17 de dez. de 2011

Perguntas sobre animais, seu propósito e diferença com o homem.


Uma amiga pediu-me que responde-se as questões abaixo. Procurei ajuda-lá nisso.

Porque há diferença entre os homens e os animais?
                As escrituras ensinam que Deus criou os animais no quinto dia e sexto de criação, e o homem no final do sexto dia. Apesar da ciência classificar o homem como pertencente ao Reino Animalia, sendo um mamífero - sabemos, pelas escrituras e revelações que há uma diferença essencial entre os homens e os animais: os homens são filhos de Deus (Malaquias 2:10, Romanos 8:16-17). Leí disse simplesmente que há coisas que agem e coisas que recebem a ação (2 Néfi 2:14).
                Porque? Para que Deus conseguisse "seus eternos propósitos com relação ao homem". Os animais foram criados para o beneficio do homem. Pense: os animais servem de companhia e como protetores (Êxodo 22:5); servem para embelezar o mundo (Genesis 1:25); servem como alimento, vestuário e como meio da transporte (Gênesis 30:43, Levítico 25:7); servem para cumprir profecias (João 12:15); servem como parábolas, alegorias e símbolos (Provérbios 26:11, II Pedro 2:22, Salmos 51:19);  servem até para afligir e provar os filhos de Deus (Êxodo 8:8) - e muito mais.
                Os animais possuem espírito - e foram criados na vida pré-mortal. Os animais ressuscitarão, pois a Expiação - que reconstituiu tudo e todos, com exceção os filhos da perdição (D&C 76:43) -  lhes concederá imortalidade e perfeição.
                O Senhor disse que o homem dominaria sobre os animais (Genesis 1:26) - e isso realmente tem acontecido. Entretanto esse domínio não deve ser injusto. Deus não se agrada dos que maltratam os animais e os aniquilam sem o propósito de sobreviver.
                Uma lista de animais mencionados na Bíblia, que achei na internet:
Abelha - Dt 1:44; Jz 14:8; Sl 188:12, Is 7:18
Andorinha - Sl 84:3, Pv 26:2, Is 38:14, Jr 8:7
Asno - Gn 22:3; Nm 22:28, Dt 22:10, Jz 5:10; 10:4; I Sm 9:3 Mt 21:2
Baleia- Jó 7:12; Ez 32:2, Mt 12:40
Boi - Êx 21:28; 22:1; 23:4; Lv 17:3; Dt 5:14; 22:1; 25:4; Lc 13:15; 1Co 9:9; 1Tm 5:18
Cabra - Gn 15:9; Lv 3:12, 4:28, 7:23, 17:3; 22:27, Nm 15:27, 18:17, Dt 14:4,5; 1Sm 19:13,16
Camelo - Gn 24:64, 31:34, Lv 11:4; Dt 14:7; Mt 3:4, 19:24, 23:24, Mc 1:6; 10:25; Lc 18:25;
Cão - Êx 11:7; Jz 7:5; 1Sm 17:43, 24:14, 2 Sm 3:8, 9:8; 16:9; 2Rs 8:13, Sl 22:20, Pv 26:11,17; Ec 9:4, Is 66:3; 2Pe 2:22
Cavalo - Dt 17:16; 2Rs 23:11, Jó 39:19, Sl 32:9, 33:17, Is 31:1
Cegonha - Lv 11:19, Dt 14:18, Sl 104:17, Jr 8:7; Zc 5:9
Chacal - Is 34:13, Jr 9:11, 51:37; Mq 1:8, Ml 1:3;
Coelho - Lv 11:5; Sl 104:18, Pv 30:26
Cordeiro - Êx 29:39, Lv 3:7, 4:32, 5:6; Nm 6:12
Coruja - Lv 11:17, Dt 14:16, Is 34:11,15
Corvo - Gn 8:7; Lv 11:15,17; Dt 14:14,17; Ct 5:11; Is 34:11
Dromedário - Is 60:6; 66:20
Escorpião - Lc 11:12, Ap 9:5
Formiga - Pv 6:6
Gafanhoto - Êx 10:19, Lv 11:22; Dt28: 38; Jó 39:20, Sl 119:23: Ec 12:5; Jl. 1:4; 2:25
Galo - Mt 26:34,74,75; Mc 13:35; 14:30,68,72; Lc 22:34,60,61; Jo 13:38, 18:27
Gavião - Lv 11:16, Dt 14:15, Jo 39:26
Javali - Sl 80:13
Lagarto - Lv 11:30
Leopardo - Is 11:6; Jr 5:6; 13:23; DN7: 6; Os 13:7; Ap 13:2
Leão - Jz 14:5; I Sm 17:34, I Rs 13:24, Dn 6:19, Ap 5:5
Lobo - Gn 49:27, Is 11:6; 65:25, Jr 5:6; Jo 10:12
Mosquito - Êx 8:21, Mt 23:24
Ovelhas - Êx 22:1,4,10 Lv 1:2, Nm 18:17, Dt 14:4; 22:1; 1Sm 14:34; 17:34; Sm 119:176; Is 13:14; 53:7; Ez 34:20, Mt 12:11-12, Lc 15:6; At 8:32
Pardal - Sl 84:3; 102:7
Peixe - Dt 4:18; 2Cr 33:14; Ne 3:3; 12:39, 13:16, Ez 29:5; 47:9,10; Jo 1:17; 2:1,10; Sf 1:10; Mt 7:10, 17:27, Mc 6:43, Lc 5:9, 11:11, 24:42, Jo 21:9,13
Piolho - Êx 8:16,17,18; Sl 105:31
Pomba - Is 5:14; 10:12
Porco - Lv 11:7; Dt 14:8; Is 65:4; 66:3,17
Pulga - 1Sm 24:14; 26:20
- Êx 8:2-13; Sl 78:45, 105:13; Ap 16:13
Raposa - Ne 4:3; Lc 13:32
Rato - Lv 11:29, Is 66:17
Sanguessuga - Pv 30:15
Tartaruga - Lv 11:29
Touro - Dt 33:17, Jo 21:10
Urso - 1Sm 17:34,36,37; Pv 28:15; Lm 3:10, Dn 7:5; Am 5:19; Ap 13:2
Vaca - Nm 18:17, Jo 21:10, Is 11:17
Vibora (serpente venenosa) - Gn 49:17, Jó 20:16, Sl 58:4, Is 30:6; 59:5; At 28:3

Porque eles [os animais] vieram para essa terra como animais - eles deixaram de fazer algo na pré-mortalidade, ou seja, cresceram pouco lá?
                Não podemos entender tudo agora, especialmente alguns "porquês" relacionados a coisas eternas. Não se pode afirmar que os animais cresceram pouco nos céus. O Senhor disse que há vários reinos (D&C 88:36-38) - e eles, os animais, pertencem ao outro que não o do homem. Mas poderão gozar de salvação ao viverem a medida de sua criação.
                Algumas considerações relacionadas ao tema:
                Há dois grupos principais na eternidade: coisas que agem e coisas que recebem a ação (2 Néfi 2:14). As que agem são os filhos de Deus, e as que recebem a ação são as demais inteligências ou criações. No principio todos os filhos de Deus eram iguais, ou se achavam no mesmo nível de espiritualidade (Alma 13:5). Contudo com a dádiva do arbítrio permitiu-se o progresso, a felicidade.
                A Justiça de Deus é o ordenamento de todas as coisas visíveis e invisíveis. As escrituras revelam que se Deus negar sua justiça, Deus deixa de ser Deus (Alma 42:13, 22). Por isso a obediência é a primeira, ou seja, o mais importante princípio dos céus: “Há uma lei, irrevogavelmente decretada nos céus, antes da fundação do mundo, na qual todas as bênçãos se baseiam – e quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:20-21, itálicos adicionados). Aqueles que obedecem às leis e princípios são abençoados, aqueles que não obedecem são amaldiçoados. Essa obediência ou desobediência só é possível por que possuímos o arbítrio (D&C 104: 42, Alma 3:18-19; Deuteronômios 11:26-29). Brigham Young disse:“As leis eternas pelas quais o Senhor e todos os outros existem nas eternidades dos Deuses decretaram que se deve conseguir o consentimento de todas as criaturas para que o Senhor possa governar perfeitamente.” (DBY, pg. 65) As coisas que recebem a ação ou as criações que não são filhos de Deus, obedecem ao Senhor por que Ele é Deus – e vive toda a lei. Percebemos que, no relato da Criação do mundo, os deuses ordenaram aos elementos e eles se organizaram (Abraão 4). “E os Deuses vigiaram aquelas coisas que eles haviam ordenado, até elas obedecerem” (Abraão 4:18, itálicos adicionados). Torna-se evidente que as inteligências possuem arbítrio. Ainda que esse arbítrio não seja o mesmo que os filhos de Deus, pois há coisas que agem e outras que recebem a ação (2 Néfi 2:14) . O pó da Terra sempre obedece à voz de seu Criador (Mosias 2:25; Helamã 12:7-8). As seguintes escrituras sugerem o arbítrio de todas as criações: “Toda verdade é independente para agir por si mesma na esfera em que Deus a colocou, como também toda inteligência; caso contrário, não há existência” (D&C 93:30). Essa escritura mostra que a existência é intimamente ligada ao arbítrio. Não é adequado, porém, especular além dessas considerações, baseadas na escritura pura, pela simples razão de que Deus decidiu não revelar muito sobre esse assunto. Nos basta a classificação de Leí dizendo que há coisas que agem (Deus e seus filhos) e outras que recebem a ação das coisas que agem (são as demais inteligências). Nada precisa ser dito sobre a possibilidade de desobediência de uma inteligência que não seja um filho espiritual de Deus, nem precisa haver curiosidade demasiada sobre se é possível Deus deixar de ser Deus – não mais do que dizem as escrituras. O pó sempre obedece a Deus, porque Deus sempre honra sua posição (Abraão 3:18-19; Moisés 7:48-49, 56, 58, 61-62; Helamã 12:6-21; Mórmon 9:19; 2 Néfi 2:13-14; Alma 42:13-, 22-23, 25, 30).

Mas qual é a finalidade de criar tantos Deuses? Tantos mundos? Tantos filhos?
                É muito simples: Moisés 1:39. Se eu fosse você leria o livro inteiro de Moisés pensando nessa pergunta. Creio que acharia as respostas de modo muito completo.

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