20 de set. de 2010

Resposta aos comentários de "As multidões estão sempre certas?"

Obrigado pelos comentários. Eles acrescentaram muito ao que escrevi. Quanto à decisão de cada um de votar em branco ou a de votar nulo, minha opinião é que cada pessoal que goza do sufrágio universal (direito de votar e de ser votado) deva exercer com responsabilidade seus direitos, votando da maneira que quiserem, em quem quiserem, ou votando em branco, ou anulando seu voto.


Só quero esclarecer que da mesma forma que há diferentes tipos de ministério, mas o Senhor é o mesmo (1 Coríntios 12:5), há diferentes tipos de governo secular sob a bênção de Deus. Devemos lembrar que a diversidade faz parte da Criação (Gênesis 1). Embora busquemos a unidade com Deus – pensarmos, agirmos e tornarmo-nos como Ele – devemos lembrar que ser como Deus não significa excluir o conjunto de peculiaridades, características e dons diversos que cada um têm. A perfeição respeita a diversidade. Evidentemente essa diversidade se dá sob os mesmos princípios, valores e leis divinas.

Somos diferentes e isso é divino! Quem teve dois presidentes de Estaca, ou dois presidentes de missão notou que ambos pensavam de modo diferente, agiam de modo diferente, mas buscavam o mesmo Deus e realizavam o mesmo: trazeiam pessoas a Cristo. Eles realizaram muito, de diferentes maneiras. Assim, irmãos, penso não ser apropriado deixar a decisão do voto somente nas mãos de Deus e anular nossa responsabilidade. Devemos, como falei anteriormente, analisar bem a questão usando todos os meios lícitos que nos forem possíveis (levando a questão política muito a sério), orar a Deus para que tenhamos revelação neste empenho, e então votar. É possível (na verdade, é muito possível) que Deus (assim como sua Igreja) seja neutro com relação ao voto que daremos. Isso se dá por que Ele confia em nossa decisão, em nosso arbítrio. Creio do fundo do coração, que se fizermos tudo que esta ao nosso alcance para escolhermos bem, e depois orarmos com real intenção, ele NÃO nos permitirá escolher candidatos que trarão más conseqüências ao povo de Deus. Todavia, não acho que ele se envolverá ativamente, dando pareceres para um ou outro candidato.

Votar nulo é uma manifestação possível e estou muito inclinado a assim proceder, porque penso o mesmo que meus amigos que postaram seus comentários (da postagem anterior) e porque ainda não defini se votarei em alguém. Também estou ansioso para o milênio, como a Isabela disse. Acho que não precisaremos votar nulo na era milenar!

Para finalizar, desejo deixar claro que a opinião sobre em quem votar (ou em quem não votar) é pessoal. É semelhante a outras escolhas pessoais: com quem devo casar, ou qual profissão devo escolher. Embora muitas decisões o Senhor se envolva (principalmente nas questões que afetam a eternidade), é bem provável que ele não tem um candidato favorito e que não deseja ardentemente o voto nulo. Temos inteira responsabilidade por nosso sufrágio e prestaremos conta por ele. Mas uma questão pessoal, no fundo, deve ser resolvida por nós mesmos e não por terceiros, mesmo que esse terceiro seja Deus – claro, com a bênção, proteção e inspiração de Deus, que sempre esta disposto a nos guiar.

Sendo redundante, mas apenas para não correr o risco de ser mal compreendido, esclareço com a citação do élder Oaks:
“[Uma pessoa pode ter] o forte desejo de ser conduzida pelo Espírito do Senhor
Mas(...) insensatamente estender esse desejo ao ponto de desejar ser conduzida
em todas as coisas. O desejo de ser conduzido pelo Senhor é um ponto forte,
mas precisa ser acompanhado do entendimento de que nosso Pai Celestial deixa
muitas decisões para nossa própria escolha pessoal. As decisões pessoais são
uma das fontes de crescimento pelas quais precisamos passar na mortalidade.
As pessoas que tentam passar todas as decisões para o Senhor e pedem revelação
em todas as suas escolhas logo se encontrarão em uma situação na qual irão orar
por orientação e não a receberão. Por exemplo: É provável que aconteçam inúmeras
situações em que as escolhas sejam triviais ou qualquer escolha seja aceitável.
Devemos estudar as coisas em nossa mente, usando o poder de raciocínio que o
Senhor colocou dentro de nós. Depois disso, devemos orar por orientação e agir
de acordo com o que recebermos. Se não recebermos orientação, devemos agir
de acordo com o que julgarmos ser melhor. As pessoas que insistem em buscar
orientação por revelação nos assuntos que o Senhor não decidiu dirigir-nos pode
criar uma resposta a partir de suas próprias fantasias ou preconceitos, ou até
receber resposta por meio de revelação falsa”. (“Nossos Pontos Positivos Podem
Causar Nossa Ruína”, A Liahona, maio de 1995, pp. 13–14)

Além disso irmãos, Deus esta no controle de todas as coisas. Um país maravilhoso como o Brasil, segundo os líderes da Igreja, onde o evangelho é tão bem recebido, será um potência mundial (e já esta se tornando). Não creio que o frágio e débio braço da carne consiga impedir as bênçãos de Deus para o Brasil. Em outras palavras, seja Dilma, seja Serra, seja Marina, seja Plínio, ou não seja nenhum desses - o Brasil prosperará! Isso não é desculpa para votar em qulaquer um ou deixar de analizar as questões politicas.

Um comentário:

Reinaldo Oliveira disse...

todas as vezes que oro a Deus sobre o candidato em quem votar. Tenho este mesmo sentimento. Muitos membros não entendem o princípio de revelação e tendem a pensar que Deus vai simplesmente dizer: você deve votar no fulano... ou vote nulo por que ninguem presta...
Não, ele jamais fará isto. Ele mesmo disse em D&C esqueci qual sessão, mas diz que "aquele que é compelido em todas as coisas é servo indolente"...
Ou seja, muitas vezes devemos fazer uma escolha.
Esse é o principio do arbítrio.
Também creio em minhas conviccões politicas assim como as religiosas, e que enquanto houver justos em nosso país, Deus jamais deixará que sejamos governados por pessoas contrárias aos principios basicos da religião como a liberdade de adoração, nos impondo o que a Igreja deve aceitar ou não.
a mesnos que o próprio povo da Igreja traga sobre si estas maldições.