22 de dez. de 2010

Que presente posso dar a Cristo neste Natal?

Neste Natal que tal dar um presente para o Salvador? Eu gostaria de fazer isso, e acho que muitos dos que lerem esta postagem também. Mas o que eu e você podemos dar a um Deus – que já tem tudo – sendo de eternidade em eternidade, onisciente, onipotente e onipresente? A única maneira de saber é estudar Sua Palavra e identificar o que ele nos pede.

Durante a vida do Salvador alguns procuraram honrá-lo com presentes. Quando ainda era pequenino reis (talvez três) vieram lhe visitar. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11). Pode até haver um simbolismo místico por trás de cada presente, todavia o que quero ressaltar é que eles deram o que julgaram ser melhor ao rei dos reis, que eles sabiam, era aquele infante menino. Eles ofereceram mais do que presentes materiais. As escrituras dizem que eles se prostraram e O adoraram.
Ao estudar a vida de Cristo notei que ele não procurava ouro e prata, como alguns de nós o fazem tão ardentemente. Na realidade ele já tinha tudo isso. Quando Pedro precisou pagar o imposto, o Senhor lhe indicou que uma moeda estava na boca de um peixe que ainda seria pescado! (Mateus 17:27) Isso me faz concluir, que se Ele quisesse poderia ter todo ouro do mundo, pois poderia localizá-lo com seu poder. Ele não precisa e certamente não quer posses materiais. Ele mesmo ensinou que estas coisas são corruptíveis: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
O que Ele quer de nós então? Ele respondeu com simplicidade: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15). O rei Benjamim ensinou: “E eis que tudo que ele requer de vós é que guardeis seus mandamentos” (Mosias 2:22).
Se o Salvador quer que guardemos seus mandamentos quais são estes mandamentos? “E disse aos filhos dos homens: Segui-me. Portanto, meus amados irmãos, poderemos nós seguir a Jesus se não estivermos dispostos a guardar os mandamentos do Pai? E disse o Pai: Arrependei-vos, arrependei-vos e sede batizados em nome do meu Filho Amado” (2 Néfi 31:10-11).
Para aqueles que não entraram nas águas do batismo na Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias o convite é claro: devem ser batizados. Mas e aqueles que já foram batizados?
“Eis, porém, meus amados irmãos, que assim veio a mim a voz do Filho, dizendo: Depois de vos arrependerdes de vossos pecados e de testificardes ao Pai que estais dispostos a guardar meus mandamentos pelo batismo de água; e de haverdes recebido o batismo de fogo e do Espírito Santo e de poderdes falar em uma língua nova, sim, na língua de anjos; se depois disso me anegardes, teria sido melhor para vós que não me houvésseis conhecido. E ouvi a voz do Pai, dizendo: Sim, as palavras do meu Amado são verdadeiras e fiéis. Quem perseverar até o fim, esse será salvo. E agora, meus amados irmãos, sei por isso que, a menos que o homem persevere até o fim, seguindo o exemplo do Filho do Deus vivente, não poderá ser salvo. (...) E estareis então no caminho estreito e apertado que conduz à vida eterna; sim, havereis entrado pela porta; havereis procedido segundo os mandamentos do Pai e do Filho; e havereis recebido o Espírito Santo, que dá testemunho do Pai e do Filho em cumprimento da promessa que vos fez de que, se entrásseis pelo caminho, receberíeis. E agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido afeito. Eis que vos digo: Não; porque não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar. Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna” (1 Néfi 31:14-16, 18-20).
Com essa escritura aprendemos que depois de sermos batizados devemos honrar esse convênio e perseverar até o fim. Semanalmente recebemos uma ajuda especial para isso. Chama-se sacramento: pão e água são distribuídos aos dignos para que eles sempre se lembrem de Cristo, procurem tomar sobre si o nome Dele e guardem Seus mandamentos. Esse convênio inclui guardar o dia do Senhor, pagar o dízimo, estudar as escrituras, orar, jejuar, seguir os profetas, etc.
Esse compromisso, de permanecer fiel, significa oferecer um sacrifício – um coração quebrantado e um espírito contrito (3 Néfi 9:20).
Em suma, Cristo nos pede nosso coração: “eu, o Senhor, exijo o coração dos filhos dos homens” (D&C 64:22). O coração é o símbolo da disposição e vontade do homem (GEE “Coração”). É o símbolo de nosso arbítrio. O que Cristo quer de nós é nossa vontade. Creio que essa é a única coisa que é realmente nossa e podemos ofertar a Ele. Dar nossa vontade significa seguir Cristo e agradecê-lo.
Neste Natal e em todos os dias de nossa vida que possamos presentear Cristo com boas ações, fazendo o que ele faria em nosso lugar – exercendo nosso arbítrio da maneira que sabendo ser correta, não demorando para guardar seus mandamentos. Que possamos ser batizados. Se já o fomos na Igreja verdadeira, que possamos honrar esse convênio e oferecer a Cristo muito mais do que ouro, incenso e mirra – porque essas coisas já são Dele. Que possamos dar tudo o que temos, mesmo que seja pouco: todo nosso coração, poder, mente e força. Que possamos estar dispostos a perder nossa vida por amor a Ele.
No final, ao darmos nossa vontade, deixaremos o Mestre muito feliz, mas substancialmente não lhe acrescentaremos nada. De fato, ao presentear Cristo com nosso coração, nós é que somos mais abençoados: “quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 10:39). Como o rei Benjamim ensinou mesmo que ofertemos tudo a Deus ainda lhe seremos eternos devedores (Mosias 2:22-25).
Que possamos ser como a geração de nefitas que recebeu a visita de Cristo. Ele disse sobre eles: “E agora, eis que minha alegria é grande, até a plenitude, por causa de vós e também desta geração; sim, e até o Pai se alegra e também todos os santos anjos, por causa de vós e desta geração; porque nenhum deles está perdido” (3 Néfi 27:30). Que possamos dar essa alegria a Ele, que possamos ser gratos pelos dons que ele nos Deus – por que “em nada ofende o homem a Deus ou contra ninguém está acesa sua ira, a não ser contra os que não confessam sua mão em todas as coisas e não obedecem a seus mandamentos” (D&C 59:21). Isso significa adorar Cristo: seguir seus mandamentos e agradecê-lo por isso.

Um comentário:

Laionel disse...

Ahh muito Legal, muito bom mesmo Guerreiro. Laion.