Não começamos a existir com o nascimento. E também não terminaremos a vida com a morte. O Senhor explicou isso a Abraão: “[os espíritos] não tiveram princípio; eles existiam antes, eles não terão fim, eles existirão depois, pois são gnolaum, ou seja, eternos” (Abraão 3:18).
O profeta Joseph Smith representou a eternidade dos espíritos de maneira brilhante: “Tiro meu anel do dedo e o comparo à mente do homem: a parte imortal, porque não tem princípio. Suponham que o cortemos em dois; então ele passa a ter um princípio e um fim; mas se os unirmos de novo ele volta a ser um círculo eterno. O mesmo acontece com o espírito do homem. Tal como vive o Senhor, se ele tivesse um princípio, teria um fim. Todos os homens tolos, instruídos e sábios desde o princípio da criação que dizem que o espírito do homem teve um princípio provam que ele deve ter um fim; e se essa doutrina é verdadeira, então a doutrina da aniquilação também seria verdadeira. (...) Todas as mentes e espíritos que Deus enviou ao mundo são capazes de progredir. Os primeiros princípios do homem são auto-existentes com Deus” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, capítulo 17 – “O Grande plano de Salvação”, pg. 219).
Quando as escrituras falam “no princípio” ou “antes da fundação do mundo” ou mesmo “fundação do mundo” estão referindo-se a vida pré-mortal. Muitos eventos sumamente importantes aconteceram naquele primeiro estado.
Sabemos que éramos inteligências e que fomos gerados por Deus, ganhando um corpo espiritual. Devo ser cuidadoso agora para explicar claramente essa frase: “éramos inteligências...” Primeiro por que muitos têm especulado sobre o assunto criando mais confusão do que entendimento. Quando falo Inteligência não estou falando, obvio, somente de capacidade intelectual. Estou falando da luz e verdade de Deus (D&C 93:29). Nas escrituras há três significados mais relevantes para o termo inteligência: (1) a luz de Cristo – que dá vida a todas as cosias; (2) os filhos espirituais de Deus; (3) “elemento-espírito espírito que existia antes de sermos gerados como filhos espirituais” (GEE “Inteligência(s)”).
Para ser franco, mesmo com todas as escrituras que temos disponíveis pouco nos foi revelado do que realmente consistem as inteligências no terceiro sentido apontado acima. Eu e você somos inteligências. Os animais do campo e as árvores também são inteligências. Essa Terra e tudo que nela há são inteligências. Todos éramos um elemento-espírito antes de ganharmos um corpo espiritual. Ainda somos todos inteligências por sermos eternos e termos direito a luz de Cristo.
O Senhor reina sobre todas as inteligências (Abraão 3:21). E as inteligências não podem ser criadas nem feitas (D&C 93:29). Em sua esfera (isto é, dentro de certos parâmetros ou limites) toda inteligência é independente para agir, pois sem isso não há existência (D&C 93:30). Sobre isso o profeta Joseph Smith ensinou mais: “(...) Posso proclamar com destemor do alto dos telhados que Deus nunca teve de maneira alguma o poder para criar o espírito do homem. O próprio Deus não poderia criar a Si mesmo. A inteligência é eterna e baseia-se em um princípio auto-existente. É um espírito de era em era, e não houve uma criação envolvida. (...) O próprio Deus, vendo que estava em meio a espíritos e glória, porque era mais inteligente, considerou adequado instituir leis por meio das quais eles poderiam ter o privilégio de progredir como Ele próprio. O relacionamento que temos com Deus nos coloca em condições de avançar em conhecimento. Ele tem poder para instituir leis para instruir as inteligências mais fracas, para que possam ser exaltadas com Ele mesmo, de modo a terem glória sobre glória e todo o conhecimento, poder, glória e inteligência exigidos para salvá-las (...).”
Inteligência é luz e verdade – essa é a definição das escrituras (D&C 93:29, 36). Verdade é o conhecimento do que foi, do que é e do que será. Luz é a energia, poder ou influência divina (GEE “Luz, Luz de Cristo”). Quanto mais luz e verdade obtemos mais inteligentes ficamos. A Glória de Deus é inteligência (D&C 93: 36). Glória é quantum de luz e verdade: quanto mais glória, mais inteligência há. Deus é cheio de glória – é cheio de luz e verdade. De fato, Ele é o mais inteligente entre todas as inteligências (Abraão 3:19). Ele conhece todas as coisas e tem todo poder (2 Néfi 2:24, D&C 19:3). Quanto mais nos aproximamos de Deus mais luz e verdade recebemos, mais inteligentes nos tornamos.
Neste ponto, alguns poderiam se perguntar: se Deus tem todo poder, como o Profeta Joseph Smith ensinou que Deus não pode “criar” inteligências – não seria essa uma contradição?
Tratarei do assunto dos atributos de Deus no futuro. Entretanto tanto para a resposta que darei, quanto para o assunto das inteligências quanto para vários outros temas que o Senhor, em sabedoria decidiu não nos revelar completamente, advirto: somos, enquanto na mortalidade, seres finitos e não podemos compreender o infinito a menos que nossos olhos sejam abertos – como dos antigos profetas. De fato, se entendêssemos tudo na condição frágil que estamos isso seria uma prova que Deus é frágil como nós.
29 de dez. de 2010
26 de dez. de 2010
O MAIS IMPORTANTE CONHECIMENTO
Já vou dizendo logo qual é o mais importante conhecimento que alguém pode obter: é o conhecimento de que se é um filho de Deus. Vou explicar porque esse é o conhecimento mais importante, no que ele consiste, como obter tal certeza e, finalmente, quais os frutos desse entendimento. Porém, antes nesta postagem, preciso esclarecer o significado de conhecimento.
Conhecimento não é sinônimo de informação, embora informação seja uma parte importante do conhecimento. Saber de uma coisa não significa necessariamente conhecê-la. Pode ser que seja assim nas interações seculares. Por exemplo, alguém pode dizer que conhece a Bíblia tão somente porque a leu. Talvez essa pessoa até tenha estudado com cautela e dedicação a Bíblia. Mas isso não significa que conheça a Bíblia. Informar-se, cientificar-se, inteirar-se e identificar-se é apenas um dos componente do verdadeiro conhecimento.
Veja bem, eu não quero ser confuso. Nem quero criar uma sistematização complicada e dificultosa. Pelo contrário, apenas quero esclarecer o que vem a ser verdadeiramente conhecimento.
Quero mostrar uma escritura. Eis ela: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Essa passagem diz que aqueles que conhecerem a Deus e a Jesus Cristo terão vida eterna. Vida Eterna é o maior dom de Deus e significa viver com Deus e ser como Ele (GEE “Vida Eterna”). Pois bem, o diabo reconhece muito bem a existência de Deus. De fato, nós, mortais, que vivemos debaixo do véu não lembramos de Deus, e a maioria de nós não o viu e nem o verá enquanto na mortalidade. Daí porque dizemos que vivemos pela fé, e não pela visão (I Coríntios 13:12, II Coríntios 5:7). E também que a fé não é um perfeito conhecimento (Alma 32:21, 26). O diabo não nasceu, nem nascerá – não ganhará um corpo físico – por isso nunca passou e nem passará pelo véu do esquecimento. Ele não precisa da fé para saber que Deus é real.
O Bispo de Jerusalém escreveu a Igreja de sua época: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem” (Tiago 2:19). Crer nesta escritura se refere a reconhecer. Os demônios conhecem Deus e seu plano? Sim e não. Eles até podem recitar escrituras, e o fazem – para enganar as pessoas (Mateus 4:6); e estou certo que eles conhecem as escrituras muito mais do que muito de nós; todavia eles não têm vida eterna, e nem a terão (D&C 76:28-38): falta-lhes verdadeiro e puro conhecimento! Ou seja: eles têm apenas parte do conhecimento.
Já que conhecimento não pode apenas ser informação ou reconhecimento de um fato, devemos ir avante e interpretar melhor o que vem a ser.
Nas escrituras aprendemos que o conhecimento puro expande a alma (D&C 121:42), o que para mim significa uma transformação no coração, um despertar de um profundo sono, um despertar para Deus, ser iluminado pela luz da palavra eterna, sentir e saber que foram rompidas as ligaduras da morte (Alma 5:7-10). Verificando essas escrituras vemos que “o coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento” (Provérbios 18:15), e que, conseqüentemente, conhecimento é tanto uma cientificação na mente quanto um sentimento ou impressão no coração. Coração é símbolo da vontade e disposição do homem (“Coração” GEE). Coração, portanto, significa não só emoção, mas desejo. E os desejos comumente levam-nos a ação. Conhecimento também é ação. É por isso que Jeremias, mesmo cansado de pregar a um povo iníquo não podia cessar de clamar-lhes arrependimento. Ele tinha um conhecimento tão grande que era como fogo encerrado em seus ossos, e mesmo fatigado de sofrer ainda continuava exortando (Jeremias 20:9-11). Seu conhecimento não se restringia a saber ou sentir, mas ia além e o levava a agir.
Concluindo: conhecimento é saber, sentir, fazer e tornar-se. O diabo pode até saber que Jesus é o Cristo (Atos 19:15), mas ele não age de acordo com esse conhecimento. Por isso falei que os demônios têm apenas parte do conhecimento.
Uma das minhas citações favoritas é essa: “A doutrina verdadeira, quando compreendida, muda as atitudes e o comportamento. O estudo das doutrinas do evangelho melhorará o comportamento mais rapidamente do que o estudo do comportamento conseguirá fazê-lo”. (Presidente Boyd K. Packer, “Criancinhas”, A Liahona, janeiro de 1987, P.16).
Não basta apenas se inteirar do conteúdo das escrituras, mas sim de entesourar e agir de acordo com o que se aprende. O conhecimento verdadeiro muda a pessoa. Isso não significa que ela sempre será fiel a esse conhecimento. De fato, nem sempre vivemos a altura do conhecimento que possuímos. E também devemos lembrar que “a quem muito é dado, muito é exigido e o que pecar contra a luz maior receberá condenação maior”. Por exemplo, aqueles que chegam a conhecer a Deus e a Jesus Cristo e são selados para vida eterna, se deixarem de viver de acordo com o que sabem, tornar-se-ão filhos da perdição (D&C 132: 27). Mas esse é um assunto para outra ocasião.
Há pessoas que “aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Timóteo 3:7). Essas, como já demonstrei, apenas sabem ou sabem e sentem, mas não agem nem se transformam. Elas obtém apenas parte do conhecimento.
O conhecimento mais importante é o de sentir que se é um filho de Deus, é o de saber que se é um filho de Deus, é o de agir como um filho de Deus e é o de tornar-se um filho de Deus. A vida eterna é tornar-se como Deus, sentindo como ele se sente, sabendo o que ele sabe e fazendo tudo o que ele faria se estivesse em nosso lugar.
Conhecimento não é sinônimo de informação, embora informação seja uma parte importante do conhecimento. Saber de uma coisa não significa necessariamente conhecê-la. Pode ser que seja assim nas interações seculares. Por exemplo, alguém pode dizer que conhece a Bíblia tão somente porque a leu. Talvez essa pessoa até tenha estudado com cautela e dedicação a Bíblia. Mas isso não significa que conheça a Bíblia. Informar-se, cientificar-se, inteirar-se e identificar-se é apenas um dos componente do verdadeiro conhecimento.
Veja bem, eu não quero ser confuso. Nem quero criar uma sistematização complicada e dificultosa. Pelo contrário, apenas quero esclarecer o que vem a ser verdadeiramente conhecimento.
Quero mostrar uma escritura. Eis ela: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Essa passagem diz que aqueles que conhecerem a Deus e a Jesus Cristo terão vida eterna. Vida Eterna é o maior dom de Deus e significa viver com Deus e ser como Ele (GEE “Vida Eterna”). Pois bem, o diabo reconhece muito bem a existência de Deus. De fato, nós, mortais, que vivemos debaixo do véu não lembramos de Deus, e a maioria de nós não o viu e nem o verá enquanto na mortalidade. Daí porque dizemos que vivemos pela fé, e não pela visão (I Coríntios 13:12, II Coríntios 5:7). E também que a fé não é um perfeito conhecimento (Alma 32:21, 26). O diabo não nasceu, nem nascerá – não ganhará um corpo físico – por isso nunca passou e nem passará pelo véu do esquecimento. Ele não precisa da fé para saber que Deus é real.
O Bispo de Jerusalém escreveu a Igreja de sua época: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem” (Tiago 2:19). Crer nesta escritura se refere a reconhecer. Os demônios conhecem Deus e seu plano? Sim e não. Eles até podem recitar escrituras, e o fazem – para enganar as pessoas (Mateus 4:6); e estou certo que eles conhecem as escrituras muito mais do que muito de nós; todavia eles não têm vida eterna, e nem a terão (D&C 76:28-38): falta-lhes verdadeiro e puro conhecimento! Ou seja: eles têm apenas parte do conhecimento.
Já que conhecimento não pode apenas ser informação ou reconhecimento de um fato, devemos ir avante e interpretar melhor o que vem a ser.
Nas escrituras aprendemos que o conhecimento puro expande a alma (D&C 121:42), o que para mim significa uma transformação no coração, um despertar de um profundo sono, um despertar para Deus, ser iluminado pela luz da palavra eterna, sentir e saber que foram rompidas as ligaduras da morte (Alma 5:7-10). Verificando essas escrituras vemos que “o coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento” (Provérbios 18:15), e que, conseqüentemente, conhecimento é tanto uma cientificação na mente quanto um sentimento ou impressão no coração. Coração é símbolo da vontade e disposição do homem (“Coração” GEE). Coração, portanto, significa não só emoção, mas desejo. E os desejos comumente levam-nos a ação. Conhecimento também é ação. É por isso que Jeremias, mesmo cansado de pregar a um povo iníquo não podia cessar de clamar-lhes arrependimento. Ele tinha um conhecimento tão grande que era como fogo encerrado em seus ossos, e mesmo fatigado de sofrer ainda continuava exortando (Jeremias 20:9-11). Seu conhecimento não se restringia a saber ou sentir, mas ia além e o levava a agir.
Concluindo: conhecimento é saber, sentir, fazer e tornar-se. O diabo pode até saber que Jesus é o Cristo (Atos 19:15), mas ele não age de acordo com esse conhecimento. Por isso falei que os demônios têm apenas parte do conhecimento.
Uma das minhas citações favoritas é essa: “A doutrina verdadeira, quando compreendida, muda as atitudes e o comportamento. O estudo das doutrinas do evangelho melhorará o comportamento mais rapidamente do que o estudo do comportamento conseguirá fazê-lo”. (Presidente Boyd K. Packer, “Criancinhas”, A Liahona, janeiro de 1987, P.16).
Não basta apenas se inteirar do conteúdo das escrituras, mas sim de entesourar e agir de acordo com o que se aprende. O conhecimento verdadeiro muda a pessoa. Isso não significa que ela sempre será fiel a esse conhecimento. De fato, nem sempre vivemos a altura do conhecimento que possuímos. E também devemos lembrar que “a quem muito é dado, muito é exigido e o que pecar contra a luz maior receberá condenação maior”. Por exemplo, aqueles que chegam a conhecer a Deus e a Jesus Cristo e são selados para vida eterna, se deixarem de viver de acordo com o que sabem, tornar-se-ão filhos da perdição (D&C 132: 27). Mas esse é um assunto para outra ocasião.
Há pessoas que “aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Timóteo 3:7). Essas, como já demonstrei, apenas sabem ou sabem e sentem, mas não agem nem se transformam. Elas obtém apenas parte do conhecimento.
O conhecimento mais importante é o de sentir que se é um filho de Deus, é o de saber que se é um filho de Deus, é o de agir como um filho de Deus e é o de tornar-se um filho de Deus. A vida eterna é tornar-se como Deus, sentindo como ele se sente, sabendo o que ele sabe e fazendo tudo o que ele faria se estivesse em nosso lugar.
22 de dez. de 2010
Que presente posso dar a Cristo neste Natal?
Neste Natal que tal dar um presente para o Salvador? Eu gostaria de fazer isso, e acho que muitos dos que lerem esta postagem também. Mas o que eu e você podemos dar a um Deus – que já tem tudo – sendo de eternidade em eternidade, onisciente, onipotente e onipresente? A única maneira de saber é estudar Sua Palavra e identificar o que ele nos pede.
Durante a vida do Salvador alguns procuraram honrá-lo com presentes. Quando ainda era pequenino reis (talvez três) vieram lhe visitar. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11). Pode até haver um simbolismo místico por trás de cada presente, todavia o que quero ressaltar é que eles deram o que julgaram ser melhor ao rei dos reis, que eles sabiam, era aquele infante menino. Eles ofereceram mais do que presentes materiais. As escrituras dizem que eles se prostraram e O adoraram.
Ao estudar a vida de Cristo notei que ele não procurava ouro e prata, como alguns de nós o fazem tão ardentemente. Na realidade ele já tinha tudo isso. Quando Pedro precisou pagar o imposto, o Senhor lhe indicou que uma moeda estava na boca de um peixe que ainda seria pescado! (Mateus 17:27) Isso me faz concluir, que se Ele quisesse poderia ter todo ouro do mundo, pois poderia localizá-lo com seu poder. Ele não precisa e certamente não quer posses materiais. Ele mesmo ensinou que estas coisas são corruptíveis: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
O que Ele quer de nós então? Ele respondeu com simplicidade: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15). O rei Benjamim ensinou: “E eis que tudo que ele requer de vós é que guardeis seus mandamentos” (Mosias 2:22).
Se o Salvador quer que guardemos seus mandamentos quais são estes mandamentos? “E disse aos filhos dos homens: Segui-me. Portanto, meus amados irmãos, poderemos nós seguir a Jesus se não estivermos dispostos a guardar os mandamentos do Pai? E disse o Pai: Arrependei-vos, arrependei-vos e sede batizados em nome do meu Filho Amado” (2 Néfi 31:10-11).
Para aqueles que não entraram nas águas do batismo na Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias o convite é claro: devem ser batizados. Mas e aqueles que já foram batizados?
“Eis, porém, meus amados irmãos, que assim veio a mim a voz do Filho, dizendo: Depois de vos arrependerdes de vossos pecados e de testificardes ao Pai que estais dispostos a guardar meus mandamentos pelo batismo de água; e de haverdes recebido o batismo de fogo e do Espírito Santo e de poderdes falar em uma língua nova, sim, na língua de anjos; se depois disso me anegardes, teria sido melhor para vós que não me houvésseis conhecido. E ouvi a voz do Pai, dizendo: Sim, as palavras do meu Amado são verdadeiras e fiéis. Quem perseverar até o fim, esse será salvo. E agora, meus amados irmãos, sei por isso que, a menos que o homem persevere até o fim, seguindo o exemplo do Filho do Deus vivente, não poderá ser salvo. (...) E estareis então no caminho estreito e apertado que conduz à vida eterna; sim, havereis entrado pela porta; havereis procedido segundo os mandamentos do Pai e do Filho; e havereis recebido o Espírito Santo, que dá testemunho do Pai e do Filho em cumprimento da promessa que vos fez de que, se entrásseis pelo caminho, receberíeis. E agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido afeito. Eis que vos digo: Não; porque não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar. Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna” (1 Néfi 31:14-16, 18-20).
Com essa escritura aprendemos que depois de sermos batizados devemos honrar esse convênio e perseverar até o fim. Semanalmente recebemos uma ajuda especial para isso. Chama-se sacramento: pão e água são distribuídos aos dignos para que eles sempre se lembrem de Cristo, procurem tomar sobre si o nome Dele e guardem Seus mandamentos. Esse convênio inclui guardar o dia do Senhor, pagar o dízimo, estudar as escrituras, orar, jejuar, seguir os profetas, etc.
Esse compromisso, de permanecer fiel, significa oferecer um sacrifício – um coração quebrantado e um espírito contrito (3 Néfi 9:20).
Em suma, Cristo nos pede nosso coração: “eu, o Senhor, exijo o coração dos filhos dos homens” (D&C 64:22). O coração é o símbolo da disposição e vontade do homem (GEE “Coração”). É o símbolo de nosso arbítrio. O que Cristo quer de nós é nossa vontade. Creio que essa é a única coisa que é realmente nossa e podemos ofertar a Ele. Dar nossa vontade significa seguir Cristo e agradecê-lo.
Neste Natal e em todos os dias de nossa vida que possamos presentear Cristo com boas ações, fazendo o que ele faria em nosso lugar – exercendo nosso arbítrio da maneira que sabendo ser correta, não demorando para guardar seus mandamentos. Que possamos ser batizados. Se já o fomos na Igreja verdadeira, que possamos honrar esse convênio e oferecer a Cristo muito mais do que ouro, incenso e mirra – porque essas coisas já são Dele. Que possamos dar tudo o que temos, mesmo que seja pouco: todo nosso coração, poder, mente e força. Que possamos estar dispostos a perder nossa vida por amor a Ele.
No final, ao darmos nossa vontade, deixaremos o Mestre muito feliz, mas substancialmente não lhe acrescentaremos nada. De fato, ao presentear Cristo com nosso coração, nós é que somos mais abençoados: “quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 10:39). Como o rei Benjamim ensinou mesmo que ofertemos tudo a Deus ainda lhe seremos eternos devedores (Mosias 2:22-25).
Que possamos ser como a geração de nefitas que recebeu a visita de Cristo. Ele disse sobre eles: “E agora, eis que minha alegria é grande, até a plenitude, por causa de vós e também desta geração; sim, e até o Pai se alegra e também todos os santos anjos, por causa de vós e desta geração; porque nenhum deles está perdido” (3 Néfi 27:30). Que possamos dar essa alegria a Ele, que possamos ser gratos pelos dons que ele nos Deus – por que “em nada ofende o homem a Deus ou contra ninguém está acesa sua ira, a não ser contra os que não confessam sua mão em todas as coisas e não obedecem a seus mandamentos” (D&C 59:21). Isso significa adorar Cristo: seguir seus mandamentos e agradecê-lo por isso.
Durante a vida do Salvador alguns procuraram honrá-lo com presentes. Quando ainda era pequenino reis (talvez três) vieram lhe visitar. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11). Pode até haver um simbolismo místico por trás de cada presente, todavia o que quero ressaltar é que eles deram o que julgaram ser melhor ao rei dos reis, que eles sabiam, era aquele infante menino. Eles ofereceram mais do que presentes materiais. As escrituras dizem que eles se prostraram e O adoraram.
Ao estudar a vida de Cristo notei que ele não procurava ouro e prata, como alguns de nós o fazem tão ardentemente. Na realidade ele já tinha tudo isso. Quando Pedro precisou pagar o imposto, o Senhor lhe indicou que uma moeda estava na boca de um peixe que ainda seria pescado! (Mateus 17:27) Isso me faz concluir, que se Ele quisesse poderia ter todo ouro do mundo, pois poderia localizá-lo com seu poder. Ele não precisa e certamente não quer posses materiais. Ele mesmo ensinou que estas coisas são corruptíveis: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
O que Ele quer de nós então? Ele respondeu com simplicidade: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15). O rei Benjamim ensinou: “E eis que tudo que ele requer de vós é que guardeis seus mandamentos” (Mosias 2:22).
Se o Salvador quer que guardemos seus mandamentos quais são estes mandamentos? “E disse aos filhos dos homens: Segui-me. Portanto, meus amados irmãos, poderemos nós seguir a Jesus se não estivermos dispostos a guardar os mandamentos do Pai? E disse o Pai: Arrependei-vos, arrependei-vos e sede batizados em nome do meu Filho Amado” (2 Néfi 31:10-11).
Para aqueles que não entraram nas águas do batismo na Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias o convite é claro: devem ser batizados. Mas e aqueles que já foram batizados?
“Eis, porém, meus amados irmãos, que assim veio a mim a voz do Filho, dizendo: Depois de vos arrependerdes de vossos pecados e de testificardes ao Pai que estais dispostos a guardar meus mandamentos pelo batismo de água; e de haverdes recebido o batismo de fogo e do Espírito Santo e de poderdes falar em uma língua nova, sim, na língua de anjos; se depois disso me anegardes, teria sido melhor para vós que não me houvésseis conhecido. E ouvi a voz do Pai, dizendo: Sim, as palavras do meu Amado são verdadeiras e fiéis. Quem perseverar até o fim, esse será salvo. E agora, meus amados irmãos, sei por isso que, a menos que o homem persevere até o fim, seguindo o exemplo do Filho do Deus vivente, não poderá ser salvo. (...) E estareis então no caminho estreito e apertado que conduz à vida eterna; sim, havereis entrado pela porta; havereis procedido segundo os mandamentos do Pai e do Filho; e havereis recebido o Espírito Santo, que dá testemunho do Pai e do Filho em cumprimento da promessa que vos fez de que, se entrásseis pelo caminho, receberíeis. E agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido afeito. Eis que vos digo: Não; porque não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar. Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna” (1 Néfi 31:14-16, 18-20).
Com essa escritura aprendemos que depois de sermos batizados devemos honrar esse convênio e perseverar até o fim. Semanalmente recebemos uma ajuda especial para isso. Chama-se sacramento: pão e água são distribuídos aos dignos para que eles sempre se lembrem de Cristo, procurem tomar sobre si o nome Dele e guardem Seus mandamentos. Esse convênio inclui guardar o dia do Senhor, pagar o dízimo, estudar as escrituras, orar, jejuar, seguir os profetas, etc.
Esse compromisso, de permanecer fiel, significa oferecer um sacrifício – um coração quebrantado e um espírito contrito (3 Néfi 9:20).
Em suma, Cristo nos pede nosso coração: “eu, o Senhor, exijo o coração dos filhos dos homens” (D&C 64:22). O coração é o símbolo da disposição e vontade do homem (GEE “Coração”). É o símbolo de nosso arbítrio. O que Cristo quer de nós é nossa vontade. Creio que essa é a única coisa que é realmente nossa e podemos ofertar a Ele. Dar nossa vontade significa seguir Cristo e agradecê-lo.
Neste Natal e em todos os dias de nossa vida que possamos presentear Cristo com boas ações, fazendo o que ele faria em nosso lugar – exercendo nosso arbítrio da maneira que sabendo ser correta, não demorando para guardar seus mandamentos. Que possamos ser batizados. Se já o fomos na Igreja verdadeira, que possamos honrar esse convênio e oferecer a Cristo muito mais do que ouro, incenso e mirra – porque essas coisas já são Dele. Que possamos dar tudo o que temos, mesmo que seja pouco: todo nosso coração, poder, mente e força. Que possamos estar dispostos a perder nossa vida por amor a Ele.
No final, ao darmos nossa vontade, deixaremos o Mestre muito feliz, mas substancialmente não lhe acrescentaremos nada. De fato, ao presentear Cristo com nosso coração, nós é que somos mais abençoados: “quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 10:39). Como o rei Benjamim ensinou mesmo que ofertemos tudo a Deus ainda lhe seremos eternos devedores (Mosias 2:22-25).
Que possamos ser como a geração de nefitas que recebeu a visita de Cristo. Ele disse sobre eles: “E agora, eis que minha alegria é grande, até a plenitude, por causa de vós e também desta geração; sim, e até o Pai se alegra e também todos os santos anjos, por causa de vós e desta geração; porque nenhum deles está perdido” (3 Néfi 27:30). Que possamos dar essa alegria a Ele, que possamos ser gratos pelos dons que ele nos Deus – por que “em nada ofende o homem a Deus ou contra ninguém está acesa sua ira, a não ser contra os que não confessam sua mão em todas as coisas e não obedecem a seus mandamentos” (D&C 59:21). Isso significa adorar Cristo: seguir seus mandamentos e agradecê-lo por isso.
19 de dez. de 2010
Seres pré-mortais, mortais, pós-mortais, ressurretos, transladados e transfigurados
Nascemos, vivemos e morremos. Entretanto nossa vida não começou com o nascimento e nem termina com a morte. Nem somos os únicos seres que existem. Há seres que, embora invisíveis aos mortais, participam e interagem conosco. Ao estudar as escrituras notamos que éramos espíritos antes de nascer, ganhamos um corpo mortal, ao morrermos nosso espírito se separa do corpo e que um dia ressuscitaremos. Alguns homem tem o privilegio de serem elevados para contemplarem visões da eternidade e outros recebem dádivas que tornam seus corpos especiais. Fiz um resumo sobre o tema:
Ser pré-mortal – inteligências que possuem um corpo de espírito. Os seres espirituais que foram gerados por Deus, seus filhos e filhas, possuem o arbítrio. Lúcifer e seus seguidores são seres de espírito e não tiveram e nem terão direito de ganhar um corpo físico, por negarem o Espírito Santo e se rebelarem contra Deus e o Plano Expiatório.
Escrituras: Jeremias 1:5, Jó 4:7, Alma 13:3-5, Abraão 3:22-23, Isaías 14:12-20, Apocalipse 12:7-9.
Ser mortal – os filhos de Deus que nascem pela água, sangue e espírito entram na provação mortal, passando pelo véu do esquecimento. Em regra, aqueles que nascem, morrem. A alma do homem é o espírito e o corpo unidos.
Escrituras: Moisés 6:59-60, Abraão 5:7, Gênesis 2:27, D&C 88:15.
Ser pós-mortal espiritual – quando, após a vida mortal, um filho de Deus morre, o espírito pós-mortal e corpo separam-se. O corpo se torna em pó e o espírito vai ao mundo espiritual. Os espíritos pós-mortais continuam seus labores até a ressurreição.
Escrituras: I Pedro 3:18-20, 4:6; Alma 40:11-14; Eclesiastes 12:7; D&C 138.
Ser transladado – é uma mudança física realizada no corpo daqueles que são designados para missões especiais ou receberam uma dádiva sagrada. Seres transladados não sofrem dores e tristezas, excetos pelos pecados do mundo. Eles não morrerão, mas serão transformados, no tempo determinado, numa abrir e fechar de olhos, em seres ressurretos.
Escrituras: Éter 15:34; Moisés 7:21-23, D&C 107:49, 3 Néfi 28:37-40.
Ser transfigurado – mudança temporária no corpo mortal, para suportar as visões da eternidade. Os seres transfigurados brilham. Uma segunda espécie de transfiguração é a mudança na aparência física para transmitir ou endossar uma mensagem de Deus.
Escrituras: Mosias 13:5, 3 Néfi 28:15, Moisés 1:11, Marcos 9:2
Ser ressurreto – corpo e espírito são reunidos para nunca mais se separarem, num estado perfeito. O corpo ressurreto reflete a condição espiritual do espírito pós-mortal ou do corpo transladado. A aparência de um ser ressurreto é semelhante a aparência do corpo mortal.
Escrituras: I Coríntios 15:20-22; Mateus 27:52, I Tessalonicenses 4:16, D& 88:14-16.
Outras considerações:
Anjos – podem ser seres pré-mortais, mortais, pós-mortais em espírito, transladados e ressurretos. São mensageiros de Deus (GEE “Anjos”)
Demônios – podem ser seres pré-mortais apenas. Entretanto os seguidores de Satanás podem ser seres mortais e pós-mortais, inclusive podem receber um corpo ressurreto (GEE “Demônios”)
Arrebatamento – é o transporte para um outro local pelo poder e Espírito de Deus, para proteção divina ou concessão de revelações especiais. Escrituras: 1 Néfi 11:1, Helamã 10:16-17, D&C 88:96-98.
Ser pré-mortal – inteligências que possuem um corpo de espírito. Os seres espirituais que foram gerados por Deus, seus filhos e filhas, possuem o arbítrio. Lúcifer e seus seguidores são seres de espírito e não tiveram e nem terão direito de ganhar um corpo físico, por negarem o Espírito Santo e se rebelarem contra Deus e o Plano Expiatório.
Escrituras: Jeremias 1:5, Jó 4:7, Alma 13:3-5, Abraão 3:22-23, Isaías 14:12-20, Apocalipse 12:7-9.
Ser mortal – os filhos de Deus que nascem pela água, sangue e espírito entram na provação mortal, passando pelo véu do esquecimento. Em regra, aqueles que nascem, morrem. A alma do homem é o espírito e o corpo unidos.
Escrituras: Moisés 6:59-60, Abraão 5:7, Gênesis 2:27, D&C 88:15.
Ser pós-mortal espiritual – quando, após a vida mortal, um filho de Deus morre, o espírito pós-mortal e corpo separam-se. O corpo se torna em pó e o espírito vai ao mundo espiritual. Os espíritos pós-mortais continuam seus labores até a ressurreição.
Escrituras: I Pedro 3:18-20, 4:6; Alma 40:11-14; Eclesiastes 12:7; D&C 138.
Ser transladado – é uma mudança física realizada no corpo daqueles que são designados para missões especiais ou receberam uma dádiva sagrada. Seres transladados não sofrem dores e tristezas, excetos pelos pecados do mundo. Eles não morrerão, mas serão transformados, no tempo determinado, numa abrir e fechar de olhos, em seres ressurretos.
Escrituras: Éter 15:34; Moisés 7:21-23, D&C 107:49, 3 Néfi 28:37-40.
Ser transfigurado – mudança temporária no corpo mortal, para suportar as visões da eternidade. Os seres transfigurados brilham. Uma segunda espécie de transfiguração é a mudança na aparência física para transmitir ou endossar uma mensagem de Deus.
Escrituras: Mosias 13:5, 3 Néfi 28:15, Moisés 1:11, Marcos 9:2
Ser ressurreto – corpo e espírito são reunidos para nunca mais se separarem, num estado perfeito. O corpo ressurreto reflete a condição espiritual do espírito pós-mortal ou do corpo transladado. A aparência de um ser ressurreto é semelhante a aparência do corpo mortal.
Escrituras: I Coríntios 15:20-22; Mateus 27:52, I Tessalonicenses 4:16, D& 88:14-16.
Outras considerações:
Anjos – podem ser seres pré-mortais, mortais, pós-mortais em espírito, transladados e ressurretos. São mensageiros de Deus (GEE “Anjos”)
Demônios – podem ser seres pré-mortais apenas. Entretanto os seguidores de Satanás podem ser seres mortais e pós-mortais, inclusive podem receber um corpo ressurreto (GEE “Demônios”)
Arrebatamento – é o transporte para um outro local pelo poder e Espírito de Deus, para proteção divina ou concessão de revelações especiais. Escrituras: 1 Néfi 11:1, Helamã 10:16-17, D&C 88:96-98.
12 de dez. de 2010
Integridade
Éster, Mardoqueu, Daniel e Sadraque, Masaque e Abdinego são exemplos de integridade. A aula hoje da escola dominical (12/12/10) tratou desses poderosos filhos de Deus que tinham como ponto em comum esse atributo. A integridade é a essência de um caráter forte. Com os exemplos desses santos do passado não só aprendemos o que significa integridade, mas também como nós podemos desenvolver esse dom.
Por exemplo: Quando todos se inclinavam perante um homem que embora poderoso era iníquo, Mardoqueu se manteve impávido e firme em sua crença no único e verdadeiro Deus e não se inclinou (Ester 3). Com coragem celestial Éster jejuou e convidou outros a segui-la para efetuar o impossível (Ester 4:15-17). Sadraque, Masaque e Abdinego encararam o mais temido e poderoso rei de sua época recusando-se a inclinaram-se diante de uma estatua de 40 metros de altura – preferiram ser jogados na fornalha ardente. Todavia, o seu poderoso Deus os livrou (Daniel 3). E Daniel não vacilou quando um edito foi publicado impedindo todos de orar a outro deus que não fosse o adorado pelo pagão império medo-persa – foi jogado na cova dos leões (Daniel 6).
Fé, coragem, jejum, oração constante fortalecem o caráter integro. Para eles a virtude e a fé eram mais valiosas que a vida.
Para citar um exemplo moderno, o irmão Karl G. Maeser. Ele nasceu em 1828 na Saxônia, Alemanha, e tornou-se membro da Igreja em seu país. Em 1860, quando o Dr. Maeser e sua família mudaram-se para Utah, ele tornou-se professor particular da família de Brigham Young. Dezesseis anos mais tarde, o Presidente Young chamou- o para tornar-se o diretor da Academia Brigham Young, instituição que veio tornar-se a Universidade Brigham Young. Antes que o irmão Maeser assumisse sua nova designação, o Presidente Young disse-lhe: “Quero que se lembre de que você não deve ensinar nem mesmo o alfabeto ou a tabuada sem o Espírito de Deus. Isso é tudo. Deus o abençoe. Adeus”. Nos anos difíceis que se seguiram, essa admoestação guiou os esforços do irmão Maeser. (Ver Edwin Butterworth Jr., “Eight Presidents: A Century at BYU”, Ensign, outubro de 1975, p. 23.) Karl G. Maeser era conhecido não somente por sua inteligência e seu talento para ensinar, mas também por sua humildade e integridade. Ele disse: “Coloquem-me numa prisão, com as mais grossas e mais altas paredes de pedra e pode ser que, ainda assim, eu consiga escapar; mas coloquem-me em pé e desenhem um círculo com giz em torno de mim e façam-me dar a palavra de honra que dali não sairei. Será que eu conseguiria sair de dentro daquele círculo? Jamais! Preferiria morrer!” (citado por Ernest L. Wilkinson, The President Speaks, Brigham Young University Speeches of the Year [5 de outubro de 1960], p. 15. E também A Liahona, Maio de 2002, pg. 47).
Que em nós seja encontrada inocência diante de Deus (Daniel 6:22), por sermos íntegros. Que sejamos como Ester, Mardoqueu, Sadraque, Mesaque, Abdinego e Daniel.
9 de dez. de 2010
Crença + Ação = Poder
Uma das formulas mais importantes para se compreender é: Crença + Ação = Poder. A crença é a própria fé. A ação é a prova da fé e o poder é manifestação da graça divina em milagres, sinais, testemunhos e bênçãos. Eu poderia escrever essa formula de outro modo: “fé + obras = milagre” ou “acreditar + agir = conhecer” ou “sentir + fazer = saber”. Todas querem dizer o mesmo.
A primeira parte da formula vem quando entramos em contato com a palavra de Deus, por que “a fé é pelo ouvir” (Romanos 10:17). Depois de considerar a palavra de Deus devemos exercitar nossas faculdades – dando lugar à palavra em nosso coração (Alma 32:27). Como o coração é o símbolo da vontade e disposição do homem (GEE Coração), dar lugar a palavra de Deus no coração significa agir conforme a palavra recebida. Em outras palavras significa guardar os mandamentos. Ou a ter real intenção. Vemos isso no relato de Joseph Smith. Ele pediu a Deus revelação e agiu – foi a bosque orar, um lugar previamente escolhido, ajoelho-se, com a intenção de perguntar a qual Igreja deveria se unir. Se Deus falasse a Joseph: a Igreja católica é a certa, ele seria padre! Se Deus falasse é a metodista: ele seria pastor! Ele iria fazer algo a respeito da resposta. Isso é real intenção. É por isso a revelação veio. Não recebemos o poder, senão agirmos ou em outras palavras: não recebemos testemunho senão antes da prova da fé (Éter 12:6).
A passividade não leva a revelação, pois a prova da fé é comumente um período de tempo em que andamos no escuro, sem ter perfeito conhecimento, mas um grande desejo de aprender, fazer e mudar. A fé não é um conhecimento perfeito. Mas pode vir a tornar-se um conhecimento perfeito. A crença leva a fé em Cristo, que direciona a esperança Nele, que leva a ação justa (caridade), que por sua vez conduz ao poder de Deus (santificação) que aponta para vida eterna.
A primeira parte da formula vem quando entramos em contato com a palavra de Deus, por que “a fé é pelo ouvir” (Romanos 10:17). Depois de considerar a palavra de Deus devemos exercitar nossas faculdades – dando lugar à palavra em nosso coração (Alma 32:27). Como o coração é o símbolo da vontade e disposição do homem (GEE Coração), dar lugar a palavra de Deus no coração significa agir conforme a palavra recebida. Em outras palavras significa guardar os mandamentos. Ou a ter real intenção. Vemos isso no relato de Joseph Smith. Ele pediu a Deus revelação e agiu – foi a bosque orar, um lugar previamente escolhido, ajoelho-se, com a intenção de perguntar a qual Igreja deveria se unir. Se Deus falasse a Joseph: a Igreja católica é a certa, ele seria padre! Se Deus falasse é a metodista: ele seria pastor! Ele iria fazer algo a respeito da resposta. Isso é real intenção. É por isso a revelação veio. Não recebemos o poder, senão agirmos ou em outras palavras: não recebemos testemunho senão antes da prova da fé (Éter 12:6).
A passividade não leva a revelação, pois a prova da fé é comumente um período de tempo em que andamos no escuro, sem ter perfeito conhecimento, mas um grande desejo de aprender, fazer e mudar. A fé não é um conhecimento perfeito. Mas pode vir a tornar-se um conhecimento perfeito. A crença leva a fé em Cristo, que direciona a esperança Nele, que leva a ação justa (caridade), que por sua vez conduz ao poder de Deus (santificação) que aponta para vida eterna.
4 de dez. de 2010
Níveis de Desobediência. As escrituras mencionam erro, transgressão, pecado, iniqüidade e morte espiritual como formas de desobediência a Deus e as suas leis. Embora muitas vezes esses termos sejam usados como sinônimos, é evidente que nem sempre significam a mesma coisa. É, portanto, relevante estabelecer uma distinção que contribua para melhor entendimento interpretativo e prático. A tabela a seguir pretende oferecer tal auxílio.
Ocorre quando há incapacidade, falha natural ou desconhecimento da lei, por tradição, falta de informação, imcopetencia, etc.
É fácil reconhecer que erro não é o mesmo que pecado. As criancinhas erram durante o processo de aprendizagem, por exemplo. Devido às fraquezas e debilidades dos mortais – da imperfeição – erros são freqüentemente cometidos. Os erros (em sentido estrito) não nos tornam impuros a vista de Deus por causa da graça de Cristo. Também aqueles que não quebram a palavra de sabedoria sem saber que ela é um mandamento não cometem pecado.
3 Néfi 1:24; Levítico 5:18; Alma 37:8-9; Jó 13:26; Salmos 19:12; JS–H 1:28; Mosias 3:16; Romanos 4:15; 2 Néfi 9:25
Transgressão
Fazer algo errado que, embora não seja essencialmente mal, ainda assim é contra a lei.
A transgressão é um tipo de erro intencional. É a quebra deliberada da lei. Entretanto não é o mesmo que pecado, pois a transgressão visa quebrar uma lei menor em prol de uma lei maior. A transgressão sempre recai sobre algo que essencialmente não é ruim nem mal – como no caso da queda de Adão e Eva, por exemplo, que preferiram comer do fruto proibido e trazer mortalidade do que ficar no jardim eternamente. Outro exemplo seria o de trabalhar sem documentação. Essencialmente trabalhar não é errado, mas fazê-lo sem que a lei autorize é errado. As transgressões trazem conseqüências semelhantes ao pecado, mas mais tênues.
2ª Regra de Fé; Alma 34:8; 2 Néfi 2:21; Moisés 5:10-11; Moisés 6:53, 59
Pecado
Desobediência intencional a lei de Deus.
Tudo que é essencialmente mal, diabólico, sensual, carnal, profano é contra Deus, e é pecado. O pecado tem diversas formas e meios d ser cometido: dês de um simples pensamento (como ter inveja) até um ato maligno (assassinar) pode ser concebido. O pecado nos torna impuros diante de Deus.
João 9:41; Tiago 4:17;; D&C 84:49; Alma 45:16
Iniqüidade
Prática constante de pecado.
Uma pessoa pode ser considerada justa se peca e esta procurando se arrepender. Mas não há justo que cometa iniqüidade. O iníquo peca e repete com freqüência esse pecado. Em alto grau o iníquo se regozija no pecado, fica triste quando é impedido de pecar e se opõem a tudo que é bom e justo. Esse terrível estado faz com que a pessoa se torne serva do diabo.
I Coríntios 5:13; D&C 82:7; II Tessalonicenses 2:12; Alma 41:10; Mórmon 2:13
Morte Espiritual
Impossibilidade de arrependimento e perdão.
Quando passado é o dia da graça para uma pessoa – a iniqüidade se torna tão aguda que o arrependimento é impossível – então esta está madura para destruição espiritual. A morte espiritual, em sentido amplo, é o afastamento de Deus; e em sentido estrito é o mesmo que cometer o pecado imperdoável.
Tiago 1:15; Romanos 6:23; I Timóteo 5:6; D&C 29:41; Alma 13:30; Alma 40:26
Diante de tais fatos eis a questão: uma pessoa que quebra a lei da castidade, sem saber que essa é uma lei de Deus, por ser culturamente influenciada a quebrar a lei - amigos, mídia, os pais: todos incentivam a relação sexual fora do casamneto - e não ter tido contado com religião alguma - terá, essa pessoa, cometido pecado?
A resposta é: SIM, terá cometido pecado. Por quê? Porque embora aparentemente ela não saiba que ter relação sexual fora dos laços do casamento é errado – e a cultura a influenciou a tal ato – ainda assim ela possui a luz de Cristo, que a ensinou o certo e o errado. Então ele sabe que é errado!
O caso é melhor entendido a luz das escrituras sagradas. O rei Lamôni matara muitos de seus servos – e matar é evidentemente errado – mas por causa da cultura, da tradição, não achara que isso fosse errado. Na realidade os lamanitas não tinham uma noção para o que viria a ser pecado:
“Ora, esta era a tradição de Lamôni, que ele havia recebido de seu pai, de que existia um Grande Espírito. Apesar de acreditarem num Grande Espírito, pensavam que tudo que fizessem estaria certo; não obstante, começou Lamôni a temer muito, com medo de haver procedido mal ao matar seus servos; Porque ele havia matado muitos deles por haverem seus irmãos dispersado os rebanhos junto às águas; e assim, por haverem seus rebanhos sido dispersados, foram mortos” (Alma 18:5-6).
Observe que quando o rei soube dos feitos de Amon começou a temer haver procedido mal. A luz de Cristo dentro dele o despertou para a gravidade de seus pecados. Ele começou a sentir tristeza o que culminou no arrependimento sincero (Alma 18:41-43; 19).
Uma pessoa antes de quebrar a lei da castidade é advertida pela luz de Cristo que não deve fazê-lo. Entretanto se o faz, sente tristeza (2 Coríntios 7:10). Esta pode ser rapidamente abafada pela racionalização. Por exemplo, pretensos amigos podem dizer: “a primeira vez é normal se sentir assim” ou “da próxima vez vai ser melhor” ou “você não estava bem neste dia”. Essa racionalização do pecado abafa a luz de Cristo a tal ponto que o mal se transforma em bem e o bem em mal. Todavia, quando um ministro do evangelho declara a verdade, a luz de Cristo dentro do individuo pecador o desperta para consciência de sua culpa e ele é afligido (Alma 14:6). Assim ocorre com todos os homens. Todos são ensinados suficientemente (Morôni 7:16), e não há inocentes – exceto as criancinhas e os incapazes de discernir.
Se a questão se referisse a beber vinho, por exemplo, que faz parte da Palavra de Sabedoria em nossos dias, à resposta seria não. Porque beber vinho não é essencialmente mal para que não conhece a lei – a luz de Cristo não adverte a pessoa sobre tais pecados. “Onde não há lei, não há pecado” (2 Néfi 9:25).
Marcadores:
castidade,
desobediência,
erro,
espírito santo,
iniquidade,
justiça,
luz,
morte espiritual,
palavra de sabedoria,
pecado,
tentação
30 de nov. de 2010
Rebeldia (Isaías 1:20)
Rebeldes. A rebeldia é um dos piores pecados, porque o rebelde vai contra um conhecimento que sabe ser verdadeiro e bom (3 Néfi 6:18). A rebeldia vem do orgulho e gera primeiro arrogância, discórdia e desdém e depois apostasia, distorção dos convênios e finalmente negação do testemunho do Espírito Santo.
Falando sobre esse tema, o Presidente Spencer W. Kimball disse que os rebeldes “deixam de prestar testemunho a seus descendentes, destroem a fé em seu próprio lar e negam o ‘direito do sacerdócio’ às gerações posteriores que de outro modo talvez tivessem sido fiéis em todas as coisas (...)”. Disse também que muitos dos rebeldes só chegam a se arrepender “com o uso de forças externas.” Estes precisam “ser descobertos, castigados e punidos antes que possam passar por uma transformação” (Milagre do Perdão, “Estas (...) Coisas o Senhor odeia (...)”, pg. 44).
Infelizmente a Casa de Israel não aceitou a correção do Senhor e continuou em sua franca rebeldia, pro isso foram dispersos e destruídos.
26 de nov. de 2010
Quem é o Davi que há de surgir nos últimos dias?
Você já deve ter ouvido essa “doutrina profunda” a de que um homem chamado Davi há de surgir nos últimos dias e ele reinará em Israel, já que o primeiro Davi pecou. Temos que ter cuidado com essa especulação. Primeiro porque embora as escrituras mencionem a doutrina de um novo Davi que reinará (Jeremais 33:15-21), a interpretação feita pode estar equivocada. De fato esta equivocada.
O Davi que há de surgir nos últimos dias para reinar na casa de Israel não é o élder David A. Bednar como já ouvi alguns membros comentarem! Nem mesmo é um homem com o nome “Davi”. Não é o homem poderoso e forte mencionado em D&C 85:7. O Davi mencionado das escrituras que há de reinar nos últimos dias é tão somente o próprio Senhor Jesus Cristo.
“Porque assim diz o Senhor Deus; Eis que eu,eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei. (...) eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas (...) E suscitarei sobre elas um pastor, ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhe servirá de pastor. (...) O meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu o Senhor, o disse” (Ezequiel 34:11, 15, 26).
O Sumo Pastor de almas é o Senhor Jesus Cristo (D&C 50:44, Alma 5:37-38, GEE "Bom Pastor"). Ele apascentará seu povo e reinará sobre suas ovelhas.
Essa é a mesma doutrina explicada em Isaías, sobre o Renovo de Davi (Isaías 11:1). Joseph Smith aprendeu que esse Renovo de Davi é Cristo (D&C 113:1-2).
O élder Bruce R. McConkie explicou: “Que o Renovo de Davi é Cristo esta perfeitamente claro. Agora veremos que é chamado Davi, que ele é um novo Davi, o Davi Eterno que há de reinar para sempre no trono de seu antigo antepassado: “porque será naquele dia, diz o Senhor, dos Exércitos”, isto é no grande dia milenial da coligação, que eles “servirão ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei” (Jeremias 30:8-9). (...) O Trono de Davi foi derrubado séculos antes do nascimento de Cristo (...) As promessas porém persistem. O trono eterno será restaurado no devido tempo, e ocupado por um novo Davi, o qual há de reinar para todo sempre.” (The Promised Messiah, pg. 192-195)
Porque o Reino do Senhor Jesus Cristo é comparado com o reino do Rei Davi, filho de Jessé? O guia de Estudo para as Escrituras explica: "Apesar dessas calamidades, o reinado de Davi foi o mais brilhante da história israelita, pois (1) uniu as tribos em uma só nação, (2) assegurou a posse incontestável do país, (3) baseou o governo na religião verdadeira, de modo que a vontade de Deus era a lei de Israel. Por essas razões, o reinado de Davi mais tarde foi considerado como a época de ouro da nação e um protótipo da era mais gloriosa que o povo esperava, quando o Messias viesse (Isa. 16:5; Jer. 23:5; Eze. 37:24–28)"
O Davi que há de surgir nos últimos dias para reinar na casa de Israel não é o élder David A. Bednar como já ouvi alguns membros comentarem! Nem mesmo é um homem com o nome “Davi”. Não é o homem poderoso e forte mencionado em D&C 85:7. O Davi mencionado das escrituras que há de reinar nos últimos dias é tão somente o próprio Senhor Jesus Cristo.
“Porque assim diz o Senhor Deus; Eis que eu,eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei. (...) eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas (...) E suscitarei sobre elas um pastor, ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhe servirá de pastor. (...) O meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu o Senhor, o disse” (Ezequiel 34:11, 15, 26).
O Sumo Pastor de almas é o Senhor Jesus Cristo (D&C 50:44, Alma 5:37-38, GEE "Bom Pastor"). Ele apascentará seu povo e reinará sobre suas ovelhas.
Essa é a mesma doutrina explicada em Isaías, sobre o Renovo de Davi (Isaías 11:1). Joseph Smith aprendeu que esse Renovo de Davi é Cristo (D&C 113:1-2).
O élder Bruce R. McConkie explicou: “Que o Renovo de Davi é Cristo esta perfeitamente claro. Agora veremos que é chamado Davi, que ele é um novo Davi, o Davi Eterno que há de reinar para sempre no trono de seu antigo antepassado: “porque será naquele dia, diz o Senhor, dos Exércitos”, isto é no grande dia milenial da coligação, que eles “servirão ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei” (Jeremias 30:8-9). (...) O Trono de Davi foi derrubado séculos antes do nascimento de Cristo (...) As promessas porém persistem. O trono eterno será restaurado no devido tempo, e ocupado por um novo Davi, o qual há de reinar para todo sempre.” (The Promised Messiah, pg. 192-195)
Porque o Reino do Senhor Jesus Cristo é comparado com o reino do Rei Davi, filho de Jessé? O guia de Estudo para as Escrituras explica: "Apesar dessas calamidades, o reinado de Davi foi o mais brilhante da história israelita, pois (1) uniu as tribos em uma só nação, (2) assegurou a posse incontestável do país, (3) baseou o governo na religião verdadeira, de modo que a vontade de Deus era a lei de Israel. Por essas razões, o reinado de Davi mais tarde foi considerado como a época de ouro da nação e um protótipo da era mais gloriosa que o povo esperava, quando o Messias viesse (Isa. 16:5; Jer. 23:5; Eze. 37:24–28)"
23 de nov. de 2010
Racismo
Uma das piores formas de preconceito é o racismo, que é a idéia equivocada de que uma raça é superior a outra. O racismo é um instrumento do diabo e causou muitas das piores desgraças na humanidade.
No Brasil o racismo é crime inafiançável, no Evangelho é um pecado gravíssimo que frutifica do orgulho.
Néfi estava falando sobre vários pecados como mentira, roubo, tomar o nome do Senhor em vão, sentir inveja, ter malícia, disputar com os outros e cometer libertinagens ao declarar que o Senhor ordenara “que não façam qualquer destas coisas, porque quem as fizer perecerá”.
E disse também: “Pois nenhuma destas iniqüidades vem do Senhor, porque ele faz o que é bom para os filhos dos homens; e não faz coisa alguma que não seja clara para os filhos dos homens; e convida todos a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; e lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeus como gentios” (2 Néfi 26:32-33).
A mentira de que um homem é superior a outro gera o preconceito. Essa mentira foi usada por Cortez e os espanhóis, que saquearam os astecas; usada pelos portugueses, que em busca de riquezas compravam ou capturavam negros da África; usada por Hitler, que achava que sua estirpe era mais elevada que os outros; e usada por Osaba Bin Laden ao destruir as torres gêmeas.
Quando os judeus abraçaram tal mentira, dizendo que por serem descendentes do patriarca Abraão eram superiores aos outros homens, Deus os repreendeu pela boca de seu profeta, João Batista: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.”
O povo do Senhor não deve ser racista. Quando os nefitas começavam a cometer esse pecado Jacó os advertiu severamente:
“Portanto eu vos dou um mandamento, que é a palavra de Deus: que não mais os injurieis por sua pele escura nem os injurieis por causa de sua imundície; mas deveis recordar vossa própria imundície e lembrar-vos de que a imundície deles lhes adveio por causa de seus pais. (...) Ó meus irmãos, dai ouvidos as minhas palavras; despertai a sensibilidade de vossa alma; sacudi-vos, a fim de acordardes do sono da morte; e livrai-vos das penas do inferno, para não vos tornardes anjos do diabo e serdes jogados no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Jacó 3:9, 11).
Jacó estava falando aos membros da Igreja de sua época. Infelizmente alguns membros da Igreja hoje são racistas. Que pecado terrível! Acaso esses membros não se lembram da História da Igreja e da Doutrina da Igreja?
Ora, uma das razões principais porque os membros da Igreja fora expulsos do Missouri foi a de que eram contra a escravidão dos negros e dos índios. Isso perturbou os donos de terras daquele Estado, que não pensavam dessa forma. Uma ordem de extermínio foi emitida e os membros da Igreja tiveram que deixar seus lares.
Na doutrina de Igreja vemos que todas as nações são convidadas para o banquete nupcial com o Salvador. É verdade que algumas nações foram convidadas primeiro que outras, mas isso não dá direito aos que chegaram primeiro de acharem-se superiores aos outros. Afinal, não importa a ordem do convite – todos terão a mesma recompensa: a vida eterna, caso permaneçam fieis (Mateus 20:1-16).
O élder Joseph W. Sitati, dos Setenta ensinou: “Depois de Sua Ressurreição, o Salvador indicou que o tempo para que o evangelho fosse levado aos gentios havia chegado (...).
Por meio do profeta Joseph Smith, o Senhor revelou que os critérios determinantes para a ordem em que as nações dos gentios devem ser convidadas inclui a capacidade de nutrir espiritual e temporalmente o reino de Deus como estabelecido na Terra pela última vez.
Vemos que, à medida que a Igreja Restaurada começou a ser estabelecida sobre a Terra, os profetas vivos procuraram a vontade de Deus e a seguiram a respeito de como o evangelho deveria espalhar-se entre as nações.” (Conferência Geral outubro de 2009, http://lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-1118-33,00.html#notes)
Com essa doutrina em mente, entendemos que embora houvesse homens que não receberam o sacerdócio antes de 1978, Deus e sua Igreja nunca foram preconceituosos. Isso não combina com o povo de Deus.
Por isso tomemos cuidado com piadas racistas e comentários maldosos sobre pessoas de outras nações, culturas ou raças. Além de falar sobre a história da Igreja e doutrina querendo achar argumentos racistas. Deus se ofende de alguém que se considera superior aos outros. Ele disse: “Não apreciareis uma carne mais que outra, ou seja, nenhum homem se considerará melhor que outro” (Mosias 23:7).
Disse também o Senhor através de seu profeta, o presidente Gordon B. Hinckley: “Surgem conflitos raciais em toda a sua sordidez. Fui alertado de que até aqui, entre nós, algumas dessas coisas acontecem. Não entendo isso. Achei que tínhamos todos nos regozijado com a revelação dada ao Presidente Kimball em 1978. Eu estava no templo na ocasião. Nem eu nem os que estavam comigo tivemos a menor dúvida de que essa revelação era a mente e a vontade do Senhor. Foi-me dito que às vezes se ouvem comentários e insultos racistas em nosso meio. Lembro a vocês que nenhuma pessoa que faça comentários depreciativos a respeito de outras raças pode considerar-se um verdadeiro discípulo de Cristo; nem tampouco pode achar que está agindo de acordo com os ensinamentos da Igreja de Cristo. Como poderia um portador do Sacerdócio de Melquisedeque ser arrogante a ponto de se achar qualificado a receber o sacerdócio, enquanto que outro que vive em retidão, mas cuja pele seja de outra cor, não se qualifique?
Durante todo o meu tempo de serviço na Primeira Presidência, reconheci e falei diversas vezes sobre a diversidade que vemos em nossa sociedade. Ela está a nosso redor e devemos fazer um esforço para assimilá-la.
Que todos nós reconheçamos que cada pessoa é filha do Pai Celestial e que Ele ama todos os Seus filhos. Irmãos, não há fundamento para o ódio racista no sacerdócio desta Igreja. Se qualquer um ao alcance de minha voz tiver esse tipo de inclinação, que busque ao Senhor, peça perdão e não se envolva mais com isso” (A Liahona, Maio de 2006, pg. 58).
No Brasil o racismo é crime inafiançável, no Evangelho é um pecado gravíssimo que frutifica do orgulho.
Néfi estava falando sobre vários pecados como mentira, roubo, tomar o nome do Senhor em vão, sentir inveja, ter malícia, disputar com os outros e cometer libertinagens ao declarar que o Senhor ordenara “que não façam qualquer destas coisas, porque quem as fizer perecerá”.
E disse também: “Pois nenhuma destas iniqüidades vem do Senhor, porque ele faz o que é bom para os filhos dos homens; e não faz coisa alguma que não seja clara para os filhos dos homens; e convida todos a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; e lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeus como gentios” (2 Néfi 26:32-33).
A mentira de que um homem é superior a outro gera o preconceito. Essa mentira foi usada por Cortez e os espanhóis, que saquearam os astecas; usada pelos portugueses, que em busca de riquezas compravam ou capturavam negros da África; usada por Hitler, que achava que sua estirpe era mais elevada que os outros; e usada por Osaba Bin Laden ao destruir as torres gêmeas.
Quando os judeus abraçaram tal mentira, dizendo que por serem descendentes do patriarca Abraão eram superiores aos outros homens, Deus os repreendeu pela boca de seu profeta, João Batista: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.”
O povo do Senhor não deve ser racista. Quando os nefitas começavam a cometer esse pecado Jacó os advertiu severamente:
“Portanto eu vos dou um mandamento, que é a palavra de Deus: que não mais os injurieis por sua pele escura nem os injurieis por causa de sua imundície; mas deveis recordar vossa própria imundície e lembrar-vos de que a imundície deles lhes adveio por causa de seus pais. (...) Ó meus irmãos, dai ouvidos as minhas palavras; despertai a sensibilidade de vossa alma; sacudi-vos, a fim de acordardes do sono da morte; e livrai-vos das penas do inferno, para não vos tornardes anjos do diabo e serdes jogados no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Jacó 3:9, 11).
Jacó estava falando aos membros da Igreja de sua época. Infelizmente alguns membros da Igreja hoje são racistas. Que pecado terrível! Acaso esses membros não se lembram da História da Igreja e da Doutrina da Igreja?
Ora, uma das razões principais porque os membros da Igreja fora expulsos do Missouri foi a de que eram contra a escravidão dos negros e dos índios. Isso perturbou os donos de terras daquele Estado, que não pensavam dessa forma. Uma ordem de extermínio foi emitida e os membros da Igreja tiveram que deixar seus lares.
Na doutrina de Igreja vemos que todas as nações são convidadas para o banquete nupcial com o Salvador. É verdade que algumas nações foram convidadas primeiro que outras, mas isso não dá direito aos que chegaram primeiro de acharem-se superiores aos outros. Afinal, não importa a ordem do convite – todos terão a mesma recompensa: a vida eterna, caso permaneçam fieis (Mateus 20:1-16).
O élder Joseph W. Sitati, dos Setenta ensinou: “Depois de Sua Ressurreição, o Salvador indicou que o tempo para que o evangelho fosse levado aos gentios havia chegado (...).
Por meio do profeta Joseph Smith, o Senhor revelou que os critérios determinantes para a ordem em que as nações dos gentios devem ser convidadas inclui a capacidade de nutrir espiritual e temporalmente o reino de Deus como estabelecido na Terra pela última vez.
Vemos que, à medida que a Igreja Restaurada começou a ser estabelecida sobre a Terra, os profetas vivos procuraram a vontade de Deus e a seguiram a respeito de como o evangelho deveria espalhar-se entre as nações.” (Conferência Geral outubro de 2009, http://lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-1118-33,00.html#notes)
Com essa doutrina em mente, entendemos que embora houvesse homens que não receberam o sacerdócio antes de 1978, Deus e sua Igreja nunca foram preconceituosos. Isso não combina com o povo de Deus.
Por isso tomemos cuidado com piadas racistas e comentários maldosos sobre pessoas de outras nações, culturas ou raças. Além de falar sobre a história da Igreja e doutrina querendo achar argumentos racistas. Deus se ofende de alguém que se considera superior aos outros. Ele disse: “Não apreciareis uma carne mais que outra, ou seja, nenhum homem se considerará melhor que outro” (Mosias 23:7).
Disse também o Senhor através de seu profeta, o presidente Gordon B. Hinckley: “Surgem conflitos raciais em toda a sua sordidez. Fui alertado de que até aqui, entre nós, algumas dessas coisas acontecem. Não entendo isso. Achei que tínhamos todos nos regozijado com a revelação dada ao Presidente Kimball em 1978. Eu estava no templo na ocasião. Nem eu nem os que estavam comigo tivemos a menor dúvida de que essa revelação era a mente e a vontade do Senhor. Foi-me dito que às vezes se ouvem comentários e insultos racistas em nosso meio. Lembro a vocês que nenhuma pessoa que faça comentários depreciativos a respeito de outras raças pode considerar-se um verdadeiro discípulo de Cristo; nem tampouco pode achar que está agindo de acordo com os ensinamentos da Igreja de Cristo. Como poderia um portador do Sacerdócio de Melquisedeque ser arrogante a ponto de se achar qualificado a receber o sacerdócio, enquanto que outro que vive em retidão, mas cuja pele seja de outra cor, não se qualifique?
Durante todo o meu tempo de serviço na Primeira Presidência, reconheci e falei diversas vezes sobre a diversidade que vemos em nossa sociedade. Ela está a nosso redor e devemos fazer um esforço para assimilá-la.
Que todos nós reconheçamos que cada pessoa é filha do Pai Celestial e que Ele ama todos os Seus filhos. Irmãos, não há fundamento para o ódio racista no sacerdócio desta Igreja. Se qualquer um ao alcance de minha voz tiver esse tipo de inclinação, que busque ao Senhor, peça perdão e não se envolva mais com isso” (A Liahona, Maio de 2006, pg. 58).
22 de nov. de 2010
Quais são as prioridades da vida?
O élder Jensen, da presidência dos setenta falou, num recente serão para o MAS em São Paulo (21/11/2010 – Caxingui), sobre a importância das prioridades em nossa vida, e disse: “Quando nossas prioridades estão fora de ordem, perdemos poder.”
Mas quais são nossas prioridades? Quais deveriam ser?
Eu creio que essa pergunta não possa ser completamente respondida de modo genérico e padronizado. Cada idade, cada circunstância, cada fase da vida alteram as prioridades. Por exemplo, para um rapaz da Igreja de 19 anos a prioridade é, sem dúvida, ir para missão e tornar-se um missionário; mas para uma moça de 19 anos a prioridade pode ser a de tornar-se uma excelente aluna na faculdade e ajudar sua mãe. Para um idoso avó a prioridade pode ser passar tempo com os netos, e para um jovem menino a prioridade pode ser ganhar no campeonato de futebol. Entretanto um rapaz de 19 anos que seja fisicamente impossibilitado não tem como prioridade fazer uma missão, bem como uma moça de 19 anos pode ter como prioridade cuidar do marido e do recém nascido bebê. E no caso do avó a prioridade pode ser fazer uma missão de casal no Templo. E quanto ao menino pode ser trabalhar duro, mesmo na tenra idade para ajudar seus pais e família a sobreviver.
Aquilo que queremos e aquilo que podemos nem sempre se transfiguram em prioridades. Mas sempre aquilo que devemos torna-se nossa prioridade. De modo ideal aquilo que queremos e o que podemos combina perfeitamente com o que devemos. Por exemplo: quero ter filhos, posso ter filhos e devo ter filhos. Todavia nem sempre é assim. Uma mulher fiel pode desejar ter filhos entender que deve ter filhos, mas não pode gerar filhos por ser estéril. Neste caso, a graça de Cristo lhe é suficiente – ela será justificada, e se permanecer fiel um dia poderá ter filhos. Mesmo que, neste exemplo, a mulher não possa ter filhos, ela será julgada pelo seu desejo em fazer aquilo que devia ter feito (D&C 137:9).
Além disso, o que devemos não deve ser realizado por meios iníquos. Por exemplo, devemos falar do evangelho as pessoas que não são da Igreja – mas se o fizermos usando de mentiras ou criticas sobre outras religiões estamos errados e nosso dever é vão.
Há algumas prioridades básicas de todo homem: amar a Deus de todo coração poder mente e força, e amar ao próximo como a si mesmo (Lucas 10:27). A prioridade de alguém que busca o reino de Deus e sua justiça faz com que este indivíduo mereça a bênção de que tudo lhe será acrescentado (3 Néfi 13:33).
Se nossa prioridade for Deus, então não hesitaremos de cumprir seus mandamentos. Não será problema para alguém que coloca Deus acima de tudo e todos pagar o dízimo ou fazer jejum todo mês ou visitar os aflitos ou ir ao Templo com freqüência.
Fazendo as primeiras coisas as segundas coisas se colocam no devido lugar. Assim sendo, devemos achar espaço para ler as escrituras e orar em nosso atarefado dia. Se o fizermos estamos colocando Deus em primeiro lugar.
Meu pai costuma dizer que o mandamento mais importante para nós é aquele que temos mais dificuldade em cumprir. Assim sendo, se priorizarmos nossos esforços para cumprir tal mandamento colocamos Deus em primeiro lugar.
Nem sempre é fácil reconhecer qual é a prioridade. Há inúmeros conflitos de interesse, tentações, opiniões, desafios, etc. Deve-se buscar revelação para se descobrir. Felizmente o Senhor, os profetas e apóstolos que nos amam, nos ajudaram a descobrir quais são nossas muitas responsabilidades. Se ponderarmos em espírito de oração seus conselhos nas escrituras certamente as descobriremos. Se as colocarmos no devido lugar prosperaremos.
O link para descobrir as prioridades para os próximos seis meses é esse: http://lds.org/conference/sessions/display/0,5239,23-2-1299,00.html
Mas quais são nossas prioridades? Quais deveriam ser?
Eu creio que essa pergunta não possa ser completamente respondida de modo genérico e padronizado. Cada idade, cada circunstância, cada fase da vida alteram as prioridades. Por exemplo, para um rapaz da Igreja de 19 anos a prioridade é, sem dúvida, ir para missão e tornar-se um missionário; mas para uma moça de 19 anos a prioridade pode ser a de tornar-se uma excelente aluna na faculdade e ajudar sua mãe. Para um idoso avó a prioridade pode ser passar tempo com os netos, e para um jovem menino a prioridade pode ser ganhar no campeonato de futebol. Entretanto um rapaz de 19 anos que seja fisicamente impossibilitado não tem como prioridade fazer uma missão, bem como uma moça de 19 anos pode ter como prioridade cuidar do marido e do recém nascido bebê. E no caso do avó a prioridade pode ser fazer uma missão de casal no Templo. E quanto ao menino pode ser trabalhar duro, mesmo na tenra idade para ajudar seus pais e família a sobreviver.
Aquilo que queremos e aquilo que podemos nem sempre se transfiguram em prioridades. Mas sempre aquilo que devemos torna-se nossa prioridade. De modo ideal aquilo que queremos e o que podemos combina perfeitamente com o que devemos. Por exemplo: quero ter filhos, posso ter filhos e devo ter filhos. Todavia nem sempre é assim. Uma mulher fiel pode desejar ter filhos entender que deve ter filhos, mas não pode gerar filhos por ser estéril. Neste caso, a graça de Cristo lhe é suficiente – ela será justificada, e se permanecer fiel um dia poderá ter filhos. Mesmo que, neste exemplo, a mulher não possa ter filhos, ela será julgada pelo seu desejo em fazer aquilo que devia ter feito (D&C 137:9).
Além disso, o que devemos não deve ser realizado por meios iníquos. Por exemplo, devemos falar do evangelho as pessoas que não são da Igreja – mas se o fizermos usando de mentiras ou criticas sobre outras religiões estamos errados e nosso dever é vão.
Há algumas prioridades básicas de todo homem: amar a Deus de todo coração poder mente e força, e amar ao próximo como a si mesmo (Lucas 10:27). A prioridade de alguém que busca o reino de Deus e sua justiça faz com que este indivíduo mereça a bênção de que tudo lhe será acrescentado (3 Néfi 13:33).
Se nossa prioridade for Deus, então não hesitaremos de cumprir seus mandamentos. Não será problema para alguém que coloca Deus acima de tudo e todos pagar o dízimo ou fazer jejum todo mês ou visitar os aflitos ou ir ao Templo com freqüência.
Fazendo as primeiras coisas as segundas coisas se colocam no devido lugar. Assim sendo, devemos achar espaço para ler as escrituras e orar em nosso atarefado dia. Se o fizermos estamos colocando Deus em primeiro lugar.
Meu pai costuma dizer que o mandamento mais importante para nós é aquele que temos mais dificuldade em cumprir. Assim sendo, se priorizarmos nossos esforços para cumprir tal mandamento colocamos Deus em primeiro lugar.
Nem sempre é fácil reconhecer qual é a prioridade. Há inúmeros conflitos de interesse, tentações, opiniões, desafios, etc. Deve-se buscar revelação para se descobrir. Felizmente o Senhor, os profetas e apóstolos que nos amam, nos ajudaram a descobrir quais são nossas muitas responsabilidades. Se ponderarmos em espírito de oração seus conselhos nas escrituras certamente as descobriremos. Se as colocarmos no devido lugar prosperaremos.
O link para descobrir as prioridades para os próximos seis meses é esse: http://lds.org/conference/sessions/display/0,5239,23-2-1299,00.html
21 de nov. de 2010
REVELAÇÃO: Receber, Reconhecer e Agir
Cada vez mais precisamos confiar nas revelações de Deus. O mundo tem tantas vozes que é extremamente difícil saber qual voz é a correta e qual delas trará felicidade.
O povo do Senhor deve confiar Nele e viver de toda palavra que sai da boca de Deus. A revelação é essencial para que possamos confiar em Deus, ouvir sua voz e tornarmo-nos felizes hoje e para sempre. Ninguém pode viver sem as revelações de Deus e ser feliz no mundo atual.
Portanto, novamente, posto algo a cerca do tema revelação. Precisamos saber como (1) receber revelação, depois precisamos (2) reconhecer quando a revelação nos chega e por fim (3) agir conforme o que recebemos.
Receber Revelação. A revelação é a comunicação sagrada que Deus tem com os homens (GEE “Revelação”). O mandamento que nos chega como um agradável convite é: pedi e recebereis, batei e ser-vos-á aberto, buscai e encontrareis (3 Néfi 14:7-8). Deus deseja revelar-se a nós (D&C 76:5). Ele o faz de diversas formas (visões, sonhos, ministrações de anjos, sentimentos, pensamentos, através de amigos, etc.), mas sempre pelo poder do Espírito Santo. Como a revelação vem pelo Espírito precisamos ser dignos dele. O Espírito não habita em templos impuros (Alma 34:36). O cumprimento dos mandamentos faz com que estejamos qualificados para revelação (I João 3:4). Para termos o Espírito conosco precisamos guardar o convênio batismal (Oração sacramental, D&C 20:77). Se o fizermos então nos esforçaremos para lembrar de Cristo. Lembramos Dele ao ler as escrituras, orar e servir o próximo. Quando guardamos seus mandamentos lembramos Dele e com conseqüência exercermos fé, nos arrependemos e tornamo-nos preparados para desfrutar do dom da expiação. Por meio dessa graça santificadora o Espírito é autorizado a nos guiar. Mesmo nós pecadores.
De forma misericordiosa os rebeldes também podem e recebem revelação. Entretanto, quando isso acontece é para adverti-los (1 Néfi 3:29), chamá-los ao arrependimento (Mosias 27:10-17) ou para condená-los segundo a justiça de Deus (Jacó 4:14, Isaías 6:10).
A revelação esta disponível a todos, homens, mulheres e crianças; jovens e velhos; membros da Igreja ou não (1 Néfi 10:17, 2 Néfi 26:33). Todavia os não-membros poderem ser guiados pela luz de Cristo (Morôni 7:16) e receberem revelações pelo poder do Espírito Santo (GEE “Espírito Santo”), apenas se obtiverem o dom do Espírito Santo poderão ter revelações constantes em sua vida.
As revelações são comumente suaves e mansas (II Reis 19:12). A voz de trovão é sentida mais pelos iníquos do que pelos justos. O Senhor não se agrada dos que precisam ser compelidos com fortes revelações para agir justamente (D&C 58:26).Para recebermos revelação devemos pedi-la em oração (Alma 37:37). Os requisitos para recebermos o que queremos são: fé em Jesus Cristo, real intenção e coração sincero (Morôni 10:4-5). Algumas perguntas e desejos não poderão ser respondidos e atendidos no tempo que julgamos ser o melhor para o nosso bem (D&C 88:64). Mas Deus sempre ouve as orações e sempre as responde.
Reconhecer a Revelação. A maioria de nossas orações não é respondida imediatamente. Isso porque deve haver um tempo onde nossa fé será provada (Éter 12:6). Mas tão logo isso ocorra uma investidura de revelação é derramada dos céus. Deus revela-se de muitas maneiras. Mas mesmo que o víssemos pessoalmente não o reconheceríamos se não estivéssemos prontos para reconhecê-lo, como foi no caso dos discípulos que estavam indo a Emaús (Lucas 24:13-16). Reconhecer a revelação é um dom que vem aos que são humildes (D&C 112:10).
Reconhecemos a revelação quando sentimos que Deus esta falando particularmente a nós. Isso pode acontecer a qualquer momento e diversas maneiras. Por exemplo: durante um discurso na Igreja ou a leitura de uma passagem de escritura escrita a mais de mil e seiscentos anos.
Não é fácil diferenciar a revelação da emoção e da imaginação. Com o turbulento mundo gritando ao nosso redor e com a ansiosidade e hesitação reinantes em nossa vida o Espírito é abafado e até afastado, a menos que tomemos cuidado.A freqüência a lugares santos, a meditação e estudo diário das escrituras e a oração constante são elementos fundamentais para reconhecer a revelação.
Há também ocasiões em que Deus não nos revela de imediato para que possamos andar pela fé e colher os frutos de nosso próprio arbítrio. Algumas decisões precisam ser tomadas por nós sem muita interferência do Senhor. E nesse particular é preciso lembrar que quanto mais próximos de Deus mais pensamos como Ele, o que significa que para certas decisões não precisamos de uma resposta especifica e grandiosa. Como o missionário que recebeu a revelação em D&C 80:3-5:“Portanto ide e pregai meu evangelho, seja para o norte ou para o sul, para o leste ou para o oeste, não importa, porque não vos podeis enganar. Portanto declarai as coisas que ouvistes e em que verdadeiramente acreditais e sabeis ser verdadeiras. Eis que esta é a vontade daquele que vos chamou, vosso Redentor, sim, Jesus Cristo.”
Agir conforme a revelação recebida. Isso exige coragem e fé. Quando estivermos precisando de revelação devemos pedi-la. Se a resposta não vier não devemos ficar paralisados, desmotivados ou descrentes. Se estivermos fazendo nosso melhor para guardar os mandamentos e a revelação não vier devemos agir conforme pensamos ser o melhor. Deus consagrará nossa ação e cresceremos em fé e em obras. Por isso um justo deve se sentir feliz quando Deus não lhe revela sua vontade, porque Deus esta dando a este uma oportunidade de fazer muitas coisas de sua própria e livre vontade e realizar muita retidão, sem ser compelido (D&C 58:26-29).
Por isso se você estiver pensando em, por exemplo, mudar de emprego, primeiro deve orar a respeito. Se a resposta não vir e você estiver guardando os mandamentos da melhor forma que consegue – e mesmo assim a revelação não vier – então FAÇA ALGUMA COISA. A ação é parte essencial da fé (Tiago 2:26). No futuro, ao olharmos para trás notaremos com gratidão que fomos guiados por Deus e nem nos demos conta: como os lamanitas que foram batizados com fogo e Espírito Santo e não o souberam na época de sua conversão (3 Néfi 9:20).
Após recebermos e reconhecermos a revelação devemos ser gratos a Deus por sua bondade em nos guiar (D&C 59:21).
À medida que temos experiências espirituais aumentamos nossa compreensão de como o processo de revelação acontece e nos apercebemos mais rapidamente quando Deus esta falando, também recebemos mais força para agir prontamente.
Que possamos usar a revelação mais em nossas vidas!
19 de nov. de 2010
Comentários de Isaías 1:18
Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
Vinde. A conjugação para o verbo vir nesta escritura esta no imperativo afirmativo – é, portanto, uma ordem, um mandamento. Todavia nos soa como um agradável convite: “Vinde a mim todos os que estais cansamos e oprimidos e eu os aliviarei” (Mateus 11:28) e “Vinde a mim e salvai-vos” (3 Néfi 12:20). “Vinde a mim” é um dos convites mais repetidos nas escrituras e sempre esta relacionado ao processo de santificação por meio do evangelho e da expiação. Eis alguns dos convites para irmos à Ele:
» Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei presentes, e vinde perante ele; adorai ao Senhor vestidos de trajes santos – I Crônicas 16:29
» Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor – Salmos 34:11
» Vinde contemplai as obras do Senhor – Salmos 46:8 (Salmos 66:5)
» Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou – Salmos 95:6
» Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó – Isaías 2:3
» Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos – Isaías 45:20
» Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim – Isaías 55:3
» Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei – Mateus 11:28
» Vinde a mim todos vós, extremos da terra, comprai leite e mel sem dinheiro e sem preço – 2 Néfi 26:25 (Isaías 55:1)
» Vinde a mim, benditos, pois eis que vossas obras foram obras de retidão na face da terra – Alma 5:16
» Sim, diz ele, vinde a mim e participareis do fruto da árvore da vida; sim, comereis e bebereis livremente do pão e da água da vida; Sim, vinde a mim e apresentai obras de retidão; e não sereis cortados e lançados ao fogo – Alma 5:34-35
» Arrependei-vos e vinde a mim, ó vós, confins da terra, e salvai-vos – 3 Néfi 9:22 (3 Néfi 12:20)
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia – 3 Néfi 27:20
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que recebais a remissão de vossos pecados e recebais o Espírito Santo, para que sejais contados com o meu povo, que é da casa de Israel – 3 Néfi 30:2
» Arrependei-vos e vinde a mim e sede batizados e reorganizai a minha igreja; e sereis poupados – Mórmon 3:2
» Vinde a mim ó vós, gentios, e mostrar-vos-ei as coisas maiores, o conhecimento que está oculto por causa da incredulidade! – Éter 4:13
» Vinde a mim ó vós, casa de Israel, e ser-vos-ão reveladas as grandiosas coisas que o Pai vos reservou desde a fundação do mundo e que não chegaram a vós por causa da incredulidade – Éter 4:14
» Arrependei-vos pois, todos vós, confins da terra, e vinde a mim e crede no meu evangelho e sede batizados em meu nome; porque aquele que crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado – Éter 4:18
» E ele disse: Arrependei-vos todos vós, confins da terra; e vinde a mim e sede batizados em meu nome e tende fé em mim, para que sejais salvos – Morôni 7:34
» Sim, vinde a Cristo, aperfeiçoai-vos nele e negai-vos a toda iniqüidade – Morôni 10:32
O élder Neil L. Andersen, do Quorum dos Doze Apóstolos ensinou: “O convite ao arrependimento raramente é uma repreensão, mas um pedido amoroso para que nos voltemos e retornemos a Deus. É o convite de um Pai amoroso e de Seu Filho Unigênito para que sejamos mais do que somos, que busquemos um modo de vida mais elevado e que sintamos a felicidade de guardar os mandamentos. Sendo discípulos de Cristo, regozijamo-nos nas bênçãos do arrependimento e na alegria de sermos perdoados. Elas se tornam parte de nós, moldando nosso modo de pensar e sentir. (...)
Que maravilhoso privilégio temos de abandonar o pecado e achegar-nos a Cristo! O perdão divino é um dos frutos mais doces do evangelho, que remove a culpa e a dor de nosso coração e as substitui por alegria e paz de consciência. Jesus declara: “Não volvereis a mim agora, arrependendo-vos de vossos pecados e convertendo-vos, para que eu vos cure?”(...)
Ele nos ama. Somos membros de Sua Igreja. Ele convida cada um de nós a nos arrepender, a abandonar nossos pecados e a achegar-nos a Ele. Testifico-lhes que Ele está ao nosso lado. (“Arrependendo-vos (…) para que Eu Vos Cure”, A Liahona, Novembro de 2009, pg.41)
Vinde então, e argüir-me. Depois que os israelitas demonstrassem sincero e humilde arrependimento poderiam ir ao Senhor em franca petição para que o sangue expiatório tivesse efeitos sobre eles fazendo com que os julgamentos de Deus lhes fossem afastados.
O profeta Zenos disse: “E ouviste-me por causa das minhas aflições e da minha sinceridade; e é por causa de teu Filho que foste assim misericordioso comigo; portanto clamarei a ti em todas as minhas aflições, porque em ti está a minha alegria; porque, por causa de teu Filho, afastaste de mim teus julgamentos” (Alma 33:11).
Aqueles que se arrependem podem clamar: “Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nossos corações sejam purificados” (Mosias 4:2).
Como o perdão é um dom concedido por Deus, não podemos obtê-lo a menos que ele deseje nos dar. Daí a palavra usada na escritura: argüir, que significa argumentar, disputar, examinar e arrazoar. O Senhor nos convida a esse tipo de conversa (D&C 50:10-12). Quando arrazoamos com o Senhor exercemos nossa fé e arbítrio lhe mostrando humildemente nossas obras e desejos. Demonstramos nossa esperança de que suas promessas podem e serão aplicadas a nós. E ainda exercemos caridade ao incluir o amor a Deus e aos homens. Uma oração desse tipo, por exemplo, foi feita por Jacó (Gênesis 32:24-20), Enos (Enos 1:2), Joseph Smith (D&C 121:1-6) e Néfi (Helamã 7:6-11). Todos nós, em algum momento da vida, precisaremos arrazoar com o Senhor, ou seja, ir até ele arrependidos e argüi-lo, para obtermos a remissão de nossos pecados e a palavra mais segura de profecia. Argüir deduz a oração da fé, a oração que leva a ação justa e consagrada.
Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Não há pecado que não possa ser perdoado, com exceção feita ao pecado de negar o Espírito Santo.
Tanto a escarlata como o carmesim são tons intensos de vermelho. A matéria colorante extraía-se de um inseto, Coccus ilicis, chamado kermes pelos árabes, nome de que provém o nosso vocábulo carmesim. Somente a fêmea produzia a cor. O simbolismo dessas cores esta claro em Isaías: mesmo os pecados mais crônicos, profundos, intensos e conspurcados poderiam ser alvejados e clareados pelo sangue do Unigênito.
O branco simboliza a pureza, a retidão e a luz. É oposto do imundo, profano e pecaminoso. O poder de Cristo é tão grande que pode tornar o mais negro carmesim no mais claro e reluzente branco. É por isso que Isaías usa a neve e a branca lã como símbolos do perdão absoluto.
O poder da Expiação na purificação do pecador. Isaías, assim como todos os outros profetas tinham como principal missão serem testemunhas especiais de Cristo (Jacó 7:11). Em seu livro encontramos mais referências a vida, missão e sacrifico de Jesus Cristo do que em qualquer outro livro do Velho Testamento.
Quando Adão comeu do fruto proibido trouxe ao mundo duas mortes: a morte física e a morte espiritual. A morte física é a separação do corpo mortal do espírito pré-mortal. A morte espiritual é o pecado. Por causa do pecado tornamo-nos impuros diante de Deus.
Para vencer os efeitos da Queda Jesus Cristo foi enviado. Só um ser perfeito, dotado de atributos divinos, poderia realizar um sacrifício infinito e eterno para que tanto a morte espiritual quanto a física fossem vencidas. Jesus Cristo é o Redentor porque por meio de seu sacrifício no monte da Oliveiras e na Cruz concede ao penitente perdão. Por meio Dele todos os homens podem se tornar limpos dos pecados (Pregar Meu Evangelho, capítulo 3, pg. 51-52; Alma 34:8-16).
Cristo também é o Salvador, pois nos salvou da morte física. Assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados por Cristo (I Coríntios 15:21-22).
A Expiação salvará todos os homens que nasceram da morte física incondicionalmente. Mas não redimirá a todos, ou em outras palavras não purificará a todos – somente os que viverem o evangelho (Alma 11:40; 2 Néfi 9:23-24)
Nenhum poder é maior do que a Expiação. A expiação é a expressão máxima de caridade. A fé, o sacerdócio, a esperança, a ciência, o conhecimento e todos os outros atributos, dons e faculdades são inferiores a caridade, que é o puro amor de Cristo (I Coríntios 13; Morôni 7:46-48). A purificação absoluta e completa só pode se dar por meio da expiação.
O presidente Boyd K. Packer, do Quorum dos Doze disse: “Não há circunstância na qual se manifestem mais intensamente a generosidade, a bondade e a misericórdia de Deus, do que no arrependimento. Vocês compreendem o supremo poder purificador da Expiação feita pelo Filho de Deus, nosso Salvador e nosso Redentor? Ele disse: “Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam” (D&C 19:16). Nesse sublime ato de amor, o Salvador pagou as penalidades por nossos pecados para que não tivéssemos que pagar.
Para aqueles que realmente desejarem, há um caminho de volta. O arrependimento é como um detergente. Ele faz sair até as manchas mais impregnadas de pecado.” (“Limpar o vaso interior”, A Liahona, novembro de 2010)
Neve. Embora o clima do tempo de Isaías fosse predominantemente seco, a neve podia ser vista durante o inverno no alto das montanhas. Ocasionalmente havia neve no deserto, quando a temperatura caia abruptamente.
Um estudioso disse: “O clima em Israel varia segundo as características de cada região: a costa, as montanhas, a depressão do Jordão. Fundamentalmente o ano se divide em duas estações: o verão, quente e seco, e o inverno, frio e úmido. A costa da Palestina é quente (de 10 a 15 graus no inverno e de 27 a 32 graus no verão). Nas montanhas, a temperatura é uns 5 graus mais baixa que na costa, com grandes diferenças entre o dia e a noite. No verão, nas montanhas (Jerusalém, por exemplo) as temperaturas são de 30 graus durante o dia e de 18 graus durante a noite. Nas montanhas, o mau tempo não se deve à umidade, como ocorre na costa, e sim, aos fortes ventos: o vento que arrasta as chuvas procede do Mediterrâneo, e o vento abrasador (siroco ou khamsin), vem do deserto nos meses de maio e outubro (Isaías 27:8; Jeremias 4:11) (...) A neve não é desconhecida nas montanhas da Palestina, por exemplo, em Belém, Jerusalém ou Hebrom. Na Transjordânia, as nevascas às vezes chegam a bloquear as estradas.” (Oseías de Lima Vieira, professor de Geografia e bacharel em direito Uberlândia. Texto postado no seguinte endereço eletrônico: http://oseiasgeografo.blogspot.com/2008/04/clima-da-terra-santa.html ).
Vinde. A conjugação para o verbo vir nesta escritura esta no imperativo afirmativo – é, portanto, uma ordem, um mandamento. Todavia nos soa como um agradável convite: “Vinde a mim todos os que estais cansamos e oprimidos e eu os aliviarei” (Mateus 11:28) e “Vinde a mim e salvai-vos” (3 Néfi 12:20). “Vinde a mim” é um dos convites mais repetidos nas escrituras e sempre esta relacionado ao processo de santificação por meio do evangelho e da expiação. Eis alguns dos convites para irmos à Ele:
» Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei presentes, e vinde perante ele; adorai ao Senhor vestidos de trajes santos – I Crônicas 16:29
» Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor – Salmos 34:11
» Vinde contemplai as obras do Senhor – Salmos 46:8 (Salmos 66:5)
» Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou – Salmos 95:6
» Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó – Isaías 2:3
» Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos – Isaías 45:20
» Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim – Isaías 55:3
» Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei – Mateus 11:28
» Vinde a mim todos vós, extremos da terra, comprai leite e mel sem dinheiro e sem preço – 2 Néfi 26:25 (Isaías 55:1)
» Vinde a mim, benditos, pois eis que vossas obras foram obras de retidão na face da terra – Alma 5:16
» Sim, diz ele, vinde a mim e participareis do fruto da árvore da vida; sim, comereis e bebereis livremente do pão e da água da vida; Sim, vinde a mim e apresentai obras de retidão; e não sereis cortados e lançados ao fogo – Alma 5:34-35
» Arrependei-vos e vinde a mim, ó vós, confins da terra, e salvai-vos – 3 Néfi 9:22 (3 Néfi 12:20)
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que sejais santificados, recebendo o Espírito Santo, para comparecerdes sem mancha perante mim no último dia – 3 Néfi 27:20
» Vinde a mim e sede batizados em meu nome, a fim de que recebais a remissão de vossos pecados e recebais o Espírito Santo, para que sejais contados com o meu povo, que é da casa de Israel – 3 Néfi 30:2
» Arrependei-vos e vinde a mim e sede batizados e reorganizai a minha igreja; e sereis poupados – Mórmon 3:2
» Vinde a mim ó vós, gentios, e mostrar-vos-ei as coisas maiores, o conhecimento que está oculto por causa da incredulidade! – Éter 4:13
» Vinde a mim ó vós, casa de Israel, e ser-vos-ão reveladas as grandiosas coisas que o Pai vos reservou desde a fundação do mundo e que não chegaram a vós por causa da incredulidade – Éter 4:14
» Arrependei-vos pois, todos vós, confins da terra, e vinde a mim e crede no meu evangelho e sede batizados em meu nome; porque aquele que crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado – Éter 4:18
» E ele disse: Arrependei-vos todos vós, confins da terra; e vinde a mim e sede batizados em meu nome e tende fé em mim, para que sejais salvos – Morôni 7:34
» Sim, vinde a Cristo, aperfeiçoai-vos nele e negai-vos a toda iniqüidade – Morôni 10:32
O élder Neil L. Andersen, do Quorum dos Doze Apóstolos ensinou: “O convite ao arrependimento raramente é uma repreensão, mas um pedido amoroso para que nos voltemos e retornemos a Deus. É o convite de um Pai amoroso e de Seu Filho Unigênito para que sejamos mais do que somos, que busquemos um modo de vida mais elevado e que sintamos a felicidade de guardar os mandamentos. Sendo discípulos de Cristo, regozijamo-nos nas bênçãos do arrependimento e na alegria de sermos perdoados. Elas se tornam parte de nós, moldando nosso modo de pensar e sentir. (...)
Que maravilhoso privilégio temos de abandonar o pecado e achegar-nos a Cristo! O perdão divino é um dos frutos mais doces do evangelho, que remove a culpa e a dor de nosso coração e as substitui por alegria e paz de consciência. Jesus declara: “Não volvereis a mim agora, arrependendo-vos de vossos pecados e convertendo-vos, para que eu vos cure?”(...)
Ele nos ama. Somos membros de Sua Igreja. Ele convida cada um de nós a nos arrepender, a abandonar nossos pecados e a achegar-nos a Ele. Testifico-lhes que Ele está ao nosso lado. (“Arrependendo-vos (…) para que Eu Vos Cure”, A Liahona, Novembro de 2009, pg.41)
Vinde então, e argüir-me. Depois que os israelitas demonstrassem sincero e humilde arrependimento poderiam ir ao Senhor em franca petição para que o sangue expiatório tivesse efeitos sobre eles fazendo com que os julgamentos de Deus lhes fossem afastados.
O profeta Zenos disse: “E ouviste-me por causa das minhas aflições e da minha sinceridade; e é por causa de teu Filho que foste assim misericordioso comigo; portanto clamarei a ti em todas as minhas aflições, porque em ti está a minha alegria; porque, por causa de teu Filho, afastaste de mim teus julgamentos” (Alma 33:11).
Aqueles que se arrependem podem clamar: “Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nossos corações sejam purificados” (Mosias 4:2).
Como o perdão é um dom concedido por Deus, não podemos obtê-lo a menos que ele deseje nos dar. Daí a palavra usada na escritura: argüir, que significa argumentar, disputar, examinar e arrazoar. O Senhor nos convida a esse tipo de conversa (D&C 50:10-12). Quando arrazoamos com o Senhor exercemos nossa fé e arbítrio lhe mostrando humildemente nossas obras e desejos. Demonstramos nossa esperança de que suas promessas podem e serão aplicadas a nós. E ainda exercemos caridade ao incluir o amor a Deus e aos homens. Uma oração desse tipo, por exemplo, foi feita por Jacó (Gênesis 32:24-20), Enos (Enos 1:2), Joseph Smith (D&C 121:1-6) e Néfi (Helamã 7:6-11). Todos nós, em algum momento da vida, precisaremos arrazoar com o Senhor, ou seja, ir até ele arrependidos e argüi-lo, para obtermos a remissão de nossos pecados e a palavra mais segura de profecia. Argüir deduz a oração da fé, a oração que leva a ação justa e consagrada.
Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Não há pecado que não possa ser perdoado, com exceção feita ao pecado de negar o Espírito Santo.
Tanto a escarlata como o carmesim são tons intensos de vermelho. A matéria colorante extraía-se de um inseto, Coccus ilicis, chamado kermes pelos árabes, nome de que provém o nosso vocábulo carmesim. Somente a fêmea produzia a cor. O simbolismo dessas cores esta claro em Isaías: mesmo os pecados mais crônicos, profundos, intensos e conspurcados poderiam ser alvejados e clareados pelo sangue do Unigênito.
O branco simboliza a pureza, a retidão e a luz. É oposto do imundo, profano e pecaminoso. O poder de Cristo é tão grande que pode tornar o mais negro carmesim no mais claro e reluzente branco. É por isso que Isaías usa a neve e a branca lã como símbolos do perdão absoluto.
O poder da Expiação na purificação do pecador. Isaías, assim como todos os outros profetas tinham como principal missão serem testemunhas especiais de Cristo (Jacó 7:11). Em seu livro encontramos mais referências a vida, missão e sacrifico de Jesus Cristo do que em qualquer outro livro do Velho Testamento.
Quando Adão comeu do fruto proibido trouxe ao mundo duas mortes: a morte física e a morte espiritual. A morte física é a separação do corpo mortal do espírito pré-mortal. A morte espiritual é o pecado. Por causa do pecado tornamo-nos impuros diante de Deus.
Para vencer os efeitos da Queda Jesus Cristo foi enviado. Só um ser perfeito, dotado de atributos divinos, poderia realizar um sacrifício infinito e eterno para que tanto a morte espiritual quanto a física fossem vencidas. Jesus Cristo é o Redentor porque por meio de seu sacrifício no monte da Oliveiras e na Cruz concede ao penitente perdão. Por meio Dele todos os homens podem se tornar limpos dos pecados (Pregar Meu Evangelho, capítulo 3, pg. 51-52; Alma 34:8-16).
Cristo também é o Salvador, pois nos salvou da morte física. Assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados por Cristo (I Coríntios 15:21-22).
A Expiação salvará todos os homens que nasceram da morte física incondicionalmente. Mas não redimirá a todos, ou em outras palavras não purificará a todos – somente os que viverem o evangelho (Alma 11:40; 2 Néfi 9:23-24)
Nenhum poder é maior do que a Expiação. A expiação é a expressão máxima de caridade. A fé, o sacerdócio, a esperança, a ciência, o conhecimento e todos os outros atributos, dons e faculdades são inferiores a caridade, que é o puro amor de Cristo (I Coríntios 13; Morôni 7:46-48). A purificação absoluta e completa só pode se dar por meio da expiação.
O presidente Boyd K. Packer, do Quorum dos Doze disse: “Não há circunstância na qual se manifestem mais intensamente a generosidade, a bondade e a misericórdia de Deus, do que no arrependimento. Vocês compreendem o supremo poder purificador da Expiação feita pelo Filho de Deus, nosso Salvador e nosso Redentor? Ele disse: “Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam” (D&C 19:16). Nesse sublime ato de amor, o Salvador pagou as penalidades por nossos pecados para que não tivéssemos que pagar.
Para aqueles que realmente desejarem, há um caminho de volta. O arrependimento é como um detergente. Ele faz sair até as manchas mais impregnadas de pecado.” (“Limpar o vaso interior”, A Liahona, novembro de 2010)
Neve. Embora o clima do tempo de Isaías fosse predominantemente seco, a neve podia ser vista durante o inverno no alto das montanhas. Ocasionalmente havia neve no deserto, quando a temperatura caia abruptamente.
Um estudioso disse: “O clima em Israel varia segundo as características de cada região: a costa, as montanhas, a depressão do Jordão. Fundamentalmente o ano se divide em duas estações: o verão, quente e seco, e o inverno, frio e úmido. A costa da Palestina é quente (de 10 a 15 graus no inverno e de 27 a 32 graus no verão). Nas montanhas, a temperatura é uns 5 graus mais baixa que na costa, com grandes diferenças entre o dia e a noite. No verão, nas montanhas (Jerusalém, por exemplo) as temperaturas são de 30 graus durante o dia e de 18 graus durante a noite. Nas montanhas, o mau tempo não se deve à umidade, como ocorre na costa, e sim, aos fortes ventos: o vento que arrasta as chuvas procede do Mediterrâneo, e o vento abrasador (siroco ou khamsin), vem do deserto nos meses de maio e outubro (Isaías 27:8; Jeremias 4:11) (...) A neve não é desconhecida nas montanhas da Palestina, por exemplo, em Belém, Jerusalém ou Hebrom. Na Transjordânia, as nevascas às vezes chegam a bloquear as estradas.” (Oseías de Lima Vieira, professor de Geografia e bacharel em direito Uberlândia. Texto postado no seguinte endereço eletrônico: http://oseiasgeografo.blogspot.com/2008/04/clima-da-terra-santa.html ).
7 de nov. de 2010
Isaías 1:3 - o boi conhece mais que Israel
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
Israel não tem conhecimento. A forte imagem de Isaías de que até animais domésticos entendem mais do que o povo eleito é impressionante. Como continuação dessa acusação podemos relacionar a seguinte escritura: “Oh! Quão grande é a nulidade dos filhos dos homens! Sim, são até menos que o pó da terra. Pois eis que o pó da terra se move de cá para lá, separando-se segundo a ordem de nosso grande e eterno Deus.” (Helamã 12:7-8). Sobre essa triste realidade podemos verificar o episódio em que Balaão, um profeta de Deus, que tivera revelações extraordinárias, foi superado por um pacato animal doméstico (Números 22:23-33). Somos filhos de Deus, e nesse aspecto muito maiores que o pó da Terra ou o boi e o jumento. Todavia, se pecarmos, rebaixamo-nos a um estado pior do que os animais – negamos o conhecimento que possuímos – o qual nos ensina que somos filhos de Deus e seus herdeiros (Romanos 8:16-17). Podemos até reconhecer nossa origem divina e podemos saber quem é Deus e como Ele age – e estamos certos que Israel reconhecia quem eram à vista de Deus e quem era esse poderoso Ser – entretanto, eles não produziam obras de acordo com esse conhecimento. O mesmo se dá conosco: se não agirmos de acordo com o que conhecemos igualamo-nos aos antigos israelitas. E também igualamo-nos ao diabo, que pode até mesmo recitar as escrituras, mas não as quer aplicar (Mateus 4:6; Tiago 2:17-19). O conhecimento se não colocado em prática não gera entendimento ou sabedoria, não gera bênção ou salvação – gera maldição e condenação (Jacó 4:14).
Israel não tem conhecimento. A forte imagem de Isaías de que até animais domésticos entendem mais do que o povo eleito é impressionante. Como continuação dessa acusação podemos relacionar a seguinte escritura: “Oh! Quão grande é a nulidade dos filhos dos homens! Sim, são até menos que o pó da terra. Pois eis que o pó da terra se move de cá para lá, separando-se segundo a ordem de nosso grande e eterno Deus.” (Helamã 12:7-8). Sobre essa triste realidade podemos verificar o episódio em que Balaão, um profeta de Deus, que tivera revelações extraordinárias, foi superado por um pacato animal doméstico (Números 22:23-33). Somos filhos de Deus, e nesse aspecto muito maiores que o pó da Terra ou o boi e o jumento. Todavia, se pecarmos, rebaixamo-nos a um estado pior do que os animais – negamos o conhecimento que possuímos – o qual nos ensina que somos filhos de Deus e seus herdeiros (Romanos 8:16-17). Podemos até reconhecer nossa origem divina e podemos saber quem é Deus e como Ele age – e estamos certos que Israel reconhecia quem eram à vista de Deus e quem era esse poderoso Ser – entretanto, eles não produziam obras de acordo com esse conhecimento. O mesmo se dá conosco: se não agirmos de acordo com o que conhecemos igualamo-nos aos antigos israelitas. E também igualamo-nos ao diabo, que pode até mesmo recitar as escrituras, mas não as quer aplicar (Mateus 4:6; Tiago 2:17-19). O conhecimento se não colocado em prática não gera entendimento ou sabedoria, não gera bênção ou salvação – gera maldição e condenação (Jacó 4:14).
5 de nov. de 2010
Hermenêutica Teológica
O Senhor Jesus Cristo disse: “Examinai as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 1:39). O que quer dizer examinar? Recorrendo a um dicionário você vai encontrar os seguintes significados: inspecionar, atender, investigar minuciosamente, estudar, meditar a respeito de algo, observar, apurar, provar e verificar. Então, para que examinemos as escrituras devemos estar prontos para fazer mais do que uma leitura casual de uma passagem. Examinar é ler, ponderar, orar e, depois, aplicar a escritura a vida pessoal, familiar e social.
Percebi pelo menos cinco razões para examinar as escrituras: (1) o Senhor ordenou isso: “eis que vos digo que deveis examinar estas coisas. Sim, ordeno-vos que examineis estas coisas diligentemente” (3 Néfi 23:1); (2) para que conheçamos Jesus Cristo: “Eis que te digo que nenhum dos profetas escreveu nem profetizou sem ter falado sobre este Cristo” (Jacó 7:11); (3) para que possamos saber o que em breve se sucederá: “Examinai estes mandamentos, porque são verdadeiros e fiéis; e as profecias e as promessas neles contidas serão todas cumpridas” (D&C 1:37); (4) para que conheçamos nossa responsabilidade: “E falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos de Cristo e escrevemos de acordo com nossas profecias, para que nossos filhos saibam em que fonte procurar a remissão de seus pecados” (2 Néfi 25:26); e (5) para que tenhamos vida eterna: “vós cuidais ter nelas a vida eterna” (João 1:39).
Portanto, dá para se ver a importância do estudo da palavra de Deus. Sem um exame atento corremos o risco de perder a vida eterna! E a vida eterna é tudo o que queremos: felicidade sem fim.
Há aquele conto, muito usado pelos oradores e professores da Igreja, sobre três homens que morreram e foram à porta do céu. Lá encontraram um mensageiro na porta. Tal ser perguntou ao primeiro homem: “você conhece Jesus Cristo?” A resposta imediata foi: “sim, eu o sei quem ele é – estudei a Bíblia de capa a capa”. O Mensageiro disse: “esta bem, vá para aquele lugar ali abaixo” – e apontou na direção pelo qual o homem deveria ir, e este se foi satisfeito. O segundo homem se aproximou, então: “o senhor conhece Jesus Cristo?” A resposta foi: “Sim, estudei as escrituras, guardei os mandamentos, servi o próximo – eu o conheço!” O Mensageiro apontou para esquerda e disse “esta bem, vá para lá”, e o homem se foi contente. O terceiro homem se aproximou. O mensageiro lhe indagou chamando-lhe pelo nome: “Conheces Jesus Cristo?”, pelo que o homem caiu de joelhos no chão e, chorando, disse: “Senhor meu e Deus meu!” Ele reconheceu que aquele mensageiro era, na verdade, o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Este entrou no céu, a direita do Senhor.
O conto ilustra bem não só a importância de reconhecer Cristo quando morrermos, mas de estudarmos e aplicarmos as escrituras para que possamos conhecê-lo. O primeiro homem tinha lido as escrituras, e o segundo havia lido e aparentemente se esforçado um pouco mais. Mas nenhum dos dois havia se transformado com a palavra de Deus, razão pela qual não puderam reconhecer o Salvador. Também há uma outra lição, que faço questão de ressaltar: quanto mais conhecemos o Salvador, mais próximos ficamos Dele – o que foi ilustrado pelo fato que o primeiro homem foi chamado de “você”, o segundo de “o senhor” e o terceiro pelo seu próprio nome.
Visto a importância das palavras de Deus, não é de se negar a grande importância da interpretação. A interpretação escriturística, ou a hermenêutica teológica é vital para cumprirmos o mandamento de examinar as escrituras. Interpretar significa aclarar, dar o significado, fazer entender, traduzir e exprimir a idéia.
Interpretar as escrituras pode não ser algo tão fácil. Mas é algo que fazemos o tempo todo – mesmo durante uma mera leitura. Quando lemos: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1) interpretamos os caracteres que formam palavras no idioma que usamos, e transformamos o significante em significado. Isso é interpretar: relacionar o símbolo com o seu significado. Captamos a mensagem de acordo com nosso conhecimento enciclopédico e nosso conhecimento espiritual. A maior parte dos leitores interpretará essa passagem da seguinte maneira: “No princípio – começo, no início – Deus – que é o Ser Supremo – criou, ou seja, fez, os céus – que é um lugar acima da terra – e a terra – que é um lugar abaixo dos céus.” É fácil recorrer a essa interpretação lingüística com um dicionário. Basta achar o significado das palavras e substituí-las por sinônimos.
Se recorrermos a comparação escriturística com outras passagens poderemos compreender melhor esse versículo. Há mais dois relatos da criação nas obras-padrão, na Pérola de Grande Valor:
“E ENTÃO o Senhor disse: Desçamos. E eles desceram no princípio; e eles, isto é, os Deuses, organizaram e formaram os céus e a Terra” (Abraão 4:1).
“E ACONTECEU que o Senhor falou a Moisés, dizendo: Eis que eu te revelo o que concerne a este céu e a esta Terra; escreve as palavras que eu digo. Eu sou o Princípio e o Fim, o Deus Todo-Poderoso; por meio de meu Unigênito eu criei estas coisas; sim, no princípio criei o céu e a Terra sobre a qual estás” (Moisés 2:1)
Aprendemos com a simples comparação de relatos que havia mais de um Deus que criou os céus e a terra. Vemos que o Pai criou através de seu Unigênito. E que criar significa organizar e formar e não necessariamente fazer aparecer do nada ou fazer surgir algo novo, que antes não existia. Se aplicarmos a interpretação enciclopédica após a comparação acharemos nossos significados que poderão aumentar nossa visão dos versículos.
Podemos ainda, por meio de guias, dicionários bíblicos e outros recursos, aplicar uma outra espécie de interpretação, que é a interpretação histórico-cultural. Podemos descobrir quem foi Moisés, o que a palavra Deus significava para os hebreus. O que quer dizer Unigênito, etc.
Ainda poderíamos aplicar a interpretação histórico-lingüística que nos faria entender o valor correto ou aproximado de cada termo usado na passagem. Indo um pouco além poderíamos unir o método de comparação entre passagens e comparar o texto estudado com o mesmo texto numa outra língua. Novos e interessantes sentidos são descobertos neste processo.
A comparação não se resume a traçar paralelos entre as obras-padrão, da língua própria ou de outra, antiga ou moderna. A comparação pode ser usada com as escrituras vivas – que saem da boca dos profetas atuais. Quando o profeta interpreta uma escritura ou passagem podemos ter certeza que seu sentido é aquele. O único cuidado que devemos ter é o de estar recebendo a mensagem certa. Porque como se sabe muito bem ao estudar comunicação – nem sempre o receptor recebe a mensagem que o emissor transmitiu – devido a falhas surgidas nas fases desse processo.
Mas não é tão complicado quanto parece. Deus fala de modo claro e simples, de uma forma que o homem finito e decaído possa entender. Sim, ele fala com “evidente humildade, como um homem fala com outro, em [nossa] própria língua” (Éter 12:39). Entretanto, Deus nunca é simplório. Suas palavras são simples mas poderosas, pois penetram na alma humana, ou seja, tem capacidade de afetar o corpo e o espírito do homem (D&C 11:2).
O mandamento de pedir, buscar e bater é o mesmo mandamento de orar e vigiar – é um convite a revelação feito pelo próprio Senhor. É uma das promessas mais repetidas em todas as escrituras[1]. Pedir implica em humilhar-se perante Deus e desejar acreditar (Alma 32:24-28). Buscar significa ponderar, ter um coração sincero e real intenção (Morôni 10:4). Bater deduz o pagamento do preço da revelação – a prova da fé (Éter12:6, D&C 9:7).
Percebi pelo menos cinco razões para examinar as escrituras: (1) o Senhor ordenou isso: “eis que vos digo que deveis examinar estas coisas. Sim, ordeno-vos que examineis estas coisas diligentemente” (3 Néfi 23:1); (2) para que conheçamos Jesus Cristo: “Eis que te digo que nenhum dos profetas escreveu nem profetizou sem ter falado sobre este Cristo” (Jacó 7:11); (3) para que possamos saber o que em breve se sucederá: “Examinai estes mandamentos, porque são verdadeiros e fiéis; e as profecias e as promessas neles contidas serão todas cumpridas” (D&C 1:37); (4) para que conheçamos nossa responsabilidade: “E falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos de Cristo e escrevemos de acordo com nossas profecias, para que nossos filhos saibam em que fonte procurar a remissão de seus pecados” (2 Néfi 25:26); e (5) para que tenhamos vida eterna: “vós cuidais ter nelas a vida eterna” (João 1:39).
Portanto, dá para se ver a importância do estudo da palavra de Deus. Sem um exame atento corremos o risco de perder a vida eterna! E a vida eterna é tudo o que queremos: felicidade sem fim.
Há aquele conto, muito usado pelos oradores e professores da Igreja, sobre três homens que morreram e foram à porta do céu. Lá encontraram um mensageiro na porta. Tal ser perguntou ao primeiro homem: “você conhece Jesus Cristo?” A resposta imediata foi: “sim, eu o sei quem ele é – estudei a Bíblia de capa a capa”. O Mensageiro disse: “esta bem, vá para aquele lugar ali abaixo” – e apontou na direção pelo qual o homem deveria ir, e este se foi satisfeito. O segundo homem se aproximou, então: “o senhor conhece Jesus Cristo?” A resposta foi: “Sim, estudei as escrituras, guardei os mandamentos, servi o próximo – eu o conheço!” O Mensageiro apontou para esquerda e disse “esta bem, vá para lá”, e o homem se foi contente. O terceiro homem se aproximou. O mensageiro lhe indagou chamando-lhe pelo nome: “Conheces Jesus Cristo?”, pelo que o homem caiu de joelhos no chão e, chorando, disse: “Senhor meu e Deus meu!” Ele reconheceu que aquele mensageiro era, na verdade, o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Este entrou no céu, a direita do Senhor.
O conto ilustra bem não só a importância de reconhecer Cristo quando morrermos, mas de estudarmos e aplicarmos as escrituras para que possamos conhecê-lo. O primeiro homem tinha lido as escrituras, e o segundo havia lido e aparentemente se esforçado um pouco mais. Mas nenhum dos dois havia se transformado com a palavra de Deus, razão pela qual não puderam reconhecer o Salvador. Também há uma outra lição, que faço questão de ressaltar: quanto mais conhecemos o Salvador, mais próximos ficamos Dele – o que foi ilustrado pelo fato que o primeiro homem foi chamado de “você”, o segundo de “o senhor” e o terceiro pelo seu próprio nome.
Visto a importância das palavras de Deus, não é de se negar a grande importância da interpretação. A interpretação escriturística, ou a hermenêutica teológica é vital para cumprirmos o mandamento de examinar as escrituras. Interpretar significa aclarar, dar o significado, fazer entender, traduzir e exprimir a idéia.
Interpretar as escrituras pode não ser algo tão fácil. Mas é algo que fazemos o tempo todo – mesmo durante uma mera leitura. Quando lemos: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1) interpretamos os caracteres que formam palavras no idioma que usamos, e transformamos o significante em significado. Isso é interpretar: relacionar o símbolo com o seu significado. Captamos a mensagem de acordo com nosso conhecimento enciclopédico e nosso conhecimento espiritual. A maior parte dos leitores interpretará essa passagem da seguinte maneira: “No princípio – começo, no início – Deus – que é o Ser Supremo – criou, ou seja, fez, os céus – que é um lugar acima da terra – e a terra – que é um lugar abaixo dos céus.” É fácil recorrer a essa interpretação lingüística com um dicionário. Basta achar o significado das palavras e substituí-las por sinônimos.
Se recorrermos a comparação escriturística com outras passagens poderemos compreender melhor esse versículo. Há mais dois relatos da criação nas obras-padrão, na Pérola de Grande Valor:
“E ENTÃO o Senhor disse: Desçamos. E eles desceram no princípio; e eles, isto é, os Deuses, organizaram e formaram os céus e a Terra” (Abraão 4:1).
“E ACONTECEU que o Senhor falou a Moisés, dizendo: Eis que eu te revelo o que concerne a este céu e a esta Terra; escreve as palavras que eu digo. Eu sou o Princípio e o Fim, o Deus Todo-Poderoso; por meio de meu Unigênito eu criei estas coisas; sim, no princípio criei o céu e a Terra sobre a qual estás” (Moisés 2:1)
Aprendemos com a simples comparação de relatos que havia mais de um Deus que criou os céus e a terra. Vemos que o Pai criou através de seu Unigênito. E que criar significa organizar e formar e não necessariamente fazer aparecer do nada ou fazer surgir algo novo, que antes não existia. Se aplicarmos a interpretação enciclopédica após a comparação acharemos nossos significados que poderão aumentar nossa visão dos versículos.
Podemos ainda, por meio de guias, dicionários bíblicos e outros recursos, aplicar uma outra espécie de interpretação, que é a interpretação histórico-cultural. Podemos descobrir quem foi Moisés, o que a palavra Deus significava para os hebreus. O que quer dizer Unigênito, etc.
Ainda poderíamos aplicar a interpretação histórico-lingüística que nos faria entender o valor correto ou aproximado de cada termo usado na passagem. Indo um pouco além poderíamos unir o método de comparação entre passagens e comparar o texto estudado com o mesmo texto numa outra língua. Novos e interessantes sentidos são descobertos neste processo.
A comparação não se resume a traçar paralelos entre as obras-padrão, da língua própria ou de outra, antiga ou moderna. A comparação pode ser usada com as escrituras vivas – que saem da boca dos profetas atuais. Quando o profeta interpreta uma escritura ou passagem podemos ter certeza que seu sentido é aquele. O único cuidado que devemos ter é o de estar recebendo a mensagem certa. Porque como se sabe muito bem ao estudar comunicação – nem sempre o receptor recebe a mensagem que o emissor transmitiu – devido a falhas surgidas nas fases desse processo.
Mas não é tão complicado quanto parece. Deus fala de modo claro e simples, de uma forma que o homem finito e decaído possa entender. Sim, ele fala com “evidente humildade, como um homem fala com outro, em [nossa] própria língua” (Éter 12:39). Entretanto, Deus nunca é simplório. Suas palavras são simples mas poderosas, pois penetram na alma humana, ou seja, tem capacidade de afetar o corpo e o espírito do homem (D&C 11:2).
O mandamento de pedir, buscar e bater é o mesmo mandamento de orar e vigiar – é um convite a revelação feito pelo próprio Senhor. É uma das promessas mais repetidas em todas as escrituras[1]. Pedir implica em humilhar-se perante Deus e desejar acreditar (Alma 32:24-28). Buscar significa ponderar, ter um coração sincero e real intenção (Morôni 10:4). Bater deduz o pagamento do preço da revelação – a prova da fé (Éter12:6, D&C 9:7).
[1] Para citar algumas: Mateus 7:7; Lucas 11:9; 3 Néfi 14:7; 3 Néfi 27:29; D&C 4:7; D&C 49:26; D&C 88:63.
25 de out. de 2010
TUDO: A história de 4 Néfi em um palavra.
O livro de 4 Néfi abrange quase 300 anos de história (em apenas um capítulo) – o que é dez vezes mais do que todo período abrangido pelo livro de 3 Néfi (que tem 30 capítulos) e também oito vezes mais que todo período abrangido pelo livro de Alma (que tem 63 capítulos). Mórmon fez um “resumão” desse período. Ao estudar esse pequeno livro, notei que podíamos descrevê-lo em uma única palavra. Essa palavra, com suas variantes é mencionada 22 vezes nos 49 versículos (Em média, a cada dois versículos essa palavra aparece uma vez). A palavra é TUDO (todos, toda, todo, todas).
Os discípulos organizaram uma Igreja em todas as terras, e todos os homens se arrependiam (v 1). Todo povo acabou sendo convertido (v. 2). E tinham todas as coisas em comum, e eram todos livres (v. 3). Toda sorte de milagres era realizado (v. 5). Nesta época maravilhosa, onde Sião fora estabelecida, todo povo, de toda terra não contendia (v. 13). Os apóstolos primitivos todos haviam morrido, exceto três (v. 14). Não havia povo mais feliz de todos os criados por Deus (v.16), porque, conforme diz a escritura, eram abençoados em tudo que faziam – portanto, não podia haver contendas em toda a terra (v. 18). Depois de 200 anos toda a segunda geração após a visita de Cristo havia morrido, exceto uns poucos (v. 22). O povo se multiplicara muito e se espalhara por toda a face da terra (v. 23). Ficaram tão ricos, que tinham toda sorte de pérolas finas e de coisas luxuosas do mundo (v. 24). Infelizmente isso os levou a toda sorte de iniqüidades (v. 27). Mesmo com todos os milagres realizados pelos apóstolos o povo se tornou mal endurecendo o coração (v. 31). Os líderes desse povo se tornaram corruptos e instigavam o povo a toda sorte de pecados (v. 34). Suas Igrejas eram adornadas com toda espécie de objetos preciosos – refletindo o orgulho do povo (v. 41). Surgiram combinações secretas e os ladrões se espalharam por toda terra ,as práticas iníquas eram preponderantes, inclusive toda sorte de comércio iníquo (v. 46). O profeta Amaron, compelido pelo espírito escondeu todos os registros de Deus (v. 48).
O que aprendemos com isso. Aprendemos que o que Leí e Samuel, o lamanita, disseram são verdades:
“Mas eis que quando chegar o tempo em que degenerarem, caindo na incredulidade, depois de haverem recebido tão grandes bênçãos das mãos do Senhor---tendo conhecimento da criação da terra e de todos os homens, conhecendo as grandes e maravilhosas obras do Senhor desde a criação do mundo; tendo recebido o poder de fazer todas as coisas pela fé; possuindo todos os mandamentos desde o princípio e tendo sido trazidos para esta preciosa terra de promissão pela sua infinita bondade---eis que digo: se chegar o dia em que rejeitarem o Santo de Israel, o verdadeiro Messias, seu Redentor e seu Deus, eis que sobre eles recairão os julgamentos daquele que é justo” (2 Néfi 1:10).
“Sim, e vemos que é justamente quando ele faz prosperar seu povo, sim, aumentando seus campos, seu gado e seus rebanhos e ouro e prata e toda sorte de coisas preciosas de todo tipo e de todo estilo, preservando-lhes a vida e livrando-os das mãos de seus inimigos, abrandando o coração dos inimigos para que não lhes façam guerra; sim, e, em resumo, fazendo tudo para o bem e a felicidade de seu povo; sim, então é quando endurecem os corações, esquecendo-se do Senhor seu Deus e pisando o Santíssimo---sim, e isto em virtude de seu conforto e de sua enorme prosperidade” (Helamã 12:2).
Os nefitas tinham tudo, mas perderam tudo. Eles eram o povo mais feliz, e se tornaram os mais triste. 4 Néfi trás uma advertência: quanto mais somos abençoados, mais somos responsáveis por essas bênçãos e se não as usarmos bem, maior será nossa condenação. “Porque a quem muito é dado, muito é exigido; e o que pecar contra a luz maior receberá a condenação maior” (D&C 82:3).
Os discípulos organizaram uma Igreja em todas as terras, e todos os homens se arrependiam (v 1). Todo povo acabou sendo convertido (v. 2). E tinham todas as coisas em comum, e eram todos livres (v. 3). Toda sorte de milagres era realizado (v. 5). Nesta época maravilhosa, onde Sião fora estabelecida, todo povo, de toda terra não contendia (v. 13). Os apóstolos primitivos todos haviam morrido, exceto três (v. 14). Não havia povo mais feliz de todos os criados por Deus (v.16), porque, conforme diz a escritura, eram abençoados em tudo que faziam – portanto, não podia haver contendas em toda a terra (v. 18). Depois de 200 anos toda a segunda geração após a visita de Cristo havia morrido, exceto uns poucos (v. 22). O povo se multiplicara muito e se espalhara por toda a face da terra (v. 23). Ficaram tão ricos, que tinham toda sorte de pérolas finas e de coisas luxuosas do mundo (v. 24). Infelizmente isso os levou a toda sorte de iniqüidades (v. 27). Mesmo com todos os milagres realizados pelos apóstolos o povo se tornou mal endurecendo o coração (v. 31). Os líderes desse povo se tornaram corruptos e instigavam o povo a toda sorte de pecados (v. 34). Suas Igrejas eram adornadas com toda espécie de objetos preciosos – refletindo o orgulho do povo (v. 41). Surgiram combinações secretas e os ladrões se espalharam por toda terra ,as práticas iníquas eram preponderantes, inclusive toda sorte de comércio iníquo (v. 46). O profeta Amaron, compelido pelo espírito escondeu todos os registros de Deus (v. 48).
O que aprendemos com isso. Aprendemos que o que Leí e Samuel, o lamanita, disseram são verdades:
“Mas eis que quando chegar o tempo em que degenerarem, caindo na incredulidade, depois de haverem recebido tão grandes bênçãos das mãos do Senhor---tendo conhecimento da criação da terra e de todos os homens, conhecendo as grandes e maravilhosas obras do Senhor desde a criação do mundo; tendo recebido o poder de fazer todas as coisas pela fé; possuindo todos os mandamentos desde o princípio e tendo sido trazidos para esta preciosa terra de promissão pela sua infinita bondade---eis que digo: se chegar o dia em que rejeitarem o Santo de Israel, o verdadeiro Messias, seu Redentor e seu Deus, eis que sobre eles recairão os julgamentos daquele que é justo” (2 Néfi 1:10).
“Sim, e vemos que é justamente quando ele faz prosperar seu povo, sim, aumentando seus campos, seu gado e seus rebanhos e ouro e prata e toda sorte de coisas preciosas de todo tipo e de todo estilo, preservando-lhes a vida e livrando-os das mãos de seus inimigos, abrandando o coração dos inimigos para que não lhes façam guerra; sim, e, em resumo, fazendo tudo para o bem e a felicidade de seu povo; sim, então é quando endurecem os corações, esquecendo-se do Senhor seu Deus e pisando o Santíssimo---sim, e isto em virtude de seu conforto e de sua enorme prosperidade” (Helamã 12:2).
Os nefitas tinham tudo, mas perderam tudo. Eles eram o povo mais feliz, e se tornaram os mais triste. 4 Néfi trás uma advertência: quanto mais somos abençoados, mais somos responsáveis por essas bênçãos e se não as usarmos bem, maior será nossa condenação. “Porque a quem muito é dado, muito é exigido; e o que pecar contra a luz maior receberá a condenação maior” (D&C 82:3).
20 de out. de 2010
Como Rei Noé e seu povo quebram os Dez Mandamentos
Quando Abinádi foi preso e levado perante os iníquos sacerdotes e o pervertido rei Noé, não pode ser impedido de transmitir sua mensagem de advertência. Entre seus ensinamentos encontramos os dez mandamentos dados a Moisés. Abinádi os citou porque, como ele mesmo explicou, eles não estavam escritos nos corações daqueles que professavam serem os líderes do povo nefita da Terra da Primeira Herança e que na maior parte do tempo, esses homens iníquos estudavam e ensinavam iniqüidade (Mosias 13:11).
O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas (Mosias 12:34-37). Segundo Abinádi os sacerdotes e o rei não faziam isso, nem ensinam que deviam amar a Deus acima de todas as outras coisas. Seus pecados contra os outros nove mandamentos comprovavam que amavam mais as trevas que a luz, mais ao diabo que a Deus.
O segundo mandamento é não ter ídolos. Mas os sacerdotes e o rei amavam o dinheiro, a polpa, o poder, a glória do mundo – ídolos dos mais abomináveis. De fato, eles se julgavam fortes (Mosias 12:15). E esse seu orgulho gerava idolatria. Quando eles fecharam os olhos para a adoração ao verdadeiro Deus no mesmo tempo inclinaram-se para o demônio.
Não somos informados, pelo registro que ora dispomos, que o povo do rei Noé construiu imagens, bezerros de ouro, bosques ou algo do tipo, como os antigos israelitas. Todavia percebemos que o povo se tornou idolatra pelo engano dos sacerdotes e rei, na ocasião em que as grandes obras arquitetônicas ergueram-se semelhante a uma torre de Babel, fazendo com que o deus deles fosse o ouro, a prata, os momentos, edifícios, torres e poderio militar (Mosias 11:7-13).
Não tomar o nome do Senhor em vão é o terceiro mandamento (Mosias 2:15). Noé, seus sacerdotes e a maior parte do povo haviam sido batizados e tomado sobre si o nome de Cristo – afinal Zênife fora um homem justo que consagrara sacerdotes e estabelecera uma igreja entre seu povo (Mosias 9; 11:5). Mesmo tendo feito convênios com o Senhor, Noé, seus sacerdotes e o povo pisavam no santíssimo e não eram dignos de ser chamados pelo nome do Senhor. Seus convênios eram vãos e de nada valiam sem a retidão. Na realidade acrescentavam maldição aquele que, a principio, havia sido um povo favorecido por Deus.
O quarto mandamento é santificar o dia do Senhor. Os sacerdotes de Noé muito se assemelham aos fariseus da época do Senhor Jesus Cristo. Eles eram hipócritas. Diziam conhecer e viver a lei, mas seu coração estava longe de Deus. A acusação lhes é pertinente por analogia: “Ai de vós (...) hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” (Mateus 23:23). É provável que os sacerdotes de Noé conhecessem muito bem a doutrina do sábado, ensinassem sobre o sábado, pregassem sobre o sábado e até viviam de um modo a parecer que estavam cumprindo esse mandamento, mas para Deus suas obras eram mortas. Eles não adoravam no sábado. Sobre esse mandamento viviam a letra da lei, sem viver o espírito da lei (II Coríntios 3:6).
Nem Noé, nem os sacerdotes, nem o povo em geral estava honrando pai e mãe. Porque seus pais haviam sido justos, mas eles eram iníquos. Zênife fora um profeta, Noé era um pervertido. Por causa que não cumpriram este mandamento, Deus não prolongou seus dias na Terra durante a mortalidade (Mosias 19) e nem os prolongará na imortalidade, pois essa Terra será o lar dos que viverão no Reino Celestial. Somente os que cumprirem todos os mandamentos viverão no Reino Celestial – pois esses honraram seu Pai Celestial.
O mandamento de não matar era descumprido por Noé, seus sacerdotes o povo. Tanto que mataram um profeta do Senhor (Mosias 17:13) e regozijavam-se em assassinar os lamanitas (Mosias 11:19). Observe o triste comentário de Lími sobre seu iníquo pai, Noé, os sacerdotes e o povo: “Porque, se este povo não houvesse caído em transgressão, o Senhor não teria permitido que este grande mal lhes sobreviesse. Eis, porém, que não quiseram dar ouvidos a suas palavras; mas surgiram contendas entre eles, a ponto de derramarem sangue uns dos outros.E eles mataram um profeta do Senhor; sim, um homem escolhido de Deus, que lhes havia falado de suas iniqüidades e abominações e profetizado muitas coisas que hão de acontecer, sim, até mesmo a vinda de Cristo. (...) E então, por [ele ter pregado sobre Cristo], mataram-no; e muitas outras coisas fizeram que atraíram sobre si a ira de Deus. Portanto, quem se admira de que estejam em cativeiro e que sofram aflições?” (Mosias 7:25-26, 28)
O mandamento de não cometer adultério abrange muito mais que trair o conjugue. A lei da castidade inclui pensamentos dignos, vestuário recatado, palavras puras e ações santas. A virtude foi totalmente destruída por Noé e seus sacerdotes – que gastavam o tempo com as prostitutas (Mosias 11:14). O povo seguiu seus lideres cometendo devassidão e lascívia – imoralidades, fornicações e adultérios no mais alto grau (Mosias 12:29).
Não precisamos nem comentar sobre o furto. O povo regozijava-se em seus despojos de guerra (Mosias 11:18). E no seu orgulho certamente surgiram, numa seqüência lógica e triste, invejas, desigualdades, perseguições e roubos.
O falso testemunho, que é a desonestidade, enchia os ares. Vemos que ao levarem Abinádi perante o rei Noé testemunhas aumentaram consideravelmente as acusações do profeta para agravá-lo (compare Mosias 12:3 com Mosias 12:10-12). Certamente o trono mencionado em Mosias 11:7 era usado para promover a desonestidade, pois sempre entre as palavras lisonjeiras estão as mentiras, as meias-verdades e as escrituras mescladas com iniqüidade. O povo mentia a si mesmo ao cometerem pecado e dizerem que não eram culpados (Mosias 12:14).
Não cobiçarás – este mandamento também era quebrado pelo povo do rei Noé. Cheios de inveja e orgulho colocaram o coração em Babilônia. Por isso Abinádi os adverte e diz que eles seguiram “suas próprias vontades e desejos carnais; não [haviam] nunca procurado o Senhor enquanto os braços de misericórdia lhes estavam estendidos, porque os braços de misericórdia lhes foram estendidos e não os aceitaram; [haviam]sido admoestados de suas iniqüidades, ainda assim não quiseram afastar-se delas; e foi-lhes ordenado que se arrependessem e, contudo, não se arrependeram. E [por isso deviam] tremer e [arrependerem-se] de [seus] pecados e [lembrarem-se] de que somente em Cristo e por meio dele [poderiam] ser salvos”. (Mosias 16:12-13)
Poderíamos nós receber a mesma acusação que o rei Noé e seus sacerdotes receberam? Estamos nós cumprindo os dez mandamentos? Se estivermos amando ao próximo como a nós mesmos estamos cumprindo os seis últimos mandamentos. Se estivermos amando a Deus de todo o coração estamos cumprindo os quatro primeiros mandamentos (e em conseqüência os seis outros também – Mosias 2:17). Estes dez mandamentos são validos hoje na mesma proporção que eram válidos para os israelitas em Êxodo 20, para os judeus da época de Cristo em Mateus 22, para os nefitas em Mosias 13 e para os santos pioneiros em Doutrina e Convênios 42 e 59. Que possamos cumpri-los.
O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas (Mosias 12:34-37). Segundo Abinádi os sacerdotes e o rei não faziam isso, nem ensinam que deviam amar a Deus acima de todas as outras coisas. Seus pecados contra os outros nove mandamentos comprovavam que amavam mais as trevas que a luz, mais ao diabo que a Deus.
O segundo mandamento é não ter ídolos. Mas os sacerdotes e o rei amavam o dinheiro, a polpa, o poder, a glória do mundo – ídolos dos mais abomináveis. De fato, eles se julgavam fortes (Mosias 12:15). E esse seu orgulho gerava idolatria. Quando eles fecharam os olhos para a adoração ao verdadeiro Deus no mesmo tempo inclinaram-se para o demônio.
Não somos informados, pelo registro que ora dispomos, que o povo do rei Noé construiu imagens, bezerros de ouro, bosques ou algo do tipo, como os antigos israelitas. Todavia percebemos que o povo se tornou idolatra pelo engano dos sacerdotes e rei, na ocasião em que as grandes obras arquitetônicas ergueram-se semelhante a uma torre de Babel, fazendo com que o deus deles fosse o ouro, a prata, os momentos, edifícios, torres e poderio militar (Mosias 11:7-13).
Não tomar o nome do Senhor em vão é o terceiro mandamento (Mosias 2:15). Noé, seus sacerdotes e a maior parte do povo haviam sido batizados e tomado sobre si o nome de Cristo – afinal Zênife fora um homem justo que consagrara sacerdotes e estabelecera uma igreja entre seu povo (Mosias 9; 11:5). Mesmo tendo feito convênios com o Senhor, Noé, seus sacerdotes e o povo pisavam no santíssimo e não eram dignos de ser chamados pelo nome do Senhor. Seus convênios eram vãos e de nada valiam sem a retidão. Na realidade acrescentavam maldição aquele que, a principio, havia sido um povo favorecido por Deus.
O quarto mandamento é santificar o dia do Senhor. Os sacerdotes de Noé muito se assemelham aos fariseus da época do Senhor Jesus Cristo. Eles eram hipócritas. Diziam conhecer e viver a lei, mas seu coração estava longe de Deus. A acusação lhes é pertinente por analogia: “Ai de vós (...) hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” (Mateus 23:23). É provável que os sacerdotes de Noé conhecessem muito bem a doutrina do sábado, ensinassem sobre o sábado, pregassem sobre o sábado e até viviam de um modo a parecer que estavam cumprindo esse mandamento, mas para Deus suas obras eram mortas. Eles não adoravam no sábado. Sobre esse mandamento viviam a letra da lei, sem viver o espírito da lei (II Coríntios 3:6).
Nem Noé, nem os sacerdotes, nem o povo em geral estava honrando pai e mãe. Porque seus pais haviam sido justos, mas eles eram iníquos. Zênife fora um profeta, Noé era um pervertido. Por causa que não cumpriram este mandamento, Deus não prolongou seus dias na Terra durante a mortalidade (Mosias 19) e nem os prolongará na imortalidade, pois essa Terra será o lar dos que viverão no Reino Celestial. Somente os que cumprirem todos os mandamentos viverão no Reino Celestial – pois esses honraram seu Pai Celestial.
O mandamento de não matar era descumprido por Noé, seus sacerdotes o povo. Tanto que mataram um profeta do Senhor (Mosias 17:13) e regozijavam-se em assassinar os lamanitas (Mosias 11:19). Observe o triste comentário de Lími sobre seu iníquo pai, Noé, os sacerdotes e o povo: “Porque, se este povo não houvesse caído em transgressão, o Senhor não teria permitido que este grande mal lhes sobreviesse. Eis, porém, que não quiseram dar ouvidos a suas palavras; mas surgiram contendas entre eles, a ponto de derramarem sangue uns dos outros.E eles mataram um profeta do Senhor; sim, um homem escolhido de Deus, que lhes havia falado de suas iniqüidades e abominações e profetizado muitas coisas que hão de acontecer, sim, até mesmo a vinda de Cristo. (...) E então, por [ele ter pregado sobre Cristo], mataram-no; e muitas outras coisas fizeram que atraíram sobre si a ira de Deus. Portanto, quem se admira de que estejam em cativeiro e que sofram aflições?” (Mosias 7:25-26, 28)
O mandamento de não cometer adultério abrange muito mais que trair o conjugue. A lei da castidade inclui pensamentos dignos, vestuário recatado, palavras puras e ações santas. A virtude foi totalmente destruída por Noé e seus sacerdotes – que gastavam o tempo com as prostitutas (Mosias 11:14). O povo seguiu seus lideres cometendo devassidão e lascívia – imoralidades, fornicações e adultérios no mais alto grau (Mosias 12:29).
Não precisamos nem comentar sobre o furto. O povo regozijava-se em seus despojos de guerra (Mosias 11:18). E no seu orgulho certamente surgiram, numa seqüência lógica e triste, invejas, desigualdades, perseguições e roubos.
O falso testemunho, que é a desonestidade, enchia os ares. Vemos que ao levarem Abinádi perante o rei Noé testemunhas aumentaram consideravelmente as acusações do profeta para agravá-lo (compare Mosias 12:3 com Mosias 12:10-12). Certamente o trono mencionado em Mosias 11:7 era usado para promover a desonestidade, pois sempre entre as palavras lisonjeiras estão as mentiras, as meias-verdades e as escrituras mescladas com iniqüidade. O povo mentia a si mesmo ao cometerem pecado e dizerem que não eram culpados (Mosias 12:14).
Não cobiçarás – este mandamento também era quebrado pelo povo do rei Noé. Cheios de inveja e orgulho colocaram o coração em Babilônia. Por isso Abinádi os adverte e diz que eles seguiram “suas próprias vontades e desejos carnais; não [haviam] nunca procurado o Senhor enquanto os braços de misericórdia lhes estavam estendidos, porque os braços de misericórdia lhes foram estendidos e não os aceitaram; [haviam]sido admoestados de suas iniqüidades, ainda assim não quiseram afastar-se delas; e foi-lhes ordenado que se arrependessem e, contudo, não se arrependeram. E [por isso deviam] tremer e [arrependerem-se] de [seus] pecados e [lembrarem-se] de que somente em Cristo e por meio dele [poderiam] ser salvos”. (Mosias 16:12-13)
Poderíamos nós receber a mesma acusação que o rei Noé e seus sacerdotes receberam? Estamos nós cumprindo os dez mandamentos? Se estivermos amando ao próximo como a nós mesmos estamos cumprindo os seis últimos mandamentos. Se estivermos amando a Deus de todo o coração estamos cumprindo os quatro primeiros mandamentos (e em conseqüência os seis outros também – Mosias 2:17). Estes dez mandamentos são validos hoje na mesma proporção que eram válidos para os israelitas em Êxodo 20, para os judeus da época de Cristo em Mateus 22, para os nefitas em Mosias 13 e para os santos pioneiros em Doutrina e Convênios 42 e 59. Que possamos cumpri-los.
Assinar:
Postagens (Atom)