A palavra Deus aparece 5879 nas escrituras. Cerca de 80% desse número se refere ao Deus verdadeiro.
Podemos definir Deus, rudimentarmente, apenas afirmando que aquele que é passível de adoração é deus. Mas neste sentido incluiríamos uma infinidade de seres e objetos. O astro da música, a moça bonita e uma pedra brilhante todos são passiveis de adoração. A devoção e a admiração dos homens podem avançar para idolatria muito facilmente, como foi demonstrado pela História mortal. Para solucionar tal problema uma definição melhor do que vem a ser Deus se faz necessária.
Deus é (1) um ofício, (2) uma posição de liderança especial, e também é (3) uma condição.
A Trindade é formada por três deuses: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É próprio chamar a cada um desses distintos personagens de Deus – Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito . Às vezes as escrituras se referem ao Pai como Nosso Deus (Gálatas 4:3-7) e às vezes ao Senhor Jesus Cristo como Deus (Judas 1:25, 2 Néfi 9:3-4). Por serem unos em todas as coisas (exceto no corpo) o Filho comumente fala em lugar do Pai (João 14:7-11). Todavia, os três tem funções divinas diferentes. Portanto, Deus é um oficio do sacerdócio para aqueles que pertencem ao Quórum da Trindade.
O profeta Joseph Smith ensinou: “Sempre declarei que Deus é uma pessoa distinta, Jesus Cristo é uma pessoa separada e distinta de Deus, o Pai e que o Espírito Santo é uma pessoa distinta e é Espírito: E esses três constituem três pessoas distintas e três Deuses” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith – “Deus, o Pai Eterno”, pg. 45).
Deus é uma posição de liderança especial. Digo especial porque apenas alguns líderes alcançam tal status de devoção. O diabo, por exemplo, é chamado de deus. Quando nos referimos ao diabo e a outros deuses que não sejam os membros da Trindade escrevemos a palavra deus com a primeira letra em minúsculo.
É valido lembrar que Satanás se impôs como deus deste mundo (Lucas 4:5-7). E durante a história humana na mortalidade, Ele, o falso deus, sussurrou mentiras aos homens fazendo com que a idolatria fosse instituída. Falsos deuses foram criados – representando as forças da natureza e as virtudes e características humanas. Muitas vezes esses deuses eram representados com obras de arte. O Senhor não se agrada da idolatria. O segundo grande mandamento se refere a isso quando diz: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:4-6).
Os falsos deuses serão destruídos (2 Néfi 12:18-20) e o diabo irá para as trevas exteriores onde há pranto e ranger de dentes (D&C 76:36-38).
Todo deus tem certas características e poderes, que às vezes são tidos como sobrenaturais ou milagrosos – por não serem entendidos pelo senso comum e a ciência humana. Esses poderes são empregados na liderança. Satanás, por exemplo, usa seus poderes para enganar os homens (2 Néfi 9:9, Êxodo 7:20-22)
Deus também é uma condição. Como somos filhos de Deus podemos nos tornar como Ele. Se obtivermos vida eterna seremos deuses (Salmos 82:6). Aqueles que têm Vida Eterna são chamados deuses (D&C 132:20). Aqueles que entram para exaltação poderão ser como o Pai: tendo todo poder e conhecimento – os atributos de Deus.
Deus é um título mais comum para o Pai e o Filho, assim como Senhor – diferentes de outros títulos e nomes como Eloim, Jeová e Santo de Israel – mais raros nas escrituras e mais sagrados. Todavia, qualquer que seja o título ou nome, deve haver cautela e reverência no uso. O mandamento de não tomar o nome do Senhor em vão (Êxodo 20:7) inclui cuidado não só na pronúncia de todos os títulos e nomes do Senhor, mas em zelo constante na adoração e para que não haja blasfêmia e hipocrisia nas atitudes dos que tomam sobre si o nome de Deus.
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