Contudo, os hábitos pessoais, idéias, modas, vícios e costumes não devem destruir a doutrina. Se forem contra as doutrinas do evangelho poluirão a pura fonte da verdade.
Sei que se formos ativos no evangelho – estudando as escrituras, seguindo os líderes – cultivaremos uma cultura baseada nas doutrinas de Deus – não modificaremos o que foi, o que é e o que será. Chegaremos a ser um com Deus – tendo a cultura, ou a vida, que Deus tem.
Por exemplo, a doutrina diz que aqueles que não se casarem não poderão herdar o Reino Celestial. As exceções a essa regra são as criancinhas que morrem antes de atingirem a idade da responsabilidade e as mulheres fieis que permaneceram solteiras na mortalidade por não ter oportunidade de casamento no Templo com alguém digno. É claro que há exceções também ao missionário que morre no campo, ou ao soldado que morre na guerra sem ser casado. Todas as oportunidades que nos forem negadas ser-nos-ão ofertadas no mundo vindouro se formos fiéis. Essa é a doutrina. Na cultura da Igreja, em alguns lugares, há a idéia equivocada que se um missionário retornado não se casar dentro de seis meses ou um ano será “um perigo para sociedade”. Na cultura da Igreja alguns dirão que tal homem vai “tocar na banda de Morôni!” ou em outras palavras não irá ter exaltação, podendo apenas ser designado como um mensageiro ao ser salvo. Isso não faz parte da doutrina. Tal idéia pode certamente ofender pessoas que não tem oportunidades para cumprir o mandamento de casar-se.
Na cultura da Igreja verificamos a idéia de que não podemos agir sem receber uma resposta, mas na doutrina não é assim. Na doutrina aprendemos que devemos fazer muitas coisas de nossa livre e espontânea vontade e realizar muita retidão. Em outras palavras devemos nos aconselhar com Deus em todas as coisas – depois fazer algo – e só então, devemos esperar uma resposta ou confirmação. Na cultura da Igreja a resposta vem antes da ação – ou da prova da fé. Na doutrina não.
A cultura da Igreja pode não ser maléfica, mas comumente cria costumes desnecessários baseados em preconceitos ou culturas de outras religiões. Por exemplo, quem já não assistiu uma reunião batismal onde quem dirigia a reunião dissesse: “chamamos as águas do batismo irmão tal”? Pois saibam todos que isso não esta no manual da Igreja e não faz parte da ordenança do batismo. Na realidade é uma outra igreja que faz isso em suas ordenanças (a igreja batista). Assim também não faz parte da doutrina que os diáconos coloquem uma das mãos para trás ao distribuir o sacramento – isso pode fazer parte da cultura, mas não da doutrina.
Nem sempre a cultura e a doutrina são distintas no Reino de Deus. Culturas de povos e nações podem se adequar as doutrinas – acrescentando muito. Todavia, sempre que a cultura da Igreja estiver em oposição à doutrina deve ser excluída. É a doutrina que salva, e não a cultura.
Nem sempre é adequado usar tal distinção, entre cultura e doutrina. Não obstante, a doutrina deve ser mantida pura e limpa. Se alguém ensinar que uma mulher não deve cortar o cabelo – respondemos que “nós não temos tal costume [na] Igreja de Deus” (1 Coríntios 11:16). A doutrina não trata disso. Se alguém ensinar que o ósculo santo é uma ordenança respondemos que isso é um costume – não esta na doutrina (http://lucasmormon.blogspot.com/2010/06/beijo-de-lingua-e-osculo-santo-extremos.html).
Por fim, devemos ser ativos no evangelho e não só na Igreja. Reuniões, atividades, encontros e amizades são oportunidades maravilhosas de aprendermos e progredirmos. Contudo, os hábitos pessoais, idéias, modas, vícios e costumes não devem destruir a doutrina. Se forem contra as doutrinas do evangelho poluirão a pura fonte da verdade.
Sei que se formos ativos no evangelho – estudando as escrituras, seguindo os líderes – cultivaremos uma cultura baseada nas doutrinas de Deus – não modificaremos o que foi, o que é e o que será. Chegaremos a ser um com Deus – tendo a cultura, ou a vida, que Deus tem.
4 de ago. de 2010
Outro Consolador
A seção 88 de Doutrina e Convênios foi chamada por Joseph Smith de uma “folha de oliveira tirada da Árvore do Paraíso” e também de “a mensagem de paz do Senhor para nós”. Essa seção se destina aos santos dos últimos dias e é tão cheia em conteúdo doutrinário e mistérios de Deus que é considerada uma das partes mais ricas das obras-padrão. Seus muitos ensinamentos se analisados formariam um livro. Não é essa minha pretensão, analisar todos os pontos dessa incrível seção. Entretanto desejo aprofundar-me em dois ou três temas mencionados.
Outro Consolador
“Portanto, agora vos envio outro Consolador, sim, a vós, meus amigos, para que habite em vosso coração, sim, o Santo Espírito da promessa; esse outro Consolador é o mesmo que prometi a meus discípulos, como registrado no testemunho de João. Esse Consolador é a promessa de vida eterna que vos faço, sim, a glória do reino celestial; Cuja glória é a da igreja do Primogênito, sim, de Deus, o mais santo de todos, por intermédio de Jesus Cristo, seu Filho” (D&C 88:3-5)
O profeta Joseph Smith aprendeu por revelação que o outro Consolador é o Senhor Jesus Cristo e não o Espírito Santo, como o mundo cristão pensa (GEE ‘Consolador, D&C 130:3).
Se uma pessoa se tornar limpa de mãos e pura de coração (Salmos 24:3-6), for justificada e santificada (Moisés 6:60), se verdadeiramente nascer de Novo – se despojando do homem natural (Mosias 3:19, 5:15), então poderá subir ao monte da Casa do Senhor e ir até o lugar santo – ou Santo dos Santos – e receber a palavra mais segura de profecia (D&C 131:5), tendo a confirmação do chamado e eleição (II Pedro 1:10-11) – sendo selada para vida eterna por alguém que possua autoridade (D&C 105:35-36).
O chamado e eleição é uma ordenança (D&C 84:20-24, João 13:15). E um dos privilégios de quem recebe tal bênção é adentrar na Igreja do Primogênito, que é a igreja dos que vivem no reino celestial (D&C 76:50-55, 93:22; Hebreus 12:22-23). Esse abençoado ser poderá desfrutar da companhia de seres celestiais e receber a ministração do próprio Senhor ressurreto de tempos em tempos (GEE “Consolador”).
Parece que nesta ocasião os irmãos que haviam se reunido obtiveram essa promessa tão almejada e santa (D&C 88:1-3).
Para obter tal bênção um homem precisa viver a lei do reino celestial (D&C 88:22). Essa lei é o evangelho de Jesus Cristo. O ponto central do evangelho é a Expiação do Salvador. Por meio da expiação os dons da fé, do arrependimento, do batismo, do Espírito Santo e da perseverança são validados para nós. Para que uma pessoa entre no reino celestial deve viver toda lei: deve ter fé em Cristo, se arrepender de todos os seus pecados, ser batizada, receber o dom do Espírito Santo, perseverar até o fim – o que significa receber o sacerdócio (as mulheres não precisam), ser investido de um poder do alto no Templo, ser selado com o conjugue para eternidade e receber a palavra mais segura de profecia, o chamado e eleição tem que ser ratificado pelo Santo Espírito da Promessa – e depois disso deve-se perseverar até que Deus diga “esta bem” (Mateus 25:21).
Sei que Deus esta ansioso para revelar sua face e tornar-se nosso Consolador Pessoal (D&C 93:1). Todavia, ele é cauteloso, paciente e sábio (3 Néfi 17:2). Se não estivermos preparados o grande conhecimento revelado de modo prematuro levaria a queda e apostasia (como os judeus, Jacó 4:14), e não a santificação e exaltação. Os que pecam contra tão grande luz tornam-se filhos da perdição (D&C 76:35).
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