Sabemos que esses líderes que nos julgarão usarão o Livro de Vida (D&C 128:7) – registro mantido nos céus, que possui todas as boas e más obras, bons e maus desejos, pensamentos de luz e trevas, oportunidades aproveitadas ou negligenciadas, injustiças cometidas ou recebidas, e palavras de amor ou de ódio de uma pessoa. A palavra “livro” foi usada nas escrituras, pois é a melhor palavra para descrever esse tipo de registro. Todavia, certamente este relato, que é perfeito e que contém todos os detalhes da vida e suas circunstancias, é mais que um calhamaço de papéis onde os anjos escrevem com uma pena. É mais potente que o melhor dos computadores que o homem pode criar. Imagino que se pudéssemos ler esse livro teríamos uma perfeita noção do que aconteceu em dado momento, veríamos os fatos de um episodio pelos olhos da pessoa que esta sendo julgada, veríamos suas intenções e seu propósito, veríamos as outras pessoas daquela situação e suas intenções, poderíamos ver as coisas invisíveis ao olho natural, como os espíritos de luz e trevas, teríamos um perfeita noção da capacidade, criação e entendimento daquela pessoa.
Cristo não é só o juiz, mas também nosso advogado junto ao Pai (D&C 45:3). Ele só será o advogado daqueles que exercerem fé me Seu nome, se arrependerem se seus pecados, forem batizados, receberem o dom do Espírito Santo e perseverarem até o fim, ou daquele que morreram como criancinhas e dos que não tiveram oportunidade de conhecer a verdade do evangelho. Aqueles que não forem fieis serão riscados do Livro da Vida (Apocalipse 20:15).
Outros registros serão também usados no julgamento (Apocalipse 20:12). Os livros da Terra serão levados como prova dos atos realizados na provação. Entre esses livros encontramos os diários pessoais, as placas de escrituras, os registros da Igreja e todo relato feito pelos homens bons e maus.
Nossa mente armazena nossa história, bem como nosso espírito. Tais livros – o livro de nossa mente e espírito – serão abertos no último dia. Além de tudo isso, Cristo pode convocar testemunhas para depor contra ou a favor de alguém (Morôni 10:27).
É importante lembrarmos que chegará o dia que teremos que prestar contas neste Grande Julgamento Final. Essa lembrança nós faz viver da maneira que devemos viver, conscientes de nosso dever para com Deus. Não obstante, a prestação de contas não precisa acontecer apenas no Grande e Último Dia e o resultado do julgamento não precisa esperar até o Grande e Último Dia (Pregar Meu Evangelho pg. 161).
Alguns homens adquiriram a certeza de que teriam exaltação. Na realidade adquiriram uma condição de seres exaltados na mortalidade (Mórmon 2:19). Eles confirmaram o seu Chamado e Eleição (GEE “Vocação e eleição”). Outros adquiriam uma condição de filhos da perdição, o que significa que não tem nenhuma opção de salvação (Moisés 5:24). Em outras palavras podemos definir agora qual será o resultado do julgamento. Tanto Caim como Mórmon serão ainda julgados no Grande e Último Dia. Entretanto, foi enquanto estavam na carne, isto é, na mortalidade, que souberam o resultado de seu julgamento final.
O que quero deixar claro é que nós podemos adiantar o resultado julgamento final. Na verdade somos incentivados a fazê-lo (II Pedro 1). Quando recebemos a palavra mais segura de profecia teremos certeza de nossa exaltação (D&C 132:5), sendo santificados pelo sangue (Moisés 1:60). Todavia é possível que um homem caia da graça e aparte-se do Deus vivo e torne-se servo do diabo (D&C 20:32). Aquele resultado então é revogado pelo Santo Espírito da Promessa e a pessoa é condenada as Trevas.A melhor forma de se preparar para o julgamento final é guardando os mandamentos. O Salvador ensinou:
“Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mateus 25:31-46)
Ver também “Princípios do Evangelho” pg. 279 e “Juízo Final” GEE.
Um comentário:
Abordou temas muito interessantes.
Qdo nos virmos, me lembre de te perguntar umas coisas. Estava aqui refletindo sobre uns pontos que andei estudando dias desses. :)
abço,
Isabella
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