31 de dez. de 2011

Como o Espírito pode estar em todos os lugares?

Pergunta original: "Eu tenho outra pergunta ...Como o Espirito Santo consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo se ele é um espirito de forma de um homem(1 NF 11:11)?"



O Manual Princípios do Evangelho ao falar dos atributos do Espírito Santo simplesmente diz: "O Espírito Santo é um membro da Trindade (ver I João 5:7; D&C 20:28). Ele é um “personagem de Espírito” (D&C 130:22). Pode estar somente em um local de cada vez, mas Sua influência pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo." ("O Espírito Santo", página 32).
                Recebi esse ensinamento ainda como menino, e o exemplo que me foi dado para que eu compreendesse  (o qual guardo até hoje) foi o do sol. O magnífico astro que dá vida e luz é a apenas um - e esta no centro de nosso sistema solar. Sua influência e calor, todavia, são sentidos por todos os planetas e astros menores de nosso sistema - além disso sua luz percorre a imensidão do espaço.
                Assim também é o Espírito Santo. Ele é apenas um personagem - que tem a forma de um homem, como você disse em sua pergunta, mas cujo poder e glória se irradiam por todo universo.
                É evidente que como seres finitos e imperfeitos a compreensão de coisas eternas e perfeitas é deficiente. Não sabemos exatamente como a luz do Espírito Santo pode inundar o mundo - mas de fato isso acontece. Não saber tudo não é problema. Mesmo os maiores cientistas não conseguem explicar a gravidade. Eles reconhecem sua existência e força e podem usá-la de diversas maneiras, mas não a entendem completamente. Semelhantemente não podemos explicar tudo sobre o Espírito Santo - mas isso não nos induz a pensar que Ele não existe ou que a doutrina de seu poder e dom é falsa. Vemos em nossa própria vida manifestações que sua influência é real.
                Houve uma ocasião, quando eu estava no CTM como missionário (e essa é uma experiência muito sagrada para mim) em que eu e meu distrito sentimos o poder do Espírito Santo de uma forma tão poderosa que nos cerrou a boca de modo que não podíamos falar -e encheu nossa alma de alegria - de maneira que vertemos lágrimas. Pareceu-me que era o mesmo que aconteceu com os nefitas no tempo de Benjamim - porque também havíamos acabado de ouvir um excelente discurso (Mosias 4:20). A sala estava iluminada - e eu bem que poderia descrever que estávamos rodeados por fogo - porque o calor e a luz eram supremos.
                Essa foi uma terna misericórdia. Uma confirmação, como os filhos de Mosias tiveram, de que o Senhor estaria conosco em nossas missões (Alma 17:10-12; 26:27). Em dado momento fui inspirado a dizer - e disse, embora com certa dificuldade - que o Espírito Santo estava ali. E estava, e todos sabíamos disso perfeitamente - porque perfeitamente o sentíamos.
                Em muitas outras ocasiões senti o poder do Espírito poderosamente. Seus dons e frutos estiverem e estão comigo e com os santos de Deus. E assim permanecerão, dês de que sejamos dignos Dele. E quão grato sou por tudo isso!
                O Espírito Santo é um Deus - é membro da Trindade. Ele conhece todas as coisas e pode estar em todos os lugares - Ele também pode não estar - pois quando usamos nossa arbítrio para escolher as trevas o Espírito se afasta. Que maravilhoso é tudo isso!
                 
                A maioria dessas declarações devem ser entendidas pela fé. Fé não é um perfeito conhecimento - mas é um conhecimento baseado na esperança. Dia virá em que o próprio Deus será por nós compreendido, caso tenhamos esperança. Mas até lá devemos aceitar algumas verdades pela fé - porque se não, preciosas bênçãos deixarão de nos ser concedidas.
               
                Para aprender mais sobre o Espírito Santo leia as escrituras. Veja o Guia de Estudo Para as Escrituras "Espírito Santo" - onde há uma lista com passagens que falam sobre o Espírito Santo. O estudo do Guia Sempre Fiéis "Espírito Santo" e o Manual Pregar Meu Evangelho Capítulo 4 é muito útil - sendo que esses são recursos usados pelos missionários ao ensinar. Há também uma infinidade de discursos e artigos no site da Igreja. Basta acessar o site e digitar na barra de busca "Espírito Santo".

29 de dez. de 2011

SINAIS DA SEGUNDA VINDA


Abaixo alguns eventos e fatos mencionados nas escrituras, para formar uma linha temporal, do começo da  existência temporal da Terra ao fim dos tempos - quando a Terra é celestializada.

1º.   Vida pré-mortal (Abraão 3:22-26, Jeremias 1:5)
2º.   Criação (Moisés 2:1, Gênesis 1)
3º.   Vida antes da Queda (Genesis 2-3, Moisés 3:15-17)
4º.   Queda (Moisés 4)
5º.   Terra Temporal - os sete dias (2 Néfi 2:21)
a.       Primeiro milênio (Apocalipse 6:1-2Gênesis 4-5, Moisés 6-7, D&C 107:41-57, Hebreus 11:4-5, Judas 1:14-15)
                                                  I.      Dispensação de Adão
b.      Segundo milênio (Apocalipse 6:3-4; Gênesis 6-9, Moisés 8, D&C 107:52, Lucas 17:26-27, Éter 1:3, 6-8)
                                                  I.      Dispensação de Enoque e Noé
                                                II.      Dispensação dos Jareditas
c.       Terceiro milênio (Apocalipse 6:5-6; Gênesis 10-50, de Êxodo até I Samuel; Abraão 1-3, D&C 84:13-14, D&C 132:29-37 e 65, Atos 7:2-17; Romanos 4:1-3 e 13, Hebreus 7:5-9, Tiago 2:21-23, Éter 9-11)
                                                  I.      Dispensação de Abraão
d.      Quarto milênio (Apocalipse 6:7-8; de II Samuel até Malaquias, Atos 7:18-45, de 1 Néfi até Helamã)
                                                  I.      Dispensação de Moisés
                                                II.      Dispensação de Leí
e.      Quinto milênio (Apocalipse 6:9-11; de Mateus até Apocalipse, De 3 Néfi até Morôni, excetuando-se boa parte do livro de Éter; muitas outras passagens de escrituras falam sobre o ministério do Senhor Jesus Cristo e de eventos do quinto selo)
                                                  I.      O nascimento, ministério e morte do Senhor Jesus Cristo
                                                II.      Dispensação do Meridiano dos Tempos
                                              III.      Inicio da Grande Apostasia
f.        Sexto milênio (Apocalipse 6:12-17, 1 Néfi 3 e 13, Doutrina e Convênios, Efésios 1:10; muitas outras passagens de escrituras falam sobre os eventos dos últimos dias)
                                                  I.      A Grande Apostasia prossegue
                                                II.      Restauração do Evangelho
                                              III.      Sinais dos Tempos [1]:
·         Descoberta e Colonização das Américas (1 Néfi 13:12-19 e 30-34)
·         Iniquidades, guerras e tumultos (II Timóteo 3:1-5; D&C 88:91, Apocalipse 8-9 e 12-13)
·         Pestes, doenças e catástrofes naturais (Mateus 24:7, D&C 88:89-90, D&C 45:31, Apocalipse 8)
·         Surgimento do Livro de Mórmon (Salmos 85:11, Isaías 29:4 e 10-13, Apocalipse 14:6-7, Ezequiel 37:15-20, 2 Néfi 3:12-21, Éter 5:4)
·         Um descendente de José do Egito traz muita restauração à casa de Israel, e seu nome é conhecido por bem e mal (Apocalipse 14:6-7, 2 Néfi 3, Introdução do Livro de Mórmon: Testemunho do Profeta Joseph Smith, sexto parágrafo)
·         Manifestações celestiais (Joel 2:28)
·         Construção de Templos (Isaías 2:2-4, Apocalipse 21)
·         Guerras e rumores de guerras (Apocalipse 9, 1 Néfi 12:21, Mateus 24:6)
·         A vinda de Elias (Malaquias 4:5-6. D&C 2, D&C 110:13-16)
·         Quatro anjos deixam os portais dos céus e as catástrofes aumentam (Apocalipse 7:1-3)
·         Os descentes de Leí se tornam um grande povo (Apocalipse 7:6 e 8, D&C 49:24)
·         A construção da nova Jerusalém (Apocalipse 21. Éter 13:5-6)
·         O evangelho é pregado a toda nação (Apocalipse 14:6-7 e Mateus 14)
·         O Templo de Jerusalém é renovado (Apocalipse 15:8, Ezequiel 37:28, D&C 133:12-13, 30-35)
·         As dez tribos perdidas retornam (Apocalipse 7, D&C 110:11)
·         O amor na Terra esfria (Apocalipse 11, 12-13, D&C 45:27)
·         Falsos Cristos surgem (Apocalipse 19:20, Marcos 13:22)
·         As águas do mar morto se tornam puras (Ezequiel 47:1-9)
·         Uma grande guerra mundial começa (Apocalipse 9-10, 16, Ezequiel 38-39)
·         Reunião dos 144 mil Sumos-Sacerdotes ocorre (Apocalipse 7:1-8 e 14:1-5, Daniel, D&C 133:18, Daniel 17:13)
·         O sol não dá mais sua luz e a lua se torna em sangue (Apocalipse 6:12 e 8:12, Joel 2:31, D&C 34:9, Isaías 24:23)
·         Um grande sinal no céu aparece[2] (D&C 88:93, Mateus 24:30)
·         Dois apóstolos pregam e são assassinados em Jerusalém (Apocalipse11:1-14, D&C 77:15)
·         Se dá a batalha do Armagedom. Cristo aparece de vermelho para salvar seu povo e vence os exércitos das nações. Cristo se manifesta ao mundo (Apocalipse 14:14-20, 16:15-21; 19:11-15; D&C 133:19-24, 46-52)
                                              IV.      Meia-hora de silêncio nos céus (Apocalipse 8:1; D&C 88:95).
                                                V.      Sete trombetas - Alguns eventos mencionados no item f, III se darão mais precisamente, ou se consumarão, nesta ocasião, como por exemplo a Batalha do Armagedom. (Apocalipse 8-9, 11:15-19, 15-18; Ezequiel 38, Joel 3:9-14, Zacarias 14:2-5; 3 Néfi 26:3)
·         O santos que morreram ressuscitam
·         Os justos são arrebatados
·         Os iníquos são queimados e vão ao inferno
·         A Terra é transformada
g.       Sétimo milênio (Apocalipse 20:4; Isaías 2:4, Ezequiel 36:35, 1 Néfi 2:26, D&C 29:11 e 22, D&C 43:30, D&C 45:45 e 58, D&C 101:23-34, Moisés 7:64).
                                                  I.      Paz mundial
                                                II.      Pregação do evangelho à todos, em ambos os lados do véu
                                              III.      Todo se convertem
                                              IV.      No final do milênio Satanás é solto
6º.   O fim da Terra
a.       Satanás reúne seus seguidores e Miguel reúne os de Cristo. Ocorre a Última batalha (Apocalipse 20:7-9; D&C 88:111-116)
b.      Julgamento Final (Apocalipse 20:12, Romanos 14:10, D&C 128:6-7, 3 Néfi 27:16, D&C 133:2; D&C 29:12)
7º.   Celestialização da Terra (Apocalipse 21:1-8, D&C 77:1, D&C 130:8-9)


[1] Colocar os eventos dos últimos dias em ordem cronológica é trabalho dos mais tormentosos. E é assim não só porque os eventos estão embaralhados nas obras-padrão (como que parecendo que o Senhor deseje que nós estudemos todas as escrituras, para que, depois de árduo, diligente e constante esforço mereçamos identificar os sinais do tempos e a sucessão deles na História). A dificuldade reside porque muitos dos acontecimentos dos últimos dias se darão paralelamente a outros, ou terão seu termino bem depois de outros, que estão colocados na lista posteriormente. Ou seja, vários sinais podem se mostrar ao mesmo tempo; podem apresentar-se bem próximos uns dos outro; e ainda deve-se saber que raramente um sinal findará sem que outros sinais tenham surgido. Por exemplo, a grande iniquidade, como sinal da Segunda Vinda, que haveria de surgir no mundo, já começou (dês da época da Grande Apostasia) e vem se intensificando cada vez mais - e sabemos que não cessará até que Cristo retorne.
                        O "surgimento do Livro de Mórmon" é outro sinal, que sem dúvida antecedeu o sinal de "construção de Templos". Mas poderíamos dizer que depois do primeiro Templo ser erguido o Livro de Mórmon ainda não havia surgido em todo seu esplendor - pois apenas era traduzido em inglês e havia sido pouco divulgado. Hoje o livro esta disponível em mais de cem línguas e é usado em todas as nações pelos missionários - e isso, por certo, demonstra que sinal do "surgimento do livro de mórmon" ainda esta para cumprir sua media plena.
                        Assim embora seja fácil reconhecer, através de estudo diligente das escrituras, que Elias voltaria antes do evangelho ser pregado a todas as nações, não é tão fácil encaixar com absoluta precisão a posição dos eventos que dizem respeito a reunião dos 144 mil e da reconstrução do Templo de Jerusalém. Porque, como eu disse, as escrituras não se preocupam em dar especificações, apenas dizem que essas coisas acontecerão antes da Segunda Vinda. Enquanto Sião estiver sendo construída vários sinais poderão estar em curso, tais como a grande guerra mundial, a pregação dos dois profetas em Jerusalém, etc.
                        Digo tudo isso para esclarecer que a ordem dos sinais não deve ser levada como inequívocavelmente exata, mas sim certamente aproximada. Além disso, por mais completo que possa parecer, o rol de sinais aqui mostrado é exemplificativo e não exaustivo. Há outros sinais expostos em todas as obras padrão, e também profecias dos profetas dos últimos dias (como por exemplo a profecia de Joseph Smith de que o arco-iris será retirado do céu antes da Segunda Vinda). Apenas o estudo pessoal vigoroso das escrituras (e não de outros materiais) poderá desvendar a plenitude das verdades preciosas que ajudarão o fiel a reconhecer os sinais e preparar-se para o Dia do Senhor.
[2] Sobre esse sinal que aparecerá no céu, o Profeta Joseph Smith disse: “Judá precisa voltar, Jerusalém e o templo precisam ser reconstruídos, e sairá água por debaixo do templo, e as águas do Mar Morto se tornarão saudáveis [ver Ezequiel 47:1–9]. Levará algum tempo para reconstruir as muralhas da cidade e o templo, etc.; e tudo isso precisa ser feito antes que o Filho do Homem apareça. Haverá guerras e rumores de guerras, sinais acima nos céus e embaixo na Terra, o sol se tornará em trevas e a lua, em sangue, haverá terremotos em diversos lugares, as ondas dos mares se lançarão para além de seus limites; então aparecerá um grande sinal do Filho do Homem no céu. Mas o que o mundo fará? Dirão que é um planeta, um cometa, etc. Mas o Filho do Homem virá como o sinal da vinda do Filho do Homem, que será como a luz da manhã que vem do oriente [ver Joseph Smith — Mateus 1:26]” ("A Segunda Vinda e o Milênio", Ensinamentos dos Presidentes da Igreja - Joseph Smith, pg. 263-264).

27 de dez. de 2011

Como escapar da imundice do mundo?


                Na internet não é raro, infelizmente, se deparar acidentalmente com uma imagem pornográfica, mensagens maliciosas, ideias falsas e anticristãs e todo tipo de lascívia. A televisão é cheia de peçonha mortal. São raros os programas que não desprezam o bem, a moral e a religião verdadeira. Outros meios de comunicação – como revistas, livros e jornais também promovem o relativismo, a adoração aos falsos deuses (o deus do corpo perfeito, o deus do dinheiro, o deus da gratificação e reconhecimento social, o deus da autoindulgência, etc.). Com astutos ardis, os meios de comunicação em massa maculam a pureza da verdade e envenenam a mente. Devagar, eles induzem seus espectadores a chamarem o bem de mal e o mal de bem. Muitas vezes estes canais são instrumento de Satanás para maximizar a iniquidade – e fazer com que o amor na Terra esfrie. Infelizmente o caminho sugerido por esses meios de comunicação estão em total oposição à felicidade.
Com tanta maldade e iniquidade neste mundo como podemos escapar do mal? Como podemos nos proteger contra a poluição espiritual que nos cerca?
Certamente não é isolando-nos do mundo. O Senhor mesmo orou: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15). Devemos estar no mundo sem ser do mundo!
Visto que não podemos nos cercar dentro de um muro devemos achar uma maneira de nos revestir da “armadura de Deus”. Podemos fazer isso e precisamos fazer isso.
Como?

1º Cumprindo o seu dever. Quando estamos cumprindo diligentemente nosso dever seremos protegidos contra o poder do demônio. O presidente George Albert Smith disse: “Seu primeiro dever é saber o que o Senhor deseja e, depois, pelo poder e pela força de Seu santo sacerdócio, magnificar seu chamado na presença de seus companheiros de tal forma que as pessoas terão prazer em segui-lo” (George Albert Smith, Conference Report, abril de 1942, p. 14; ver também Thomas S. Monson, A Liahona, maio de 2005, p. 54.). Não apenas o cumprimento do dever religioso nos protege, mas também o cumprimento de nossos deveres familiares, civis, educacionais e profissionais. Um marido que honra e sustenta a esposa, dificilmente cederá à influência do maligno de, por exemplo, enriquecer por meios ilícitos. Um jovem que se dedica para tirar as melhores notas na escola não cederá a pressão da mídia e amigos mundanos para cometer libertinagens.


2º Estudando diariamente as escrituras. Esse é um dos deveres que temos. As escrituras fazem-nos vestir a armadura de Deus. Essa armadura não é nada mais do que uma investidura de conhecimento que nos vem por revelação. É por meio do conhecimento da verdade que vestiremos do capacete da salvação, da espada do Espírito, do escudo da fé, da couraça da retidão e do cinto da virtude. Não sei de ninguém que estude as escrituras diariamente com seriedade e espírito de oração que tenha cometido grandes erros e apostatado da Igreja.

3º Orando Sempre. “Sempre” denota uma constância tal que nos permite uma comunicação interrupta com Deus. Evidentemente não fazemos isso ficando 24 horas de joelhos. Durante o dia, mantemos uma oração no coração – conversando com Nosso Pai e o agradecendo. Ocasionalmente durante o dia cantamos hinos e recitamos escrituras. De manhã, de noite e antes das refeições oramos agradecendo e pedindo. A oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5:16).

4º Seguindo os profetas. Devemos seguir os profetas 100%. A obediência seletiva cria buracos na nossa armadura espiritual – de modo que o adversário acha frestas e injeta seu veneno mortal pro elas – fazendo-nos morrer lentamente. Devemos ouvir com o coração aberto e aplicar em nossa vida o que os profetas dizem. O que o presidente Monson pediu na última conferência? Como você esta se saindo com relação a esses pedidos? Acesse esse link para se lembrar:http://lds.org/general-conference/sessions/2011/10?lang=por ; e depois coloque em prática o que ouvir. Os atalaias enxergam o perigo muito antes. Se atendermos a sua voz não cairemos. Isto é certo.

5º Arrependendo-se imediata e completamente. Como cometemos erros e pecamos precisamos do poder de Cristo para purificar-nos. O dom do arrependimento precisa ser usado. O arrependimento significa mudança. Precisamos mudar como vemos, falamos, sentimos e interagimos. Precisamos desenvolver os atributos de Cristo. Para arrependermo-nos precisamos reconhecer que erramos – e para tal precisamos ser humildades – depois precisamos confessar, consertar, abandonar e guardar os mandamentos. Satanás quer que pensemos que o arrependimento é impossível. Ele mente – é o Pai da mentira. Podemos nos arrepender e ser perdoados completamente. Se tivermos o espírito de arrependimento tornar-nos-emos dignos da companhia do Espírito Santo e seremos protegidos.

6º Fazer, lembrar e cumprir os convênios com Deus. Os convênios possuem uma força extraordinária. Satanás é limitado. Ele não pode ultrapassar os limites estabelecidos por Deus. Quando os filhos de Deus fazem convênios são selados contra o mal. Não significa que não serão tentados – mas que receberão forças, que terão direito a companhia de anjos, que terão o santo sacerdócio para os curar e os salvar, que terão as promessas de exaltação confirmadas, que terão o poder e a bênção de ordenar em nome de Jesus que as montanhas e mares de movam de uma lado para o outro. Fazer convênios, lembrar do que assumimos e colocar em prática são apenas uma maneira diferente de dizer que estamos aprendendo nossos deveres e aplicando-os da melhor maneira que podemos. Há uma luz e força que envolve o povo do convênio e Satanás sabe disso – e se enfurece com isso. Seu grande esforço concentra-se em não permitir que os filhos de Deus façam convênios, se lembre deles ou os cumpra. A felicidade da família é o centro do propósito dos convênios de Deus. É por isso que Satanás quer destruir e menosprezar a importância dos convênios com Deus. Ele vai destruir a felicidade e a família ao destruir os convênios. Mas nós não permitiremos isso. Vamos honrar nossos compromissos com Deus e desse modo seremos protegidos e guiados. Somos seus povo e temos direito a Sua bênção.

7º Ajudar o próximo. Quando ajudamos o próximo ajudamos a nós mesmos. Não sei exatamente como isso acontece. Mas de fato acontece. Essa é uma das melhores maneiras de cumprimos nosso dever e ao mesmos tempo sermos protegidos. Se quisermos vencer a depressão, por exemplo, devemos ajudar os pobres e carentes. Se quisermos aprender mais sobre Cristo devemos pregá-lo. Se quisermos que os outros nos amem, devemos amar mais. Enfim, se quisermos ser resguardados, devemos servir. Servimos nosso próximo de muitas maneiras. Pode ser ajudando-o em alguma tarefa rotineira, pode ser doando alimento, pode ser ouvindo um amigo aflito, pode ser pregando o evangelho. Ao servir desse modo generoso seremos servos de Deus, estaremos cercados de luz celestial e protegeremos nosso próximo. Lembrem-se que onde há luz não há trevas. Porque a luz repele as trevas. E luz se apega a luz – até o dia perfeito.

8º Ouvir os que vieram antes de nós. Quando damos ouvidos a nossos pais, lideres e irmãos mais velhos somos protegidos - porque tornamo-nos sábios. O Élder Balard falou sobre isso numa conferência geral: http://lds.org/general-conference/2009/04/learning-the-lessons-of-the-past?lang=por

24 de dez. de 2011

Meu Testemunho de Jesus Cristo neste Natal


                O Natal é a época em que o mundo cristão comemora o nascimento do Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Mas quem é Jesus Cristo?
                  Jesus Cristo é o Criador do universo (João 1:10, 14). Ele é o filho primogênito de Deus nos céus (Colossenses 1:15)- nosso irmão mais velho (Apocalipse 1:5). Ele é o Deus da Adão, Noé e Abraão - era conhecido como Jeová (GEE "Jeová") - e foi o mesmo que guiou Israel para fora do Egito. Ele ordenou que os profetas antigos profetizassem sobre sua vida - que Ele nasceria e morreria pela humanidade. Seu sacrifício de sangue concederia o perdão e a imortalidade da alma (GEE "Expiação").
                No dia seis de abril do ano 1 antes de Cristo não houve escuridão na noite do continente Americano (3 Néfi 1). Uma nova estrela brilhou no céu (Helamã 14:5). Três magos a avistaram - para depois de alguns meses visitarem o menino que nascera (Mateus 2:2). Mas voltando aquela gloriosa noite: anjos foram vistos cantando e anunciando. Pastores foram conclamados a ir e ver por si mesmos. Num estábulo pacato lá estava a "agraciada" Maria, o bom José - e o pequenino Jesus (Lucas 2). Jesus era o Unigênito do Pai - pois era o único semi-deus - tendo poder para dar sua vida e tornar a tomá-la (GEE "Unigênito").
                Jesus Cristo foi o maior dos profetas - foi muito mais que um profeta - foi e é o Deus dos Profetas. Em seu ministério de três anos - que começou aos 30 anos - curou enfermos, estabeleceu sua Igreja sobre o fundamento de Doze Apóstolos, ensinou, motivou, guiou e abençoou o povo. No final de sua vida foi traído e entregou Sua Vida - consumando a Expiação - que é o sacrifício de amor para redimir o mundo (GEE "Jesus Cristo").
                Ele, contudo, não permaneceu na tumba. Num domingo de manhã Ele levantou-se dos mortos - sendo as primícias dos que dormem - o primeiro a ressuscitar! Ele apareceu a seus discípulos e ordenou que divulgassem seu nome (Lucas 24).
                Em nossos dias Ele também apareceu e chamou um profeta (Joseph Smith - História). Hoje Doze Apóstolos conhecem Jesus Cristo como também Dele são conhecidos. Aqueles que crêem nos profetas e apóstolos podem ter vida eterna (D&C 46:13-14). Por meio da fé, arrependimento, batismo, recebimento do dom do Espírito Santo e perseverança até o fim todos poderão ser redimidos (2 Néfi 9:21-24). Cristo redimirá todos de seus pecados, mas não em seus pecados - querendo isto dizer que, Ele santificará apenas os penitentes.
                Eu sei que Cristo vive. Ele Voltará mais uma vez a Terra (GEE "Segunda Vinda"). Chamamos esse evento de Segunda Vinda. Ele virá, nesta segunda vez, não como um humilde bebê, mas com poder e grande glória. Não haverá uma estrela brilhando no céu banhando a Terra com uma nova luz - mas vapores de fumaça, estrelas sendo arremessadas do céus e anjos anunciando o fim do mundo iníquo. Quando Cristo voltar todos os dias serão como o Natal - pois a Terra será purificada. Por mil anos Ele reinará pessoalmente sobre a Terra. E no final a Terra será santificada e tornar-se-á um Reino Celestial.
                Anseio por esse dia. Sei que esta próximo. Amo meu Senhor. Testifico que o primeiro Natal foi tal como dizem as escrituras. Sei que Cristo vive. Não há como negar isso - pois o Espírito Santo falou-me a respeito disso.

22 de dez. de 2011

Como podemos ajudar uma pessoa a saber que Jesus foi muito mais que um grande mestre moralista? Como uma pessoa pode entender que Jesus é o Cristo?


Bem é preciso haver lágrimas, esforço e dons celestiais. Explicarei abaixo.
O Espírito Santo é o membro da Trindade que presta testemunho do Pai e do Filho (Moisés 7:11). Por meio Dele podemos saber que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (Morôni 10:5-7). Sentir o Espírito Santo e reconhecê-lo, entretanto são resultados de um processo. Esse processo começa com o contato com a Palavra de Deus (Romanos 10:17). Ou seja, alguém que nunca ouviu sobre Cristo não poderá aprender sobre Ele. Esse “ouvir” pode ocorrer com a leitura das escrituras, com uma manifestação incomum (sonho, visão, ministração de anjo) ou com a pregação dos servos de Deus.
Todos os que nascem nesta Terra tem direito a luz de Cristo. Essa influência poderosa enche a imensidão do espaço e dá vida e luz a todas as coisas (GEE “Luz de Cristo”). Uma de suas manifestações é o desejo natural que todo homem tem de adorar. Esse desejo permite que a Palavra encontre lugar na mente e coração dos homens. A luz de Cristo também se manifesta na consciência. Quando escolhemos o certo preparamo-nos para aprender mais sobre Cristo. A luz de Cristo faz-nos desejar o bem, o belo e o divino. A luz guia a felicidade – e, portanto, molda nossos mais sublimes desejos.
Assim sendo, após ouvirmos a Palavra, devemos desejar acreditar (Alma 32:27)
Desejar acreditar em quem?
Deus, que ama seus filhos, deseja que saibamos que Ele vive, e que enviou Seu Filho Amado para redimir a humanidade. Portanto Ele chama profetas (GEE “Profetas”). Faz isso enviando anjos e dons de Sua presença. Os anjos transmitem as palavras aos profetas. Os profetas recebem autoridade para pregar o evangelho e propagar a doutrina de Cristo de maneira clara. A vida dos profetas é uma manifestação da vida de Cristo – ou seja, as obras e palavras dos profetas demonstram como Cristo agiria se estive pessoalmente entre nós e o que Ele nos pedira para sermos felizes. Assim estudar e observar os profetas de Deus é importante para conhecer o verdadeiro Cristo.
Há profetas antigos e modernos. Estudar as escrituras, que são as palavras dos profetas nos faz aprender sobre o Senhor – porque elas testificam de Cristo e persuadem todos os homens a tornarem-se como Ele (João 5:39, 2 Néfi 3310-11). Assim o desejo de acreditar é complementado pela verdade revelada pelos profetas e servos de Deus. Desejamos acreditar no que os profetas e escrituras pregam (Romanos 10:14)
Ouvir os santos de Deus e seguir seus bons exemplos também nos faz aprender quem é Cristo. Pois eles são uma luz para o mundo (3 Néfi 18:24).
Depois de considerar essas coisas em nossa mente e coração, devemos indagar a Deus se são verdadeiras. Fazemos isso através de oração (GEE “Oração”). Uma oração é uma conversa que temos com Deus. Podemos fazê-la em voz alta ou em pensamento, de joelhos ou em pé. É melhor que sejamos reverentes e sinceros – usando nossas próprias palavras de modo adequado. Devemos expressar nossos sentimentos e perguntas abertamente.
Será exigido que paguemos o preço da revelação (da resposta de Deus). Essa “pagamento” é uma prova de fé (Éter 12:6)– uma maneira de provarmos a nós mesmos que estamos desejosos de aprender mais sobre Deus e Cristo. Talvez precisemos ir à igreja, ler mais as escrituras e prestar serviço. Durante ou depois dessas obras de fé nossa resposta virá.
A simples petição seguida de ação justa é poderosa, pois convida à revelação (GEE “Revelação”). O Espírito Santo achará em nós disposição suficiente para nos testificar que Jesus é o Cristo. Esse conhecimento provocará uma mudança em nosso coração. Nossas atitudes mudarão, nossa visão mudará. Teremos desejo de agradar a Deus e conhece-lo melhor.
Começaremos a andar em novidade de vida. Veremos que os ensinamentos de Cristo não são uma filosofia para uma vida pacífica, mas o plano de salvação que cura, salva e ressuscita. Perceberemos que, por meio de Cristo, a Vida Eterna se tornou uma possibilidade.
À medida que guardarmos os mandamentos de Deus iremos conhecer Cristo. Porque ao guardarmos os mandamentos o Espírito nos purificará. E os puros conhecem a Deus (3 Néfi 12:8).

Se você tiver que ensinar pessoas que não tem formação cristã ou se rebelaram contra Deus você pode aprender com os ótimos exemplos do Livro de Mórmon em Alma 17-25 e 30-32. Você pode compartilhar discursos da conferência Geral (http://lds.org/general-conference?lang=por), o documento “O Cristo Vivo” (http://www.lds.org.br/brz_mn_item.asp?v_section=1&v_item=6&v_mask=LKPWPERMFS) e filmes da Bíblia (http://lds.org/bible-videos?lang=eng). Pode também convidar os missionários de tempo integral para ensinar – eles que saberão o que fazer e como responder as perguntas. Se tudo que puder fazer for testificar sobre o Senhor Jesus, mesmo sem conseguir explicar como tem esse conhecimento, o Espírito Santo estará presente e tocará o coração do ouvinte.

Eu sei que Jesus Cristo não foi apenas um líder carismático – foi e é um Deus – que morreu por mim e salvou-me! Eu sei que Ele vive hoje e que voltará a Terra.

17 de dez. de 2011

Perguntas sobre animais, seu propósito e diferença com o homem.


Uma amiga pediu-me que responde-se as questões abaixo. Procurei ajuda-lá nisso.

Porque há diferença entre os homens e os animais?
                As escrituras ensinam que Deus criou os animais no quinto dia e sexto de criação, e o homem no final do sexto dia. Apesar da ciência classificar o homem como pertencente ao Reino Animalia, sendo um mamífero - sabemos, pelas escrituras e revelações que há uma diferença essencial entre os homens e os animais: os homens são filhos de Deus (Malaquias 2:10, Romanos 8:16-17). Leí disse simplesmente que há coisas que agem e coisas que recebem a ação (2 Néfi 2:14).
                Porque? Para que Deus conseguisse "seus eternos propósitos com relação ao homem". Os animais foram criados para o beneficio do homem. Pense: os animais servem de companhia e como protetores (Êxodo 22:5); servem para embelezar o mundo (Genesis 1:25); servem como alimento, vestuário e como meio da transporte (Gênesis 30:43, Levítico 25:7); servem para cumprir profecias (João 12:15); servem como parábolas, alegorias e símbolos (Provérbios 26:11, II Pedro 2:22, Salmos 51:19);  servem até para afligir e provar os filhos de Deus (Êxodo 8:8) - e muito mais.
                Os animais possuem espírito - e foram criados na vida pré-mortal. Os animais ressuscitarão, pois a Expiação - que reconstituiu tudo e todos, com exceção os filhos da perdição (D&C 76:43) -  lhes concederá imortalidade e perfeição.
                O Senhor disse que o homem dominaria sobre os animais (Genesis 1:26) - e isso realmente tem acontecido. Entretanto esse domínio não deve ser injusto. Deus não se agrada dos que maltratam os animais e os aniquilam sem o propósito de sobreviver.
                Uma lista de animais mencionados na Bíblia, que achei na internet:
Abelha - Dt 1:44; Jz 14:8; Sl 188:12, Is 7:18
Andorinha - Sl 84:3, Pv 26:2, Is 38:14, Jr 8:7
Asno - Gn 22:3; Nm 22:28, Dt 22:10, Jz 5:10; 10:4; I Sm 9:3 Mt 21:2
Baleia- Jó 7:12; Ez 32:2, Mt 12:40
Boi - Êx 21:28; 22:1; 23:4; Lv 17:3; Dt 5:14; 22:1; 25:4; Lc 13:15; 1Co 9:9; 1Tm 5:18
Cabra - Gn 15:9; Lv 3:12, 4:28, 7:23, 17:3; 22:27, Nm 15:27, 18:17, Dt 14:4,5; 1Sm 19:13,16
Camelo - Gn 24:64, 31:34, Lv 11:4; Dt 14:7; Mt 3:4, 19:24, 23:24, Mc 1:6; 10:25; Lc 18:25;
Cão - Êx 11:7; Jz 7:5; 1Sm 17:43, 24:14, 2 Sm 3:8, 9:8; 16:9; 2Rs 8:13, Sl 22:20, Pv 26:11,17; Ec 9:4, Is 66:3; 2Pe 2:22
Cavalo - Dt 17:16; 2Rs 23:11, Jó 39:19, Sl 32:9, 33:17, Is 31:1
Cegonha - Lv 11:19, Dt 14:18, Sl 104:17, Jr 8:7; Zc 5:9
Chacal - Is 34:13, Jr 9:11, 51:37; Mq 1:8, Ml 1:3;
Coelho - Lv 11:5; Sl 104:18, Pv 30:26
Cordeiro - Êx 29:39, Lv 3:7, 4:32, 5:6; Nm 6:12
Coruja - Lv 11:17, Dt 14:16, Is 34:11,15
Corvo - Gn 8:7; Lv 11:15,17; Dt 14:14,17; Ct 5:11; Is 34:11
Dromedário - Is 60:6; 66:20
Escorpião - Lc 11:12, Ap 9:5
Formiga - Pv 6:6
Gafanhoto - Êx 10:19, Lv 11:22; Dt28: 38; Jó 39:20, Sl 119:23: Ec 12:5; Jl. 1:4; 2:25
Galo - Mt 26:34,74,75; Mc 13:35; 14:30,68,72; Lc 22:34,60,61; Jo 13:38, 18:27
Gavião - Lv 11:16, Dt 14:15, Jo 39:26
Javali - Sl 80:13
Lagarto - Lv 11:30
Leopardo - Is 11:6; Jr 5:6; 13:23; DN7: 6; Os 13:7; Ap 13:2
Leão - Jz 14:5; I Sm 17:34, I Rs 13:24, Dn 6:19, Ap 5:5
Lobo - Gn 49:27, Is 11:6; 65:25, Jr 5:6; Jo 10:12
Mosquito - Êx 8:21, Mt 23:24
Ovelhas - Êx 22:1,4,10 Lv 1:2, Nm 18:17, Dt 14:4; 22:1; 1Sm 14:34; 17:34; Sm 119:176; Is 13:14; 53:7; Ez 34:20, Mt 12:11-12, Lc 15:6; At 8:32
Pardal - Sl 84:3; 102:7
Peixe - Dt 4:18; 2Cr 33:14; Ne 3:3; 12:39, 13:16, Ez 29:5; 47:9,10; Jo 1:17; 2:1,10; Sf 1:10; Mt 7:10, 17:27, Mc 6:43, Lc 5:9, 11:11, 24:42, Jo 21:9,13
Piolho - Êx 8:16,17,18; Sl 105:31
Pomba - Is 5:14; 10:12
Porco - Lv 11:7; Dt 14:8; Is 65:4; 66:3,17
Pulga - 1Sm 24:14; 26:20
- Êx 8:2-13; Sl 78:45, 105:13; Ap 16:13
Raposa - Ne 4:3; Lc 13:32
Rato - Lv 11:29, Is 66:17
Sanguessuga - Pv 30:15
Tartaruga - Lv 11:29
Touro - Dt 33:17, Jo 21:10
Urso - 1Sm 17:34,36,37; Pv 28:15; Lm 3:10, Dn 7:5; Am 5:19; Ap 13:2
Vaca - Nm 18:17, Jo 21:10, Is 11:17
Vibora (serpente venenosa) - Gn 49:17, Jó 20:16, Sl 58:4, Is 30:6; 59:5; At 28:3

Porque eles [os animais] vieram para essa terra como animais - eles deixaram de fazer algo na pré-mortalidade, ou seja, cresceram pouco lá?
                Não podemos entender tudo agora, especialmente alguns "porquês" relacionados a coisas eternas. Não se pode afirmar que os animais cresceram pouco nos céus. O Senhor disse que há vários reinos (D&C 88:36-38) - e eles, os animais, pertencem ao outro que não o do homem. Mas poderão gozar de salvação ao viverem a medida de sua criação.
                Algumas considerações relacionadas ao tema:
                Há dois grupos principais na eternidade: coisas que agem e coisas que recebem a ação (2 Néfi 2:14). As que agem são os filhos de Deus, e as que recebem a ação são as demais inteligências ou criações. No principio todos os filhos de Deus eram iguais, ou se achavam no mesmo nível de espiritualidade (Alma 13:5). Contudo com a dádiva do arbítrio permitiu-se o progresso, a felicidade.
                A Justiça de Deus é o ordenamento de todas as coisas visíveis e invisíveis. As escrituras revelam que se Deus negar sua justiça, Deus deixa de ser Deus (Alma 42:13, 22). Por isso a obediência é a primeira, ou seja, o mais importante princípio dos céus: “Há uma lei, irrevogavelmente decretada nos céus, antes da fundação do mundo, na qual todas as bênçãos se baseiam – e quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:20-21, itálicos adicionados). Aqueles que obedecem às leis e princípios são abençoados, aqueles que não obedecem são amaldiçoados. Essa obediência ou desobediência só é possível por que possuímos o arbítrio (D&C 104: 42, Alma 3:18-19; Deuteronômios 11:26-29). Brigham Young disse:“As leis eternas pelas quais o Senhor e todos os outros existem nas eternidades dos Deuses decretaram que se deve conseguir o consentimento de todas as criaturas para que o Senhor possa governar perfeitamente.” (DBY, pg. 65) As coisas que recebem a ação ou as criações que não são filhos de Deus, obedecem ao Senhor por que Ele é Deus – e vive toda a lei. Percebemos que, no relato da Criação do mundo, os deuses ordenaram aos elementos e eles se organizaram (Abraão 4). “E os Deuses vigiaram aquelas coisas que eles haviam ordenado, até elas obedecerem” (Abraão 4:18, itálicos adicionados). Torna-se evidente que as inteligências possuem arbítrio. Ainda que esse arbítrio não seja o mesmo que os filhos de Deus, pois há coisas que agem e outras que recebem a ação (2 Néfi 2:14) . O pó da Terra sempre obedece à voz de seu Criador (Mosias 2:25; Helamã 12:7-8). As seguintes escrituras sugerem o arbítrio de todas as criações: “Toda verdade é independente para agir por si mesma na esfera em que Deus a colocou, como também toda inteligência; caso contrário, não há existência” (D&C 93:30). Essa escritura mostra que a existência é intimamente ligada ao arbítrio. Não é adequado, porém, especular além dessas considerações, baseadas na escritura pura, pela simples razão de que Deus decidiu não revelar muito sobre esse assunto. Nos basta a classificação de Leí dizendo que há coisas que agem (Deus e seus filhos) e outras que recebem a ação das coisas que agem (são as demais inteligências). Nada precisa ser dito sobre a possibilidade de desobediência de uma inteligência que não seja um filho espiritual de Deus, nem precisa haver curiosidade demasiada sobre se é possível Deus deixar de ser Deus – não mais do que dizem as escrituras. O pó sempre obedece a Deus, porque Deus sempre honra sua posição (Abraão 3:18-19; Moisés 7:48-49, 56, 58, 61-62; Helamã 12:6-21; Mórmon 9:19; 2 Néfi 2:13-14; Alma 42:13-, 22-23, 25, 30).

Mas qual é a finalidade de criar tantos Deuses? Tantos mundos? Tantos filhos?
                É muito simples: Moisés 1:39. Se eu fosse você leria o livro inteiro de Moisés pensando nessa pergunta. Creio que acharia as respostas de modo muito completo.

13 de dez. de 2011

Um Bispo, quando é desobrigado, perde as chaves do sacerdócio?


Pergunta original: Tenho um duvida e gostaria da ajuda (...) para resolve-la : Bem, quando um bispo é chamado ele recebe todas as chaves do seu cargo, certo? E quando ele é desobrigado ele permanece com as chaves mas não as exerce. O que chamamos de "bispo sem ala"... E se esse mesmo irmão é chamado como bispo novamente ele não é ordenado a bispo e sim designado, porque ele já possui as chaves. Mas isso não é o mesmo com o presidente dos mestres e dos diáconos etc... Ou seja, eu já fui presidente dessas organizações e recebia todas as chaves referentes a elas, e agora que estou saindo dos rapazes... Eu ainda possuo essas chaves? Ou elas me foram tiradas? Ou eu ainda as possuo mas não as posso usar como no caso do bispo? Essa é minha duvida, deu pra entender?


                Deus para entender sim. Para responder essa pergunta devemos compreender dois pontos principais: o que "chave" significa nas escrituras e na cultura da Igreja e a diferença entre "ofício" e "chamado".
                "Chaves dos sacerdócio" nas escrituras quase sempre se relaciona com autoridade e poder - ou seja, capacidade para realizar algo.  Esse é um sentido amplo para "chaves". Em sentido estrito as chaves são dons e prerrogativas especiais para liderar no Reino de Deus. E esse o sentido que usamos corriqueiramente na Igreja. Dizemos por exemplo: "o Bispo tem as chaves para presidir a ala" ou "o presidente do quórum de diáconos recebeu as chaves para liderar outros doze diáconos".
                Observem algumas escrituras, onde é demonstrado chaves do sacerdócio, em sentido amplo (poder) e outras em sentido estrito (autoridade para liderar):
 
                D&C 84:19 - "E esse sacerdócio maior administra o evangelho e contém a chave dos mistérios do reino, sim, a chave do conhecimento de Deus." - chave em sentido amplo (todo portador do sacerdócio de Melquisedeque possui "a chave do conhecimento de Deus).

                Isaías 22:22 -  "Porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro; ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá." (Apocalipse 3:7) - chave em sentido estrito (apenas Jeová, que é Cristo, possui a chave do governo deste mundo - ele é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, ver também http://lucasmormon.blogspot.com/2010/11/quem-e-o-davi-que-ha-de-surgir-nos.html)

                D&C 13:1 - "A VÓS, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra, até que os filhos de Levi tornem a fazer, em retidão, uma oferta ao Senhor." - chave em sentido amplo (todo portador do sacerdócio Aarônico possui as "chaves do ministério de anjos e do evangelho")

                D&C 90:6 - "E também, em verdade eu digo a teus irmãos, Sidney Rigdon e Frederick G. Williams, que perdoados também lhes são os seus pecados; e eles são considerados iguais a ti [Joseph Smith] na posse das chaves deste último reino" - chaves em sentido estrito (a Primeira Presidência possui chaves para comandar o Reino de Deus).

                D&C 124:127-128 - "Dou-vos meu servo Brigham Young como presidente do conselho viajante dos Doze; Conselho esse que tem as chaves para abrir a autoridade de meu reino nos quatro cantos da Terra e, depois, enviar minha palavra a toda criatura." - chaves em sentido estrito (o Quórum dos Doze possuem as chaves para "abrir a autoridade" do Reino de Deus "nos quatro cantos da Terra")

                Eu poderia colocar outras passagens, mas estas já provam suficientemente que existe uma diferença entre chaves em sentido estrito e chaves em sentido amplo.
                O bispo, como portador do Sacerdócio, como um Sumo Sacerdote, possui todas as chaves que todo portador do sacerdócio possui - chaves em sentido amplo. Assim, mesmo quando o Bispo é desobrigado essas chaves não lhe são retiradas - porque são inerentes ao sacerdócio.
                Mas "chaves" -  como usamos atualmente na Igreja - em sentido estrito - significa autoridade para liderar. Essas chaves sempre concedem certos dons (mediante a dignidade) - como o dom do discernimento - e só podem ser exercidos sobre certos limites territoriais e temporais (um Bispo será Bispo de uma determinada região geográfica, por um certo número de anos - depois será desobrigado e deixará de ser Bispo).

                O presidente Boyd K. Packer, que é Presidente do Quórum dos Doze ensinou (observe que chave aqui é usada em sentido estrito - e assim acontece na maioria dos discursos atuais da Igreja):"A Primeira Presidência foi organizada com o Presidente, que possui todas as chaves, e um Primeiro e um Segundo Conselheiros, juntamente com o Quórum dos Doze Apóstolos, que também possuem as chaves. Juntamente com os Setenta e o Bispado Presidente, eles administram a Igreja mundial. Esse padrão de um presidente, que recebe as chaves, e um  primeiro e um segundo conselheiros repete-se em toda estaca, nos quóruns do sacerdócio, nos templos, nas missões, nas alas e ramos. Repete-se nas auxiliares. Contudo, os presidentes das auxiliares não possuem chaves do sacerdócio. Cada estaca é independente de todas as outras estacas. O presidente possui as chaves, mas ele não está sozinho. Com seus conselheiros, eles formam uma presidência. Juntamente com o sumo conselho e outros
líderes, eles governam a estaca.
                A presidência da estaca tem autoridade para chamar, desobrigar, organizar, ensinar, corrigir, de acordo com o padrão e conforme a direção das Autoridades Gerais que os presidem. Há uma presidência em cada quórum do Sacerdócio de Melquisedeque: os quóruns de élderes e sumos sacerdotes. Cada uma delas tem um presidente, que possui as chaves, e conselheiros. O mesmo acontece nas alas. Cada ala, independente de todas as outras alas, tem um bispo que possui as chaves. Com seus conselheiros, eles formam o bispado, que é uma presidência.
                O bispo é nomeado pelo presidente da estaca e aprovado pelas Autoridades Gerais, sob a direção da Primeira Presidência. Ele é chamado, ordenado pelo presidente da estaca para ser um bispo, e depois designado para presidir a ala. Ele também é designado como o sumo sacerdote presidente da ala e como presidente do quórum de sacerdotes. Seus conselheiros são designados. O bispo preside o Sacerdócio Aarônico. O bispado chama e designa outros líderes e professores para zelarem pelas famílias e membros." (Treinamento de Mundial de Liderança, Janeiro de 2003, pg. 3).

                Agora passemos a diferença entre ofício e chamado no sacerdócio. Ofício é um cargo dentro do sacerdócio. Eles são certos e determinados por revelação. Há quatro ofícios no sacerdócio Aarônico e cinco no sacerdócio de Melquisedeque. Os ofícios do sacerdócio menor são: diácono, mestre, sacerdote e Bispo; os ofícios do sacerdócio de Melquisedeque são: élder, sumo-sacerdote, setenta, patriarca e apóstolo. Não há outros ofícios na Igreja Restaurada.
                Na época de Moisés os levitas eram divididos em diferentes ofícios (parecidos com os ofícios do sacerdócio Aarônico atuais). Entretanto a lei de Moisés foi superada e temos exatamente os nove ofícios que mencionei.
                Ser selador do Templo não é um ofício. Ser profeta não é um ofício. Selador é um chamado. Profeta é uma designação genérica para os que lideram na Igreja (os membros do Quórum dos Doze Apóstolos e da Primeira Presidência) ou uma referencia a todo homem que é digno de receber revelação (Apocalipse 19:10).
                Quando um homem recebe o sacerdócio é designado a um ofício no sacerdócio. Esse ofício representa qual parcela do sacerdócio poderá exercer.
                Um chamado é uma designação temporária. Ser presidente de um quorum é um chamado e não um ofício. Os chamados são feitos pelos homens que possuem chaves (chaves em sentido estrito). Há vários chamados no sacerdócio, muitos - a maioria - não necessita da concessão de chaves para liderar. Um secretário do quorum de mestres e um sumo-conselheiro são chamados e não ofícios. Ser presidente de Estaca é possuir um chamado para liderar uma Estaca em Sião - mas o presidente de Estaca não recebe o ofício de presidente de Estaca - pois tal não existe.
                Assim, no caso de um Bispo - quando este é designado Bispo recebe o ofício de Bispo (caso não tenha sido ordenado Bispo em alguma ocasião anterior) e o chamado de Bispo! Quando ele deixar honrosamente de ser Bispo seu chamado terá cessado, mas ele ainda portará o ofício de Bispo. Se for chamado para ser Bispo uma outra vez não precisará ser ordenado (receber o ofício) - apenas designado (como Bispo de tal ala).
                Com isso concluímos que as chaves em sentido estrito do chamado de Bispo cessam com a desobrigação. Essas chaves - que são chaves para liderar, chaves dos dons - tais como o discernimento - vão embora com a desobrigação. Mas um Bispo continuará a ser Bispo - ou seja, portanto o ofício de Bispo. Esse ofício não se perde nem com a morte. É eterno, como sacerdócio é eterno.
                Assim, finalmente, um presidente do quórum de diáconos deixa de ser presidente - e deixa de ter dons e prerrogativas deste chamado - mas continuará a ser diácono para sempre!
                Na cultura atual da Igreja (e essa é a forma como usamos as palavras hoje): um Bispo deixa de ser Bispo com a desobrigação e não carrega chaves nenhuma - o mesmo valendo para qualquer chamado. Com a desobrigação encerram-se as obrigações e dons que acompanham essas obrigações.
                O élder L. Tom Perry explicou: "Os Presidentes de (…) estaca (…), bispos, presidentes de ramo e de quórum a portar as chaves do sacerdócio de que precisam para presidir. Uma pessoa que serve em uma dessas posições detém as chaves somente até sua desobrigação. Os conselheiros não recebem as chaves, mas recebem autoridade delegada por chamado e designação." (Treinamento Mundial de Liderança, Junho de 2003, pg. 5).