4 de ago. de 2010

Outro Consolador


A seção 88 de Doutrina e Convênios foi chamada por Joseph Smith de uma “folha de oliveira tirada da Árvore do Paraíso” e também de “a mensagem de paz do Senhor para nós”. Essa seção se destina aos santos dos últimos dias e é tão cheia em conteúdo doutrinário e mistérios de Deus que é considerada uma das partes mais ricas das obras-padrão. Seus muitos ensinamentos se analisados formariam um livro. Não é essa minha pretensão, analisar todos os pontos dessa incrível seção. Entretanto desejo aprofundar-me em dois ou três temas mencionados.


Outro Consolador
“Portanto, agora vos envio outro Consolador, sim, a vós, meus amigos, para que habite em vosso coração, sim, o Santo Espírito da promessa; esse outro Consolador é o mesmo que prometi a meus discípulos, como registrado no testemunho de João. Esse Consolador é a promessa de vida eterna que vos faço, sim, a glória do reino celestial; Cuja glória é a da igreja do Primogênito, sim, de Deus, o mais santo de todos, por intermédio de Jesus Cristo, seu Filho” (D&C 88:3-5)
O profeta Joseph Smith aprendeu por revelação que o outro Consolador é o Senhor Jesus Cristo e não o Espírito Santo, como o mundo cristão pensa (GEE ‘Consolador, D&C 130:3).
Se uma pessoa se tornar limpa de mãos e pura de coração (Salmos 24:3-6), for justificada e santificada (Moisés 6:60), se verdadeiramente nascer de Novo – se despojando do homem natural (Mosias 3:19, 5:15), então poderá subir ao monte da Casa do Senhor e ir até o lugar santo – ou Santo dos Santos – e receber a palavra mais segura de profecia (D&C 131:5), tendo a confirmação do chamado e eleição (II Pedro 1:10-11) – sendo selada para vida eterna por alguém que possua autoridade (D&C 105:35-36).
O chamado e eleição é uma ordenança (D&C 84:20-24, João 13:15). E um dos privilégios de quem recebe tal bênção é adentrar na Igreja do Primogênito, que é a igreja dos que vivem no reino celestial (D&C 76:50-55, 93:22; Hebreus 12:22-23). Esse abençoado ser poderá desfrutar da companhia de seres celestiais e receber a ministração do próprio Senhor ressurreto de tempos em tempos (GEE “Consolador”).
Parece que nesta ocasião os irmãos que haviam se reunido obtiveram essa promessa tão almejada e santa (D&C 88:1-3).
Para obter tal bênção um homem precisa viver a lei do reino celestial (D&C 88:22). Essa lei é o evangelho de Jesus Cristo. O ponto central do evangelho é a Expiação do Salvador. Por meio da expiação os dons da fé, do arrependimento, do batismo, do Espírito Santo e da perseverança são validados para nós. Para que uma pessoa entre no reino celestial deve viver toda lei: deve ter fé em Cristo, se arrepender de todos os seus pecados, ser batizada, receber o dom do Espírito Santo, perseverar até o fim – o que significa receber o sacerdócio (as mulheres não precisam), ser investido de um poder do alto no Templo, ser selado com o conjugue para eternidade e receber a palavra mais segura de profecia, o chamado e eleição tem que ser ratificado pelo Santo Espírito da Promessa – e depois disso deve-se perseverar até que Deus diga “esta bem” (Mateus 25:21).
Sei que Deus esta ansioso para revelar sua face e tornar-se nosso Consolador Pessoal (D&C 93:1). Todavia, ele é cauteloso, paciente e sábio (3 Néfi 17:2). Se não estivermos preparados o grande conhecimento revelado de modo prematuro levaria a queda e apostasia (como os judeus, Jacó 4:14), e não a santificação e exaltação. Os que pecam contra tão grande luz tornam-se filhos da perdição (D&C 76:35).

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