27 de abr. de 2011

Pobreza e Riqueza

O Senhor disse que nunca deixaria de haver pobres na Terra (Deuteronômio 15:11). Para inteligências que tem o potencial de se tornarem iguais ao Pai Celestial, um ser Supremo que possui todas as coisas (João 17:10), a provação mortal inclui privações físicas e materiais. Uma das definições de Vida Eterna é a de possuir tudo o que o Pai possui (D&C 84:38). Para estar preparado para tão grande bênção seus filhos devem aprender o verdadeiro valor das coisas, bem como a dependência ou confiança que se precisa ter em Deus (Sofonias 3:12). A pobreza material ensina essas e outras preciosas lições, que de outro modo seriam difíceis de serem compreendidas. O próprio Salvador foi um homem pobre quanto as coisas do mundo. Ele advertiu seus seguidores contra o apego aos bens materiais e disse que não se podia desejar as riquezas mundanas e ao mesmo tempo amar a Deus (Mateus 6:24). O tesouro do Senhor não é ouro nem prata (Mateus 10:9). É antes uma bênção tal que não há lugar suficiente para recebê-la (Malaquias 3:10). Um pobre humilde que vem a Deus tem a promessa de herdar o reino dos céus. Por isso é rico.
                Evidentemente a pobreza material não é atributo intrínseco dos discípulos de Cristo. Nem a riqueza caracteriza sempre os que não amam a Deus. Abraão, Jacó, José, Jó, Leí, Isaías, Amuleque, Paulo e muitos outros profetas e homens santos das escrituras eram ricos e influentes na sociedade. Todavia seu coração não estava nas riquezas, eles amavam a Deus de todo o coração - e se Deus exigisse que se despojassem de todo sua fortuna eles o fariam sem demora - inclusive muitos deles o fizeram, consagrando tudo o que tinham (por exemplo, Leí em 1 Néfi 1-2).
                A riqueza pode ampliar o serviço cristão em muitos sentidos. Mas pode ser uma pedra de tropeço se estiver aliada ao orgulho. A nação nefita caiu porque era orgulhosa, e se tornou orgulhosa devido a sua prosperidade imensa (4 Néfi 24-40; Morôni 8:27).
                Assim, pode ter acontecido com a Igreja de Esmirna (Apocalipse 2), que o Senhor os tenha provado na pobreza para que se tornassem humildes (Alma 32:6). As aflições podem nos convidar, e comumente nos convidam, para mais perto do Senhor. Os que são humildes qualificam-se para entrar e permanecer no caminho que leva a Vida Eterna, o maior dom de Deus (D&C 6:13) - que vale infinitamente mais do que todos os tesouros da Terra.

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