Os bons pais são aqueles que amam seus filhos e procuram criá-los como Deus lhes ordenou. Néfi considerava seu pai Leí e sua mãe Saria bons. A palavra bom foi usada pelo próprio Deus durante a criação do mundo – quando Ele terminava uma etapa “via Deus que era bom [o que havia feito]” (Gênesis 1:10, 12, 18, 21, 25, 31). Esse adjetivo era o melhor que Néfi podia usar para descrever Leí e Sarah (e o melhor que Joseph podia traduzir). Seu pai Leí era um santo profeta que foi descrito por Néfi como um homem corajoso, de visão, de ação, de grandes palavras e de poder espiritual. De fato, Néfi humildemente dizia ter adquirido “alguma instrução em todo conhecimento de sua pai” (1 Néfi 1:1).
Sua mãe era uma mulher que amava os filhos profundamente. Ela suportou as dificuldades da dura viagem a Terra da Promissão mesmo numa idade avançada. Néfi relatou que no Sonho da Árvore da Vida sua mãe come do fruto da árvore – que é um símbolo do amor de Deus – provando que ela era uma mulher eleita (1 Néfi 8:13-16).
O Pai Celestial é o maior exemplo de um bom pai. Ele é justo e é misericordioso. Para sermos bons pais devemos seguir seu exemplo divino. Os bons pais não são identificados pela retidão dos filhos. Por exemplo, Leí e Saria não podiam ser considerados maus pais por causa dos rebeldes Lamã e Lemuel. Os resultados do mau uso do arbítrio dos filhos não determinam se os pais são bons ou não. Deus era um bom pai, e continuou a sê-lo, mesmo com a rebelião de Lúcifer.
Um bom pai é aquele que, embora mostra grande amor, mesmo pelos filhos rebeldes e desobedientes. Leí não deixava de advertir seus filhos “com todo sentimento de um terno pai” (1 Néfi 8:37). Há várias referencias onde Leí procura exortar seus filhos. Ele foi verdadeiramente um bom pai.
Em suma, um bom pai prepara seus filhos para um futuro glorioso. O Salvador falou sobre o princípio da preparação ao ensinar sobre a Segunda Vinda: “Mas sabei isto: Se o bom pai de família soubesse a que vigília viria o ladrão, teria vigiado e não teria deixado minar a sua casa, mas estaria preparado.” (Joseph Smith – Mateus 1:47), Para sermos bons pais devemos vigiar orar e preparar a nós e nossa casa para o retorno ao lar celestial.
Presidente James E. Faust: “Quem são bons pais? Aqueles que com amor, fervor e sinceridade procuraram ensinar seus filhos por exemplo e por preceito a “orar e a andar em retidão perante o Senhor” (“As Ovelhas Que Se Desgarraram São Amadas”, A Liahona, Maio de 2003, pg. 61)
28 de jul. de 2010
25 de jul. de 2010
Quais são os princípios de I Reis 17-19?
DOUTRINA COMENTADA DURANTE A AULA DA ESCOLA DOMINICAL
1 Néfi 17:3 – E assim vemos que os mandamentos de Deus devem ser cumpridos. E se os filhos dos homens aguardam os mandamentos de Deus, ele alimenta-os e fortalece-os e dá-lhes meios pelos quais poderão cumprir as coisas que lhes ordenou; portanto ele nos deu os meios de sobrevivermos enquanto permanecíamos no deserto.
Você já se sentiu sustentado pelo Senhor?
Como podemos ser dignos das bênçãos (materiais e espirituais) de Deus?
Como podemos ser um instrumento nas mãos de Deus para sustentar o próximo?
Como podemos reconhecer as oportunidades de servir e abençoar – de alimentar os famintos?
O sustento (bênção) do Senhor é tanto temporal quanto espiritual (I Reis 17:13-17, 21-24)
Mosias 2:41 – E ainda mais, quisera que considerásseis o estado abençoado e feliz daqueles que guardam os mandamentos de Deus. Pois eis que são abençoados em todas as coisas, tanto materiais como espirituais; e, se eles se conservarem fiéis até o fim, serão recebidos no céu, para que assim possam habitar com Deus em um estado de felicidade sem fim. Oh! Lembrai-vos, lembrai-vos de que estas coisas são verdadeiras, porque o Senhor Deus as disse.
Como as bênçãos espirituais são ligadas com as bênçãos materiais?
Quais alguns motivos pelos quais o Senhor nos abençoa material e espiritualmente? Ou seja, porque Ele nos concede prosperidade?
O Senhor prepara o caminho para que suas ordens sejam cumpridas, preparando pessoas e situações (I Reis 18:1-3, 7-8, 14-16)
1 Néfi 3:7; 4:6-8, 20, 38 – E aconteceu que eu, Néfi, disse a meu pai: Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas (...) E fui conduzido pelo Espírito, não sabendo de antemão o que deveria fazer. Não obstante, segui em frente e, chegando perto da casa de Labão, vi um homem que havia caído no chão, diante de mim, porque estava bêbado de vinho. E aproximando-me dele, vi que era Labão. (...) E depois de haver feito isso (matado Labão), dirigi-me ao tesouro de Labão. E quando me dirigia ao tesouro de Labão, eis que vi o servo de Labão que guardava as chaves do tesouro. E, com a voz de Labão, ordenei-lhe que me seguisse ao tesouro. (...) E aconteceu que tomamos as placas de latão e o servo de Labão e partimos para o deserto; e viajamos até a tenda de nosso pai.
Como o Senhor preparou seu caminho em sua vida?
Como Ele colocou pessoas certas para ajudar-te em algum momento de sua vida?
Os servos de Deus não devem temer, devem ser corajosos (I Reis 18:17-19, 22)
Alma 56:47-48 – Ora, eles nunca haviam lutado. Não obstante, não temiam a morte; e pensavam mais na liberdade de seus pais do que em sua própria vida; sim, eles tinham sido ensinados por suas mães que, se não duvidassem, Deus os livraria. E repetiram-me as palavras de suas mães, dizendo: Não duvidamos de que nossas mães o soubessem.
O que é coragem?
Porque os servos de Deus nas escrituras possuem tanta coragem?
Potque preciso de coragem nos dias de hoje?
Como podemos desenvolver maior coragem?
Não podemos servir a dois senhores (I Reis 18:21)
Mateus 6:24 – Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Porque não podemos servir a dois senhores?
Como uma atitude imparcial, negligente ou omissa não nos esquiva de escolher servir um ou outro senhor?
Deus sempre ouve as orações e magnífica seus servos (I Reis 18:37-39, 46)
Salmos 6:8-10 – Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniqüidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto. O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração. Serão envergonhados e grandemente perturbados todos os meus inimigos; tornarão atrás e subitamente serão envergonhados.
Alma 29:9-10 – Sei o que o Senhor me ordenou e nisso me glorio. Não me glorio de mim mesmo, mas glorio-me naquilo que o Senhor me ordenou; sim, e esta é a minha glória, que talvez possa ser um instrumento nas mãos de Deus para trazer alguma alma ao arrependimento; e esta é a minha alegria. E eis que, quando vejo muitos de meus irmãos verdadeiramente penitentes e vindo ao Senhor seu Deus, minha alma se enche de alegria; lembro-me então do que o Senhor fez por mim, sim, ouviu a minha oração; sim, então me lembro de seu misericordioso braço, que se estendeu para mim.
Como podemos saber que Deus ouve nossas orações?
Como melhoramos o poder de nossas orações?
Você já recebeu uma bênção (ordenança) do sacerdócio a qual foi manifestado o poder de Deus?
Já se sentiu magnificado (honrado, protegido e fortalecido) por Deus?
O poder de Deus é muito maior do que todos os outros (I Reis 18:25-38)
D&C 10:43 – Não permitirei que eles destruam minha obra; sim, mostrar-lhes-ei que minha sabedoria é maior do que a astúcia do diabo.
História da Igreja, Manual do Seminário, D&C 67 – O Profeta Joseph Smith escreveu: “Depois de D&C 67 ter sido recebida, William E. M’Lellin [McLellin], na condição de homem mais sábio (em sua própria avaliação), tendo mais conhecimento do que percepção, tentou escrever um mandamento semelhante a um dos menores concedidos pelo Senhor, mas não conseguiu. Era uma terrível responsabilidade escrever em nome do Senhor. Os élderes e todos os presentes que presenciaram essa vã tentativa de um homem imitar a linguagem de Jesus Cristo renovaram sua fé na plenitude do evangelho e na veracidade dos mandamentos e revelações que o Senhor havia concedido à Igreja por meu intermédio. E os élderes expressaram a disposição de prestar testemunho de sua veracidade a todo o mundo”. (History of the Church, 1:226)
História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg.69-70 – No final de abril, Joseph Smith visitou Joseph Knight Sênior, em Colesville. Joseph relatou: “O Sr. Knight e sua família mostraram interesse em discutir assuntos religiosos comigo e foram sempre cordiais e hospitaleiros. Realizamos várias reuniões na vizinhança com vários amigos e alguns inimigos, e muitos começaram a orar fervorosamente ao Todo-Poderoso, pedindo sabedoria para compreenderem a verdade”. Uma das pessoas que sempre esteve presente às reuniões foi Newel Knight, grande amigo do Profeta. Newel Knight tinha receio de orar, mas acabou aceitando o persuasivo desafio do Profeta de orar na reunião seguinte. Quando chegou o momento, Newel pediu para ser dispensado, prometendo que iria orar mais tarde em particular. Na manhã seguinte, foi a um bosque e tentou orar, mas não conseguiu, porque sentia-se culpado por não ter aceitado orar em público. O Profeta disse que Newel começou a sentir-se mal “e continuou a sentir-se cada vez pior, tanto mental quanto fisicamente, até que ao chegar a sua casa, sua expressão deixou a esposa muito preocupada. Ele pediu que ela fosse chamar-me. Fui até lá e vi que ele estava sofrendo muito, e seu corpo executava movimentos muito estranhos; o rosto e os membros contorciam-se de todas as maneiras possíveis; por fim, seu corpo foi erguido do chão da sala e arremessado de um lado para o outro, de modo extremamente assustador”. Os vizinhos e parentes reuniram-se para ver o que estava acontecendo. Joseph conseguiu a muito custo agarrar a mão do amigo. Newel disse que sabia estar possuído pelo diabo e que Joseph tinha poder para expulsá-lo. Por meio de sua fé e a de Newel, Joseph ordenou, em nome de Jesus Cristo, que o diabo fosse embora. “Newel imediatamente declarou ter visto o diabo sair dele e desaparecer. Esse foi o primeiro milagre realizado na Igreja e não foi realizado pelo homem nem pelo poder do homem, mas por Deus e pelo poder da divindade”.
A expressão do rosto de Newel Knight voltou ao normal e seu corpo relaxou. “O Espírito do Senhor desceu sobre ele, revelando-lhe visões da eternidade.” Por estar bastante debilitado, ele foi colocado no leito, mas disse sentir-se “atraído para o alto, permanecendo por algum tempo em estado de contemplação, não tomando consciência do que se passava no quarto”. Nesse estado, seu corpo foi elevado até Newel tocar o teto.
Muitas das pessoas que testemunharam esses acontecimentos ficaram convencidas do poder de Deus e posteriormente filiaram-se à Igreja. Joseph voltou em seguida a Fayette. Algumas semanas mais tarde, Newel Knight viajou até Fayette e foi batizado por David Whitmer.
Como nos sentimos ao reconhecer que o poder de Deus é maior do que todos os outros?
Como podemos merecer o poder de Deus constantemente em nossas vidas?
Como posso aplicar esses princípios na minha vida?
23 de jul. de 2010
Ensinamentos de 1 e 2 Néfi: O que é Revelação?
Néfi não dá um conceito de revelação, mas ensina tanto em seu registro sobre ela, que podemos extrair uma definição simples e clara: revelação é a comunicação sagrada que Deus tem com seus filhos. Neste sentido quando precisamos falar com Deus oramos, e quando Deus quer falar conosco revela sua vontade.
A revelação pode vir de muitas maneiras. Néfi cita diversas. Ele começa seu registro contando sobre duas grandes revelações que seu pai teve. Na primeira, Leí viu um grande pilar de fogo (1 Néfi 1:6). Essa manifestação extraordinária é semelhante ao evento em que Moisés viu a Sarça Ardente e Joseph Smith viu um pilar de Luz. É uma manifestação típica, podemos dizer, daqueles que são chamados para grandiosos trabalhos de salvação no inicio de uma dispensação. Depois Leí foi para casa. Curiosamente foi para cama (1 Néfi 1:7). Ensinando-nos que as visões da eternidade retiram a força – causam fadiga física. Então Leí teve uma outra revelação, um sonho, pois estava “dominado pelo Espírito” (1 Néfi 1:8). Com esse sonho Leí entendeu as coisas que os profetas entendem muito bem: a verdade do que era, do que foi e do que será. E com investidura, não só de conhecimento, mas de autoridade, começou a pregar e a profetizar – a sua família e a seu povo (1 Néfi 1:16, 18). Como Leí era um profeta, a revelação de Deus fluía através dele. Ele se tornara um canal vivo de revelação – um oráculo da vontade de Deus. Todavia, o iníquo povo de Jerusalém não lhe deu ouvidos (1 Néfi 1:19).
Até aqui aprendemos pelo menos três formas de revelação: a visão, o sonho e os ensinamentos dos profetas vivos. A visão ocorre quando nossos sentidos físicos estão despertos, e os sonhos quando estamos inconsciente. Às vezes a manifestação não permite distinguir se é um sonho ou visão (1 Néfi 8:2) – se no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:2-3) – pois a revelação é tão real e tangível que a distinção se torna obsoleta.
Um profeta é um homem chamado por Deus, que tem a devida autoridade para pregar. Tal profeta prega sempre a respeito de Cristo e sempre adverte com relação à iniqüidade. Reconhecemos um profeta pelos seus frutos (Mateus 7:15-20). Os frutos são os resultados que se mostram. Se o profeta é uma testemunha especial do Salvador e se ele fala a verdade, e não mente, então é um profeta verdadeiro. Todavia não é apenas e somente por observação que verificamos se um profeta é verdadeiro. A melhor maneira é orar a respeito do profeta, perguntando a Deus se ele é um profeta verdadeiro. Creio que assim é a melhor forma, por que aprendemos pelas escrituras que muitos viram os profetas fazendo milagres, e não os reconheceram como servos de Deus (Helamã 10:13). E se os reconheceram não quiseram segui-los, porque preferiam a luz ás trevas.
A revelação pode vir ainda por meio de ministração de anjos. Néfi recebeu tal dádiva (1 Néfi 1:14). Objetos sagrados podem conceder revelação – como a Liahona, no caso da família de Leí, (1 Néfi 16:10) ou o Urim e Tumim, no caso de Joseph Smith. A revelação pode vir por uma voz apercebida pelos ouvidos físicos ou uma voz na mente. Ela pode vir no coração, sendo um sentimento e impressão que indicarão uma ação.
“E aconteceu que eu, Néfi, sendo muito jovem, embora de grande estatura, e tendo também grande desejo de saber dos mistérios de Deus, clamei, portanto, ao Senhor; e eis que ele me visitou e enterneceu meu coração, de maneira que acreditei em todas as palavras que meu pai dissera; por esta razão não me revoltei contra ele, como meus irmãos” (1 Néfi 2:16). Nesta ocasião, Néfi estava orando numa situação critica: que determinaria o futuro seu e de sua família – ele precisava saber se seu pai tinha razão em sair de Jerusalém, de sua confortável e bela casa, deixando amigos e parentes, para adentrar um deserto perigoso e cruel. Comumente buscamos revelação em momentos de necessidade. Felizmente o Senhor sempre esta disponível – sempre ouve nossas orações. Como falou o Presidente Boyd K. Packer: “Aprenda a orar. Ore sempre. Ore na mente e no coração. Ore de joelhos. A oração é sua chave pessoal para o céu. A fechadura está do seu lado do véu” (“Oração e Inspiração”, Conferência Geral, outubro de 2009).
Quando Néfi mostrou “grande desejo” de conhecer os mistérios de Deus e depois clamou, era como se usasse a chave da qual falou o Presidente Packer e permitisse que Deus lhe revelasse algo. Os mistérios de Deus são verdades espirituais dadas por revelação (GEE “Mistério de Deus”). Aprendemos muito com esse versículo. Primeiro que a revelação pode ser dada aos inexperientes – Néfi era jovem. Aprendemos sobre o desejo sincero – o qual indica a fé necessária para que a comunicação aconteça. Também verificamos que quando Deus nos visita com uma revelação ele o faz, na maior parte das vezes, com um enternecimento de coração – a revelação é mais sentida do que apercebida pelos sentidos físicos – como a visão ou a audição. Esse sentimento é um fruto do Espírito Santo, que, no caso de Néfi o ajudou a não se revoltar e murmurar como faziam seus irmãos mais velhos. Também o permitiu compartilhar seu testemunho com sua família (1 Néfi 2:17).A revelação pode vir de muitas maneiras. Néfi cita diversas. Ele começa seu registro contando sobre duas grandes revelações que seu pai teve. Na primeira, Leí viu um grande pilar de fogo (1 Néfi 1:6). Essa manifestação extraordinária é semelhante ao evento em que Moisés viu a Sarça Ardente e Joseph Smith viu um pilar de Luz. É uma manifestação típica, podemos dizer, daqueles que são chamados para grandiosos trabalhos de salvação no inicio de uma dispensação. Depois Leí foi para casa. Curiosamente foi para cama (1 Néfi 1:7). Ensinando-nos que as visões da eternidade retiram a força – causam fadiga física. Então Leí teve uma outra revelação, um sonho, pois estava “dominado pelo Espírito” (1 Néfi 1:8). Com esse sonho Leí entendeu as coisas que os profetas entendem muito bem: a verdade do que era, do que foi e do que será. E com investidura, não só de conhecimento, mas de autoridade, começou a pregar e a profetizar – a sua família e a seu povo (1 Néfi 1:16, 18). Como Leí era um profeta, a revelação de Deus fluía através dele. Ele se tornara um canal vivo de revelação – um oráculo da vontade de Deus. Todavia, o iníquo povo de Jerusalém não lhe deu ouvidos (1 Néfi 1:19).
Até aqui aprendemos pelo menos três formas de revelação: a visão, o sonho e os ensinamentos dos profetas vivos. A visão ocorre quando nossos sentidos físicos estão despertos, e os sonhos quando estamos inconsciente. Às vezes a manifestação não permite distinguir se é um sonho ou visão (1 Néfi 8:2) – se no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:2-3) – pois a revelação é tão real e tangível que a distinção se torna obsoleta.
Um profeta é um homem chamado por Deus, que tem a devida autoridade para pregar. Tal profeta prega sempre a respeito de Cristo e sempre adverte com relação à iniqüidade. Reconhecemos um profeta pelos seus frutos (Mateus 7:15-20). Os frutos são os resultados que se mostram. Se o profeta é uma testemunha especial do Salvador e se ele fala a verdade, e não mente, então é um profeta verdadeiro. Todavia não é apenas e somente por observação que verificamos se um profeta é verdadeiro. A melhor maneira é orar a respeito do profeta, perguntando a Deus se ele é um profeta verdadeiro. Creio que assim é a melhor forma, por que aprendemos pelas escrituras que muitos viram os profetas fazendo milagres, e não os reconheceram como servos de Deus (Helamã 10:13). E se os reconheceram não quiseram segui-los, porque preferiam a luz ás trevas.
A revelação pode vir ainda por meio de ministração de anjos. Néfi recebeu tal dádiva (1 Néfi 1:14). Objetos sagrados podem conceder revelação – como a Liahona, no caso da família de Leí, (1 Néfi 16:10) ou o Urim e Tumim, no caso de Joseph Smith. A revelação pode vir por uma voz apercebida pelos ouvidos físicos ou uma voz na mente. Ela pode vir no coração, sendo um sentimento e impressão que indicarão uma ação.
Revelação em Néfi
Néfi, filho de Leí, um dos principais escritores do Livro de Mórmon, inicia seu registro dizendo que foi “altamente favorecido pelo Senhor” e que adquiriu “um grande conhecimento da bondade e dos mistérios de Deus”. Parece claro que um dos propósitos dos escritos de Néfi que chegaram até nós, que são as placas menores, é o de ensinar sobre revelação. Lemos que neste registro Néfi usou o espaço das placas para “escrever as coisas de Deus” – coisas essas que “não agradam ao mundo, mas (...) agradam a Deus e aos que não são do mundo.” De fato, Néfi confessou que tudo o que desejava era “persuadir os homens a virem a Deus (...) e serem salvos (1 Néfi 6:3-5). Entre as coisas de valor do registro feito por Néfi estão ensinamentos sobre a Expiação, o plano de salvação, a coligação e a restauração do evangelho nos últimos dias.
Entretanto todos esses e outros ensinamentos só foram recebidos e registrados por meio da revelação. Néfi não apenas indica diversos tipos de revelação, mas esclarece como ela é recebida – o que devemos fazer para merecê-la constantemente. Creio que á assim, por que no final de seu registro ele diz, um pouco frustrado com nossa lentidão em entender o processo de revelação: “E agora eis que, meus amados irmãos, suponho que ainda meditais em vosso coração sobre o que deveis fazer, depois de haverdes entrado no caminho. Mas porque ponderais sobre essas coisas em vosso coração? (...) Vos disse estas palavras [e] se não a puderdes compreender será porque não pedis nem bateis; de modo que não sereis levados para luz, mas perecereis na escuridão. Pois eis que vos digo novamente que, se entrardes pelo caminho e receberdes o Espírito Santo, ele vós mostrará todas as coisas que deveis fazer (...) E agora, eu Néfi, não posso dizer mais; o Espírito encerra minha fala e só me resta lamentar a incredulidade e a iniqüidade e a ignorância e a obstinação dos homens; porque não procuram conhecimento nem compreendem grande conhecimento quando lhes é dado com clareza, sim, tão claramente quanto podem ser as palavras. E agora meus amados irmãos, percebo que ainda meditais em vosso coração; e é-me doloroso falar-vos sobre isso. Porque, se désseis ouvidos ao Espírito que ensina o homem a orar, saberíeis que deveis orar ” (2 Néfi 32:1, 4-5, 7-8).
11 de jul. de 2010
Revelação
Porque preciso de revelação?
O profeta Joseph Smith disse: “a Salvação não pode vir sem revelação; é inútil alguém ministrar sem ela.”
Vivemos num mundo tumultuoso e perigoso. O Salvador disse que se esses tempos não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria. Enfrentamos toda espécie de perigo e tentação. Alguns de nós somos perseguidos por amigos e colegas por causa de nossas crenças, outros sofrem por causa de familiares intolerantes e iníquos. Alguns caíram na armadilha do pecado e se sentem sujos. Outros são rebeldes e desafiam os mandamentos de Deus. Mães, pais e irmãos sofrem por causa da iniqüidade de algum filho, irmão ou parente. Alguma oportunidade perdida, algum convênio quebrado, alguma história que não foi contada como deveria ser causam mágoa, tristeza, decepção e ira. Parece-me que Satanás está solto e tem uma grande correte que cobre toda a Terra, e olha para os céus, como fez antes do dilúvio e ri – devido a seu domínio. Não preciso dizer muito mais, pois todos nós sabemos muito bem dessas coisas. Os noticiários estão repletos de sangue e fumaça e as iniqüidades são declaradas claramente por cima dos telhados das casas. Estamos nos últimos dias.
Apresentei alguns motivos, mas há muitos outros, porque um bom Pai Celestial, que enviou-nos à um mundo perigoso como esse, fazendo-nos esquecer de nossa vida anterior, desejaria comunicar-se conosco por revelação.
Precisamos de revelação para vencermos o homem natural. O “homem natural é inimigo de Deus, e tem sido dês da queda de Adão – e sê-lo-á para sempre, a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito (...) e se torne santo”. Ceder ao influxo do Santo Espírito é ser capaz de receber o dom da revelação.
Precisamos de revelação para vencermos a adversidade e a tentação. Catástrofes naturais, depressão, eventos fortuitos e crises, além de desemprego, pornografia, homossexualismo, teorias aparentemente plausíveis que desprezam as escrituras e muito mais são armas do demônio. Sem revelação não podemos conhecer a verdade. A verdade é o conhecimento das coisas como são, como foram e como serão. O Espírito Santo revela a verdade de todas as coisas. Sem esse discernimento afundamos na areia movediça do pecado e nos distraímos com o barulho da adversidade. A boca do inferno escancarada conseguirá engolir-nos a menos que recebamos revelação.
Precisamos de revelação para conduzir a nós mesmos, a nossas famílias e a outros. Para educar, instruir, ensinar, motivar, advertir e salvar precisamos de revelação. As distrações da mídia promovem diversões aparentemente inocentes, mas que restringem o potencial divino, maculam os ternos relacionamentos familiares e induzem ao pecado (principalmente o pecado sexual). Sem revelação o entretenimento será como um navio sem leme, num mar furioso, ou um cavalo sem rédeas num terreno acidentado – ou um carro desgovernado, sem freio, correndo próximo ao abismo.
Precisamos de revelação para vencermos o pecado e vencermos a vontade de pecar. A conduta e o caráter podem e serão transformados por meio da revelação. A palavra de Deus, que vem como orvalho e se destila sobre nossa alma fará com que recebamos revelação linha sobre linha, preceito sobre preceito, até que cresçamos a media da estatura completa de Cristo e não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina – a fim de nos apresentarmos a Deus puros, limpos e santos – conhecendo o salvador com oele nos conhece. Esse conhecimento vem por revelação.
Como a revelação vem?
Ao enviar-nos a Terra, nosso bom Pai Celeste concedeu-nos um meio de comunicação. Para falarmos com Deus, oramos. Para que Deus fale conosco Ele usa a revelação.
A oração consiste em chamar o Pai Celeste, expressar gratidão, fazer pedidos e terminar em nome de Jesus Cristo. Mas se a oração sempre possuir um formato padronizado, correremos o risco de sermos repetitivos, superficiais e até hipócritas. A verdadeira oração é uma conversa sincera. Devemos falar com Deus como se estivéssemos diante dele. É bem verdade que devemos ser reverentes, usando termos respeitosos como “vós”, “tu”, “ti” e “teu” em vez de pronomes comuns como “você” e “seu”.
A revelação vem de forma diversa. Ela pode vir por meio de sonho – como José do Egito, que na juventude sonhou que um dia salvaria sua família; visão – como Leí que aprendeu sobre a árvore da vida; ministração angelical, como o Rei Benjamim, que aprendeu sobre o sacrifício de Cristo a fim de ensinar seu povo; por uma voz divina, como veio a João Batista após batizar o Salvador; por uma idéia na mente, como Enos ao orar no bosque para obter perdão; ou ainda como um sentimento no coração, como Samuel o Lamanita ao declarar ao povo iníquo tudo que o Senhor lhe punha no coração. Todos nós já experimentamos a revelação. A forma mais comum sem dúvida é a impressão que temos na mente e no coração – um idéia clara que é confirmada por um sentimento de paz. Como o Senhor disse:
“Eis que te falarei em tua mente e me teu coração, pelo Espírito Santo que vira sobre ti e que habitará em teu coração. Ora eis que este é o espírito de revelação.”
Nessa escritura aprendemos que o Espírito é vital para revelação. E que esse Espírito habita em nosso coração – o coração é símbolo da vontade e disposição do homem. O que significa que se nossa vontade e disposição estiverem direcionadas para as coisas de Deus, convidaremos o Espírito a revelar-nos as verdades que o Pai deseja que aprendemos.
Como posso saber se recebi uma revelação?
Essa é uma boa pergunta. Creio que muitos de nós a temos em momentos críticos, onde precisamos desesperadamente dos conselhos de Deus.
Ao pensar sobre o tema que deveria abordar hoje, orei e pensei muito em diversos tópicos do evangelho. Cheguei a preparar um discurso, mas por fim, deixei-o de lado. Eu estava disposto a falar o que Deus desejasse. Não faria um discurso para agradar os irmãos, ou para ser elogiado. Nem queria falar um assunto que eu ache interessante apenas. Eu queria falar o que Deus desejasse, e por isso orei a ele com diligência.
Recebemos revelação quando temos desejos justos. O Senhor nos revelará aquilo que for para nosso bem. Também não podemos ser superficiais. Algumas pessoas que desejam saber que a Igreja é verdadeira, ao serem ensinadas pelos missionários oram sem real intenção. Ao fazerem isso, não recebem resposta e dizem em seu coração: “essa não é a obra do Senhor, pois suas promessas não se cumprem!” Não é assim irmãos! Para recebermos revelação temos que pedir, bater e buscar. É mais provável que a revelação venha após você ter feito sua parte. No caso dos pesquisadores, dificilmente a resposta vira, sem antes eles terem agido com fé ao lerem o livro de mórmon com sinceridade, terem visitado a Igreja e usado seu raciocínio e sentimentos para ponderar no coração o que se esta apresentando. Talvez um jejum seja necessário, ou talvez a aceitação do convite do batismo.
Acredito que alguém que esta buscando um testemunho o encontra mais rápido prestando-o do que de joelhos orando. Acredito nisso porque quando nos levantamos para falar, estamos agindo – e não apenas esperando uma resposta sem termos pagado algum preço para merecê-la.
Se receber revelação fosse fácil, sem exigir muito esforço, não haveria crescimento espiritual. Transferiríamos todas as nossas decisões a Deus. E isso nos tornaria fracos, e dependentes.
O Senhor permite que várias de nossas decisões sejam tomadas por nossa própria conta. Ele o faz, por que é sábio e nos ama. Lembro de um casal que me pergunto, quando eu era um missionário se deviam mudar de casa. A oportunidade para se mudar surgira, eles haviam orado – mas a resposta não viera. Eu orei ao Senhor para saber o que lhes dizer. A resposta veio, e lembrei-me de um estudo que eu tivera pela manhã: fale-lhes de uma citação do élder Oaks que eu lera:
“[Uma pessoa pode ter] o forte desejo de ser conduzida pelo Espírito do Senhor
Mas(...) insensatamente estender esse desejo ao ponto de desejar ser conduzida
em todas as coisas. O desejo de ser conduzido pelo Senhor é um ponto forte,
mas precisa ser acompanhado do entendimento de que nosso Pai Celestial deixa
muitas decisões para nossa própria escolha pessoal. As decisões pessoais são
uma das fontes de crescimento pelas quais precisamos passar na mortalidade.
As pessoas que tentam passar todas as decisões para o Senhor e pedem revelação
em todas as suas escolhas logo se encontrarão em uma situação na qual irão orar
por orientação e não a receberão. Por exemplo: É provável que aconteçam inúmeras
situações em que as escolhas sejam triviais ou qualquer escolha seja aceitável.
Devemos estudar as coisas em nossa mente, usando o poder de raciocínio que o
Senhor colocou dentro de nós. Depois disso, devemos orar por orientação e agir
de acordo com o que recebermos. Se não recebermos orientação, devemos agir
de acordo com o que julgarmos ser melhor. As pessoas que insistem em buscar
orientação por revelação nos assuntos que o Senhor não decidiu dirigir-nos pode
criar uma resposta a partir de suas próprias fantasias ou preconceitos, ou até
receber resposta por meio de revelação falsa”. (“Nossos Pontos Positivos Podem
Causar Nossa Ruína”, A Liahona, maio de 1995, pp. 13–14)
Lembro-me que quando voltei da missão não sabia que curso de graduação escolher. Orei e jejuei muito para que o Senhor me indicasse um curso certo. A resposta não veio. Depois de considerar vários cursos, de ler e estudar sobre várias profissões, escolhi uma. Tão logo escolhi o Pai Celestial enviou-me uma revelação confirmando que minha escolha fora boa. Essa revelação veio por meio de um sereno sentimento e me deu segurança. Mas a resposta não veio antes que eu agisse.
Em Alma 37:37 lemos: “Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizerdes e ele dirigir-te-á para o bem (...)” Observem que aconselhar-se com o Senhor se refere a orar e jejuar – a pedir e que antes da promessa de “dirigir-te-á para o bem” – que é revelação – há o requisito “tudo que fizerdes”: “Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizerdes e ele dirigir-te-á para o bem (...)” – o que significa que devemso agir – fazer algo – antes de recebermos revelação.
É possível que eu receba revelações constantemente?
Sim. Com o dom do Espírito Santo a revelação pode ser diária. Na verdade creio que ela o é para maioria de nós, embora talvez nem notamos. Para mantermos o Espírito precisamos ler e estudar as escrituras, orar sempre, fugir da tentação e ser bondosos. Se pecarmos não conseguiremos reconhecer a revelação. É por isso que Satanás se esforça tanto para distrair-nos. Se ele puder cortar a revelação então nos destruirá.
Podemos e devemos pedir revelação a Deus sobre todos os assuntos de nossa vida. Em termos práticos: acordamos e já oramos para sermos guiados. Então estudamos as escrituras. Muitas vezes neste estudo receberemos revelação através da experiências de pessoas que viveram no passado, ou pelas palavras do Salvador. Haverá um sentimento cálido que confirmará que aquilo é para nós. Depois prestamos atenção as idéias que nos vem a mente e aos sentimentos que temos no coração – isso é estar em espírito de oração. Durante o dia podem surgir oportunidade de prestar testemunho – se o fizermos aumentaremos o fluxo de revelação. A tentação se apresentará – se a contemplarmos ficaremos alienados.
E se a revelação não vier?
Há três motivos que fazem com que a revelação não venha: (1) você pecou, e por isso perdeu a conexão com a deidade; (2) você não reconheceu a revelação, e isso porque você não desenvolveu os atributos de Cristo de forma suficiente; e (3) porque você esta fazendo tudo certo e Deus quer ver como você vai agir em determinadas situações sem a interferência Dele. Por isso irmãos, se vocês estão se esforçando para andar nos caminhos da retidão, e a revelação sobre um assunto não vem – sintam-se felizes – porque Deus confia em vocês e deseja que façam muitas coisas de sua livre e espontânea vontade, e realizem muita retidão – para que colham os próprios frutos de plantaram. No futuro, olharão para trás e perceberão que foram guiados por Deus, mesmo que não se deram conta disso no momento, e julgavam estar sozinhos.
Testemunho.
Quero lhes testificar que os céus não estão fechados. Na verdade parecem estar mais abertos do que nunca. Sei que Deus esta desejosos de revelar-se a nós sobre todos os assuntos. E ele o faz abundantemente, de acordo com sua sabedoria e graça.
Se melhorarmos nossa comunicação com Deus e aprendermos a reconhecer como Ele nos fala venceremos o mundo e o diabo, pelo poder de Cristo. Sei que Deus nunca nos deixa sozinhos e revela claramente sua vontade com relação a assunto que afetam nossa exaltação. Também sei que ele nunca permitirá que cometamos um pecado ou façamos uma escolha equivocada, sem antes nos advertir do perigo.
O profeta Joseph Smith disse: “a Salvação não pode vir sem revelação; é inútil alguém ministrar sem ela.”
Vivemos num mundo tumultuoso e perigoso. O Salvador disse que se esses tempos não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria. Enfrentamos toda espécie de perigo e tentação. Alguns de nós somos perseguidos por amigos e colegas por causa de nossas crenças, outros sofrem por causa de familiares intolerantes e iníquos. Alguns caíram na armadilha do pecado e se sentem sujos. Outros são rebeldes e desafiam os mandamentos de Deus. Mães, pais e irmãos sofrem por causa da iniqüidade de algum filho, irmão ou parente. Alguma oportunidade perdida, algum convênio quebrado, alguma história que não foi contada como deveria ser causam mágoa, tristeza, decepção e ira. Parece-me que Satanás está solto e tem uma grande correte que cobre toda a Terra, e olha para os céus, como fez antes do dilúvio e ri – devido a seu domínio. Não preciso dizer muito mais, pois todos nós sabemos muito bem dessas coisas. Os noticiários estão repletos de sangue e fumaça e as iniqüidades são declaradas claramente por cima dos telhados das casas. Estamos nos últimos dias.
Apresentei alguns motivos, mas há muitos outros, porque um bom Pai Celestial, que enviou-nos à um mundo perigoso como esse, fazendo-nos esquecer de nossa vida anterior, desejaria comunicar-se conosco por revelação.
Precisamos de revelação para vencermos o homem natural. O “homem natural é inimigo de Deus, e tem sido dês da queda de Adão – e sê-lo-á para sempre, a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito (...) e se torne santo”. Ceder ao influxo do Santo Espírito é ser capaz de receber o dom da revelação.
Precisamos de revelação para vencermos a adversidade e a tentação. Catástrofes naturais, depressão, eventos fortuitos e crises, além de desemprego, pornografia, homossexualismo, teorias aparentemente plausíveis que desprezam as escrituras e muito mais são armas do demônio. Sem revelação não podemos conhecer a verdade. A verdade é o conhecimento das coisas como são, como foram e como serão. O Espírito Santo revela a verdade de todas as coisas. Sem esse discernimento afundamos na areia movediça do pecado e nos distraímos com o barulho da adversidade. A boca do inferno escancarada conseguirá engolir-nos a menos que recebamos revelação.
Precisamos de revelação para conduzir a nós mesmos, a nossas famílias e a outros. Para educar, instruir, ensinar, motivar, advertir e salvar precisamos de revelação. As distrações da mídia promovem diversões aparentemente inocentes, mas que restringem o potencial divino, maculam os ternos relacionamentos familiares e induzem ao pecado (principalmente o pecado sexual). Sem revelação o entretenimento será como um navio sem leme, num mar furioso, ou um cavalo sem rédeas num terreno acidentado – ou um carro desgovernado, sem freio, correndo próximo ao abismo.
Precisamos de revelação para vencermos o pecado e vencermos a vontade de pecar. A conduta e o caráter podem e serão transformados por meio da revelação. A palavra de Deus, que vem como orvalho e se destila sobre nossa alma fará com que recebamos revelação linha sobre linha, preceito sobre preceito, até que cresçamos a media da estatura completa de Cristo e não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina – a fim de nos apresentarmos a Deus puros, limpos e santos – conhecendo o salvador com oele nos conhece. Esse conhecimento vem por revelação.
Como a revelação vem?
Ao enviar-nos a Terra, nosso bom Pai Celeste concedeu-nos um meio de comunicação. Para falarmos com Deus, oramos. Para que Deus fale conosco Ele usa a revelação.
A oração consiste em chamar o Pai Celeste, expressar gratidão, fazer pedidos e terminar em nome de Jesus Cristo. Mas se a oração sempre possuir um formato padronizado, correremos o risco de sermos repetitivos, superficiais e até hipócritas. A verdadeira oração é uma conversa sincera. Devemos falar com Deus como se estivéssemos diante dele. É bem verdade que devemos ser reverentes, usando termos respeitosos como “vós”, “tu”, “ti” e “teu” em vez de pronomes comuns como “você” e “seu”.
A revelação vem de forma diversa. Ela pode vir por meio de sonho – como José do Egito, que na juventude sonhou que um dia salvaria sua família; visão – como Leí que aprendeu sobre a árvore da vida; ministração angelical, como o Rei Benjamim, que aprendeu sobre o sacrifício de Cristo a fim de ensinar seu povo; por uma voz divina, como veio a João Batista após batizar o Salvador; por uma idéia na mente, como Enos ao orar no bosque para obter perdão; ou ainda como um sentimento no coração, como Samuel o Lamanita ao declarar ao povo iníquo tudo que o Senhor lhe punha no coração. Todos nós já experimentamos a revelação. A forma mais comum sem dúvida é a impressão que temos na mente e no coração – um idéia clara que é confirmada por um sentimento de paz. Como o Senhor disse:
“Eis que te falarei em tua mente e me teu coração, pelo Espírito Santo que vira sobre ti e que habitará em teu coração. Ora eis que este é o espírito de revelação.”
Nessa escritura aprendemos que o Espírito é vital para revelação. E que esse Espírito habita em nosso coração – o coração é símbolo da vontade e disposição do homem. O que significa que se nossa vontade e disposição estiverem direcionadas para as coisas de Deus, convidaremos o Espírito a revelar-nos as verdades que o Pai deseja que aprendemos.
Como posso saber se recebi uma revelação?
Essa é uma boa pergunta. Creio que muitos de nós a temos em momentos críticos, onde precisamos desesperadamente dos conselhos de Deus.
Ao pensar sobre o tema que deveria abordar hoje, orei e pensei muito em diversos tópicos do evangelho. Cheguei a preparar um discurso, mas por fim, deixei-o de lado. Eu estava disposto a falar o que Deus desejasse. Não faria um discurso para agradar os irmãos, ou para ser elogiado. Nem queria falar um assunto que eu ache interessante apenas. Eu queria falar o que Deus desejasse, e por isso orei a ele com diligência.
Recebemos revelação quando temos desejos justos. O Senhor nos revelará aquilo que for para nosso bem. Também não podemos ser superficiais. Algumas pessoas que desejam saber que a Igreja é verdadeira, ao serem ensinadas pelos missionários oram sem real intenção. Ao fazerem isso, não recebem resposta e dizem em seu coração: “essa não é a obra do Senhor, pois suas promessas não se cumprem!” Não é assim irmãos! Para recebermos revelação temos que pedir, bater e buscar. É mais provável que a revelação venha após você ter feito sua parte. No caso dos pesquisadores, dificilmente a resposta vira, sem antes eles terem agido com fé ao lerem o livro de mórmon com sinceridade, terem visitado a Igreja e usado seu raciocínio e sentimentos para ponderar no coração o que se esta apresentando. Talvez um jejum seja necessário, ou talvez a aceitação do convite do batismo.
Acredito que alguém que esta buscando um testemunho o encontra mais rápido prestando-o do que de joelhos orando. Acredito nisso porque quando nos levantamos para falar, estamos agindo – e não apenas esperando uma resposta sem termos pagado algum preço para merecê-la.
Se receber revelação fosse fácil, sem exigir muito esforço, não haveria crescimento espiritual. Transferiríamos todas as nossas decisões a Deus. E isso nos tornaria fracos, e dependentes.
O Senhor permite que várias de nossas decisões sejam tomadas por nossa própria conta. Ele o faz, por que é sábio e nos ama. Lembro de um casal que me pergunto, quando eu era um missionário se deviam mudar de casa. A oportunidade para se mudar surgira, eles haviam orado – mas a resposta não viera. Eu orei ao Senhor para saber o que lhes dizer. A resposta veio, e lembrei-me de um estudo que eu tivera pela manhã: fale-lhes de uma citação do élder Oaks que eu lera:
“[Uma pessoa pode ter] o forte desejo de ser conduzida pelo Espírito do Senhor
Mas(...) insensatamente estender esse desejo ao ponto de desejar ser conduzida
em todas as coisas. O desejo de ser conduzido pelo Senhor é um ponto forte,
mas precisa ser acompanhado do entendimento de que nosso Pai Celestial deixa
muitas decisões para nossa própria escolha pessoal. As decisões pessoais são
uma das fontes de crescimento pelas quais precisamos passar na mortalidade.
As pessoas que tentam passar todas as decisões para o Senhor e pedem revelação
em todas as suas escolhas logo se encontrarão em uma situação na qual irão orar
por orientação e não a receberão. Por exemplo: É provável que aconteçam inúmeras
situações em que as escolhas sejam triviais ou qualquer escolha seja aceitável.
Devemos estudar as coisas em nossa mente, usando o poder de raciocínio que o
Senhor colocou dentro de nós. Depois disso, devemos orar por orientação e agir
de acordo com o que recebermos. Se não recebermos orientação, devemos agir
de acordo com o que julgarmos ser melhor. As pessoas que insistem em buscar
orientação por revelação nos assuntos que o Senhor não decidiu dirigir-nos pode
criar uma resposta a partir de suas próprias fantasias ou preconceitos, ou até
receber resposta por meio de revelação falsa”. (“Nossos Pontos Positivos Podem
Causar Nossa Ruína”, A Liahona, maio de 1995, pp. 13–14)
Lembro-me que quando voltei da missão não sabia que curso de graduação escolher. Orei e jejuei muito para que o Senhor me indicasse um curso certo. A resposta não veio. Depois de considerar vários cursos, de ler e estudar sobre várias profissões, escolhi uma. Tão logo escolhi o Pai Celestial enviou-me uma revelação confirmando que minha escolha fora boa. Essa revelação veio por meio de um sereno sentimento e me deu segurança. Mas a resposta não veio antes que eu agisse.
Em Alma 37:37 lemos: “Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizerdes e ele dirigir-te-á para o bem (...)” Observem que aconselhar-se com o Senhor se refere a orar e jejuar – a pedir e que antes da promessa de “dirigir-te-á para o bem” – que é revelação – há o requisito “tudo que fizerdes”: “Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizerdes e ele dirigir-te-á para o bem (...)” – o que significa que devemso agir – fazer algo – antes de recebermos revelação.
É possível que eu receba revelações constantemente?
Sim. Com o dom do Espírito Santo a revelação pode ser diária. Na verdade creio que ela o é para maioria de nós, embora talvez nem notamos. Para mantermos o Espírito precisamos ler e estudar as escrituras, orar sempre, fugir da tentação e ser bondosos. Se pecarmos não conseguiremos reconhecer a revelação. É por isso que Satanás se esforça tanto para distrair-nos. Se ele puder cortar a revelação então nos destruirá.
Podemos e devemos pedir revelação a Deus sobre todos os assuntos de nossa vida. Em termos práticos: acordamos e já oramos para sermos guiados. Então estudamos as escrituras. Muitas vezes neste estudo receberemos revelação através da experiências de pessoas que viveram no passado, ou pelas palavras do Salvador. Haverá um sentimento cálido que confirmará que aquilo é para nós. Depois prestamos atenção as idéias que nos vem a mente e aos sentimentos que temos no coração – isso é estar em espírito de oração. Durante o dia podem surgir oportunidade de prestar testemunho – se o fizermos aumentaremos o fluxo de revelação. A tentação se apresentará – se a contemplarmos ficaremos alienados.
E se a revelação não vier?
Há três motivos que fazem com que a revelação não venha: (1) você pecou, e por isso perdeu a conexão com a deidade; (2) você não reconheceu a revelação, e isso porque você não desenvolveu os atributos de Cristo de forma suficiente; e (3) porque você esta fazendo tudo certo e Deus quer ver como você vai agir em determinadas situações sem a interferência Dele. Por isso irmãos, se vocês estão se esforçando para andar nos caminhos da retidão, e a revelação sobre um assunto não vem – sintam-se felizes – porque Deus confia em vocês e deseja que façam muitas coisas de sua livre e espontânea vontade, e realizem muita retidão – para que colham os próprios frutos de plantaram. No futuro, olharão para trás e perceberão que foram guiados por Deus, mesmo que não se deram conta disso no momento, e julgavam estar sozinhos.
Testemunho.
Quero lhes testificar que os céus não estão fechados. Na verdade parecem estar mais abertos do que nunca. Sei que Deus esta desejosos de revelar-se a nós sobre todos os assuntos. E ele o faz abundantemente, de acordo com sua sabedoria e graça.
Se melhorarmos nossa comunicação com Deus e aprendermos a reconhecer como Ele nos fala venceremos o mundo e o diabo, pelo poder de Cristo. Sei que Deus nunca nos deixa sozinhos e revela claramente sua vontade com relação a assunto que afetam nossa exaltação. Também sei que ele nunca permitirá que cometamos um pecado ou façamos uma escolha equivocada, sem antes nos advertir do perigo.
5 de jul. de 2010
O Ministério de Anjos
Quando um dos mais temidos exércitos cercou a casa do profeta Eliseu – para entregá-lo ao rei da Síria – um dos sevos do profeta, que acordara bem cedo “viu que um exercito tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então [o] servo disse [para Eliseu]: “Ai, meu Senhor! Que faremos?”
Numa situação critica de perigo iminente o profeta com calma respondeu: “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.
“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. Quando os sírios desceram a ele [foram procurá-lo para aprisioná-lo], Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” O exercito foi guiado à outra região, onde de forma milagrosa a Síria desistiu de batalhar contra Israel por um tempo.
Meu tema é o ministério de anjos.
Há centenas de referências desses seres nas obras-padrão. Embora saibamos bem da aparição e interação desses seres com os homens nas escrituras, penso que nem todos nós entendemos que o ministério de anjos não foi um dom concedido apenas aos antigos – mas que ele é um dom presente em nossos tempos – em nossa própria vida. Quero abordar hoje três pontos principais: (1) quem são os anjos, (2) qual o papel de um anjo no Plano de Deus e (3) como receber seu ministério. Ao fazê-lo oro ao Pai Celestial que me ajude com seu Espírito Santo a fim de que eu transmita a Sua Palavra – e tanto eu, como vocês, os leitores, sejamos edificados.
1. Quem são os anjos.
Os anjos são os mensageiros de Deus. O profeta Joseph Smith, que viu muitos anjos, ensinou que eles não possuem asas. As asas são um símbolo de seu poder de mover-se e agir. Os anjos podem ser seres que não possuem um corpo, que ainda não provou a mortalidade – como o anjo que pareceu a Adão e lhe ensinou o porque do sacrifício de animais; podem ter um corpo ressurreto – como o anjo Morôni, que apareceu a Joseph Smith e lhe disse onde estavam as placas de ouro; pode ser um espírito aperfeiçoado, que já morreu e esta no mundo espiritual; e pode também ser uma pessoa mortal justa e fiel.
Quando era missionário em Curitiba lembro de uma menininha que com muita sinceridade me disse que eu era um anjo. Ela sabia disso porque sua mãe lhe dissera. Fiquei impressionado com a convicção dela. Verdadeiramente eu havia sido transformado em um instrumento nas mãos de Deus. Mas aprendi que os anjos às vezes tinham fome, sede, cansaço e sofriam adversidades – todavia, quando o Senhor precisasse esses anjos estavam prontos para consolar, abençoar e advertir.
Os anjos são servos de Deus. “Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo, falam, portanto, as palavras de Cristo.”
2. Qual o papel dos anjos.
O élder Jeffrey R. Holland disse, falando sobre os anjos: “Em geral, tais seres não são vistos. Às vezes, são. Porém, visíveis ou não, eles estão sempre próximos. Por vezes, seu papel é de enorme importância e tem significado para o mundo como um todo. De vez em quando, as mensagens são mais pessoais. Ocasionalmente, o objetivo angélico é alertar. Mais comumente, no entanto, é de consolar, prover algum tipo de atenção misericordiosa ou orientação em épocas difíceis.”
Quando Leí se encontrava num escuro e triste deserto – um anjo lhe pareceu e ordenou que o seguisse. Leí o fez, e por fim encontrou o caminho da salvação.
Quando o Cordeiro de Deus estava sendo oferecido no maior e mais profundo sacrifício – numa agonia inimaginável – um anjo do céu apareceu e o fortaleceu.
Irmãos, acredito sinceramente que nenhum de nós, que estamos na Igreja de Jesus Cristo e procuramos guardar os mandamentos já não recebemos o ministério de anjos. Alguns de nós talvez vimos um anjo face a face – como os pastores que foram alertados sobre o nascimento de Cristo; ou como Alma, o filho, que sendo rebelde foi repreendido severamente por um anjo. Entretanto, como ensinou élder Holland, em geral esses seres não são vistos ou reconhecidos. Na maioria das vezes os anjos são silenciosos e eficazes. Eles sempre transmitem o amor do Senhor – mesmo quando repreendem.
Uma mãe pode ser considerada um anjo para os filhos. Na verdade eu acho que minha mãe é um anjo na minha vida – porque ela me abençoa com carinho, conforto, ensinamentos e dedicação constante e diligente. Um filho pode ser considerado um anjo para seus pais. Já estiveram perto de um bebê? Ele não transmite paz e alegria – não parece ter vindo dos céus? Não aparenta ser uma anjo de glória?
Eu sei que às vezes os filhos dão trabalho. Às vezes parecem demoninhos! Mas quando são criados no caminho da retidão, eles crescem para vida eterna e se tornam como anjos de Deus: puros, limpos e desejosos de fazer o bem a todos os homens.
3- Como receber o ministério de anjos.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.
Irmãos os anjos aparecem quando há fé e necessidade de um homem ser salvo.
João Batista, como um anjo ressurreto apareceu ao profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery para restaurar o sacerdócio aarônico, e disse:
“A VÓS, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra (...)” (D&C 13)
Quando eu recebi o sacerdócio aarônico, sendo um jovem, meu pai e líderes me ensinaram que eu tinha direito ao ministério de anjos. Não entendi bem a principio o que isso significava. Acreditava que eu poderia ver um anjo, mas não sabia se isso poderia acontecer comigo. Vim a saber, algum tempo depois, o seguinte, através do élder Oaks, dos Doze:
“O ministério de anjos, porém, pode ser invisível. Podemos receber as mensagens de anjos por meio de uma voz ou, simplesmente de pensamentos e sentimentos transmitidos à nossa mente. O Presidente John Taylor falou da ‘atuação dos anjos, ou mensageiros de Deus, em nossa mente, de modo que o coração conceba (...) as revelações do mundo eterno’.
Néfi descreveu três manifestações do ministério de anjos quando lembrou aos irmãos rebeldes que (1) haviam “visto um anjo”, (2) haviam “ouvido sua voz” de “tempos em tempos” e também que um anjo havia falado a eles “numa voz mansa e delicada”, mas que haviam “perdido a sensibilidade” e foram incapazes de “perceber suas palavras”. (1 Néfi 17:45)
Na maioria das vezes, sentimos ou escutamos as mensagens dos anjos em vez de vê-los.”
“Sendo assim, os portadores do Sacerdócio Aarônico possibilitam a todos os membros fiéis da Igreja que tomam o sacramento dignamente ter a companhia do Espírito do Senhor e a ministração de anjos”.
Os homens que abençoam e distribuem o sacramento possibilitam a todos nós que recebamos a ministração de anjos.
É verdade que alguns anjos foram enviados a pessoas iníquas: como Balaão, Lamã e Lemuel e Alma, o filho. Todavia, nessas ocasiões nenhum de nós gostaria de ver um anjo – pois a reprimenda celestial foi dura. Na maior parte das vezes são os justos que recebem a ministração de anjos.
Para que eu vós ministre hoje não é necessário que me vejais, não é mesmo? Se fósseis cegos ainda assim poderiam me ouvir. E se fossem surdos ainda poderiam sentir o Espírito de Deus lhes testificando a verdade e confortando. Portanto irmãos não pensem que precisam ver um anjo com seus olhos naturais para receber seu ministério. Vocês já receberam o ministério de anjos e nem se aperceberam disso.
O Presidente James E. Faust, que serviu na Primeira presidência disse: “Gostaria de dizer algo sobre o ministério de anjos. Em tempos antigos e modernos, anjos apareceram e deram instruções, advertências e orientação em benefício das pessoas que visitaram. Não temos consciência do quanto o ministério de anjos afeta nossa vida. O presidente Joseph F . Smith disse: “De igual maneira, os nossos pais e mães, irmãos, irmãs e amigos que passaram por esta Terra, tendo sido fiéis e dignos de gozar desses privilégios e direitos, podem receber a missão de visitar seus parentes e amigos na Terra, trazendo da presença divina mensagens de amor, de advertência ou reprovação e instrução àqueles que aprenderam a amar na carne”.
Irmãos, escolhi falar sobre esse tema por que enfrentamos muitas adversidades em nossos dias. Às vezes nosso testemunho é atacado, às vezes nossa virtude, e às vezes nosso pontos fortes. Esse ataque vem pelos anjos do demônio e pelo pai das mentiras – que é Satanás. Sabemos que houve um batalha nos céus – e que o arcanjo Miguel e nós expulsamos os filhos da perdição. A guerra continua na mortalidade. Às vezes pensamos que estamos sozinhos, como o servo de Eliseu – que se viu cercado por um dos mais poderosos e temidos exércitos da Terra. Não vamos nos assustar e temer. Temos o direito à companhia de anjos. Eles estão sempre presentes. Se seus olhos espirituais fossem abertos agora, veriam este salão repleto de anjos.
Eu lhes testifico que os anjos ministram aos homens. E creio que eles o fazem abundantemente em nossos dias – talvez mais do que faziam antigamente, pois os tempos se tornaram extremamente perigosos.
Quando você se sentir desaminado e desmotivado. Quando parecer que a carga é pesada demais, quando parecer que o arrependimento e perdão é impossível e inalcançável, então confie em Deus – em sua misericórdia e graça. Ele lhe abençoara através de anjos. Alguns serão invisíveis, alguns lhes falarão – mas a maior parte deles será silenciosa e anônima. Contudo, sua presença será percebida, no futuro, pois o conforto e paz chegaram a sua alma.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.
Por termos tomado dignamente o sacramento e estarmos dispostos a tomar sobre nós o nome de Cristo, os anjos nos farão companhia, e nenhum poder poderá impedir tal bênção. Seremos confortados e nos tornaremos melhores. E por causa do ministério desses seres, tornar-nos-emos anjos – e abençoaremos como fomos abençoados.
Minha oração é que possamos ser como anjos. Que possamos procurar maneiras de ministrar aos homens – não apenas advertindo-os, mas principalmente confortando-os. Nesses dias tão difíceis nós fomos escolhidos para sermos anjos, mesmo com nossas imperfeições e fraquezas. Que possamos falar na língua de anjos – tendo palavras de amor, esperança e fé – que possamos ser eficazes e bondosos em obras.
Sei que Deus vive. Ele é nosso Pai Celestial. Ele envia anjos à nós porque nos ama. Ele deseja ter-nos de volta. O Salvador Jesus Cristo vive. Ele é meu Senhor. O presidente Thomas S. Monson é um profeta de Deus. Joseph Smith foi um profeta. Ele recebeu instruções e poder de anjos. Testifico que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que veio por meio de ministério de anjos. Testifico que o poder e as chaves do ministério de anjos estão nesta capela hoje. E que por meio do sacramento todos nós podemos receber esse ministério. Em nome de Jesus Cristo amém.
Numa situação critica de perigo iminente o profeta com calma respondeu: “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.
“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. Quando os sírios desceram a ele [foram procurá-lo para aprisioná-lo], Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” O exercito foi guiado à outra região, onde de forma milagrosa a Síria desistiu de batalhar contra Israel por um tempo.
Meu tema é o ministério de anjos.
Há centenas de referências desses seres nas obras-padrão. Embora saibamos bem da aparição e interação desses seres com os homens nas escrituras, penso que nem todos nós entendemos que o ministério de anjos não foi um dom concedido apenas aos antigos – mas que ele é um dom presente em nossos tempos – em nossa própria vida. Quero abordar hoje três pontos principais: (1) quem são os anjos, (2) qual o papel de um anjo no Plano de Deus e (3) como receber seu ministério. Ao fazê-lo oro ao Pai Celestial que me ajude com seu Espírito Santo a fim de que eu transmita a Sua Palavra – e tanto eu, como vocês, os leitores, sejamos edificados.
1. Quem são os anjos.
Os anjos são os mensageiros de Deus. O profeta Joseph Smith, que viu muitos anjos, ensinou que eles não possuem asas. As asas são um símbolo de seu poder de mover-se e agir. Os anjos podem ser seres que não possuem um corpo, que ainda não provou a mortalidade – como o anjo que pareceu a Adão e lhe ensinou o porque do sacrifício de animais; podem ter um corpo ressurreto – como o anjo Morôni, que apareceu a Joseph Smith e lhe disse onde estavam as placas de ouro; pode ser um espírito aperfeiçoado, que já morreu e esta no mundo espiritual; e pode também ser uma pessoa mortal justa e fiel.
Quando era missionário em Curitiba lembro de uma menininha que com muita sinceridade me disse que eu era um anjo. Ela sabia disso porque sua mãe lhe dissera. Fiquei impressionado com a convicção dela. Verdadeiramente eu havia sido transformado em um instrumento nas mãos de Deus. Mas aprendi que os anjos às vezes tinham fome, sede, cansaço e sofriam adversidades – todavia, quando o Senhor precisasse esses anjos estavam prontos para consolar, abençoar e advertir.
Os anjos são servos de Deus. “Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo, falam, portanto, as palavras de Cristo.”
2. Qual o papel dos anjos.
O élder Jeffrey R. Holland disse, falando sobre os anjos: “Em geral, tais seres não são vistos. Às vezes, são. Porém, visíveis ou não, eles estão sempre próximos. Por vezes, seu papel é de enorme importância e tem significado para o mundo como um todo. De vez em quando, as mensagens são mais pessoais. Ocasionalmente, o objetivo angélico é alertar. Mais comumente, no entanto, é de consolar, prover algum tipo de atenção misericordiosa ou orientação em épocas difíceis.”
Quando Leí se encontrava num escuro e triste deserto – um anjo lhe pareceu e ordenou que o seguisse. Leí o fez, e por fim encontrou o caminho da salvação.
Quando o Cordeiro de Deus estava sendo oferecido no maior e mais profundo sacrifício – numa agonia inimaginável – um anjo do céu apareceu e o fortaleceu.
Irmãos, acredito sinceramente que nenhum de nós, que estamos na Igreja de Jesus Cristo e procuramos guardar os mandamentos já não recebemos o ministério de anjos. Alguns de nós talvez vimos um anjo face a face – como os pastores que foram alertados sobre o nascimento de Cristo; ou como Alma, o filho, que sendo rebelde foi repreendido severamente por um anjo. Entretanto, como ensinou élder Holland, em geral esses seres não são vistos ou reconhecidos. Na maioria das vezes os anjos são silenciosos e eficazes. Eles sempre transmitem o amor do Senhor – mesmo quando repreendem.
Uma mãe pode ser considerada um anjo para os filhos. Na verdade eu acho que minha mãe é um anjo na minha vida – porque ela me abençoa com carinho, conforto, ensinamentos e dedicação constante e diligente. Um filho pode ser considerado um anjo para seus pais. Já estiveram perto de um bebê? Ele não transmite paz e alegria – não parece ter vindo dos céus? Não aparenta ser uma anjo de glória?
Eu sei que às vezes os filhos dão trabalho. Às vezes parecem demoninhos! Mas quando são criados no caminho da retidão, eles crescem para vida eterna e se tornam como anjos de Deus: puros, limpos e desejosos de fazer o bem a todos os homens.
3- Como receber o ministério de anjos.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.
Irmãos os anjos aparecem quando há fé e necessidade de um homem ser salvo.
João Batista, como um anjo ressurreto apareceu ao profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery para restaurar o sacerdócio aarônico, e disse:
“A VÓS, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra (...)” (D&C 13)
Quando eu recebi o sacerdócio aarônico, sendo um jovem, meu pai e líderes me ensinaram que eu tinha direito ao ministério de anjos. Não entendi bem a principio o que isso significava. Acreditava que eu poderia ver um anjo, mas não sabia se isso poderia acontecer comigo. Vim a saber, algum tempo depois, o seguinte, através do élder Oaks, dos Doze:
“O ministério de anjos, porém, pode ser invisível. Podemos receber as mensagens de anjos por meio de uma voz ou, simplesmente de pensamentos e sentimentos transmitidos à nossa mente. O Presidente John Taylor falou da ‘atuação dos anjos, ou mensageiros de Deus, em nossa mente, de modo que o coração conceba (...) as revelações do mundo eterno’.
Néfi descreveu três manifestações do ministério de anjos quando lembrou aos irmãos rebeldes que (1) haviam “visto um anjo”, (2) haviam “ouvido sua voz” de “tempos em tempos” e também que um anjo havia falado a eles “numa voz mansa e delicada”, mas que haviam “perdido a sensibilidade” e foram incapazes de “perceber suas palavras”. (1 Néfi 17:45)
Na maioria das vezes, sentimos ou escutamos as mensagens dos anjos em vez de vê-los.”
“Sendo assim, os portadores do Sacerdócio Aarônico possibilitam a todos os membros fiéis da Igreja que tomam o sacramento dignamente ter a companhia do Espírito do Senhor e a ministração de anjos”.
Os homens que abençoam e distribuem o sacramento possibilitam a todos nós que recebamos a ministração de anjos.
É verdade que alguns anjos foram enviados a pessoas iníquas: como Balaão, Lamã e Lemuel e Alma, o filho. Todavia, nessas ocasiões nenhum de nós gostaria de ver um anjo – pois a reprimenda celestial foi dura. Na maior parte das vezes são os justos que recebem a ministração de anjos.
Para que eu vós ministre hoje não é necessário que me vejais, não é mesmo? Se fósseis cegos ainda assim poderiam me ouvir. E se fossem surdos ainda poderiam sentir o Espírito de Deus lhes testificando a verdade e confortando. Portanto irmãos não pensem que precisam ver um anjo com seus olhos naturais para receber seu ministério. Vocês já receberam o ministério de anjos e nem se aperceberam disso.
O Presidente James E. Faust, que serviu na Primeira presidência disse: “Gostaria de dizer algo sobre o ministério de anjos. Em tempos antigos e modernos, anjos apareceram e deram instruções, advertências e orientação em benefício das pessoas que visitaram. Não temos consciência do quanto o ministério de anjos afeta nossa vida. O presidente Joseph F . Smith disse: “De igual maneira, os nossos pais e mães, irmãos, irmãs e amigos que passaram por esta Terra, tendo sido fiéis e dignos de gozar desses privilégios e direitos, podem receber a missão de visitar seus parentes e amigos na Terra, trazendo da presença divina mensagens de amor, de advertência ou reprovação e instrução àqueles que aprenderam a amar na carne”.
Irmãos, escolhi falar sobre esse tema por que enfrentamos muitas adversidades em nossos dias. Às vezes nosso testemunho é atacado, às vezes nossa virtude, e às vezes nosso pontos fortes. Esse ataque vem pelos anjos do demônio e pelo pai das mentiras – que é Satanás. Sabemos que houve um batalha nos céus – e que o arcanjo Miguel e nós expulsamos os filhos da perdição. A guerra continua na mortalidade. Às vezes pensamos que estamos sozinhos, como o servo de Eliseu – que se viu cercado por um dos mais poderosos e temidos exércitos da Terra. Não vamos nos assustar e temer. Temos o direito à companhia de anjos. Eles estão sempre presentes. Se seus olhos espirituais fossem abertos agora, veriam este salão repleto de anjos.
Eu lhes testifico que os anjos ministram aos homens. E creio que eles o fazem abundantemente em nossos dias – talvez mais do que faziam antigamente, pois os tempos se tornaram extremamente perigosos.
Quando você se sentir desaminado e desmotivado. Quando parecer que a carga é pesada demais, quando parecer que o arrependimento e perdão é impossível e inalcançável, então confie em Deus – em sua misericórdia e graça. Ele lhe abençoara através de anjos. Alguns serão invisíveis, alguns lhes falarão – mas a maior parte deles será silenciosa e anônima. Contudo, sua presença será percebida, no futuro, pois o conforto e paz chegaram a sua alma.
“Cessaram os dias de milagres? Ou deixaram os anjos de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo? Eis que vos digo: Não; porque (…) é pela fé que os anjos aparecem e ministram entre os homens; (…) Pois eis que a [Cristo] estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade”.
Por termos tomado dignamente o sacramento e estarmos dispostos a tomar sobre nós o nome de Cristo, os anjos nos farão companhia, e nenhum poder poderá impedir tal bênção. Seremos confortados e nos tornaremos melhores. E por causa do ministério desses seres, tornar-nos-emos anjos – e abençoaremos como fomos abençoados.
Minha oração é que possamos ser como anjos. Que possamos procurar maneiras de ministrar aos homens – não apenas advertindo-os, mas principalmente confortando-os. Nesses dias tão difíceis nós fomos escolhidos para sermos anjos, mesmo com nossas imperfeições e fraquezas. Que possamos falar na língua de anjos – tendo palavras de amor, esperança e fé – que possamos ser eficazes e bondosos em obras.
Sei que Deus vive. Ele é nosso Pai Celestial. Ele envia anjos à nós porque nos ama. Ele deseja ter-nos de volta. O Salvador Jesus Cristo vive. Ele é meu Senhor. O presidente Thomas S. Monson é um profeta de Deus. Joseph Smith foi um profeta. Ele recebeu instruções e poder de anjos. Testifico que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que veio por meio de ministério de anjos. Testifico que o poder e as chaves do ministério de anjos estão nesta capela hoje. E que por meio do sacramento todos nós podemos receber esse ministério. Em nome de Jesus Cristo amém.
1 de jul. de 2010
Cosideração, Exemplo e Debate sobre o porque dos padrões
Consideração.
O que todo ser humano busca?
Se o ser humano fosse apenas um animal (e essa é a visão defendida por muito hoje) buscaria tão somente viver e se reproduzir.
Se o ser humano fosse apenas um incidente da natureza – um resultado do caos (como vários homens da ciência propagam hoje) – então não haveria sentido em se falar de “busca”, pois tal aspiração seria tão confusa, subjetiva e diversificada que geraria resultados muito caóticos os quais fariam com que toda definição, conceito, ideal ou percepção estivessem fora de parâmetros reais e ordenados, impossibilitando conclusões da verdade real (verdade absoluta), não obstante, teorizando infinitas verdades funcionais (verdade relativa).
Se o ser humano fosse apenas um ser racional e emotivo guiado tão somente pela fantasia, imaginação e sentimentos – sendo superior aos outros seres – sua busca seria a de ideais sublimes, mas, inalcançáveis – os quais uma cobiça ardente, todavia inútil, geraria.
Prefiro pensar – e isso é muito lógico para mim – que se o ser humano é um filho de Deus – um ser Supremo, Todo-Poderoso, que é nosso Pai – então todos os seres humanos buscam felicidade. Pois esse Deus é a personificação da verdadeira felicidade.
A verdadeira felicidade é alegria duradoura, a paz eterna e o contentamento insolúvel.
Se fossemos apenas um animal – como o leão, o morcego, a águia e o peixe – não há como se falar em felicidade como a defini. Pois a felicidade tão somente seria o prazer instintivo: aquele impulso psíquico que determina um comportamento necessário para sobrevivência.
Se fossemos um incidente natural não há razão para buscar felicidade, como a descrevi. Pois felicidade, neste caso, é apenas uma satisfação temporária e eventual: é um prazer, uma diversão – há um momento de grande êxtase, que finda no momento seguinte.
Sendo seres mais avançados que os demais o conceito de felicidade pode surgir, mas será intangível e abstrato. Ele variará tanto que o caos que o deu vida será o caos que o levará a morte.
Entretanto somos filhos de Deus. Isso significa que a felicidade é mais do que um prazer instintivo, mais do que uma diversão e mais do que uma conjectura dispersa. A felicidade é algo real e avançável. A felicidade é um sentimento. Mas também é mais. É uma condição e um estado.
Ora, o debate sobre se existe um Deus ou não, não me convém no momento. Não obstante, a própria busca do homem por felicidade é uma prova contundente de que Deus existe. Porque buscaríamos felicidade se, acaso, ela não pudesse ser encontrada? Nisso deveis pensar.
Aprofundo dizendo que todos os seres humanos buscam felicidade, mas que essa busca nem sempre é alcançada. E que alguns confundem a felicidade com o senso de bem-estar, prazer e outras emoções, condições e situações.
Exemplo.
Quero dar exemplos sobre felicidade sob a ótica da sexualidade.
O sexo hoje é visto como a única forma de se obter felicidade. Tolice! Embora ele possa trazer felicidade, na maior parte do mundo atual esta muito longe disso. O prazer momentâneo que imagens pornográficas geram semeiam o contrario de felicidade: a infelicidade. O sexo entre homem e mulher, dentro do casamento formal, é belo e saudável e traz felicidade. A felicidade vem do amor verdadeiro. Todavia esse conceito é acatado como subjetivo demais. Tolice! O amor é objetivo: o amor leva à felicidade.
Porque o casamento entre homossexuais é errado? Simplesmente por que tal relacionamento não levará a felicidade. Haverá uma satisfação por parte dos indivíduos que se casaram com uma pessoa do mesmo sexo – mas não felicidade.
O sexo fora do casamento é errado. Porque? Porque não há amor. Há desejo, há atração, há anseios emocionais e físicos – mas não há amor. O amor é mais do que atração física e mais do que um sentimento de gozo e bem-estar.
Estou dizendo, de forma bem clara o que o profeta Alma disse há muito tempo: “iniqüidade nunca foi felicidade”. Estou dizendo também que a felicidade não é um valor moral. É claro que o leitor de minhas palavras pode considerar minhas considerações como julgamento de valor, como minha mera opinião. Mas se achas tal coisa é porque não entendes o que vem a ser a verdade.
A verdade é o conhecimento das coisas como são, como foram e como serão. A verdade é absoluta, é real – não varia, não muda. Ela pode, e é, descoberta aos poucos, mas tem princípios imutáveis. A personificação da verdade é Deus. Nele esta toda a verdade. Ele é a verdade. Assim sendo, se Ele disse que o sexo deve ocorrer dentro do casamento entre homem e mulher – e por que assim haverá felicidade. Se ele diz que a pornografia é errado, é porque ver ou ouvir pornografia não trás felicidade.
Há necessidade de fundamentar outro conceito aqui. O de arbítrio.
O arbítrio é a capacidade de escolha, é a liberdade. O arbítrio precisa de certos requisitos para existir. Não é ocasião de analisar detalhadamente tal conceito. Mas sem oposição, sem investidura de ação, sem impossibilidade de escolha simultânea entre os lados postos, sem influencia (pressão) dos dois lados, sem incapacidade de se mudar as conseqüências dos atos (ação e reação) e sem conhecimento não há arbítrio.
Deus é o libertador. Ele é quem concede o dom do arbítrio. Ele estipulou leis imutáveis. Os princípios da Justiça de Deus determinam que aqueles que obedecem à lei sejam abençoados e os que não obedecem sejam amaldiçoados. Aqueles que seguem a verdade são, por essa lei, felizes – os que não seguem a lei, são infelizes.
E o último ponto – e o mais difícil de se compreender – é que estamos num estado probatório. Este é o estado de busca que determinamos o que queremos. Como erramos, Deus enviou Jesus Cristo. Ele deu-nos o arrependimento e a misericórdia. Também não é meu desejo explicar tudo sobre isso agora. Basta dizer que nascemos para sermos testados, e Jesus Cristo foi enviado para possibilitar que este teste seja realizado e que sejamos bem-sucedidos – tendo paz e felicidade eterna. Sem Cristo a felicidade seria impossível.
Tendo brevemente disposto minhas considerações responderei as seguintes questões:
Debate.
- Mas essa é sua opinião. No meu ponto de vista não há necessidade de tais axiomas. Cada um faz o que quer. Se alguém quiser casar com uma pessoa do mesmo sexo, que case. Qual o problema?
Resposta: o problema é que tal pessoa não será feliz.
- Como você sabe? Como pode saber? Como pode ter tamanho preconceito?
Resposta: sei disso porque Deus revelou-me. Ele o fez primeiro através do seu Espírito Santo, que ensina a verdade de todas as coisas. Eu orei (falei com Deus) e estudei as escrituras (uma delas é a Bíblia) então recebi uma confirmação espiritual – tanto como um sentimento como uma idéia clara na mente.
- Isso é subjetivo demais. Você foi condicionado a pensar assim por causa da sociedade que vive, dos idéias de seus pais (durante sua criação), e pelas influências da mídia e religião. Você achou que Deus te falou, mas ele não o fez. Você diz que ver pornografia trás infelicidade. Mas se você já viu pornografia sabe que não é assim. O estímulo da imagem desperta um prazer sensacional que é a felicidade. Não é assim?
Resposta: Não. A pornografia não trás felicidade. Ela é um pecado. Vê-la pode trazer uma sensação de contentamento, mas ela é motivada pela luxuria, não pelo amor. Não precisa acreditar em mim com relação a isso. Nem precisa de uma pesquisa gigantesca para considerar como verdadeiro minhas indicações. Olhe ao redor. A decadência social – o aumento da violência, a destruição da família, o desprezo pela decência e pela moralidade: muito disso começa por causa da pornografia. Mas nem a pornografia, nem o homossexualismo são a questão aqui não é? O verdadeiro problema é que você deseja justificar um pecado. Esta me dizendo que o seu caminho é um caminho que resulta na felicidade. E não só isso, mas que há diversos caminhos para felicidade...
- Não apenas isso. Estou dizendo: quem pensas que é para dizer o que é a verdade ou para definir felicidade.
Resposta: Estou muito contente em poder lhe dizer que eu não inventei essas coisas. Elas me foram mostradas. Eu as aprendi. Tenho direito de expressá-las e creio que devo fazer isso mesmo. Agora percebo que suas questões não se voltaram ao que eu disse, mas a minha pessoa. Não vejo problema em ser atacado, porque eu proferi tais palavras. Todavia saiba que o verdadeiro ator não sou eu. Ofender os princípios da verdade é ofender o autor de toda verdade.
- Quer me ameaçar? Quer que todo rapaz seja virgem até o casamento, quer que toda moça ande como uma freira, quer que todo homossexual ignore os estímulos biológicos (como os quais nasceu) e finja ser heterossexual? A suas considerações, a sua religião, o seu Deus – tudo isso, que chama de verdade – que diz levar a felicidade. Tudo isso não passa de sua opinião. Você foi condicionado a pensar assim. Eu posso pensar de outro jeito...
Resposta: Claro que pode pensar de outro jeito. Com relação ao comportamento que desejo que as pessoas tenham eu lhe digo simplesmente que não importa muito o que eu quero. Mas a verdade é que se não viverem os princípios corretos como Deus estabeleceu. Se elas não basearem seu comportamento nos princípios da verdade encontrarão infelicidade. É simples assim. Tal como reconheço o direito de expressão para todos, eu me expresso desse modo – falando a verdade e não mentindo, Deus é testemunha.
O que todo ser humano busca?
Se o ser humano fosse apenas um animal (e essa é a visão defendida por muito hoje) buscaria tão somente viver e se reproduzir.
Se o ser humano fosse apenas um incidente da natureza – um resultado do caos (como vários homens da ciência propagam hoje) – então não haveria sentido em se falar de “busca”, pois tal aspiração seria tão confusa, subjetiva e diversificada que geraria resultados muito caóticos os quais fariam com que toda definição, conceito, ideal ou percepção estivessem fora de parâmetros reais e ordenados, impossibilitando conclusões da verdade real (verdade absoluta), não obstante, teorizando infinitas verdades funcionais (verdade relativa).
Se o ser humano fosse apenas um ser racional e emotivo guiado tão somente pela fantasia, imaginação e sentimentos – sendo superior aos outros seres – sua busca seria a de ideais sublimes, mas, inalcançáveis – os quais uma cobiça ardente, todavia inútil, geraria.
Prefiro pensar – e isso é muito lógico para mim – que se o ser humano é um filho de Deus – um ser Supremo, Todo-Poderoso, que é nosso Pai – então todos os seres humanos buscam felicidade. Pois esse Deus é a personificação da verdadeira felicidade.
A verdadeira felicidade é alegria duradoura, a paz eterna e o contentamento insolúvel.
Se fossemos apenas um animal – como o leão, o morcego, a águia e o peixe – não há como se falar em felicidade como a defini. Pois a felicidade tão somente seria o prazer instintivo: aquele impulso psíquico que determina um comportamento necessário para sobrevivência.
Se fossemos um incidente natural não há razão para buscar felicidade, como a descrevi. Pois felicidade, neste caso, é apenas uma satisfação temporária e eventual: é um prazer, uma diversão – há um momento de grande êxtase, que finda no momento seguinte.
Sendo seres mais avançados que os demais o conceito de felicidade pode surgir, mas será intangível e abstrato. Ele variará tanto que o caos que o deu vida será o caos que o levará a morte.
Entretanto somos filhos de Deus. Isso significa que a felicidade é mais do que um prazer instintivo, mais do que uma diversão e mais do que uma conjectura dispersa. A felicidade é algo real e avançável. A felicidade é um sentimento. Mas também é mais. É uma condição e um estado.
Ora, o debate sobre se existe um Deus ou não, não me convém no momento. Não obstante, a própria busca do homem por felicidade é uma prova contundente de que Deus existe. Porque buscaríamos felicidade se, acaso, ela não pudesse ser encontrada? Nisso deveis pensar.
Aprofundo dizendo que todos os seres humanos buscam felicidade, mas que essa busca nem sempre é alcançada. E que alguns confundem a felicidade com o senso de bem-estar, prazer e outras emoções, condições e situações.
Exemplo.
Quero dar exemplos sobre felicidade sob a ótica da sexualidade.
O sexo hoje é visto como a única forma de se obter felicidade. Tolice! Embora ele possa trazer felicidade, na maior parte do mundo atual esta muito longe disso. O prazer momentâneo que imagens pornográficas geram semeiam o contrario de felicidade: a infelicidade. O sexo entre homem e mulher, dentro do casamento formal, é belo e saudável e traz felicidade. A felicidade vem do amor verdadeiro. Todavia esse conceito é acatado como subjetivo demais. Tolice! O amor é objetivo: o amor leva à felicidade.
Porque o casamento entre homossexuais é errado? Simplesmente por que tal relacionamento não levará a felicidade. Haverá uma satisfação por parte dos indivíduos que se casaram com uma pessoa do mesmo sexo – mas não felicidade.
O sexo fora do casamento é errado. Porque? Porque não há amor. Há desejo, há atração, há anseios emocionais e físicos – mas não há amor. O amor é mais do que atração física e mais do que um sentimento de gozo e bem-estar.
Estou dizendo, de forma bem clara o que o profeta Alma disse há muito tempo: “iniqüidade nunca foi felicidade”. Estou dizendo também que a felicidade não é um valor moral. É claro que o leitor de minhas palavras pode considerar minhas considerações como julgamento de valor, como minha mera opinião. Mas se achas tal coisa é porque não entendes o que vem a ser a verdade.
A verdade é o conhecimento das coisas como são, como foram e como serão. A verdade é absoluta, é real – não varia, não muda. Ela pode, e é, descoberta aos poucos, mas tem princípios imutáveis. A personificação da verdade é Deus. Nele esta toda a verdade. Ele é a verdade. Assim sendo, se Ele disse que o sexo deve ocorrer dentro do casamento entre homem e mulher – e por que assim haverá felicidade. Se ele diz que a pornografia é errado, é porque ver ou ouvir pornografia não trás felicidade.
Há necessidade de fundamentar outro conceito aqui. O de arbítrio.
O arbítrio é a capacidade de escolha, é a liberdade. O arbítrio precisa de certos requisitos para existir. Não é ocasião de analisar detalhadamente tal conceito. Mas sem oposição, sem investidura de ação, sem impossibilidade de escolha simultânea entre os lados postos, sem influencia (pressão) dos dois lados, sem incapacidade de se mudar as conseqüências dos atos (ação e reação) e sem conhecimento não há arbítrio.
Deus é o libertador. Ele é quem concede o dom do arbítrio. Ele estipulou leis imutáveis. Os princípios da Justiça de Deus determinam que aqueles que obedecem à lei sejam abençoados e os que não obedecem sejam amaldiçoados. Aqueles que seguem a verdade são, por essa lei, felizes – os que não seguem a lei, são infelizes.
E o último ponto – e o mais difícil de se compreender – é que estamos num estado probatório. Este é o estado de busca que determinamos o que queremos. Como erramos, Deus enviou Jesus Cristo. Ele deu-nos o arrependimento e a misericórdia. Também não é meu desejo explicar tudo sobre isso agora. Basta dizer que nascemos para sermos testados, e Jesus Cristo foi enviado para possibilitar que este teste seja realizado e que sejamos bem-sucedidos – tendo paz e felicidade eterna. Sem Cristo a felicidade seria impossível.
Tendo brevemente disposto minhas considerações responderei as seguintes questões:
Debate.
- Mas essa é sua opinião. No meu ponto de vista não há necessidade de tais axiomas. Cada um faz o que quer. Se alguém quiser casar com uma pessoa do mesmo sexo, que case. Qual o problema?
Resposta: o problema é que tal pessoa não será feliz.
- Como você sabe? Como pode saber? Como pode ter tamanho preconceito?
Resposta: sei disso porque Deus revelou-me. Ele o fez primeiro através do seu Espírito Santo, que ensina a verdade de todas as coisas. Eu orei (falei com Deus) e estudei as escrituras (uma delas é a Bíblia) então recebi uma confirmação espiritual – tanto como um sentimento como uma idéia clara na mente.
- Isso é subjetivo demais. Você foi condicionado a pensar assim por causa da sociedade que vive, dos idéias de seus pais (durante sua criação), e pelas influências da mídia e religião. Você achou que Deus te falou, mas ele não o fez. Você diz que ver pornografia trás infelicidade. Mas se você já viu pornografia sabe que não é assim. O estímulo da imagem desperta um prazer sensacional que é a felicidade. Não é assim?
Resposta: Não. A pornografia não trás felicidade. Ela é um pecado. Vê-la pode trazer uma sensação de contentamento, mas ela é motivada pela luxuria, não pelo amor. Não precisa acreditar em mim com relação a isso. Nem precisa de uma pesquisa gigantesca para considerar como verdadeiro minhas indicações. Olhe ao redor. A decadência social – o aumento da violência, a destruição da família, o desprezo pela decência e pela moralidade: muito disso começa por causa da pornografia. Mas nem a pornografia, nem o homossexualismo são a questão aqui não é? O verdadeiro problema é que você deseja justificar um pecado. Esta me dizendo que o seu caminho é um caminho que resulta na felicidade. E não só isso, mas que há diversos caminhos para felicidade...
- Não apenas isso. Estou dizendo: quem pensas que é para dizer o que é a verdade ou para definir felicidade.
Resposta: Estou muito contente em poder lhe dizer que eu não inventei essas coisas. Elas me foram mostradas. Eu as aprendi. Tenho direito de expressá-las e creio que devo fazer isso mesmo. Agora percebo que suas questões não se voltaram ao que eu disse, mas a minha pessoa. Não vejo problema em ser atacado, porque eu proferi tais palavras. Todavia saiba que o verdadeiro ator não sou eu. Ofender os princípios da verdade é ofender o autor de toda verdade.
- Quer me ameaçar? Quer que todo rapaz seja virgem até o casamento, quer que toda moça ande como uma freira, quer que todo homossexual ignore os estímulos biológicos (como os quais nasceu) e finja ser heterossexual? A suas considerações, a sua religião, o seu Deus – tudo isso, que chama de verdade – que diz levar a felicidade. Tudo isso não passa de sua opinião. Você foi condicionado a pensar assim. Eu posso pensar de outro jeito...
Resposta: Claro que pode pensar de outro jeito. Com relação ao comportamento que desejo que as pessoas tenham eu lhe digo simplesmente que não importa muito o que eu quero. Mas a verdade é que se não viverem os princípios corretos como Deus estabeleceu. Se elas não basearem seu comportamento nos princípios da verdade encontrarão infelicidade. É simples assim. Tal como reconheço o direito de expressão para todos, eu me expresso desse modo – falando a verdade e não mentindo, Deus é testemunha.
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