12 de dez. de 2012

Alguns Sinais da Igreja Verdadeira


Um AMIGO DE OUTRA DENOMINAÇÃO ME PERGUNTOU: "Para você, por que existem tantas igrejas e qual(is) faz(em) a vontade de Deus ? (Obs: uma resposta bíblica)"

Respondi o seguinte:

                Meu amigo, fico tão feliz que tenha assistido a conferência geral da Igreja. Agora você sabe que nós, santos dos últimos dias, "falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos de Cristo e escrevemos de acordo com nossas profecias, para que nossos filhos saibam em que fonte procurar a remissão de seus pecados." (2 Néfi 25:26).
                Sua pergunta - porque existem tantas igrejas, e quais delas fazem a vontade de Deus - é muito pertinente. Tentarei responder brevemente. Serei sincero e procurarei me conter ao texto bíblico - embora ocasionalmente, devido a inspiração do alto, eu precise recorrer a outras escrituras verdadeiras.
                Pressuponho que você compreenda a necessidade de uma Igreja de Deus e que essa Igreja tenha sido estabelecida por Jesus Cristo. Ele mesmo disse a seus apóstolos: "sobre esta pedra [da revelação] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18, itálicos adicionados). Mais tarde Paulo explicou que a Igreja era edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina " (Efésios 2:20).
                Cristo realmente estabeleceu uma organização. Os Doze Apóstolos seriam os líderes dessa organização, sendo Cristo o cabeça (Efésios 4:15), quando ele subisse aos céus. De fato, quando ele ascendeu é-nos dito que "depois de lhes ter falado [Jesus] foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, [os apóstolos] tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram." (Marcos 16:19-20, itálicos adicionados).
                Pedro se tornou o Apostolo líder ou o Presidente da Igreja. O livro de Atos relata como a Igreja se desenvolveu e como Pedro e os outros apóstolos e líderes  foram orientados pelos céus em sua administração e ministração. A Igreja prosperou muito, mas Pedro e os outros Apóstolos sabiam que a Igreja seria destruída. O Salvador havia previsto isso (Mateus 24:9-13). Eles sabiam que uma longa noite de apostasia viria sobre a Terra.
                A apóstolo Paulo explicou  em uma carta aos Tessalonicenses que esperava ansiosamente pelo retorno de Cristo, ou melhor, sua Segunda Vinda - mas antes que isso acontecesse, ele explicou, haveria uma Grande Apostasia. Observe o que ele disse: " Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. (II Tessalonicenses 2:1-4).
                Paulo falou muito sobre isso. Afinal ele sabia que a apostasia era iminente: " Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. (II Timóteo 4:3-4).
                Mas Paulo não foi o único que testificou sobre isso. João em sua visão disse que viu a mulher, que é um símbolo da Igreja,  fugir para o deserto (Apocalipse 12:6).
                Pedro disse: "Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor [ou a Segunda Vinda], E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio. (Atos 3:18-21, itálicos adicionados)
                Essa passagem de Atos é muito importante. Pedro diz que Cristo voltará uma segunda vez, mas que antes disso o céu o conteria até aos tempos da restauração de tudo. Ora uma restauração só é possível se houver uma apostasia ou, em outras palavras, um afastamento da verdade de Deus ou um estrago ou ruptura na doutrina pura. Essa restauração foi, como Pedro disse prevista " pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio". Mais abaixo demonstrarei várias passagens bíblicas que testificam da necessidade de uma restauração.
                O Manual Pregar Meu Evangelho, que é usado pelos missionários da Igreja, resume muito bem o que estou tentando explicar, e por isso o cito:
                "Depois da morte de Jesus Cristo, pessoas iníquas perseguiram os Apóstolos e os membros da Igreja e mataram muitos deles. Com a morte dos Apóstolos, as chaves do sacerdócio e a autoridade do sacerdócio foram tiradas da Terra. Os Apóstolos conservavam as doutrinas do evangelho puras, mantinham a ordem e determinavam qual era o padrão de dignidade para os membros da Igreja. Sem os Apóstolos, ao longo do tempo as doutrinas foram corrompidas, e mudanças não autorizadas foram feitas na organização da Igreja e nas ordenanças do sacerdócio, como o batismo e o modo de conferir o dom do Espírito Santo.
                Sem revelação e autoridade do sacerdócio, as pessoas se baseavam na sabedoria humana para interpretar as escrituras e os princípios e ordenanças do evangelho de Jesus Cristo. Ideias falsas foram ensinadas como se fossem verdade. Perdeu-se grande parte do conhecimento sobre o verdadeiro caráter e natureza de Deus, o Pai, de Seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. As doutrinas da fé em Jesus Cristo, arrependimento, batismo e o dom do Espírito Santo foram distorcidas ou esquecidas. A autoridade do sacerdócio dada aos Apóstolos de Cristo já não estava mais presente à Terra. Essa apostasia acabou levando ao surgimento de muitas igrejas.
                Depois de séculos de trevas espirituais, alguns homens e mulheres que buscavam a verdade começaram a protestar contra as práticas religiosas de sua época. Perceberam que muitas doutrinas e ordenanças do evangelho tinham sido mudadas ou perdidas. Procuraram mais luz espiritual, e muitos falaram sobre a necessidade de uma restauração da verdade. Não afirmaram, porém, que Deus os havia chamado para serem profetas. Em vez disso, tentaram reformar os ensinamentos e práticas que acreditavam terem sido alterados ou corrompidos. Seu trabalho resultou na organização de muitas igrejas protestantes. Essa Reforma resultou numa maior ênfase na liberdade religiosa, que abriu caminho para a Restauração final.
                Os Apóstolos do Salvador previram essa apostasia universal. Também previram que o evangelho de Jesus Cristo e Sua Igreja seriam restaurados novamente à Terra" ("A Grande Apostasia", pg. 35).
                Agora você já sabe porque exitem tantas Igrejas. Essa Apostasia Geral é que resultou em tanta confusão. Antes de eu te dizer que tal Igreja é certa ou errada (vou deixar esse julgamento para você mesmo), deixe-me expor alguns "sinais" da Igreja verdadeira.

Sinais da Igreja Verdadeira
                A Igreja de Jesus Cristo, estabelecida por ele e continuada por seus apóstolos escolhidos era a Igreja verdadeira. Ela apresentava características especiais. Essas mesmas características devem estar presentes em uma Igreja para que a mesma seja considerada verdadeira. Alguns sustentam que não há uma única Igreja verdadeira e que todos os caminhos são adequados, e outros que o homem de hoje mudou e por isso não necessita de uma Igreja como havia na época de Cristo e dos apóstolos. Rejeito essas duas ideias simplesmente porque creio na Bíblia. Ela ensina que Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8). Ensina que seu trabalho não esta terminado (João 5:17). Ensina que o homem é mal e precisa das dádivas divinas, tanto no passado como no presente e futuro (Deuteronômios 15:11, Romanos 3:23). Ensina que há um Deus, uma só fé e um só batismo (Efésios 4:5). Ensina que, embora Deus ame todos os seus filhos e se lembre de todos, e queira salvador todos - há um único nome e caminho (João 14:6). Há uma única porta para salvação (João 3:5).
                Enquanto explico os sinais da Igreja verdadeira, defenderei a necessidade de um Igreja única - uma Igreja que reúna toda a verdade e comporte todas as mesmas características da Igreja Primitiva para o beneficio e salvação do homem. Também demonstrarei que essa Igreja existe, pois foi restaurada como predito "pela boca de todos os santos profetas".
                Esse sinais não são todos os que podem ser observados (estou tentando ser breve, lembra?), mas são suficientes para demonstrar o que desejo.

1.       A Igreja verdadeira precisa ser guiada por revelação.
Revelação é a comunicação sagrada de Deus para com o homem. A Bíblia ensina que há muitas maneiras de se receber revelação. Pode ser por sonho (Gênesis 37:6), visão (Atos 10:19), ministração angelical (Lucas 1:26) ou pela própria aparição de Deus (Gênesis 32:30). O livro de Atos demonstra que os dons da revelação estavam sempre presentes na Igreja. Por exemplo, quando o Senhor desejou estender as bênçãos do evangelho aos gentios concedeu uma extraordinária revelação ao Apóstolo Sênior (Atos 10). A Igreja é viva quando recebe revelação. Uma Igreja sem revelação é uma igreja morta. Todavia, muitos dizem receber revelação. Isso não é novidade. O Salvador ensinou que no último dia muitos dirão: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade." (Mateus 7:22-23). Com o propósito de enganar, ficar famoso ou rico muitos pregam e dizem receber revelação. Mas a verdadeira revelação é aquela que edifica, que traz frutos bons - que são duradouros e trazem felicidade (Mateus 7:16).

2.       A Igreja verdadeira precisa ter o sacerdócio santo.
O Sacerdócio é o poder de Deus dado ao homem. É a autoridade para se agir em nome de Deus. Paulo dá uma grande aula sobre sacerdócio em Hebreus 7. Lá ele explica que Cristo recebeu o sacerdócio de Melquisedeque. Pedro disse que na Igreja havia o sacerdócio real (I Pedro 2:5). Ele mesmo havia recebido esse sacerdócio de Cristo, pois o Salvador o havia chamado e nomeado (João 15:16). De fato, Pedro recebera as "chaves do reino dos céus" (Mateus 16:19).
O Sacerdócio é o poder pelo qual os profetas realizaram curas e outros milagres. A Igreja também é organizada sobre a ordem do sacerdócio. Os líderes da Igreja possuem o sacerdócio para administrar as ordenanças de Deus. Para se batizar é necessário que se tenha autoridade de Deus. Para se conceder o Espírito Santo também. É por essa razão que Pedro e João foram a Samaria: para, com a autoridade ou sacerdócio que possuíam, impor a mão nos irmãos batizados por Filipe e dar-lhes o dom do Espírito Santo (Atos 8:)
Alguns procuravam a honra de se receber o sacerdócio de maneira errada. Por exemplo, Simão que "vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração; Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade." (Atos 8:18-23)
Além de dignidade e propósito puro para se receber o sacerdócio era necessário a imposição de mãos (I Timóteo 4:14, II Timóteo 1:6, Hebreus 6:2). Paulo explicou que E ninguém toma para si esta honra [que é portar o sacerdócio], senão o que é chamado por Deus, como Arão." (Hebreus 5:4). E como Arão, irmão de Moisés foi chamado? Do mesmo modo que Josué e outros: por revelação e por imposição das mãos de Moisés (Números 27:18, 22-23, Deuteronômios 34:9).
Com a grande Apostasia a autoridade foi tirada dos homens e a doutrina de imposição de mãos corrompida. Os líderes religiosos eram preparados e designados após estudarem e não recebiam o sacerdócio como Cristo ensinou.

3.       A Igreja verdadeira precisa ter como corpo dirigente apóstolos e profetas.
Seria tolice pensar que o Salvador escolhera 12 homens que, depois de morrerem, deveriam ser lembrados como santos mas nunca substituídos. Não haveria propósito no chamado de Matias, Paulo e outros como apóstolos se não fosse a intenção de Deus continuar com essa estrutura divina. Como Paulo ensinou: "E ele [Cristo] deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efésios 4:11-14). Para que sejamos aperfeiçoados precisamos dos apóstolos. A Igreja não pode ser verdadeira sem apóstolos. Paulo também disse: "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito." (Efésios 2:19-22).
Apesar da grande apostasia interromper e impedir que nosso apóstolos fossem chamados. A Igrejas verdadeira necessita desse corpo dirigente.
Um apostolo é um profeta. É verdade que o dom de profecia não esta restrito aos líderes da Igreja. Pois o testemunho de Jesus é o espírito de profecia (Apocalipse 19:10). Mas ninguém pode dizer que é profeta em sentido estrito, como Moisés, Elias, Pedro e Paulo sem ser chamado por Deus. Esses homens recebiam missões e dons especiais. Sempre foi assim, e na Igreja verdade precisa ser assim.

A Igreja de Cristo ainda era organizado com outros cargos. Havia setentas (Lucas 10:1), pastores, mestres, evangelistas, presbitérios ou anciões (ou élderes), etc.
Quando a grande apostasia ocorreu esses cargos foram alterados e perderam  o significado. Mas a Igreja verdadeira precisa necessariamente ser organizada sobre essa forma divina - se não, não é a Igreja de Cristo.

4.       A Igreja verdadeira precisa ter o nome de Cristo.
Parece algo simples mas nenhuma Igreja no século XIX  tinha o nome de Igreja de Jesus Cristo, exceto uma: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. As outras - todas as outros, levavam o nome de seu fundador ou de sua doutrina principal. Pelos registro históricos e outras escrituras sabemos  que a Igreja Primitiva se chamava Igreja de Cristo. O Senhor disse: " E como será a minha igreja, se não tiver o meu nome? Porque, se uma igreja for chamada pelo nome de Moisés, então será a igreja de Moisés; ou, se for chamada pelo nome de um homem, então será a igreja de um homem; mas se for chamada pelo meu nome, então será a minha igreja, desde que esteja edificada sobre meu evangelho." (3 Néfi 27:8).

5.       A Igreja verdadeira precisa que seus membros sejam chamados santos.
As várias epistolas do novo testamento são, na maioria, dirigidas ao "santos" (Colossenses 1:2, por exemplo). Quem eram os santos? Eram pessoas perfeitas e "canonizadas"? Claro que não. Eram pessoas simples que procuravam viver o evangelho. Eram os membros da Igreja de Jesus Cristo. Paulo disse: "Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos." (Romanos 15:25). Os membros eram chamados de santos porque procuravam se santificar. Os membros da Igreja verdadeira devem ser chamados de santos. Esse é um dos sinais.

6.       A Igreja verdadeira precisa receber novas escrituras.
Deus nunca deixou de falar com o homem. Ele deu instruções a Adão, Enoque e Noé. Revelou-se a Abrão, Isaque e Jacó. Mostrou-se e ensinou Moisés. E assim prosseguiu por todas as eras. As palavras de Deus, registradas pelos profetas e homens santos do passado são chamadas pro nós de escrituras sagradas. Várias das escrituras foram reunidas no inicio da Idade Média sob um mesmo volume, que nós chamados de Santa Bíblia.
O Élder Jeffrey R. Holland, que é um apóstolo moderno, explicou:
" Alguns cristãos, em grande parte devido a seu amor genuíno pela Bíblia, afirmam que não pode haver outras escrituras autorizadas além da Bíblia. Assim, ao declararem que o cânone de revelação está fechado, nossos amigos de outras religiões fecham as portas para manifestações divinas que nós, n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, tanto valorizamos: o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e A Pérola de Grande Valor, bem como a orientação contínua recebida pelos profetas e apóstolos ungidos por Deus. Sem atribuir má-fé às pessoas que assumem essa posição, rejeitamos de modo respeitoso, mas resoluto, essa caracterização — sem fundamento nas escrituras — do verdadeiro cristianismo.
Um dos argumentos usados com frequência em qualquer defesa de um cânone fechado é uma passagem do Novo Testamento, Apocalipse 22:18: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras (…) deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro”. Contudo, há atualmente um indiscutível consenso entre praticamente todos os eruditos da Bíblia de que esse versículo diz respeito apenas ao livro de Apocalipse, e não à Bíblia como um todo. Esses estudiosos da atualidade reconhecem vários “livros” do Novo Testamento que foram, com quase toda certeza, escritos depois da revelação recebida por João na Ilha de Patmos. Nessa categoria estão pelo menos os livros de Judas, as três epístolas de João e provavelmente o evangelho inteiro de João. Talvez existam outros além desses.
Mas há uma resposta ainda mais simples para a razão de essa passagem, no livro final do Novo Testamento atual, não se aplicar à Bíblia inteira. O motivo é que a Bíblia completa como a conhecemos hoje — uma coletânea de textos num único volume — ainda não existia quando esse versículo foi escrito. Séculos depois de João tê-lo redigido, os livros individuais do Novo Testamento circularam separadamente ou talvez em conjunto com alguns outros textos, mas quase nunca como uma coletânea completa. Do conjunto integral de 5.366 manuscritos gregos conhecidos do Novo Testamento, apenas 35 contêm o Novo Testamento inteiro como o conhecemos hoje, e 34 foram compilados após o ano 1000 d.C.
A realidade é que quase todos os profetas do Velho e do Novo Testamento acrescentaram escrituras às deixadas por seus predecessores. Se as palavras de Moisés no Velho Testamento fossem suficientes, como tinham suposto alguns equivocadamente (Deuteronômio 4:2), então qual foi, por exemplo, o motivo das profecias posteriores de Isaías? Ou as de Jeremias, depois dele? Sem falar de Ezequiel, Daniel, Joel, Amós e todos os demais. Se uma revelação concedida a um profeta em determinado momento bastasse para sempre, o que justificaria todas essas outras? A resposta foi manifestada claramente pelo próprio Jeová, quando disse a Moisés: “Minhas obras não têm fim (…) [e] minhas palavras (…) jamais cessam”. (Moisés 1:4)
Um erudito protestante fez um estudo aprofundado sobre a doutrina errônea de um cânone fechado. Escreveu: “Por que motivos bíblicos ou históricos a inspiração de Deus teria se limitado aos documentos escritos que a igreja hoje chama de Bíblia? (…) Se o Espírito tivesse inspirado somente os documentos redigidos no primeiro século, isso não significaria que o mesmo Espírito não Se manifesta hoje na igreja sobre questões importantes?” (Lee M. McDonald, The Formation of the Christian Biblical Canon, ed. rev. (1995), pp. 255–256.) Fazemo-nos humildemente essas mesmas perguntas.
A revelação contínua não rebaixa nem desacredita as revelações existentes. O Velho Testamento não perde seu valor para nós quando nos é apresentado o Novo Testamento, e o Novo Testamento só tem a ganhar quando lemos o Livro de Mórmon, “Outro Testamento de Jesus Cristo”. Ao pensar nas escrituras adicionais aceitas pelos santos dos últimos dias, poderíamos perguntar: Será que os primeiros cristãos, que durante décadas tiveram acesso somente ao evangelho primitivo de Marcos — considerado em geral o primeiro dos evangelhos do Novo Testamento a ser escrito — ficaram ofendidos ao receberem relatos mais detalhados feitos posteriormente por Mateus e Lucas, sem falar nas passagens inéditas e a ênfase na revelação que foram oferecidas depois por João? Certamente devem ter-se regozijado por ganharem ainda mais evidências persuasivas da divindade de Cristo. E nós também nos rejubilamos.
Peço que não nos interpretem mal. Amamos e reverenciamos a Bíblia, como ensinou o Élder M. Russell Ballard com tanta clareza neste púlpito, há apenas um ano. (Ver “O Milagre da Bíblia Sagrada”, A Liahona, maio de 2007, pp. 80–82.) A Bíblia é a palavra de Deus. É sempre identificada em primeiro lugar no nosso cânon, nossas “obras-padrão”. De fato, foi a leitura divinamente inspirada do versículo 5 do primeiro capítulo do livro de Tiago na Bíblia que conduziu Joseph Smith a sua primeira visão do Pai e do Filho, que culminou na Restauração do evangelho de Jesus Cristo em nossa época. Mas mesmo naquele momento Joseph sabia que a Bíblia sozinha não poderia responder a todas as perguntas religiosas dele e de outros em situação semelhante. Como ele disse com suas próprias palavras, os ministros da sua comunidade estavam em desacordo — às vezes de modo acalorado — sobre suas doutrinas. “[Sacerdote] contendendo com sacerdote e converso com converso; (…) numa luta de palavras e choque de opiniões”, escreveu ele. Praticamente a única coisa que essas religiões em conflito tinham em comum era, ironicamente, a crença na Bíblia; mas, como explicou Joseph, “os religiosos das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens de escritura de maneira tão diferente, que destruíam toda a confiança na solução do problema [sobre qual igreja era verdadeira] através de uma consulta à Bíblia”. (Joseph Smith—História 1:6, 12). Estava claro que a Bíblia, descrita com frequência na época como um “denominador comum”, na verdade não era nada disso — infelizmente, era um fator de discórdia.
Assim, um dos principais objetivos da revelação contínua por meio de profetas vivos é declarar ao mundo, pela boca de testemunhas adicionais, que a Bíblia é verdadeira. “Este é escrito”, declarou um profeta antigo em relação ao Livro de Mórmon, “com o propósito de que acrediteis naquele”, referindo-se à Bíblia. (Mórmon 7:9) Numa das primeiras revelações recebidas por Joseph Smith, o Senhor afirmou: “Eis que não (…) levo [o Livro de Mórmon] para destruir [a Bíblia], mas para [edificá-la]”. (D&C 10:52; ver também D&C 20:11)
Há ainda outro aspecto a ser esclarecido. Como se sabe que havia cristãos bem antes de existir um Novo Testamento ou até mesmo uma coletânea das palavras de Jesus, não se pode afirmar que a Bíblia é o que torna alguém cristão. Citando N. T. Wright, conceituado estudioso do Novo Testamento, “O Jesus ressuscitado, no final do Evangelho de Mateus, não diz: ‘Todo o poder no céu e na Terra é dado aos livros que escrevereis’, mas sim: ‘É-me dado todo o poder no céu e na terra’” (N. T. Wright, The Last Word: Beyond the Bible Wars to a New Understanding of the Authority of Scripture (2005), p. xi.) . Em outras palavras, “as próprias escrituras (…) afastam o foco de si mesmas e apontam para o fato de que a autoridade final e verdadeira pertence ao próprio Deus”. Assim, as escrituras não são a fonte suprema para os membros da Igreja. Elas são manifestações da fonte suprema. A fonte suprema do conhecimento e da autoridade, para os santos dos últimos dias, é o Deus vivo. A comunicação desses dons vem de Deus na forma de revelações vivas, vibrantes e divinas. (Para uma discussão completa desse assunto, ver Dallin H. Oaks, “Scripture Reading and Revelation”, Ensign, janeiro de 1995, pp. 6–9.)
Essa doutrina está no âmago de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e da nossa mensagem ao mundo. Um exemplo contundente é a assembléia solene de ontem, na qual apoiamos Thomas S. Monson como profeta, vidente e revelador. Cremos num Deus que Se envolve diretamente com nossa vida, um Deus que não está em silêncio ou ausente, nem age como a descrição de Elias do deus dos sacerdotes de Baal: “Pode ser (…) que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e despertará”. (I Reis 18:27). Nesta Igreja, até as crianças pequenas da Primária recitam: “Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora e cremos que Ele ainda revelará muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus”. (Regras de Fé 1:9)
Ao falarmos de novas escrituras e revelação contínua, que nunca sejamos arrogantes ou insensíveis. Uma visão sagrada num bosque hoje igualmente sagrado respondeu afirmativamente à pergunta “Deus existe?” Agora, Joseph Smith e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nos conduzem à seguinte interrogação que decorre naturalmente da primeira: “Ele fala aos homens?” Trazemos as boas-novas de que Ele o fez e de que Ele o faz. Com um amor e afeto oriundos de nosso cristianismo, convidamos todos a examinarem as mensagens prodigiosas proclamadas por Deus desde os tempos bíblicos e ainda hoje.
De certa forma, Joseph Smith e seus sucessores proféticos desta Igreja respondem ao desafio de Ralph Waldo Emerson que fará 170 anos no meio deste ano, lançado aos alunos de teologia da Universidade de Harvard. Essa elite intelectual protestante foi instada pelo sábio de Concord a ensinar que “Deus existe, não que existiu; que Ele fala, não que falou”. (“An Address”, The Complete Writings of Ralph Waldo Emerson (1929), p. 45.)
Testifico que os céus estão abertos. Testifico que Joseph Smith foi e é um profeta de Deus, que o Livro de Mórmon é verdadeiramente “outro testamento de Jesus Cristo”; testifico que Thomas S. Monson é o profeta de Deus, um apóstolo moderno que detém as chaves do reino, um homem sobre o qual vi pessoalmente recair o manto profético. Testifico que a presença dessas vozes autorizadas e proféticas e de revelações inspiradas contínuas tem sido uma das características principais da mensagem cristã, sempre que o ministério autorizado de Cristo esteve na Terra. Testifico que esse ministério está na Terra de novo e se encontra n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Em nossa devoção sincera a Jesus de Nazaré como Filho de Deus, o Salvador do mundo, convidamos todos a examinarem o que recebemos Dele, a se unirem a nós sorvendo profundamente na “fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14), essa prova constante de que Deus vive, de que nos ama e fala a nós. Expresso a mais profunda gratidão pessoal por Suas obras que não têm fim e por Suas “palavras [que] (…) jamais cessam”. Presto testemunho desse desvelo divino e amoroso e dos registros que dele testificam, no sagrado nome de Jesus Cristo. Amém."

7.       A Igreja verdadeira precisa realizar batismo pelos mortos.
Esse é um poderoso sinal. Afinal, qual Igreja hoje realiza ordenanças vicárias pelos que não tiveram oportunidade de recebê-las? Sabemos que na Igreja Primitiva havia batismo pelos mortos (I Coríntios 15:29). Ora essa doutrina não deve soar esquisito. Se só há um batismo (Efésios 4:5), e se somente o batismo correto nós faz voltar a Deus (João 3:3-5) - não me parece que Deus seria bom e justo se essa oportunidade fosse estendida a uns poucos que tiveram o privilégio de conhecer essa doutrina na vida mortal.
Os mortos recebem o evangelho através de ministros autorizados no mundo dos espíritos. Pedro foi quem ensinou isso: "Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito" (1 Pedro 4:6). Mas após receberem a doutrina precisam que um procurador os represente na ordenança do batismo - pois tias são reservadas ao tempo mortal - aqueles que possuem um corpo físico.
O Manual Pregar Meu Evangelho explica: "O Salvador ama todas as pessoas e deseja sua salvação. Mas há milhões de pessoas que morreram sem terem tido a oportunidade de ouvir a mensagem do evangelho restaurado de Jesus Cristo nem de receber as ordenanças salvadoras. Por meio de Sua amorosa graça e misericórdia, o Senhor tornou possível a salvação de todos os que não tiveram a oportunidade de receber, compreender e seguir o evangelho durante a vida mortal. O evangelho é pregado a essas pessoas falecidas no mundo espiritual. Os membros da Igreja aqui na Terra realizam as ordenanças de salvação em favor de seus antepassados falecidos e outras pessoas. As pessoas falecidas que vivem no mundo espiritual têm a oportunidade de aceitar ou rejeitar o evangelho e as ordenanças realizadas em seu favor. Por esse motivo, os membros da Igreja pesquisam informações a respeito de seus antepassados. Eles preenchem gráficos de linhagem e registros de grupo familiar enviam o nome de parentes falecidos que precisam ter as ordenanças de salvação realizadas em seu favor nos templos sagrados. Esse é o trabalho de história da família. Os membros dignos a partir de 12 anos, inclusive os membros novos, podem receber do bispo uma recomendação para realizar batismos pelos mortos" (pg. 87).
Esse é um dos sinais mais pungentes da Igreja verdadeira. Talvez você queria saber mais por isso aconselho a leitura de D&C 138 (http://scriptures.lds.org/pt/dc/138)
8.       A Igreja verdadeira precisa ensinar sobre os Templos e construir Templos
Templos não são capelas, não são sinagogas, não são casas. Templos são locais de adoração especiais. Cristo frequentemente era encontrado no Templo. Pelo menos duas vezes ele o purificou. Ele sabia que o Templo era a Casa de Seu pai.
O Guia de Estudo para a Escrituras explica o que são templos: "Templo - Literalmente, a casa do Senhor. O Senhor sempre ordenou a seu povo que construísse templos, edifícios sagrados nos quais os membros dignos da Igreja realizam cerimônias e ordenanças sagradas do evangelho para si próprios e em favor dos mortos. O Senhor visita seus templos, e por isso eles são os locais mais sagrados de adoração na Terra. O tabernáculo erigido por Moisés e pelos filhos de Israel era um templo que podia ser transportado. Os israelitas o usaram durante o êxodo do Egito. O templo mais conhecido dentre os mencionados na Bíblia foi aquele construído por Salomão em Jerusalém (II Crôn. 2–5). Foi destruído em 600 a.C. pelos babilônios e foi restaurado por Zorobabel quase cem anos depois (Esd. 1–6). Parte desse templo foi queimada em 37 a.C. e Herodes, o Grande, o reconstruiu posteriormente. Os romanos o destruíram no ano 70 de nossa era. No Livro de Mórmon, os seguidores justos de Deus foram instruídos a construir templos e a adorar neles (2 Né. 5:16; Mos. 1:18; 3 Né. 11:1). A construção de templos e o seu uso correto são, em qualquer dispensação, sinais da Igreja verdadeira inclusive a Igreja restaurada em nossos dias. O Templo de Kirtland foi o primeiro templo construído e dedicado ao Senhor nesta dispensação. Desde essa época, foram dedicados templos em muitos países em todo o mundo."
Como dito na citação, um sinal da Igreja verdadeira é a construção de Templos.
Hoje vemos uma certa movimentação de alguns grupos que desejam construir um templo, semelhante ao de Salomão. Mas se ma orientação divina, o Templo não será a Casa de Deus. Você pode saber mais sobre os templo aqui: http://www.lds.org/church/temples?lang=por&country=br

Há outros sinais, tais como:

9.       A Igreja verdadeira precisa entender, ensinar e trabalhar para coligação de Israel.
10.   A Igreja verdadeira precisa ser abençoada com dons espirituais
11.   A Igreja verdadeira deve seguir estritamente os mandamentos bíblicos (dia do Senhor, oração, jejum, etc.)
12.   A Igreja verdadeira precisa batizar e realizar outras ordenanças como ensina a Bíblia
13.   A Igreja verdadeira precisa fazer proselitismo de maneira intensa e coordenada.
14.   A Igreja verdadeira precisa cumprir as profecias bíblicas de Isaías, Daniel e outros profetas.
15.   A Igreja verdadeira deve ensinar o que Cristo ensinou e preparar o mundo para Segunda Vinda.
16.   A Igreja verdadeira deverá ser perseguida, mas resistirá a toda e qualquer perseguição.
17.   A Igreja verdadeira será reconhecida pelo verdadeiro penitente e a ela se ajuntará no devido tempo.
18.   A Igreja verdadeira precisa receber Elias, "para que a Terra não seja ferida com uma maldição"

                Eu poderia explicar minuciosamente cada um desses sinais mostrando escrituras na Bíblia e sua relação com a Igreja de Jesus Cristo. Todavia o que escrevi basta.
                Muitas Igrejas e credos ensinam partes da verdade, mas não possuem a plenitude. A sua Igreja comporta todos esses sinais ou características?
                Agora mais importante do que esse exame mental é buscar a maior prova para se saber qual Igreja é verdadeira: buscar uma revelação pessoal dada pelo Espírito de Deus. O Espírito pode ensinar-nos a verdade de todas as coisas. Se você considerar as coisas que te disse, e orar com fé, vai saber que falo a verdade - e sentirá o desejo de saber mais e de entrar para Igreja.
                Sei que a Igreja de Jesus Cristo é realmente o que afirma ser "a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".

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