15 de jan. de 2011

Porque nós não apostamos na loteria?

Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são desaconselhados a apostar na loteria. O Manual de Instruções da Igreja diz:
“A Igreja opõe-se a qualquer tipo de jogo de azar, inclusive as loterias promovidas pelo governo. Os membros são exortados a unir esforços com outras pessoas que tenham o mesmo ponto de vista para oporem-se à legalização e apoio do governo a qualquer tipo de jogo de azar.” (“Jogos de Azar”, Seleção de normas da Igreja, Manual de Instruções da Igreja, Volume 2, pg. 323).
Em 1925, o Presidente Heber J. Grant e seus conselheiros na Primeira Presidência emitiram a seguinte declaração em relação aos jogos de azar: “A Igreja sempre foi e ainda é inalteravelmente contrária a toda e qualquer forma de jogo de azar. Ela opõe-se a qualquer jogo, atividade ou negócio que tire dinheiro de uma pessoa sem lhe oferecer nada em troca. Opõe-se a todas as práticas cuja tendência seja incentivar o espírito de especulação imprudente e particularmente àquilo que tende a degradar ou enfraquecer os altos padrões morais que os membros da Igreja e nossa comunidade como um todo sempre valorizaram”. (Citado em “Gambling”, Improvement Era, setembro de 1926, p. 1.100.)

O presidente Gordon B. Hinckley disse: “Tenho tempo para falar a respeito de mais um assunto. Por que a Igreja se envolve em questões morais que estão na pauta de discussão das legislaturas e entre o eleitorado? Acrescento logo no início que nos envolvemos somente em questões legislativas que sejam estritamente morais ou que afetem diretamente o bem-estar da Igreja. Opomo-nos aos jogos de azar e às bebidas alcoólicas e continuaremos a fazê-lo. A nosso ver, temos não somente o direito, mas o dever de opor resistência às forças que consideramos prejudiciais à sociedade” (A Liahona, janeiro de 2000, p. 68).
O que pode haver de tão mal em apostar seu próprio dinheiro em um jogo? Bem, primeiro devemos entender que o nosso “próprio” dinheiro ou bens não são verdadeiramente nossos. Embora para maioria de nós as posses materiais vieram depois de muito trabalho diligente, mesmo “pelo suor do rosto” – ainda assim “o pão nosso de cada dia” é uma dádiva divina. Jó possuía muitos bens, propriedades e riquezas, mas na história dele aprendemos que em um instante um homem rico pode se tornar pobre (Jó 1). Todos nos depararemos com essa verdade um dia: quando morrermos não levaremos um único bem material conosco.
Segundo, devemos entender a natureza maligna dos jogos de azar. Alistei algumas das razões por que os jogos são essencialmente maus:

1. Os jogos fazem as pessoas trocarem dinheiro e bens por nada.

2. Os jogos de azar têm como objetivo aparente conceder muito dinheiro sem que o jogador tenha feito esforço próprio para obtê-lo – o que é contra o princípio eterno de plantar para colher. Se a obtenção de posses tornar-se muito fácil, sem (1) um esforço consciente, (2) estudo diligente e (3) trabalho árduo – se prosperarmos na Terra sem merecermos prosperar – então a bênção se torna em maldição, porque muitas das mais preciosas lições da mortalidade são privadas e as bênçãos mais sublimes do trabalho são impedidas – passamos a confiar no braço da carne e tornarmo-nos orgulhosos.

3. Os jogos têm um efeito semelhante ao álcool e ao cigarro: eles viciam!

4. Os jogos, além de causarem dependência para o praticante, afetam a vida de terceiros – o viciado é capaz de endividar-se, prejudicar o conjugue, os filhos e amigos para satisfazer seus impulsos de jogar mais uma vez e eliminar dívidas.

5. Deus ordenou pela boca de seus profetas que não participássemos de jogos de azar: “Os jogos de azar são uma forma de pecado” (Ver “Presidente Heber J. Grant”, Guia de Estudo do Aluno, Manual do Seminário de Doutrina e Convênios, pp. 193–194 parágrafo 12). Além disso, os princípios sobre isso são encontrados nas escrituras: devemos trabalhar para obter nosso sustento (Gênesis 3:19), não devemos ser desonestos (Deuteronômio 5:20), devemos semear para colher e não colher sem semear (Gálatas 6:7-9), recebemos uma bênção obedecendo a lei na qual ela se baseia (D&C 130:20-21), uma bênção dada sem que sejamos preparados para recebê-la torna-se me maldição (Jacó 4:14, e Alma 29:4-5).

Um atalho para prosperidade material pode parecer uma oportunidade ímpar para uma vida feliz e bem-sucedida, mas se esse atalho for através de jogos de azar, o dinheiro é sujo e não trará felicidade real – a satisfação e o prazer durarão apenas um momento e o riso do grande e espaçoso edifício (que pode ser uma lotérica para alguns!) logo dará vazão ao pranto, choro e ranger de dentes.
Fiquemos longe, mesmo da tentação de apostar. Não queremos saber quanto a Mega-Sena acumulou, nem vamos gastar um centavo numa cartela que fará com que o que ganhemos com tanto esforço se torne em nada. E com certeza nunca apostaremos em jogos ilegais para não atrairmos a ira de um Deus justo, que não se deixa escarnecer.

13 de jan. de 2011

Hipocrisia

A hipocrisia sempre foi um dos piores pecados do povo do Senhor. O Salvador condenou veemente aqueles que aparentavam ser retos, mas eram, na verdade, iníquos. Eles os chamou de “sepulcros caiados” – que eram sepulcros belos e vislumbrastes por fora, mas por dentro continham a morte e a podridão (Mateus 23:27-28).

O Presidente James E. Faust, que foi membro da primeira Presidência ensinou: "Os hipócritas são aqueles que externamente usam máscaras com aparência de bondade, mas na verdade praticam o mal e a mentira. (...) A verdade sobre quem somos e o que fazemos acabará por evidenciar-se. O Senhor fez-nos a seguinte advertência, muito séria: “Porque suas iniqüidades serão proclamadas em cima dos telhados e seus feitos secretos serão revelados” (D&C 1:3). (“O Inimigo Interior”, A Liahona, pg. 56).
O élder David A. Bednar também ensinou: "A hipocrisia em nossa vida é muito fácil de ser percebida e provoca a maior destruição em nosso próprio lar. E as crianças, em geral, são as mais alertas e sensíveis em reconhecer a hipocrisia.
As declarações de amor em público, quando não há gestos de amor praticados no lar, são hipocrisia e enfraquecem o alicerce de um grande trabalho. Prestar publicamente um testemunho, quando não há fidelidade e obediência em nosso lar é hipocrisia e enfraquece o alicerce de um grande trabalho. O mandamento “não dirás falso testemunho” (Êxodo 20:16) se aplica mais diretamente ao hipócrita que pode existir em cada um de nós. Precisamos ser e tornar-nos mais constantes. “Mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (I Timóteo 4:12). Ao buscarmos a ajuda do Senhor e Sua força, podemos gradualmente reduzir a disparidade entre o que dizemos e o que fazemos, entre o amor que expressamos e nossa constante demonstração dele, e entre prestar testemunho e vivê-lo com firmeza. Podemos tornar-nos mais diligentes e interessados no lar ao sermos mais fiéis em aprender, viver e amar o evangelho restaurado de Jesus Cristo." ("Mais Diligêntes e Interessados em Casa", Conferência Geral, outubro de 2009, http://lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-1118-6,00.html)

11 de jan. de 2011

A Lenda do Deus Branco, por Cieza

Quase todas as tribos do Hemisfério Ocidental preservam tradições orais sobre a antiga aparição do Deus Branco. No atual Peru, por exemplo, há quatro versões muito interessantes a respeito do Deus Branco. Uma delas é a seguinte:

Pedro Cieza de Leon era um simples soldado em 1548, quando foi enviado para combater uma revolta (que se transformou numa guerra civil entre os governadores espanhóis) no Peru. Ficou cerca de dois anos na terra recém-consquistada e pode observar as plantas, costumes dos nativos e a região inexplorada. Felizmente ele manteve um diário de suas considerações desde o inicio de suas viagens. Tais registros o fizeram escrever um livro sobre o Peru. No prefácio desse livro ele escreveu: “As coisas que escrevo aqui são verdadeiras, além de serem importantes e de grande beneficio, pois muitas vezes enquanto outros soldados dormiam, eu escrevia até altas horas da noite, caindo finalmente exausto.”
No quinto capitulo dessa obra importantíssima Cieza registrou a lenda do Deus Branco:
“Antes de os incas governarem ou antes mesmo que se ouvisse falar destes nestes reinos , este índios falam de algo muito maior que todas as outras coisas que eles contam, pois afirmam que passaram por um longo período de tempo sem ver o sol, e, como sofriam tremendamente com a sua ausência, elevaram suplicas e orações aos que reverenciavam como deuses, pedindo que restaurassem a luz que haviam perdido; e desta maneira surgiu ali na ilha de Titicaca, que se encotnra no grande lago Callao, o sol brilhando intensamente, tornando-os muito felizes. E, mais tarde, eles afirmam que dá terra do sol do meio-dia, lhes apareceu um grande homem branco, cujo o aspecto e aparência demonstravam grande autoridade e profundo respeito, esse homem tinha um poder tão supremo que aplainava as montanhas e transformava as planícies em altas colinas, fazendo fluir água dos seixos; e uma vez que reconheceram o seu poder superior, chamaram-no o criador de todas as coisas, o pai do sol, porque dizem que ele fez muitas grandes coisas, pois deu vida aos homens e animais, e de sua mãos receberam notáveis benefícios. De acordo com que os índios me contaram e de acordo com o que ouviram com seus pais e nas canções antigas, este homem dirigiu-se para o norte, realizando vários milagres em sua jornada através das montanhas, e nunca mais eles o viram novamente. Em muitos lugares eles afirmam que ele deu mandamentos aos homens sobre como viver, e que falava do amor e muita humildade, admoestando-os a serem bons e não causarem mal uns aos outros; pelo contrário, deviam amar-se mutuamente e ter caridade. Geralmente o chamam de Ticiviracocha, embora na província de Collao, o chamem de Tuapaca, e em outros locais seja conhecido como Arnauan . Diversos templos foram construídos para ele em diferentes lugares, onde erigiam estatuas de pedra à sua semelhança, antes as quais ofereciam sacrifícios” (El Señorío de los Incas, capítulo cinco; mencionado em “Quatro Versões Peruanas da Lenda do Deus Branco”, A Liahona, Maio de 1984, pg. 38).
O relato de Cieza quando equiparado ao Livro de 3 Néfi produz uma evidência poderosa à veracidade do Livro de Mórmon.
Cieza diz que “antes de os incas governarem ou antes mesmo que se ouvisse falar destes nestes reinos” existia uma civilização que contemplou “algo muito maior que todas as outras coisas”. Um evento entre os leítas é considerado extremante importante: “O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após sua ressurreição” (Introdução do Livro de Mórmon).
O profeta Alma previu a vinda de Cristo e disse: “Pois eis que eu vos digo que muitas coisas estão para vir; e eis que há uma coisa mais importante que todas as outras – pois eis que não está longe o tempo em que o Redentor viverá e estará no meio de seu povo” (Alma 7:7).
Néfi, ancestral de Alma havia tido uma Visão pela qual soube que o Messias visitaria sua descendência nas Américas:
“E aconteceu que vi uma névoa de trevas sobre a face da terra da promissão; e vi relâmpagos e ouvi trovões e terremotos e toda espécie de ruídos tumultuosos; e vi que a terra e as rochas se fenderam; e vi montanhas desmoronando; e vi que as planícies da terra estavam rachadas e vi que muitas cidades afundaram; e vi que muitas foram queimadas pelo fogo e vi muitas que desmoronaram devido a terremotos. E aconteceu que depois de ver essas coisas, notei que o vapor de escuridão desaparecia da face da terra; e eis que vi multidões que não haviam caído por causa dos grandes e terríveis julgamentos do Senhor. E vi os céus abrirem-se e o Cordeiro de Deus descendo do céu; e desceu e mostrou-se a eles” (1 Néfi 12:4-6). O relato de Néfi menciona as descrições de Cieza de que os habitantes da America Antiga “passaram por um longo período de tempo sem ver o sol” e que entre os julgamentos do Senhor fizeram com que eles elevassem “suplicas e orações” aos deuses. Foi quando a escuridão se dissipou e uma poderosa luz raiou – o que fez o povo ficar “muito feliz”.
Então vem a descrição do Senhor Jesus Cristo: “lhes apareceu um grande homem branco, cujo o aspecto e aparência demonstravam grande autoridade e profundo respeito, esse homem tinha um poder tão supremo que aplainava as montanhas e transformava as planícies em altas colinas, fazendo fluir água dos seixos; e uma vez que reconheceram o seu poder superior, chamaram-no o criador de todas as coisas, o pai do sol, porque dizem que ele fez muitas grandes coisas, pois deu vida aos homens e animais, e de sua mãos receberam notáveis benefícios”. Houve uma grande destruição nas Américas antes da aparição do Salvador (3 Néfi 8). Ele, o Deus Branco, destruiu muitas cidades e alterou a topografia, por causa da iniqüidade do povo (3 Néfi 9:1-12). Ele tem todo poder e autoridade, até mesmo sobre a morte (3 Néfi 27). O Livro de Mórmon fala de muitos milagres que Cristo realizou, inclusive um de restauração da vida mortal (3 Néfi 17, 23:9-14).
Verdadeiramente os nefitas receberam “notáveis benefícios” ou nas palavras de Mórmon: “receberam muitos favores e muitas bênçãos foram derramadas sobre sua cabeça, de tal forma que, pouco depois de sua ascensão ao céu, Cristo verdadeiramente se manifestou a eles” (3 Néfi 10:18).
“De acordo com que os índios me contaram e de acordo com o que ouviram com seus pais e nas canções antigas, este homem dirigiu-se para o norte, realizando vários milagres em sua jornada através das montanhas, e nunca mais eles o viram novamente.” O Livro de Mórmon diz que Cristo apareceu várias vezes entre os nefitas, mas depois de ter organizado sua Igreja foi realizar mais de sua obra e glória em outras terras (3 Néfi 17:4). Os “lados do norte” para os babilônicos eram a morada dos deuses. Embora os antigos habitantes das Américas não tivesse contato com a cultura babilônica, os nefitas haviam trazido os livros de Isaías (1 Néfi 19:23). Neste relato, a expressão “lados no norte” é mencionada como alusão ao desejo de Lúcifer de obter a posição de Deus (Isaías 14:13). Entretanto a menção do norte, pode apenas ser um acréscimo natural da perpetuação oral do acontecimento.
Todavia, a riqueza de detalhes e paralelos com o Livro de Mórmon é impressionante. Jesus Cristo realmente “deu mandamentos aos homens sobre como viver, e que falava do amor e muita humildade, admoestando-os a serem bons e não causarem mal uns aos outros; pelo contrário, deviam amar-se mutuamente e ter caridade.”
Além disso, Cieza diz que “diversos templos foram construídos para ele em diferentes lugares, onde erigiam estatuas de pedra à sua semelhança, antes as quais ofereciam sacrifícios.” Os Templos e os sacrifícios eram importantes componentes da cultura do Livro de Mórmon como várias passagens atestam .
Alguns podem alegar que Joseph Smith teve acesso a essas lendas e relatos e por isso criou o Livro de Mórmon. Deve-se mencionar que o Livro de Mórmon foi traduzido num período muito curto, que o processo criativo de um livro de tal complexidade não poderia ser, obviamente, feito em tão pouco tempo por um rapaz quase sem estudo formal.
Embora o primeiro livro de Cieza fora publicado em 1553, em Sevilha, Espanha, a sua última obra foi publicada apenas em 1880. E é na última obra que as lendas que mencionamos estão transcritas. O Livro de Mórmon já estava em circulação por cinco décadas. Não há qualquer indicio histórico que a rupestre Palmira tivesse livros em língua espanhola de Cieza, ou que Joseph Smith tivesse acesso a essas obras antes ou durante o processo de tradução do Livro de Mórmon. Ainda mais uma obra não publicada!

7 de jan. de 2011

CTM - fim de mais uma etapa

Não costumo falar de coisas muito pessoais aqui, neste blog. Entretanto, abro mais uma exceção agora para compartilhar sobre o final de mais uma etapa em minha vida.


Quando retornei da missão tive o desejo de trabalhar no Centro de Treinamento Missionário (CTM) do Brasil. Em uma ocasião que fui ao Templo o Senhor revelou-me que eu trabalharia no CTM. Jejuei agradecendo por essa oportunidade, mesmo sem ter sido chamado para uma entrevista e sem ter outras provas que tal emprego ser-me-ia dado.
Tive que aguardar por cinco meses para ser chamado para uma entrevista. Minha fé foi colocada a prova. Eu fui tentado a pensar que a revelação que eu tivera fora fruto de ansiedade e imaginação. Todavia fui entrevistado, fiz uma prova, dei uma aula demonstrativa e fui contratado. Amigos e desconhecidos serviram de instrumento nas mãos de Deus para que eu fosse indicado para uma vaga de instrutor, mas a maior indicação veio do Senhor. Com a recomendação de meu presidente de missão fui contratado por um período de cerca de dois anos, no dia 11 de novembro de 2008.
Eu e meus colegas recebemos um treinamento de duas ou três semanas. Então comecei a ensinar meu primeiro distrito com a Irmã Peixoto. Apeguei-me muito a eles. Foi ótimo ministrar aulas do evangelho, praticar lições e ter experiências espirituais sagradas.
Nunca me considerei superior aqueles incríveis rapazes e moças. Na verdade muitas vezes me senti pequeno diante de tamanha responsabilidade. Todavia, hoje, ao terminar meu serviço lá, tenho certeza que fui guiado por Deus e que recebi dons para ser capaz de ajudar cada missionário a atingir um potencial maior e descobrir melhor quem eram e sua posição no plano de Deus. Ensinei os melhores homens e mulheres dessa geração. Eles são fieis, dignos, esforçados, sinceros, amorosos, gratos, confiavéis, confiantes, honestos, castos- enfim: são os melhores!
Os missionários que ensinei “eram todos jovens [com exceção dos quatro maravilhosos casais missionários que ensinei] e muito valorosos quanto à coragem e também vigor e atividade; mas eis que isto não era tudo – eles eram homens [e mulheres] fiéis em todas as ocasiões e em todas as coisas que lhes eram confiadas.” “Sim, e eles obedeceram a cada palavra de comando e cumpriram-nas com exatidão; sim, e tudo lhes aconteceu de acordo com sua fé” (Alma 53:20, 57:21) – sim, milagres aconteceram de acordo com sua enorme fé. Por causa Deles e de sua grande fé os mistérios de Deus foram amplamente revelados, o Espírito se manifestou de forma extraordinária e provamos e sentimos a bondade de Jesus. De fato, coisas que a língua não pode descrever apropriadamente aconteceram.
Amo meus colegas do CTM. Eles são fieis e dedicados. Segunda-feira (10/01/11) é meu último dia no CTM, como instrutor. Sentirei falta de trabalhar naquele maravilhoso local. Ensinei cerca de 500 missionários lá. Sou grato por cada um deles. Muitos ainda estão no campo servindo. Sei que fazem grande diferença na vida de milhares de pessoas. Outros já voltaram e se encontram entre meu bons amigos.
Saio do CTM, mas o CTM não vai se apartar de mim. Tal como a missão de tempo integral o CTM faz parte de minha alma. Eternamente serei grato pela oportunidade que tive!
No final de meu serviço no CTM posso testificar com vigor maior ainda que eu sei que Deus vive. Jesus Cristo é o Salvador do Mundo. Joseph Smith foi e é o profeta da Restauração, o Livro de Mórmon é verdadeiro.
Servi com todo meu coração, poder, mente e força no CTM e posso apresentar meu trabalho lá de forma digna e honrada para Deus.
Amo os missionários que ensinei e desejo rever todos e tê-los como amigos eternos.

6 de jan. de 2011

Atributos de Deus

"Os atributos de Deus mais relevantes consistem em Seu Poder para mover-se e agir, sua condescendência para com seus filhos, sua onipresença e sabedoria infinita.
(...)
Alguns se questionam com o seguinte problema: Deus é capaz de criar uma pedra que não possa ser movida? A resposta lógica, levando-se em consideração a onipotência de Deus é: sim, claro, Deus pode tudo. Então, prosseguiria o inquiridor, se Deus criasse uma pedra que ninguém pudesse mover, Ele mesmo não poderia fazê-lo, não é mesmo? Significa, portanto, que Deus não é ilimitado, que Ele realmente não possui todo poder!” Aparentemente esse raciocínio é plausível, mas numa investigação mais minuciosa revela-se fraco e falso.
Deus pode tudo mas somente dentro de parâmetros que Ele mesmo estabeleceu. Por exemplo, Deus não pode fazer o mal. Ele continua tendo o arbítrio, claro – mas se fizer o mal, deixa de ser Deus. Por isso Ele não pode fazer o mal.
Deus pode criar uma pedra inamovível. Mas não poderá movê-la. Não porque não tem capacidade para isso, mas porque se o fizesse haveria uma contradição. Seria Ele um mentiroso. E se Deus mentir, Deus deixa de ser Deus.
Deus possui todo poder, mas certamente há limites estabelecidos. Sem leis, parâmetros e disciplina não há poder algum. A Justiça Divina possui regras que se violadas, mesmo por Deus, geram conseqüências negativas, e uma delas é a perda de luz e verdade (D&C 93:39). Por exemplo, as escrituras ensinam que Deus é um ser imutável – de eternidade em eternidade – o mesmo ontem, hoje e para sempre . Se Ele deixar de ser um ser imutável deixa de ser Deus – Ele deixa de ter honra, que é seu poder – as inteligências não mais o reconheceriam como a maior inteligência – e Ele perderia sua posição.
O atributo de obediência é o principal atributo de Deus. Visto que Ele vive segundo o que conhece, Ele é Deus. Ele sempre aplica seus conhecimentos a Sua obra.
O diabo tenta poluir o conceito de arbítrio dizendo que existe um livre-arbítrio – que não há limites, parâmetros e conseqüências para as escolhas. Isso não é verdade para nós, para Deus e para o diabo. Toda escolha tem conseqüências e toda escolha é possível por existirem demarcações ou estipulações.
Ainda sobre o tema acrescento que Jeová era Deus mesmo antes de nascer. As escrituras ensinam que no principio Ele não recebeu a plenitude, e que ao nascer na Terra era menor que os anjos. Mesmo assim, como ser pré-mortal e mortal Ele era Deus. Ele o era, porque era perfeitamente obediente. Cristo era capaz de falhar, mas escolheu sempre não falhar. Quando ressuscitou cresceu em glória e perfeição, mas continuou sendo Deus de eternidade em eternidade.
O mesmo se dá com o Espírito Santo. O personagem Espírito Santo não tem o poder de ter uma família eterna, porque simplesmente não tem corpo. Ora, isso não faz com que Ele deixe de ser Deus. Ele é Deus porque é perfeitamente obediente a sua função e obra.
Lembre-se que Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre, mas que isso não significa que Ele sempre esteve no mesmo estado ou posição. Um dia, se formos fieis seremos como Deus, tendo os atributos de Deus – mas isso não deduzirá que sempre fomos os mesmos – pois passamos de meras inteligências a seres com corpo de espírito, depois avançamos para um corpo mortal, progredimos depois da morte para um corpo espiritual ressurreto.
Não é fácil compreender os atributos de Deus, porque, como já falei, somos fracos e finitos. Todavia, o conhecimento dos atributos de Deus é o caminho para vida eterna. A fé é essencial nesta busca. Sem ela a lacuna da incompreensão e perguntas seria preenchida por ceticismo e dúvida.
Ao ponderarmos as escrituras devemos fazer perguntas e buscar por respostas, confiando que Deus nos fará entender o que buscamos . Mas nesta busca devemos ter esperança e paciência de que a resposta virá no tempo Dele, quando estivermos preparados. E algumas das mais preciosas revelações não poderão ser compartilhadas nem com o diário pessoal e o conjugue amado.
Muitos dos mistérios de Deus não serão revelados enquanto estivermos na mortalidade. O mistério da divindade quão grande é! Embora a maioria de nós não vá entender tudo sobre os atributos e perfeições de Deus, podemos entender suficientemente o caráter do Onipotente a ponto de confiarmos Nele e o seguirmos. Se o fizermos cresceremos em conhecimento. Não precisamos saber tudo, precisamos saber que Deus vive, que Ele tem todo poder e que pode fazer todas as coisas para nosso bem, e que se agirmos conforme Ele nos pede podemos obter uma esperança Nele."

5 de jan. de 2011

2 de jan. de 2011

Deus

A palavra Deus aparece 5879 nas escrituras. Cerca de 80% desse número se refere ao Deus verdadeiro.

Podemos definir Deus, rudimentarmente, apenas afirmando que aquele que é passível de adoração é deus. Mas neste sentido incluiríamos uma infinidade de seres e objetos. O astro da música, a moça bonita e uma pedra brilhante todos são passiveis de adoração. A devoção e a admiração dos homens podem avançar para idolatria muito facilmente, como foi demonstrado pela História mortal. Para solucionar tal problema uma definição melhor do que vem a ser Deus se faz necessária.
Deus é (1) um ofício, (2) uma posição de liderança especial, e também é (3) uma condição.
A Trindade é formada por três deuses: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É próprio chamar a cada um desses distintos personagens de Deus – Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito . Às vezes as escrituras se referem ao Pai como Nosso Deus (Gálatas 4:3-7) e às vezes ao Senhor Jesus Cristo como Deus (Judas 1:25, 2 Néfi 9:3-4). Por serem unos em todas as coisas (exceto no corpo) o Filho comumente fala em lugar do Pai (João 14:7-11). Todavia, os três tem funções divinas diferentes. Portanto, Deus é um oficio do sacerdócio para aqueles que pertencem ao Quórum da Trindade.
O profeta Joseph Smith ensinou: “Sempre declarei que Deus é uma pessoa distinta, Jesus Cristo é uma pessoa separada e distinta de Deus, o Pai e que o Espírito Santo é uma pessoa distinta e é Espírito: E esses três constituem três pessoas distintas e três Deuses” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith – “Deus, o Pai Eterno”, pg. 45).
Deus é uma posição de liderança especial. Digo especial porque apenas alguns líderes alcançam tal status de devoção. O diabo, por exemplo, é chamado de deus. Quando nos referimos ao diabo e a outros deuses que não sejam os membros da Trindade escrevemos a palavra deus com a primeira letra em minúsculo.
É valido lembrar que Satanás se impôs como deus deste mundo (Lucas 4:5-7). E durante a história humana na mortalidade, Ele, o falso deus, sussurrou mentiras aos homens fazendo com que a idolatria fosse instituída. Falsos deuses foram criados – representando as forças da natureza e as virtudes e características humanas. Muitas vezes esses deuses eram representados com obras de arte. O Senhor não se agrada da idolatria. O segundo grande mandamento se refere a isso quando diz: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:4-6).
Os falsos deuses serão destruídos (2 Néfi 12:18-20) e o diabo irá para as trevas exteriores onde há pranto e ranger de dentes (D&C 76:36-38).
Todo deus tem certas características e poderes, que às vezes são tidos como sobrenaturais ou milagrosos – por não serem entendidos pelo senso comum e a ciência humana. Esses poderes são empregados na liderança. Satanás, por exemplo, usa seus poderes para enganar os homens (2 Néfi 9:9, Êxodo 7:20-22)
Deus também é uma condição. Como somos filhos de Deus podemos nos tornar como Ele. Se obtivermos vida eterna seremos deuses (Salmos 82:6). Aqueles que têm Vida Eterna são chamados deuses (D&C 132:20). Aqueles que entram para exaltação poderão ser como o Pai: tendo todo poder e conhecimento – os atributos de Deus.
Deus é um título mais comum para o Pai e o Filho, assim como Senhor – diferentes de outros títulos e nomes como Eloim, Jeová e Santo de Israel – mais raros nas escrituras e mais sagrados. Todavia, qualquer que seja o título ou nome, deve haver cautela e reverência no uso. O mandamento de não tomar o nome do Senhor em vão (Êxodo 20:7) inclui cuidado não só na pronúncia de todos os títulos e nomes do Senhor, mas em zelo constante na adoração e para que não haja blasfêmia e hipocrisia nas atitudes dos que tomam sobre si o nome de Deus.