O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
Israel não tem conhecimento. A forte imagem de Isaías de que até animais domésticos entendem mais do que o povo eleito é impressionante. Como continuação dessa acusação podemos relacionar a seguinte escritura: “Oh! Quão grande é a nulidade dos filhos dos homens! Sim, são até menos que o pó da terra. Pois eis que o pó da terra se move de cá para lá, separando-se segundo a ordem de nosso grande e eterno Deus.” (Helamã 12:7-8). Sobre essa triste realidade podemos verificar o episódio em que Balaão, um profeta de Deus, que tivera revelações extraordinárias, foi superado por um pacato animal doméstico (Números 22:23-33). Somos filhos de Deus, e nesse aspecto muito maiores que o pó da Terra ou o boi e o jumento. Todavia, se pecarmos, rebaixamo-nos a um estado pior do que os animais – negamos o conhecimento que possuímos – o qual nos ensina que somos filhos de Deus e seus herdeiros (Romanos 8:16-17). Podemos até reconhecer nossa origem divina e podemos saber quem é Deus e como Ele age – e estamos certos que Israel reconhecia quem eram à vista de Deus e quem era esse poderoso Ser – entretanto, eles não produziam obras de acordo com esse conhecimento. O mesmo se dá conosco: se não agirmos de acordo com o que conhecemos igualamo-nos aos antigos israelitas. E também igualamo-nos ao diabo, que pode até mesmo recitar as escrituras, mas não as quer aplicar (Mateus 4:6; Tiago 2:17-19). O conhecimento se não colocado em prática não gera entendimento ou sabedoria, não gera bênção ou salvação – gera maldição e condenação (Jacó 4:14).
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